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PARTE IV – O CARÁTER NUCLEAR E CIRCULAR DA CONSULTORIA INTERNA

CAPÍTULO 8 – A CONSULTORIA INTERNA: UMA FUNÇÃO NUCLEAR COM UM

8.2 Os modos de conversão do conhecimento

8.2.2 Externalização

Essa forma de conversão do conhecimento corresponde ao processo no qual uma parte do conhecimento tácito de uma pessoa se converte em algum tipo de conhecimento explícito. Geralmente, esse tipo de conversão se dá mediante a articulação do conhecimento tácito em conceitos explícitos45 (NONAKA; TAKEUCHI, 1997).

O esforço para externalizar o conhecimento ganha uma dimensão mais ampliada na prática desses consultores. Assim, por exemplo, numa abordagem mais alargada de sua prática na conversão do conhecimento em torno da resolução conjunta de problemas, o consultor Caio escolhe uma prática que transcende o limite da Petrobras, integrando-se na Universidade como base para suas reflexões. Assim, tem a avaliação da parceria Petrobras/UFRN na geração do conhecimento como ponto central para refletir.

Nesse sentido, evidenciamos por meio de um extrato dessa prática, conforme Quadro 14, algumas de suas reflexões e relatos sobre essa sua vivência em torno de uma experiência de externalização do conhecimento.

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Quadro 14

A sessão reflexiva e a externalização do conhecimento

EXTRATO DA SESSÃO COM O SENTIDO DA EXTERNALIZAÇÃO O consultor Caio

O consultor Caio tinha como objetivo na prática escolhida fazer uma avaliação da parceria da Petrobras com a UFRN nos projetos de desenvolvimento tecnológico de conhecimento. Para isso, escolheu como atividade a avaliação da parceria da Petrobras com a UFRN na geração do Conhecimento. Nesse sentido, organizou previamente um espaço na UFRN convidando docentes e discentes que atuam mais diretamente nessa parceria.

Comentando sobre o que fez nessa prática ele declara: “[...] fiz um relato de como foi que ocorreu a integração e a intensificação da Petrobras UN-RNCE e a UFRN. [...] passei uma impressão sobre essa correlação tecnológica e solicitei feeback para que fizéssemos uma reflexão sobre o resultado dessa parceria. [...] externalizei o meu conhecimento sobre essa parceria”.

Refletindo sobre o significado do que fez nessa prática, o consultor Caio nos revela: “[...] o significado da prática escolhida é perceber que construímos uma teia de relações que vem facilitando a geração do conhecimento através do GEA-Grupo de Estudos e Afloramento criado entre a Petrobras e a UFRN”. “[...] isso tem um significado pessoal – realização profissional. “[...] avaliar a evolução do GEA e refletir sobre a minha participação nesse grupo é como se tivesse deixado um legado lá”. “[...] tenho satisfação profissional pela Petrobras poder desenvolver uma prática social muito intensa”. “[...] ter aprendido algo e ter externalizado, e hoje perceber que está sendo multiplicado pelo GEA. “[...] vejo o GEA andar com as próprias pernas. Tem teses desenvolvidas sobre ele. É uma semente lançada e que germinou”.

Relatando sobre as causas de sua atuação nessa prática esse consultor atribuiu “[...] o conhecimento que adquirir na empresa ao acúmulo de conhecimento tácito e teórico”. “A experiência gerencial”. “[...] aprendi, passei adiante e vejo resultado”. “[...] vejo como externalizar o conhecimento tem resultado”.

Refletindo sobre de que outra forma faria essa atividade, o consultor Caio faz alguns comentários: “ [...] marcaria o encontro com mais antecedência. Prepararia melhor os slides e a minha fala. Me prepararia melhor para o debate”.

A prática escolhida pelo consultor Caio compreende a externalização do conhecimento, transcendendo o nível da unidade de negócio onde atua na Petrobras em direção à Universidade, no sentido de mobilizar inúmeras experiências de criação do conhecimento através da externalização que ocorre tanto no âmbito da Petrobras como na Universidade e entre essas duas instituições. Nesse sentido, o consultor, ao interagir como mediador nas correlações tecnológicas entre a Companhia e a UFRN, está contribuindo para a conversão do conhecimento. Nonaka e Takeuchi (1997, p. 73) consideram que “a

externalização é a chave para a criação do conhecimento, pois cria conceitos novos e

explícitos a partir do conhecimento tácito”.

Dados os resultados que essa experiência nos evidencia e pensando nos sentidos atribuídos por esse consultor à externalização do conhecimento, pensamos que a ampliação da formação desses consultores para os aspectos relacionais, sociais e pedagógicos traria ganhos significativos para além do processo de conversão do conhecimento em si. Assim, por exemplo, passariam a perceber a exuberância subjetiva e objetiva presente no entrecruzamento da externalização como modo de conversão do conhecimento com as dimensões formativas, trazendo ganhos para a formação deles e de seus colaboradores mediante a ressignificação de suas próprias atitudes perante a prática.

Contudo, conforme Freitag e Silva (2007), pensar o consultor como um profissional facilitador da formação, no sentido amplo em que defendemos, constitui-se como um desafio, pois implica uma relação explícita e espontânea ao paradigma da reflexividade. Como afirma Perrenoud (2002), é algo complexo que trata, ao mesmo tempo, de ampliar as bases científicas da prática e desenvolver formações que articulam racionalidade científica e prática reflexiva como duas faces da mesma moeda. No mais, como observamos no capítulo anterior, trata-se de uma dinâmica que compreende a articulação das várias dimensões: técnica, estratégica, tática e relacional, integrantes do papel desses consultores como facilitadores da formação mediante a conversão do conhecimento em torno da resolução conjunta de problemas.

As reflexões do consultor Caio sobre a prática por ele escolhida nos possibilitou compreender melhor os sentidos atribuídos por ele à externalização como modo de conversão do conhecimento. Além disso, conforme Freitag e Silva (2007), o consultor, ao ter oportunidade de refletir sobre sua prática, desenvolve novos sentidos para além da dimensão técnica nela compreendida.

Na sessão reflexiva sobre a análise preventiva de riscos – prática escolhida – o consultor Jim Lee nos traz informações importantes sobre os sentidos atribuídos à

externalização como modo de conversão do conhecimento. O Quadro 15 apresenta um extrato

Quadro 15

A sessão reflexiva e a externalização do conhecimento

EXTRATO DA SESSÃO COM O SENTIDO DA EXTERNALIZAÇÃO Consultor Jim Lee

O consultor Jim Lee tinha como objetivo em sua prática promover um encontro de profissionais com tempos de experiência diferentes e com atuação em atividades relacionadas à análise preventiva de acidentes. Para isso, escolheu como prática reflexiva a análise de prevenção de riscos – RAZOP. Nesse sentido, adotou alguns critérios para a escolha dos participantes e organizou a sala onde foi realizada a prática com recursos audiovisuais, computador e várias plantas que ficaram afixadas nas paredes da sala. Enquanto conduzia o grupo para eleboração de hipóteses sobre possíveis situações de riscos, motivava as discussões sobre as ações preventivas a elas associadas. As hipóteses e os consensos gerados sobre as ações de prevenção iam sendo registrados pelo consultor em planilhas previamente construídas para essa finalidade.

Ao refletir sobre o que fez nessa prática, esse consultor ressalta, primeiramente: “[...] resolvi participar dessa prática reflexiva para fazer uma ‘reformatação’ pessoal. Tornar minha prática mais produtiva”. Comenta: “[...] conduzi uma atividade para verificar se o projeto está seguro para entrar em operação [...], selecionei pessoas de acordo com determinado perfil para compor uma equipe multidisciplinar”. Sobre o modo de conversão nessa prática ele considera que aconteceu a externalização a partir das analogias que cada um vai fazendo das situações. Percebe-se ângulos não vistos anteriormente.

Refletindo sobre o significado do que fez nessa prática o consultor Jim Lee nos revela: “[...] a atividade de análise de risco junto com a análise de prospectos exploratórios são as mais nobres, pelo menos na minha área de trabalho de processamento, porque possibilita uma troca de conhecimento “[...] se não houver externalização do conhecimento a gente não resolve o problema”.

Relatando sobre as causas de sua atuação nessa prática, afirma: “[...] a minha experiência na área de processo está muito ligado à segurança “[...]é uma atividade que gera conhecimento para mim e segurança para a empresa”.

O consultor destaca sua facilidade de trabalhar em equipe como fator facilitador dessa atividade. “[...] gosto de ouvir e aceitar questionamentos. Ter mais pessoas trocando conhecimento”.

Refletindo sobre de que outra forma faria essa atividade:

“[...] puxaria mais os participantes menos experientes”. “[...] colocaria mais as pessoas para refletirem”. “[...] anotaria as ideias que vêm durante o processo e caso não tivesse sido abordada, puxaria no final”. “ouviria mais”. “[...] estimularia a via divergente oposta ao caminho que se queria implementar”.“[...] estimular mais as falas”. “[...] pediria às pessoas para se apresentarem no início”. “[...] procuraria conhecer as expectativas dos participantes”. Fazendo um comentário no final da sessão, ressalta: “[...] recomendo que essa atividade seja feita com todos os consultores”.

O consultor nos passa mediante sua reflexão após aatividade a sua percepção sobre prática, observando o poder da reflexão na ressignificação de visões e de posições, o que pressupõe que as pessoas ficam mais flexíveis diante das situações vivenciadas. Evidenciou-

nos também que, pela vivência refletida, percebe como as analogias praticadas durante a atividade influenciaram na externalização do conhecimento.

Acompanhando a prática junto a esse consultor e analisando os sentidos atribuídos às possibilidades de conversão do conhecimento na prática escolhida, observamos o amplo potencial para a externalização, na medida em que, ao envolver profissionais que estão situados em várias partes do processo de trabalho, possibilita a externalização de situações associadas a cada uma dessas partes que são interdependentes, necessitando, em função disso, a externalização dos componentes específicos para compreensão do todo.

Durante as entrevistas, evidenciamos alguns sentidos atribuídos pelo consultor Rengaw à externalização. Ele nos declara em um dos seus discursos: “colaboro com as pessoas transmitindo a minha experiência, fazendo coisas práticas juntos no próprio universo de trabalho, podendo dialogar diretamente com elas na associação do conhecimento teórico com a prática”. A interpretação dos sentidos dessa fala nos conduz à compreensão de que nessa experiência, mediada pelo consultor, é estabelecida uma relação dialética entre os saberes teóricos e práticos mais avançados do consultor e os saberes práticos trazidos pelas pessoas, de suas práticas cotidianas.

Essa situação de aprendizagem, mediante a externalização do conhecimento, aproxima-se do pensamento de Vygotsky (2000), ao considerar que, ao mesmo tempo em que os conceitos cotidianos ascendem para a aprendizagem dos conceitos científicos, tornando-se conscientes e deliberados, estes descendem em busca da vivência e da experiência concreta. Trata-se, portanto, de uma dinâmica que, sendo orientada pela articulação das dimensões formativas evidenciadas no quinto capítulo, pode ter como um dos benefícios a intensificação de “relação de saber” entre esses consultores e os seus colaboradores, conforme nos anuncia o consultor Alberto em um dos seus discursos: “[…] às vezes o que levo para ensinar no campo não precisa. As pessoas já sabem [...] e eu aprendo com elas”.

Entendemos que a sistematização de uma formação facilitadora da externalização do conhecimento nas práticas desses consultores no encontro entre os saberes na dupla lógica implicada em suas práticas – resolver problemas e converter conhecimento – contribuiria como viabilizadora da formação deles e de seus colaboradores, na medida em que:

1. A externalização é caracterizada como um campo fértil para a geração do “conhecimento-na-ação”, que vem de várias direções nas práticas cotidianas do trabalho. Alinhado a esse entendimento, o consultor Jim Lee, durante a entrevista, falando sobre o seu

trabalho, declara: “[…] o desempenho através de solução de problemas provoca dúvidas e, consequentemente, as pessoas descobrem novos conhecimentos”.

A interpretação dessa fala nos traz o sentido de que os conhecimentos são revelados devido à execução capacitada e espontânea da performance dos profissionais envolvidos nas ações de trabalho, ao aprenderem a dar conta sozinhos de determinadas tarefas (SCHÖN, 2000). Constitui-se, portanto, como oportunidade para a construção do conhecimento a partir do pensamento sobre a sua prática, seja individualmente, mediante a autonomia que a prática reflexiva favorece, seja conjuntamente, em função dos laços gerados pela reflexão coletiva de perceber a personificação do conhecimento nas próprias práticas que realizam.

2. A externalização constitui-se, também, como oportunidade de ensinar e de aprender mediante a “reflexão-na-ação”.De acordo com essa compreensão, o consultor Gauss declara: “[…] a rotina de trabalho tem uma série de solicitações e oportunidades de formação”. Ao vivenciarem as práticas, juntos, no contexto do trabalho, esses profissionais podem criar um espaço próprio para reflexão individual ou conjunta enquanto estão agindo, trazendo como ganho, além de novas bases de conhecimento, a condição de aprender a “refletir-na-ação”, como uma forma de pensar enquanto a ação está acontecendo, sem interrompê-la, quando ainda é possível se interferir na ação em desenvolvimento. Essa reflexão serve para dar nova forma ao que está sendo feito (SCHÖN , 2000).

Contudo, essa aprendizagem, mediante a “reflexão-na-ação”, deve ser integrada nas bases dos saberes teórico, estratégico, tático e relacional. É preciso, também, considerar, como afirma Alarcão (2005, p. 56), que “a reflexão, para ser eficaz, precisa ser sistemática nas suas interrogações e estruturante dos saberes dela resultantes”. Visualizamos, assim, na

externalização do conhecimento, um amplo espaço para a formação desses consultores e de

seus colaboradores, integrando os aspectos interacionais, comunicacionais e pedagógicos, o que contribuiria para um encaminhamento dos efeitos reais das relações que são estabelecidas entre os consultores e seus colaboradores nas práticas cotidianas.

O espaço para a formação nessa direção é evidenciado na interpretação dos sentidos de um dos discursos do consultor Rengaw, quando afirma: “[…] a Petrobras nos dá muitos cursos, mas não é suficiente para a gente entender os direcionamentos de nossas ações como formadores”. O sentido dessa afirmação nos conduz a pensar que ficam fora da formação desses consultores os aspectos mencionados, característicos das práticas como facilitadores da formação. A título de exemplo, as possibilidades de formação na conversão do conhecimento

ficam limitadas devido à falta de habilidades para articulação das dimensões formativas em torno dos aspectos estratégico, tático e relacional que emergem durante as experiências conjuntas perante a resolução de problemas.

Ainda sobre a externalização, como modo de conversão do conhecimento, nas experiências formativas das práticas cotidianas, encontramos, em um dos discursos do consultor Pitágoras durante a entrevista a seguinte afirmação: “[…] crio situações desafiadoras que induzem os colaboradores a procurar a minha ajuda e a colar nos profissionais mais antigos na busca de novos conhecimentos, na medida em que, ao desenvolverem suas tarefas no trabalho sentem necessidade de reforço […]”.

Entendemos que a atitude de desafiar os colaboradores a atuarem além do nível de desenvolvimento, ao responderem prontamente as tarefas que lhes são atribuídas, direciona-os para realizações compatíveis com o nível de desenvolvimento potencial dos colaboradores. Isso recai numa prática, embora não sistematizada, refletida e consciente por parte desses profissionais, alinhada ao conceito vygotskyano de “zona proximal”.

A distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes (VYGOTSKY, 1994, p. 12).

Compreendemos que as ações dos consultores, compatíveis com essa definição, favorecem o processo de aprendizagem instalado na relação entre os consultores e seus colaboradores na medida em que esses colaboradores aprendem, sendo desafiados a executar tarefas que até então não sabiam fazer sozinhos, podendo sempre evoluir nesse processo, desde que saibam comunicar bem as suas necessidades e buscar apoio apropriado.

Conhecer e saber comunicar as necessidades que emergem dessa experiência apresenta-se, a nosso ver, como um amplo espaço para o exercício do “conhecer-na-ação”, “refletir-na-ação”, “refletir-sobre-a-ação” e “refletir sobre a reflexão-na-ação”, trazendo, entre outros ganhos, um tipo de saber inteiramente tirado da experiência de si mesmo, o que conduz ao desenvolvimento de níveis maiores de autonomia, tida como um dos grandes ganhos da formação pela prática reflexiva (ALARCÃO 1996a; SCHÖN, 2000; SÁ-CHAVES, 2002; ZEICHNER, 1993).

Em função disso, os consultores, ao incorporarem as práticas facilitadoras de ações formativas em suas ações cotianas, apoiadas por uma formação sistematizada nesse sentido, poderiam passar a dar um direcionamento ampliado na relação com os seus assistidos no intuito de:

1. Ao serem desafiados para uma nova prática, os profissionais, se orientados para atuarem de forma reflexiva em torno de suas ações, teriam a possibilidade de ampliar a percepção e a articulação dos conhecimentos gerados no percurso de suas ações, gerando bases tácitas enriquecidas de conhecimento.

2. Sendo orientados, nas situações estimuladoras, para o “refletir-na-ação” que praticam em torno dos dilemas e das situações de conflitos, os consultores teriam a oportunidade de incrementar a formação de saberes em outras dimensões, especialmente os processuais.

3. Ter uma orientação sistematizada para a formação em torno do “refletir-sobre-as- ações”, em experiências estimuladoras, facilitaria o nível de desenvolvimento potencial dos profissionais para lidar com as situações incertas e imprevistas, para as quais os padrões aprendidos não dão conta de atender.

Pensar as práticas cotidianas como instância para a formação representaria, para os consultores, inúmeras oportunidades para a construção e externalização do conhecimento, a partir do pensamento na prática e sobre a prática. Contudo, os papéis exercidos pelos consultores não são orientados por uma perspectiva reflexiva, conforme pode ser evidenciado no discurso do consultor Vivo: “[…] só quando você pergunta é que a gente reflete. Refletir é um catalisador positivo […]”.

Esse fato constitui-se como mais um motivo que reforça nossa concepção de que há uma perda na formação por meio das práticas, implicando, portanto, a necessidade de uma ampliação da formação desses consultores para que possam conduzir de forma mais apropriada as situações que emergem na dinâmica de suas práticas. Nesse sentido, evidenciamos, na fala do consultor Pitágoras, a afirmação: “[…] ao desafiar os colaboradores para novas práticas, eles desenvolvem diferentes necessidades e descobrem coisas que eu não sabia e aí aprendo com eles e eles aprendem comigo”.

Embora a experiência de formação, em dupla direção nas práticas cotidianas em estudo, não seja sistematizada através das práticas reflexivas, o discurso “o desenvolvimento de diferentes necessidades e o descobrimento de coisas que eu não sabia” reforça o sentido da formação que a prática favorece e, também, o sentido do pensar sobre o que se faz, conduzindo à descoberta do novo. Isso mostra a iniciativa por parte dos colaboradores no

intuito de estabelecer com a prática uma relação de busca ativa do conhecimento, mesmo não tendo uma orientação formal nessa direção.

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