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Seligman (2009) acredita que todos os seres humanos já nascem aptos a desempenhar todas as 24 forças de caráter. A partir dos 6 anos, encontram nichos de prazer na interação

Curiosidade:

Demonstrou interesse em explorar novas coisas; fez perguntas que o(a) ajudaram a aprender melhor; teve interesse ativo na aprendizagem.

Gratidão:

Reconheceu o que outras pessoas fizeram por ele(a); mostrou apreciação pelas oportunidades recebidas; expressou apreciação dizendo “obrigado(a)”; fez algo legal para outra pessoal como forma de agradecimento.

Perseverança:

Terminou o que começou; manteve-se conectado a um projeto ou atividade por alguns dias; continuou tentando mesmo depois de experimentar o fracasso; ficou

comprometido com objetivos; manteve-se trabalhando mesmo quando sentiu vontade de desistir.

Otimismo:

Acreditou que o esforço melhoraria seu futuro; quando coisas ruins aconteceram ele(a) pensou o que fazer para melhorar em uma próxima vez; manteve-se motivado(a) mesmo quando as coisas não iam tão bem; acreditou que era possível melhorar em coisas em que incialmente não era bom.

Autocontrole (interpessoal):

Permaneceu calmo mesmo quando criticado ou provocado; deixou outras pessoas se expressarem sem interromper; foi educado com adultos e colegas; manteve o temperamento sob controle.

Autocontrole (trabalho escolar):

Veio preparado para a sala de aula; lembrou e seguiu orientações; iniciou trabalhos com prontidão em vez de esperar pelo último momento; prestou atenção e resistiu às

distrações.

Inteligência Emocional e Social:

Foi capaz de achar solução durante conflitos com outros; ele(a) mostrou que se importava com os sentimentos dos outros; se adaptou a diferentes situações sociais.

Entusiasmo:

Participou de forma ativa; demonstrou entusiasmo; encarou novas situações com energia e excitação.

Amor:

Valorizou sentimentos próximos de amizade; desfrutou do carinho que vem de colegas, de professores e de familiares.

com o outro, percebendo o que dá certo e o que dá errado. Por aprendizado, vai se aperfeiçoando em determinadas forças esculpindo então seu arsenal de forças pessoais. Para facilitar a internalização das forças de caráter por parte das crianças, é necessário sinalizar as vezes em que ela demonstra o determinado comportamento nomeando e repetindo o fato que acaba de acontecer.

Exemplo: “Você se deu conta do quanto foi gentil e generoso(a) com seu(sua) colega ao lembrá-lo(a) das direções da atividade?”

Fonte: Rodrigues, (2015).

Abaixo, descrições e reflexões acerca das 24 forças de caráter.

1. CURIOSIDADE / INTERESSE PELO MUNDO

Receptividade às experiências. Pessoas curiosas sentem-se estimuladas pela incerteza. Pode ser, tanto específica, quanto globalizada. Necessidade e desejo de conhecer coisas novas. Envolve exploração, investigação, aprendizagem e observação. O interesse por novas experiências, por temas diferentes causam fascinação no curioso.

Importante: pessoas curiosas são naturalmente ligadas a atividades que lhes

proporcionam novos conhecimentos, desenvolvimento de habilidades, aprimoramento e novas competências.

Reflexões para o professor:

 Em que situações e com quem este aluno se sente confortável ou estimulado a expressar sua curiosidade?

 Quando este aluno questiona sobre algo, o que acontece se algo impossibilita sua busca?

Virtude da Sabedoria engloba forças ou pontos fortes que nos auxiliam a adquirir e

a utilizar conhecimento (curiosidade, criatividade, gosto pela aprendizagem, pensamento crítico, perspectiva)

Dica de discurso de introdução do conceito das forças de caráter no vocabulário infantil:

Forças de caráter são qualidades boas que moram dentro dos seres humanos.

Podemos utilizá-las para agir de forma correta diante das situações da vida e também para fazer o bem a nós mesmos, aos outros, à natureza e à comunidade.

Forças pessoais são aquelas forças que são especiais para nós, que fazem parte

 Como ativar a curiosidade deste indivíduo nas 5 tarefas mais comuns de sua rotina da sala? (sem prejudicar os processos já estabelecidos)

Formas de potencializar a curiosidade:

 Identificar 3 novas características sobre um determinado assunto ou tarefa.

 Fazer algo de forma diferente do que se faz todo dia.

 Buscar mais informações sobre um determinado assunto de interesse do aluno.

 Buscar a compreensão aprofundada do que colegas de sala fazem, pensam, sentem ou desejam.

Atenção para o uso excessivo da curiosidade:

O uso excessivo da curiosidade pode ser visto como ofensa por outras pessoas e trazer ao curioso a fama de uma pessoa invasiva. A utilização além da conta desta força pode ocasionar também distrações, colocando em risco metas e objetivos antes estipulados.

2. GOSTO PELA APRENDIZAGEM / AMOR AO APRENDIZADO

Prazer em aprender coisas novas, procurar e encontrar oportunidades de aprender em toda parte. O amor ao aprendizado consiste no profundo interesse em explorar novas informações, adquirir continuamente novos conhecimentos, aprender e dominar novas habilidades e também ampliar capacidades.

Importante:

Este indivíduo se reconhece um apaixonado pelo ato de aprender em sua essência primeira, ou seja, apenas pelo aprendizado em si.

Reflexões para o professor:

 Que áreas de aprendizagem (conhecimentos sobre fatos, pessoas, artes, política etc.) são mais interessantes para este aluno?

 Que maneiras de aprender (leitura, experiências, sozinho, formal etc.) são mais envolventes para ele?

 Como manter este indivíduo instigado a aprender diariamente dentro do contexto já estabelecido de sala de aula?

Formas de potencializar o gosto pela aprendizagem

 Escolher uma nova área de interesse, habilidade ou experiência para se aprofundar.

 Relatar o que foi aprendido durante um determinado momento.

 Conversar com um colega de turma sobre um tema de interesse de ambos.

Atenção para o uso excessivo do gosto pela aprendizagem:

Pessoas que utilizam esta força de forma excessiva podem passar a imagem de que sabem de tudo e isso pode dificultar a troca de informações.

3. PENSAMENTO CRÍTICO / DISCERNIMENTO / CRITÉRIO

Exercício de analisar as informações objetiva e racionalmente por todos os ângulos. Tomar decisões somente com base em evidências sólidas. Indivíduos que fazem a utilização ótima desta força costumam ter a mentalidade aberta, são mais preparadas para transições ou mudanças e geralmente neutralizam o pensamento tendencioso, sendo menos influenciadas por eventos específicos.

Importante:

É importante para este indivíduo ter variadas informações sobre um determinado assunto antes de uma tomada de decisão, mudança de comportamento ou construção de uma opinião.

Reflexões para o professor:

 Para este aluno, quais são os critérios (pontos considerados importantes) em relação à sua atuação como estudante?

 Como reconhecer os momentos em que um aluno está coletando informações para uma tomada de decisão ou formatação de uma opinião?

 Como o professor pode garantir que o aluno tenha sempre uma quantidade suficiente de informações acerca das decisões e dos direcionamentos relacionados ao trabalho em sala de aula?

Formas de potencializar o pensamento crítico:

 Utilizar a capacidade de analisar informações para o desenvolvimento pessoal

 Utilizar o discernimento para evitar julgamentos equivocados auxiliando inclusive outras pessoas a enxergar, de forma mais abrangente, determinado assunto.

 Procurar saber os critérios utilizados pelos colegas acerca de variados assuntos.

Atenção para o uso excessivo do pensamento crítico:

O uso em excesso desta força em momentos que exigem uma ação rápida pode provocar mal estar e trazer dificuldades para uma pessoa que deseja agir com muita cautela e pouca ousadia.

Capacidade de encontrar um comportamento diferente do convencional, porém, adequado para atingir o objetivo. Comumente chamada de criatividade, porém, aqui, não limitada apenas ao ramo das artes.

Importante:

Estímulos positivos e um ambiente acolhedor de ideias podem facilitar a manifestação da criatividade.

Reflexões para o professor:

 Como fortalecer a autoconfiança de meus alunos, para que eles se sintam à vontade e instigados a apresentar soluções inovadoras para os desafios diários?  Como gerenciar a energia criativa de um aluno em áreas estratégicas para o

aprendizado dele?

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