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Existe um efeito da tipologia de família e/ou sexo dos pais no grau com se identificam com cada estilo de vinculação (seguro, preocupado,

evitante/amedrontado e evitante/desligado)?

Os resultados obtidos, vieram demonstrar que o grau de identificação com cada estilo de vinculação não varia conforme a tipologia familiar (adotivos e biológicos) nem com o sexo dos pais, ou seja, não existem diferenças significativas entre pais e mães nem entre famílias adotivas e biológicas no grau de identificação com cada estilo de vinculação dos pais. No entanto, relativamente ao efeito de interação do sexo dos pais e da tipologia familiar para cada estilo de vinculação dos pais, verificou-se uma diferença significativa no estilo Preocupado, o que, pelos resultados, parece dever-se aos resultados mais elevados de pais masculinos adotivos.

De acordo com os resultados obtidos, tanto famílias biológicas como famílias adotivas, podem construir uma base firme de afeto que permite o desenvolvimento do sentimento de vinculação e segurança que as crianças tanto precisam isto porque o que realmente importa não é a dependência cromossómica, mas sim aquilo que os pais são. Sejam eles biológicos ou adotivos, o importante é a adequada tradução psicológica e afetiva que fazem (Diniz,1997).

Por outro lado, uma vinculação segura ao pai parece estar relacionada com o desenvolvimento de competências sociais (Verschueren & Marcoen, 2005). Ora, de acordo com os resultados, no caso das famílias adotivas, os pais adotivos do sexo masculino tendem a identificar-se com o estilo Preocupado o que pode comprometer de certa forma o desenvolvimento de competências sociais por parte dos filhos adotivos.

Sem dúvida, que a história passada da criança tem um grande impacto, desenvolvendo estas facilmente uma perturbação da vinculação visto que o seu principal cuidador é simultaneamente fonte de insegurança (Juffer, Bakermans-Kranenburg, & Van Ijzendoorn, 2005). Contudo, quando integradas num contexto familiar estável e

30 permanente, as crianças evidenciam uma resiliência extraordinária, e visto não existirem diferenças significativas entre famílias adotivas e famílias biológicas, ambos os tipos de família, através uma vinculação segura entre criança e cuidador, podem construir modelos internos dinâmicos caracterizados por expectativas sociais positivas para as relações e podem determinar uma boa autoestima e sentimentos de eficácia (Wood et

al., 2004).

A parentalidade é também um processo baseado nas identificações e representações feitas pelos próprios na infância que, irão influenciar o tipo de interação entre pais e criança, podendo facilitar ou dificultar a instauração de vínculos afetivos seguros (Zornig, 2012). Deixando o estilo de vinculação dos pais independente do sexo ou do facto de serem pais biológicos ou pais adotivos. A construção de relações seguras de vinculação entre os pais adotivos e as crianças terá impacto no seu desenvolvimento, e mesmo as crianças colocadas tardiamente em adoção são capazes de organizar o seu comportamento de vinculação em função do novo cuidador, o que evidencia não só a capacidade de resiliência das crianças adotadas (Van Londen, Juffer, & Van IJzendoorn, 2007) mas também o peso do estilo de vinculação dos pais adotivos na mudança do estilo de vinculação dos filhos adotivos.

Os dados do estudo de Pace e Zavattini (2010) revelam que, embora gradualmente, a mudança dos padrões de vinculação das crianças adotadas é possível, e é a vinculação segura das mães adotivas que vai influenciar a probabilidade desta mudança ocorrer. Noutro estudo realizado, os autores encontraram diferenças significativas quanto à segurança da vinculação estabelecida das crianças adotadas dependendo se os pais adotivos respondessem aos filhos de forma adequada às suas necessidades (Singer et al., 1985). Outros autores, concluíram que a qualidade de relação de vinculação criança/mãe, é um dos fatores que prediz o ajustamento subsequente da criança e que uma relação criança/mãe de elevada qualidade, em termos da segurança da vinculação prediz um melhor desenvolvimento cognitivo e social quer se trate de uma mãe biológica ou de uma mãe adotiva (Stams, Juffer & IJzendoorn, 2002).

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CONCLUSÕES

A adoção é, e sempre foi, uma forma de família alternativa à família biológica, quando esta não consegue dar uma resposta adequada às necessidades da criança que promovam o seu desenvolvimento saudável. Ao longo do tempo, a investigação tem-se dedicado a conhecer e compreender as diferenças entre os dois tipos de família (biológica e adotiva) com o propósito de facilitar a adaptação das crianças adotadas no seio da nova família.

Uma das diferenças entre famílias adotadas e famílias biológicas é a perceção que os pais têm das dificuldades dos filhos. Os pais adotivos tendem a percecionar mais dificuldades nos filhos que pais biológicos, o que poderá ser explicado pela acumulação de experiências, vivências e acontecimentos menos favoráveis que as crianças adotadas experienciaram previamente à adoção, podendo dificultar e influenciar o seu ajustamento. Contudo, uma vez integradas num contexto familiar estável e permanente, ao longo do tempo, as crianças fazem progressos evidentes, podendo assemelhar-se aos filhos biológicos. Verificou-se, também, um efeito de interação entre o sexo e a tipologia familiar no estilo de vinculação Preocupado dos pais, sendo que pais adotivos do sexo masculino tendem a identificar-se mais com o estilo de vinculação Preocupado.

Os resultados do estudo devem ser interpretados tendo em atenção algumas das suas limitações. Os resultados podem traduzir um enviesamento por respostas de desiderabilidade social. Adicionalmente, o extenso tamanho dos questionários pode ter gerado nos participantes um menor investimento no seu preenchimento, sobretudo nas últimas páginas. Também o facto de se tratar de uma amostra de conveniência, composta, na sua grande maioria, por pais residentes na região Centro Sul do País e que frequentaram o ensino superior, impossibilita a generalização dos dados. Uma outra limitação prende-se com o facto de a análise dos resultados ser condicionada pelo reduzido número da amostra, logo os resultados obtidos devem ser interpretados com precaução, permitindo apenas levantar hipóteses que deverão ser testadas, futuramente, com uma amostra mais alargada.

Os resultados podem ter importantes implicações no caso da seleção de candidatos a pais adotivos. À luz destes resultados, torna-se fundamental perceber qual o tipo de vinculação que os candidatos a pais adotivos apresentam, visto que, sobretudo pais adotivos do sexo masculino, tendem a identificar-se com um estilo de vinculação preocupado, o que poderá prejudicar a recuperação do equilíbrio da criança adotada.

32 Adicionalmente, relativamente à prevenção e à intervenção terapêutica, estes resultados sugerem a pertinência de intervenções que ajudem os pais a lidar com as dificuldades que percecionam nos filhos, diminuindo as dificuldades do seu ajustamento.

Futuramente, seria interessante estudar a relação entre os estilos de vinculação dos pais biológicos e adotivos e a sua perceção sobre as capacidades e dificuldades dos filhos, de modo a perceber as associações entre tais variáveis. Por último, tendo em conta que existem poucos estudos do SDQ com a população portuguesa, seria benéfico, investigar que tipo de dificuldades são predominantemente percecionadas pelos pais biológicos e pelos pais adotivos.

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43

44 ANEXO A

Investigação em adoção

Caros Pais

A investigação para a qual pedimos a sua colaboração está a ser realizada pelas psicólogas Maria do Céu Costa e Marta Santos Nunes no âmbito do Doutoramento Inter-Universitário em Psicologia Clínica – Psicologia da Família e Intervenção Familiar, da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa e da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. A investigação conta com a supervisão científica da Prof. Doutora Isabel Narciso e da Prof. Doutora Salomé Vieira Santos, da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa.

Pretende-se, com esta investigação, analisar e compreender os fatores e processos familiares, parentais e individuais que influenciam a adaptação dos pais adotivos e dos pais biológicos, e a sua perceção relativamente ao desenvolvimento sócio-afetivo e comportamental dos filhos, realizando-se dois estudos: num dos estudos, procede-se à análise das dimensões consideradas em função da idade da criança à data de adoção, e, no outro, efetua-se uma análise comparativa da parentalidade adotiva, biológica e mista.

A investigação na área da Psicologia contribui para um melhor conhecimento de determinadas populações e grupos com vista a ser possível estruturar intervenções mais eficazes junto dessas populações. Assim, realçamos que a sua participação na investigação é de extrema importância, constituindo um contributo fundamental para aprofundar o conhecimento sobre a parentalidade e a temática da adoção, e, em particular, sobre as necessidades das famílias, para que, no futuro, se possa vir a prestar uma ajuda mais eficaz.

Solicitamos a sua colaboração, caso o(s) seu(s) filho(s) tenha(m) idade(s) compreendida(s) entre os 6 e os 12 anos. A sua participação é voluntária e a decisão de não participar não tem

qualquer consequência para si ou para a criança, podendo desistir a qualquer momento se assim o desejar. Os dados recolhidos são confidenciais e anónimos, sendo tratados de forma global e não individualizada.

A participação nesta investigação implica o preenchimento de um conjunto de questionários. A informação assim obtida é essencial para dar resposta aos objetivos da pesquisa.

Poderá esclarecer qualquer dúvida sobre a investigação através do endereço eletrónico

projecto.adopcao@gmail.com. No futuro, caso deseje ter acesso a informação sobre os resultados

Investigação em adoção

Ao aceitar preencher os questionários, declara ter tomado conhecimento dos objetivos do estudo e do que lhe é pedido, participando voluntariamente, e concorda que os dados sejam trabalhados anonimamente pelos investigadores envolvidos no estudo, não restringindo o uso dos resultados para os quais o estudo se dirige.

Gratas pela sua atenção!

As Investigadoras, Maria do Céu Costa

Investigação em adoção

Instruções de preenchimento

Nas páginas que se seguem vai encontrar um conjunto de questionários. Para cada um deles leia atentamente todas as questões e as respetivas instruções. É muito importante que não haja respostas em branco uma vez que tal inutilizará todo o protocolo, impossibilitando que as suas respostas sejam incluídas na investigação.

Para cada questão, assinale, por favor, o que se aplica. Quando não tiver a certeza, responda, por favor, com dados aproximados.

Para uma melhor compreensão das famílias em estudo torna-se importante, sempre que possível, poder recolher e estudar de forma associada os dados da mãe e do pai; para isso, em seguida, ser- lhe-á pedido que crie um código, designado como "Código de Família" que deve ser utilizado por ambos (pai e mãe) aquando do preenchimento deste conjunto de questionários.

O tempo estimado de preenchimento são 45 minutos. Caso prefira preencher este questionário on-line, basta aceder ao link https://ulfp.qualtrics.com/SE/?SID=SV_eGb6lzpRZM3l8HP

Poderá esclarecer qualquer dúvida de preenchimento enviando um e-mail para projectoadopcao@gmail.com.

Investigação em adoção

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