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4.10.1

Funcionamento do Parque Solar

O funcionamento do Parque Solar assenta na captação solar que é feita por painéis fotovoltaicos, os quais são instalados numa estrutura metálica (seguidor).

A energia produzida por estes módulos é encaminhada para os Inversores que, por sua vez, encaminham a energia para os Postos de Transformação e destas para os Postos de Seccionamento, que a enviam para a Subestação e desta para a rede elétrica de distribuição pública.

Os módulos fotovoltaicos são concebidos, em termos de operação, de acordo com o princípio de segurança intrínseca. Os seus diversos componentes estão permanentemente controlados.

A área afeta ao Parque Fotovoltaico disporá de sistemas de segurança, nomeadamente, sistema de deteção de intrusão. O sistema de supervisão a instalar no Parque Solar terá acesso, em tempo real, às grandezas das Instalações Elétricas e às grandezas dos equipamentos.

As operações levadas a cabo durante a operação do projeto serão as de monitorização da produção da central, manutenção preventiva e manutenção corretiva.

As atividades inerentes a esta fase dizem respeito à gestão de resíduos e eventuais manuseamentos de materiais poluentes, controlo visual e mecânico dos equipamentos instalados, reparações (vedação, portões, entre outros), manutenção do terreno (limpeza, decapagem, podas, entre outros) e infraestruturas (Postos de Transformação e Subestação).

No que respeita à duração desta fase estima-se que seja de 30 anos.

4.10.2

Acessos

Os acessos existentes utilizados para a construção e montagem do Parque Solar serão mantidos durante a sua vida útil de exploração, havendo lugar à sua beneficiação sempre que as condições de utilização ou meteorológicas o imponham.

4.10.3

Meios humanos

Estima-se que a exploração do Parque Fotovoltaico ESCALABIS crie aproximadamente 5 a 10 postos de trabalho permanentes.

4.10.4

Efluentes, resíduos e emissões previsíveis

Na fase de exploração são previsíveis os seguintes tipos de efluentes, resíduos e emissões:

 Óleos usados e produtos afins utilizados na lubrificação dos diversos componentes dos postos de transformação. Refira-se, no entanto, que o período de utilização dos óleos dos transformadores é relativamente longo (alguns até aos 30 anos);

 Efluentes líquidos resultantes das instalações sanitárias do Edifício de Comando;  Peças ou parte de equipamento substituído;

 Materiais sobrantes das manutenções (embalagens de lubrificantes, resíduos verdes entre outros);  Ruído e emissões gasosas resultante do tráfego associado à vigilância e manutenção;

 Ruído associado ao funcionamento dos inversores e transformadores.

Na fase de exploração do Parque Solar não são emitidas para a atmosfera quaisquer emissões de dióxido de enxofre (SO2), óxidos de azoto (NO2), dióxido de carbono (CO2), partículas, escórias e cinza

de carvão.

A manutenção do Parque Solar também não origina a produção significativa de resíduos, sendo apenas de referir a substituição, apenas se estritamente necessário, dos óleos usados dos Postos de Transformação por entidade devidamente licenciada para o efeito.

Na fase de exploração existem dois tipos diferentes de manutenção que geram as seguintes tipologias de resíduos:

 Manutenção preventiva:

o Estão previstas ações diárias, semanais, mensais, trimestrais, semestrais, anuais e trianuais. A maioria das ações são de frequência semestral e anual;

o Supervisão, Inspeção, verificação, medição, testes de componentes; o Limpeza de módulos duas vezes por ano e controlo de vegetação.

Fotografia 4.22 - Exemplo do equipamento para limpeza dos painéis fotovoltaicos  Manutenção corretiva:

A manutenção corretiva é não programada. Implica reposição/reparação de equipamentos. Os resíduos são à dimensão da avaria.

 Limpeza

Os painéis fotovoltaicos serão limpos com água desmineralizada. A água desmineralizada está isenta de sais minerais, permite o efeito estático, mantendo os painéis limpos por períodos mais prolongados. São excluídos qualquer uso de químicos.

A limpeza dos painéis é feita com o recurso de um trator com um braço rotativo no qual está instalado um sistema giratório munido de escovas, funcionando a uma baixa velocidade. Assim os painéis são limpos, eliminando sujidades e incrustações.

 Fossa sética

Relativamente à produção de águas residuais domésticas, de acordo com o número de trabalhadores nesta fase, que variará entre 5 e 10 trabalhadores, não se prevendo que a sua permanência seja em simultâneo ou sujeitos a um período normal de trabalho, nas instalações do Parque Solar, de oito horas por dia.

Adotando um consumo comercial de 50 L/hab/dia (conforme art. 14.º do Decreto Regulamentar 23/95 de 23 de 1995-08-23) e um fator de afluência de 0,8, considera-se que o volume de águas residuais afluentes à fossa será de 40 L/hab/dia.

4.10.5

Manutenção da Linha Elétrica

Durante o período de manutenção da linha existirão atividades programadas de manutenção, de conservação e de pequenas alterações, nomeadamente:

 Atividades de inspeção periódica do estado de conservação da linha, que visam a boa exploração da mesma e a identificação, atempada, de potenciais avarias. Estas atividades de inspeção terão uma periodicidade de 1 a 5 anos, em função do tipo de inspeção a realizar;  Observação da faixa de proteção para deteção precoce de situações suscetíveis de afetar o

funcionamento da linha, incidindo sobre inspeção regular das zonas de expansão urbana, situadas na faixa de proteção, e inspeção anual dos apoios da linha, sujeitos ao poio e nidificação da avifauna (cegonhas);

 Substituição de componentes deteriorados, como por exemplo, cadeias de isoladores;

 Intervenções sobre a vegetação, podendo significar o corte ou decote regular do arvoredo de crescimento rápido na zona da faixa, para garantir o funcionamento da linha;

 Execução das alterações impostas pela construção de edifícios ou de novas infraestruturas; Condução da linha integrada na RNT, deteção, registo e eliminação de incidentes.