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4. Materiais e métodos

5.2. Experimento 2

5.2.1. Peso e ganho de peso diário

O peso dos animais no início do estudo foi igual para ambos tratamentos. Aos 28 dias de idade dos animais foi diferente onde o grupo AC teve desempenho superior, 6,76 kg e 7,23 kg, tratamento BC e AC respectivamente. Porém, o desempenho se igualou até o final do experimento. Os resultados estão expressos na tabela 12.

Tabela 12. Peso (kg) médio dos animais

Idade (dias) Tratamentos EPM* Valor de P BC AC 21 6.35 6.44 0.21 0.384 28 6.76 7.23 0.23 <0.001 42 11.32 11.76 0.36 0.134 70 30.82 31.86 0.67 0.135

*Erro padrão da média

Aos 28 dias de idade dos animais, o ganho de peso também foi diferente entre os tratamentos, os animais do tratamento AC ganharam 0,113 kg enquanto os do tratamento BC somente 0,059 kg. Porém, ao final do experimento o desempenho se igualou. Os resultados estão expressos na tabela 13.

Tabela 13. Ganho de peso (kg) acumulado a partir dos 21 dias

Período (dias) Tratamentos EPM* Valor de P BC AC

21 – 28 0.059 0.113 0.008 <0.001

21 – 42 0.237 0.253 0.009 0.232

21 – 70 0.499 0.519 0.010 0.160

*Erro padrão da média

5.2.2. Consumo diário de ração

O consumo de ração diário por animal foi superior no tratamento AC no período de 21 a 42 dias, 0,350 kg, e de 0,299 kg no tratamento BC (P<0,05). Não houve diferença estatística nos demais períodos. Os resultados estão expressos na tabela 14.

Tabela 14. Consumo de ração diário por animal (kg)

Período Tratamentos EPM* Valor de P BC AC

21 – 28 0.111 0.150 0.008 0.011

21 – 42 0.299 0.350 0.013 0.031

21 – 70 0.728 0.794 0.019 0.052

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5.2.3. Conversão alimentar

A conversão alimentar acumulada foi diferente no período de 21 a 42 dias, e foi de 1,28 para o tratamento BC e 1,38 para o tratamento AC. E a conversão final também foi melhor no tratamento BC com 1,46 e 1,53 no tratamento AC (P<0,05). Os resultados estão descritos na tabela 15. Tabela 15. Conversão alimentar acumulada dos tratamentos BC e AC

Período Tratamentos EPM* Valor de P BC AC 21 – 28 1.88 1.37 0.09 0.013 21 – 42 1.28 1.38 0.02 0.008 21 – 70 1.46 1.53 0.02 0.013

*Erro padrão da média

5.2.4. Microbioma

Não houve diferença estatística de diversidade e riqueza da microbiota entre os tratamentos nos três momentos de coleta (Figuras 1 e 2 e tabela 16).

O efeito do tratamento sobre a idade teve efeito positivo sobre a diversidade. O tratamento BC foi diferente somente na terceira (70 dias de idade) coleta que teve o maior índice de diversidade, já no tratamento AC a segunda coleta (42 dias de idade) foi igual a primeira (21 dias de idade) e a terceira coletas (70 dias de idade), porém a primeira e a terceira coletas foram diferentes entre si (Figura 3 e Tabela 16).

O mesmo efeito foi observado na riqueza das amostras onde, no tratamento BC, houve diferença estatística entre a segunda coleta, com menor riqueza, e a primeira e terceira coleta, com riquezas semelhantes. Já o tratamento AC todas as coletas se diferiram, sendo que a maior riqueza foi observada na terceira coleta, seguida da primeira coleta e, por fim, a com menor riqueza a segunda coleta (Figura 4 e Tabela 16).

Tabela 16. Riqueza e diversidade da comunidade microbiana fecal de leitões em fase de creche.

Idade 21 dias 42 dias 70 dias

EPM* Valor de P

Tratamento BC AC BC AC BC AC Tratamento Idade T x I

Riqueza 730 630 390 488 844 782 28,31 0,758 <0,001 0,023

Diversidade 4,16 3,70 3,65 3,96 4,70 4,34 0,08 0,506 <0,001 0,029

37 Figura 1. Índice Shanon (Diversidade) – Comparação da diversidade entre os tratamentos nos diferentes momentos de coleta 21, 42 e 70 dias de idade. Não houve diferença estatística entre os grupos.

38 Figura 2. Índice Chao (Riqueza) – Comparação da riqueza entre os tratamentos nos diferentes momentos de coleta 21, 42 e 70 dias de idade. Não houve diferença estatística entre os grupos.

39 Figura 3. Índice Shanon (Diversidade) – Comparação da diversidade entre os diferentes momentos da coleta dentro de cada tratamento. No tratamento BC, houve diferença estatística entres as duas primeiras coletas e a última coleta que foi a coleta que apresentou a maior diversidade. Já no tratamento AC a segunda coleta foi igual a primeira e a terceira coletas, porém a primeira e a terceira coletas foram diferentes entre si.

40 Figura 4. Índice Chao (Riqueza) – Comparação da riqueza entre os diferentes momentos da coleta dentro de cada tratamento. No tratamento BC, a segunda coleta foi a coleta com menor riqueza, e a primeira e terceira coletas com riquezas semelhantes. No tratamento AC todas as coletas foram diferentes estatisticamente com a maior riqueza na terceira coleta, seguida pela primeira coleta e segunda coleta.

Aos 42 dias os gêneros que diferiram entre os tratamentos foram Eubacterium, Clostridium, Lactobacilus, Bulleidia, Bacteriodes e Lachnospira. Sendo os gêneros Eubacterium, Lactobacilus e Bacterioides mais prevalentes nos animais do tratamento BC (Anexo 4, Figura 5).

Aos 70 dias os gêneros que diferiram entre os tratamentos foram Coprococcus, Mitsuokella, Dehalobacterium. Somente a Mitsuokella foi mais prevalente no tratamento AC (Anexo 4, Figura 6).

41 Figura 5. Abundância de gêneros aos 42 dias de idade. Os gêneros mais prevalentes em ambos tratamentos foram Prevotella, Bacteroides, Phascolarctobacterium, Oscillospira, Parabacteroides, Megasphaera, Lactobacillus, Mitsuokella. Houve diferença estatística somente nos gêneros Eubacterium, Clostridium, Lactobacilus, Bulleidia, Bacteriodes e Lachnospira. Sendo que no tratamento A os gêneros Eubacterium, Lactobacilus e Bacterioides foram mais prevalentes nos animais do tratamento BC do que no tratamento AC.

0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000

BC AC

Abundância de gêneros aos 42 dias

g__YRC22 g__Eubacterium g__vadinCA11

g__Clostridium g__ g__Lactobacillus

g__Bulleidia g__Bacteroides g__Lachnospira

g__Coprococcus g__Campylobacter g__Sutterella

g__Anaerostipes g__CF231 g__Butyricimonas

g__Dorea g__Parabacteroides g__Succinivibrio

g__Blautia g__Collinsella g__Epulopiscium

g__Coraliomargarita g__Mitsuokella g__Peptococcus

g__Catenibacterium g__Ruminococcus g__Streptococcus

g__Dehalobacterium g__p_75_a5 g__Fibrobacter

g__Fusobacterium g__Faecalibacterium g__RFN20

g__Bilophila g__Actinobacillus g__L7A_E11

g__rc4_4 g__Treponema g__Anaerobiospirillum

g__Acidaminococcus g__Anaerovibrio g__Prevotella

g__Mogibacterium g__Flexispira g__Oscillospira

g__Eggerthella g__Christensenella g__Slackia

g__Oxalobacter g__Holdemania g__Pseudoramibacter_Eubacterium

g__Megasphaera g__Methanobrevibacter g__Anaerotruncus

g__Desulfovibrio g__Mucispirillum g__Odoribacter

g__Anaerofustis g__Enterococcus g__Phascolarctobacterium

42 Figura 6. Abundância relativa aos 70 dias de idade. Os gêneros mais prevalentes em ambos tratamentos foram Prevotella, Lactobacillus, Streptococcus, Phascolarctobacterium, Ruminococcus, Oscillospira, Parabacteroides, Megasphaera. Os gêneros que se diferiram entre os tratamentos foram Coprococcus, Mitsuokella, Dehalobacterium. Somente o gênero Mitsuokella foi mais prevalente no tratamento AC.

0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000

BC AC

Abundância de gêneros aos 70 dias

g__Coprococcus g__Mitsuokella g__Dehalobacterium

g__Anaerovibrio g__Coprobacillus g__Enterococcus

g__Epulopiscium g__Treponema g__Oscillospira

g__Anaerotruncus g__Catenibacterium g__Sutterella

g__Eubacterium g__ g__Anaerofustis

g__Blautia g__Anaeroplasma g__Bilophila

g__Oxalobacter g__Peptococcus g__Phascolarctobacterium

g__Clostridium g__Megasphaera g__Methanobrevibacter

g__Roseburia g__Slackia g__L7A_E11

g__Ruminococcus g__p_75_a5 g__Campylobacter

g__Dorea g__Pseudoramibacter_Eubacterium g__Pyramidobacter

g__Selenomonas g__Succiniclasticum g__Flexispira

g__RFN20 g__Streptococcus g__vadinCA11

g__rc4_4 g__Acidaminococcus g__Lachnospira

g__Mucispirillum g__Succinivibrio g__Anaerostipes

g__Bulleidia g__Anaerovorax g__Lactobacillus

g__Parabacteroides g__Butyricimonas g__Fusobacterium

g__Actinobacillus g__Odoribacter g__Bacteroides

g__CF231 g__Anaerobiospirillum g__Mogibacterium

g__Prevotella g__Desulfovibrio g__YRC22

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