• Nenhum resultado encontrado

Extração de DNA e Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR)

No documento 2015IsabelCristinaCisco (páginas 42-55)

5. CAPÍTULO 2 Campylobacter jejuni e Campylobacter coli em carcaças de frango

2.3 Extração de DNA e Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR)

A extração de DNA das amostras e a análise por multiplex-PCR foram realizadas conforme Borsoi et al. (2009). Brevemente, as amostras foram centrifugadas a 12.000 rpm por 10 minutos e o sobrenadante descartado. O pellet obtido foi suspenso em 800 μL de água ultrapura, homogeneizado e novamente centrifugado a 12.000 rpm por cinco minutos. Este procedimento foi realizado quatro vezes e o material ressuspenso em 200 μL de água ultrapura. Em seguida, as amostras foram colocadas em bloco térmico entre 96ºC e 98ºC por 10 minutos, centrifugadas a 12.000 rpm por 10 minutos e o sobrenadante armazenado para as análises por multiplex-PCR.

Utilizou-se o multiplex-PCR proposto por Denis et al. (1999) adaptado por Perdoncini et al. (2015) para diferenciar C. jejuni e C. coli, com três pares de primers para cada reação, baseados na sequência para região 16rRNA comum entre as espécies, como segue: MD16S1 (5'-ATC TAA TGG CTT AAC CAT TAA AC - 3') e MD16S2 (5' -GGA CGG TAA CTA GTT TAG TAT T - 3'), com 857pb. A identificação das espécies C. jejuni e C. coli foram baseadas no gene mapA e ceuE, respectivamente, com a sequência de primers MDmapA1 (5' -CTA TTT TAT TTT TGA GTG CTT GTG - 3') e MDmapA2 (5'-GCT TTA TTT GCC ATT TGT TTT ATT A - 3') para o gene mapA e COL3 (5' -AAT TGA AAA TTG CTC CAA CTA TG - 3') e MDCOL2 (5' -TGA TTT TAT TAT TTG TAG CAG CG-3') para o gene ceuE.

As reações ocorreram em termociclador (Biocycler-Peltier Thermal Cycler) com desnaturação inicial de 95 ºC por 10 minutos; 35 ciclos a 95 ºC por 30 segundos; anelamento a 59 ºC por 1 minuto e 30 segundos; extensão a 72 ºC por 1 minuto e extensão final a 72 ºC por 10 minutos. A eletroforese dos amplicons foi realizada em gel de agarose a 1,5% (Invitrogen), corado com brometo de etídio e visualizado em sistema de foto documentação com transluminador ultravioleta (UV) (ATTO®).

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Das 36 amostras de carcaças resfriadas e congeladas foi verificada positividade para

ϰϮ 

Tabela 1. Ocorrência de Campylobacter jejuni e/ou C. coli em carcaças de frango resfriadas e congeladas coletadas em abatedouros avícolas.

Abatedouro Carcaças Resfriadas (%) Carcaças Congeladas (%) Total (%) A 33,3% 0% 16,66% B 100% 66,6% 83,33% C 83,3% 100% 91,7% TOTAL 72,2% 55,5% 63,8%

Neste trabalho, a ocorrência de Campylobacter termotolerantes em carcaças resfriadas foi 72% e para carcaças congeladas 55%. Os resultados deste trabalho são superiores aos citados por Mulinari et al. (2014), que identificou Campylobacter em 43,2% carcaças de frangos e em 7,7% dos miúdos e cortes avaliados.

Concordando com este estudo, Franco et al. (2004) citam que C. jejuni sobrevive em ambientes e alimentos refrigerados melhor do que em temperatura ambiente, contrariando as características tradicionais de outras bactérias. Neste sentido, Maziero e Oliveira (2010), ao analisar carne de frango após a embalagem no frigorífico, 4 dias a 4°C e 28 dias a 20°C negativos, citam que houve diferença significativa em UFC/g de Campylobacter spp. entre amostras frescas e armazenadas sob refrigeração ou congelamento, indicando que a bactéria pode sobreviver bem ao período de comercialização de carnes resfriadas.

Estes resultados estão em concordância também com Bhaduri e Cottrell (2004) que, ao avaliarem a sobrevivência de C. jejuni a 4°C e -20°C em carne de frango, artificialmente contaminadas e irradiadas, concluíram que a refrigeração reduziu as contagens da bactéria após 3 e 7 dias, mas células viáveis ainda podiam ser detectadas após 14 dias de estocagem.

Dados do FDA (2011) revelam uma variação entre 30 e 100% das aves que carreiam este microrganismo e de 20 a 100% de contaminação nos produtos do varejo. Esta variação é confirmada por Medeiros et al. (2012), que ao avaliar 30 carcaças de frango resfriadas identificaram Campylobacter spp. em 21 amostras (70%), sendo 28,6% em abatedouros, 38,1% em supermercados e 7, 33% em feiras livres.

ϰϯ 

A sobrevivência de Campylobacter em amostras resfriadas é citada por Azeredo et al. (2010), que avaliou carcaças de frango após o resfriamento e constatou que Campylobacter spp. manteve-se viável a 4ºC; Badaró (2013), ao citar 44 % de positividade em carcaças de frango provenientes de abatedouros do Estado de Minas Gerais; Oliveira e Oliveira (2013) com 20% de positividade em carcaças na saída do chiller e Maziero (2007), com a detecção de Campylobacter termotolerantes em 53,3% em amostras de carne de frango resfriadas e 36,67% em amostras congeladas.

Já a sobrevivência de Campylobacter em amostras congeladas é relatada por Lee et al., (1998), que citam que Campylobacter pode ser inativado em temperaturas a partir de 15ºC negativos. Entretanto, para os autores o congelamento não eliminaria o patógeno em alimentos previamente contaminados.

Além da ocorrência de Campylobacter nas carcaças de frango avaliadas no presente estudo destaca-se a identificação de espécies termotolerantes associadas as DTAs, com 44,4% (16/36) de C. jejuni, 36% (13/36) de C. coli e 16,7% (6/36) para ambas. A prevalência destas espécies é citada também por Perdoncini et al., (2015), que identificaram Campylobacter

jejuni e/ou C. coli em 37,1% de 105 carcaças resfriadas. As carcaças avaliadas eram oriundas

de cinco matadouros-frigoríficos do estado do Rio Grande do Sul, com ocorrência entre zero e 71,4%

Sierra Argüello et al. (2015) citam a presença de Campylobacter jejuni em 140 amostras (99,2%) e Campylobacter coli em uma amostra (0,7%) ao avaliar fezes (n=8), água do chiller (n=18), carcaças de frango (n=26) e carne de frango pronta para o consumo (n=89) oriundas de abatedouros de aves também neste Estado. Já Hue et al. (2011) demostraram 57,1% de C.

jejuni e 42,5% de C. coli em 532 carcaças de frango avaliadas.

A contaminação cruzada devido à manipulação inadequada de alimentos no ambiente doméstico é considerada uma fonte importante de infecção (MATTICK et al., 2003). A positividade encontrada nesse estudo e os resultados demonstrados por outros autores, evidenciando a contaminação por Campylobacter nos produtos avícolas é preocupante, visto que a dose infectante para Campylobacter é baixa. Além disto, as espécies identificadas são termotolerantes, e consequentemente passíveis de causar DTAs. Por tratar-se de um produto resfriado e/ou congelado, onde microrganismos deste gênero podem sobreviver às condições de armazenamento, deve-se induzir a prevenção das infecções por Campylobacter com instruções adequadas ao consumidor final, bem como a aplicação das Boas Práticas de Fabricação e a indicação de cozimento adequado a estes produtos.

ϰϰ 

4. CONCLUSÃO

Verificou-se a presença de cepas termotolerantes de Campylobacter em 63,8% das carcaças de aves congeladas e resfriadas avaliadas, indicando estes produtos finais como prováveis fontes de transmissão de Campylobacter para humanos.

AGRADECIMENTO

Ao apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS, Programa Pesquisador Gaúcho - PqG – Edital FAPERGS nº 004/2012).

REFERÊNCIAS

AZEREDO L.I.; LUCHESE R.H.; LAURIA-FILGUEIRAS A.L. Campylobacter spp. em carne de ave crua: avaliação da etapa de resfriamento. Revista Instituto Adolfo Lutz. p.518- 524, 2010.

BADARÓ, A. C. L. Qualidade de carcaças de frango de abatedouros do estado de minas gerais: ocorrência de Campylobacter jejuni e perfil de resistência a antimicrobianos. 2013. 174f. Tese de doutorado – Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, Universidade Federal de Viçosa.

BHADURI, S.; COTTRELL, B. Survival of cold-stressed Campylobacter jejuni on ground chickens and chicken skin during frozen storage. Appl. Envirom. Microbiol. vol. 70 p. 7103- 7109, 2004.

BORSOI, A. et al. An inoculation of newly hatched broiler chicks with two Brazilian isolates of Salmonella Heidelberg strains with different virulence gene profiles, antimicrobial resistance and pulsed field gel electrophoresis patterns to intestinal changes evaluation. Poultry Science, v. 88, p. 750-758, 2009

BORSOI, A.; NASCIMENTO, V.P. 2011. In: Campylobacter em produtos avícolas e sua importância na saúde pública. Disponível em: http://pt.engormix.com/MA-avicultura/

ϰϱ 

administracao/artigos/campylobacter-produtos-avicolas-sua-t777/124-p0.htm. Acesso em: 03 de abril de 2013.

BRASIL. Resolução RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001. Dispõe sobre os princípios gerais para o estabelecimento de critérios e padrões microbiológicos para alimentos. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 2001. Disponível em: <http://www.abic.com.br/arquivos/leg_resolucao12_01_anvisa.pdf>. Acesso em: 20.07.2015. Denis M. Soumet C., Rivoal K., Ermel G. Blivet D., Salvat G. & Colin P. 1999. Development of m-PCR assay for simultaneous identification of Campylobacter jejuni and C. coli. Lett Appl Microbiol, v.29, p. 406-410, 1999.

EFSA Journal. Trends summary report on zoonoses, zoonotic agents and food-borne

outbreaks 2013 http://www.efsa.europa.eu/en/efsajournal/doc/3991.pdf 2015.

FDA. US Food and Drug Administration. Center For food Safety and Aplied Nutrition. 2011.

Disponível em <http: www.cdc.gov/ mmwr/prevew/mmwthtml/mm5125a2.htm>. Acesso em

Acesso em 12 de maio de 2014.

FAO. Risk Assessment of thermophilic Campylobacter spp. in broiler chickens.

http://www.fao.org/docrep/008/y8145e/y8145e07.htm. Acesso em 01 de julho de 2015.

FRANCO, B.D.G.M.; LANDGRAF, M. 2004. Microbiologia dos Alimentos. São Paulo. Ed. Atheneu, 182p.

FORSYTHE, S.J. Microbiologia da segurança alimentar. Rio Grande do Sul: Artmed, 2012, p. 208-212

HOBBS, B.C.; ROBERTS, D. Toxinfecções e controle higiênico-sanitário de alimentos. 2ª Ed, São Paulo: Varela, 1999. p.123-124.

Hue O et al. Campylobacter contamination of broiler caeca and carcasses at the slaughterhouse and correlation with Salmonella contamination. Food Microbiology. p.862- 868, 2011. doi:10.1016/j.fm.2010.11.003

ϰϲ 

HUMPHREY, T.; O’BRIEN, S.; MADSEN, M. Campylobacter as zoonotic pathogens: A food production perspective. International Journal of Food Microbiology, v. 117, p. 237-257, 2007.

ISO 10272-1:2006. Microbiology of food and animal feeding stuffs – Horizontal method for the detection and enumeration of Campylobacter spp. Part 1: Detection method. Internacional Standard -ISO. Geneva 20, Switzerland; p. 1–16, 2006.

LEE, A.; SMITH, S.C.; COLOE, P.J. Survival and growth of Campylobacter jejuni after artificial inoculation onto chicken skin as a function of temperature and packaging 60 conditions. Journal of Food Protection, v.61, 1998. p. 1609-1614.

MARINOU, I.; BERSIMIS; S.; IOANNIDIS. A.; NICOLAOU, C.; MITROUSSIAZIOUVA, A.; LEGAKIS, J.L; CHATZIPANAGIOTOU, S. Identification and antimicrobial resistance of

Campylobacter species isolated from animal sources. Frontiers in Microbiology. V.3 p.1-6,

2012.

MATTICK, K.; DURHMAN, K.; DOMINIGUE, G.; JORGENSEN, F.; SEN, M.; SCHAFFNER, D. W.; HUMPHREY, T. The survival of foodborne pathogens during domestic washing up and subsequent transfer onto washing-up sponges, kitchen surfaces, and food. International Journal of Food Microbiology, v. 85, p. 213-226, 2003.

MAZIERO, M. T. Contaminação de carcaças de frango por Campylobacter jejuni antes e após o armazenamento sob resfriamento ou congelamento. 2007. 56f. Dissertação de mestrado - Curso de Pós-graduação em Ciência de Alimentos, Universidade Estadual de Londrina.

MAZIERO, M. T.; OLIVEIRA, T. C. R. M. Effect of refrigeration and frozen storage on the Campylobacter jejuni recovery from naturally contaminated broiler carcasses. Brazilian Journal of Microbiology, São Paulo, v. 41, p. 501-505, 2010.

MEDEIROS, V.M.; BRICIO, S.M.L.; FILGUEIRAS, A.L.L.; CLEMENTINO, M.B.M. Utilização de caldo Bolton no enriquecimento seletivo em comparação ao plaqueamento

ϰϳ 

direto na pesquisa de Campylobacter spp. em carcaças resfriadas de frango. Revista do Instituto Adolfo Lutz, v.71, p. 456-461. 2012.

MULINARI, E. L.; SALVATORI, R. U.; MAJOLO, C. Enumeração de Campylobacter em carcaças, cortes e miúdos de frango produzidos no Rio Grande do Sul. Caderno Pedagógico, v.11, p. 91-98, 2014.

OLIVEIRA, A. L.; OLIVEIRA, L. B. P. Enumeração de Campylobacter spp., e presença de

Campylobacter jejuni em carcaças de frango no Estado de Minas Gerais. Ciência Rural, v.43,

p. 480-484, 2013.

PARK, S.F. The physiology of Campylobacter species and its relevance to their role as foodborne pathogens. International Journal of Food Microbiology. Vol 74 pg 177-188, 2002. PERDONCINI, G.; SIERRA-ARGUELLO, Y. M.; LIMA, L. M.; TRINDADE, M. M.; GOMES, M. J. P.; SANTOS, L. R.; SCHMIDT, V.; NASCIMENTO, V. P. Occurrence of

Campylobacter jejuni and C. coli on broiler carcasses after chilling in southern Brazil.

Pesquisa Veterinária Brasileira. Vol. 35, p.349-352, 2015.

SIERRA ARGÜELLO Y. M. PERDONCINI, G.; GOMES, M. J. P e NASCIMENTO, V. P. Detecção de fatores de virulência e resistência antimicrobiana em estirpes de Campylobacter spp. em isolados de matadouros-frigoríficos de aves na região sul do brasil. 2015. 118f. Tese de doutorado - Programa de Pós-Graduação Em Ciências Veterinárias. Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul

ϰϴ 

6. CONCLUSÕES

O número crescente e a gravidade de doenças transmitidas por alimentos em todo o mundo têm aumentado consideravelmente. Bactérias do gênero Campylobacter spp. são reconhecidas como importantes patógenos de origem alimentar e agentes de enterites em humanos, com as espécies termofílicas Campylobacter jejuni e C. coli especialmente notificadas nos surtos de campilobacteriose em humanos e as aves consideradas dentre as principais fontes de infecção. Conforme os resultados deste estudo concluiu-se que:

a) Campylobacter spp. foi identificado em todos os pontos de coleta nos abatedouros de frangos de corte avaliados, mantendo-se viável até os produtos finais e com maior ocorrência em carcaças resfriadas e congeladas;

b) Campylobacter spp. foi isolado nas gaiolas de transporte das aves mesmo após a higienização das mesmas, evidenciando a ineficiência do procedimento utilizado nos abatedouros avaliados;

c) As espécies termofílicas Campylobacter jejuni e C. coli foram identificadas em carcaças resfriadas e congeladas, evidenciando a capacidade de sobrevivência destes agentes a estas condições de armazenagem.

ϰϵ 

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Doenças transmitidas por alimentos (DTAs) constituem uma preocupação mundial em saúde pública, sendo que nas últimas décadas o aumento de sua ocorrência pode ser observado em várias partes do mundo. Campylobacter spp. vem se destacando dentre as principais causas bacterianas de DTAs em diversos países, que associam a maioria dos surtos ao consumo ou manuseio incorreto de carne de frango contaminada. No Brasil há poucas informações oficiais sobre a ocorrência de campilobacteriose de origem alimentar ou dados de prevalência de Campylobacter spp. em abatedouros de frangos de corte.

Neste contexto, um dos objetivos deste estudo, que era avaliar a contaminação por

Campylobacter spp. em diferentes pontos da tecnologia de abate de frangos de corte por

microbiologia convencional, foi plenamente alcançado. No transcorrer do projeto também foi possível identificar as espécies termotolerantes Campylobacter jejuni e C. coli por Multiplex – PCR, caracterizando as amostras de carcaças resfriadas e congeladas como potencialmente capazes de causar DTAs.

A quantificação de Campylobacter spp. nos diferentes elos da cadeia produtiva de aves e no monitoramento dos riscos microbiológicos desde as granjas até as carcaças resfriadas ou congeladas pode ser uma ferramenta útil para direcionar ações que resultem na redução deste patógeno nos produtos avícolas e consequentemente nos riscos para o consumidor final. Neste cenário, a quantificação por PCR em tempo real será realizada assim que possível e os dados gerados publicados em revistas da área de estudo.

E ainda, considerando o alto consumo da carne de frango, será realizado um novo estudo, visando a detecção e quantificação deste agente em amostras de varejo, como cortes congelados e resfriados, a fim de fornecer dados sobre a contaminação por Campylobacter spp. e termofílicos em produtos prontos para o consumo humano. Mesmo que estes produtos não sejam consumidos crus, existe uma preocupação visto que a contaminação cruzada contribui para o surgimento das DTAs.

Por fim, em função destes produtos serem destinados diariamente a milhões de consumidores, ressalta-se a importância do estabelecimento de programas nacionais de

ϱϬ 

8. REFERÊNCIAS

1. Associação Brasileira de Proteina Animal. Relatorio Anual 2015. Produção e exportação Brasileira de carne de Frango em 2013. Disponivel em http://abpabr.com.br/files/publicacoes/8ca705e70f0cb110ae3aed67d29c8842.pdf

Acesso em 20.05.2015.

2. Food and Agriculture Organization. Risk Assessment of thermophilic Campylobacter

spp. in broiler chickens. http://www.fao.org/docrep/008/y8145e/y8145e07.htm.

Acesso em 01 de julho de 2015.

3. Butzler J-P. Campylobacter, from obscurity to celebrity. Clin Microbiol Infect

[Internet]. 2004 Oct;10(10):868–76. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15373879



4. European Food Safety Authority. The European Union Summary Report on Trends and Sources of Zoonoses, Zoonotic Agents and Food-borne Outbreaks in 2012. The EFSA Journal. 2014; (12):1-314

5. Centers for Disease Control and Prevention. Incidence and Trends of Infection with Pathogens Transmitted Commonly Through Food — Foodborne Diseases Active Surveillance Network, 10 U.S. Sites, 2006–2013. Morb. Mortal. Wkly Rep. 2014; (63):328-332.

6. Humphrey T, O’Brien S, Madsen M. Campylobacters as zoonotic pathogens: a food production perspective. Int J Food Microbiol. 2007 Jul 15;117(3):237–57

7. Kovalenko K, Roasto M, Liepins E, Maessar M, Horman A. High occurrence of

Campylobacter spp. in Latvian broiler chicken production. Food Control. 2013

Jan; 29(1):188-191

8. Corry JE, Post DE, Colin P, Laisney MJ. Culture media for the isolation of

Campylobacters. Int J Food Microbiol. 1995 Jun 26;(1):43-76.

9. Mayr AM, Lick S, Bauer J, Thärigen D, Busch U, Huber I. Rapid detection and differentiation of Campylobacter jejuni, Campylobacter coli, and Campylobacter lari in food, using multiplex real-time PCR. Journal of Food Protection 2010; (73):241- 250

10. Bonjoch X, Calvó L, Soler M, Ruiz-Rueda O, Garcia-Gil LJ. A new multiplexed real- time PCR assay to detect Campylobacter jejuni, C. coli, C. lari, and C. upsaliensis. Food Analytical Methods. 2010; (3):40-46

11. Ahmed W, Sawant S, Huygens F, Goonetilleke a, Gardner T. Prevalence and occurrence of zoonotic bacterial pathogens in surface waters determined by quantitative PCR. Water Res [Internet]. 2009 Nov;43(19):4918–28. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19631959

ϱϭ 

12. Melero B, Cocolin L, Rantsiou K, Rantsiou K, Jaime I, Rovira J. Comparison between conventional and qPCR methods for enumeration Campylobacter jejuni in a poultry processing plant. Food Microbiology. 2011; (28):1353-1358

13. List of Prokaryotic names with Standing in Nomenclature. Genus Campylobacter. Disponível em: <http://www.bacterio.net/campylobacter.html> acesso em 30/05/2014 14. Food and Drug Administration. Bad Bug Book Handbook of Foodborne Pathogenic

Microorganisms and Natural Toxins Introduction. second. Food and Drug Administration; 2012. 292 p.

15. Portner DC, Leuschner RGK, Murray BS. Optimising the viability during storage of freeze-dried cell preparations of Campylobacter jejuni. Cryobiology, 1995; (54):265- 270

16. Forsythe SJ. Microbiologia da segurança alimentar. Rio Grande do Sul: Artmed, 2012, p. 208-212

17. Jang K Il, Kim MG, Ha S Do, Kim KS, Lee KH, Chung DH, et al. Morphology and adhesion of Campylobacter jejuni to chicken skin under varying conditions. J Microbiol Biotechnol. 2007; 7(2):202–6

18. Germano PML, Germano MIS. Higiene e Vigilância Sanitária de Alimentos., Ed. 2. São Paulo: Varela, p. 629, 2003.

19. Wassenaar TM, Newell DG. The genus Campylobacter. In: DWORKIN, M. (Ed.). The prokaryotes a handbook on the biology of bacteria. V.7: Proteobacteria: delta and epsilon subclasses. Deeply Rooting Bacteria. New York: Springer Science. 2006; 119-138.

20. Levin R. Campylobacter jejuni: A Review of its Characteristics, Pathogenicity, Ecology, Distribution, Subspecies Characterization and Molecular Methods of Detection. Food Biotech., 2007 (21):271–347

21. Biase SR, Macedo REF, Malaquias MAS, Franchin PR. Prevalence, strain identification and antimicrobial resistence of Campylobacter spp. isolated from slaughtered pig carcasses in Brazil. Food Control. 2011; (22):702-707

22. Silva N, Junqueira VCA, Silveira NFA, Taniwaki MH, Santos RFS, Gomes RAR. Manual de Métodos de Análise Microbiológica de Alimentos, 4ª ed. São Paulo: Varela, p.223-233, 2010

23. Wingstrand A. et al. Fresch chicken as a main risk factor campilobacteriosis, Denmark. Emerging Infectious Diseases. 2006; (12):280-284

24. World Health Organization. Food safety and foodborne illness. Disponível em: <http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs255/en/> acesso em 31.03.2014.

ϱϮ 

25. Santos JFA. Caracterização de isolados de Campylobacter jejuni de origem animal e humana quanto a seus fatores genéticos de virulência. 2011. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

26. Takahashi R, Shahada F, Chuma T, Okamoto K. Analysis of Campylobacter spp. contamination in broilers from the farm to the final meat cuts by using restriction fragment length polymorphism of the polymerase chain reaction products. International Journal of Food Microbiology, 2006, (110):240-245

27. New Zealand Public Health Surveillance Report. March 2014: Covering October to December 2013. Volume 12 Issue 1 ISSN 1176-2888 (Print) ISSN 1178-8313 (Online)

28. Vaz CSL. Anais / I Workshop de Diagnóstico Microbiológico de Campylobacter Aplicado à Avicultura. Editora - Concórdia: Embrapa Suínos e Aves, 2012.

29. Organização Internacional das Epizootias. Campylobacter jejuni and Campylobacter

coli. In: Manual of Diagnostic Tests and Vaccines for errestrial Animals., p.1185-

1191, 2008. Disponível em:<http://www.oie.int/eng/normes/mmanual/2008/pdf/2.09.03_CAMPYLO.pdf>.

Acesso em: 20.05.2015.

30. Berrang ME, Hofacre CL, Meinersmann RJ. Forced hot air to dry feces and kill bacteria on transport cage flooring. J Appl Poult Res. 2011b;20(4):567–72

31. Mead G, Hudson WR, Hinton MH. Effect of changes in processing to improve hygiene control on contamination of poultry carcasses with Campylobacter. Methods. 1995, 495–500

32. Peyrat MB, Soumet C, Maris P, Sanders P. Recovery of Campylobacter jejuni from surfaces of poultry slaughterhouses after cleaning and disinfection procedures: Analysis of a potential source of carcass contamination. International Journal of Food Microbiology, 2008; (124):188-194

33. Hue O, Bouquin SL, Laisney MJ, Allain V, Lalande F, Petetin I, Rouxel S, Quesne S, Gloaguen PY, Picherot M, Santolini J, Bougeard S, Salvat G, Chemaly M. Prevalence of and risk factors for Campylobacter spp. Contamination of broiler chicken carcasses at the slaughterhouse. Food Microbiology. 2010; (27): 992-999

34. Hansson I, Ederoth M, Andersson L, Vagsholm I, Olsson EE. Transmission of

Campylobacter spp. to chickens during transport to slaughter. Journal of Applied

Microbiology. 2005; (99):1149–1157

35.Klein G, Reich F, Beckmann L, Atanassova V. Quantification of thermophilic

Campylobacter spp. in broilers during meat processing. Antonie Van Leeuwenhoek [Internet]. 2007 Oct [cited 2014 Mar 21];92(3):267–73. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17372846

36. Advisory Committee on the Microbiological Safety of Food (ACMSF). Surveillance: The isolation of Campylobacter spp. from food and environmental samples.

ϱϯ 

In:Advises the Food Standards Agency on the Microbiological Safety of Food, 2010. Anual Reports – Discussion paper, 2010.

37. Hunt A.J.M.; Abeyta C.; Tran T. BAMௗ: Campylobacter. 2015;(17):1–30

38. Bolton FJ, Robertson L. A selective medium for isolating Campylobacter jejuni/coli. J Clin Pathol. 1982;35(4):462–7

39. Bi S, Shi L, Yan H, Meng H. Comparison of various culture methods (Skirrow medium, a blood-free medium and a filtration system enriched in Bolton and Preston broths) for isolation of Campylobacter spp. from raw meat samples. Ann Microbiol [Internet]. 2012 Apr 20 [cited 2014 Mar 21];63(1):179–85. Available from: http://link.springer.com/10.1007/s13213-012-0459-y

40.Instituto Nacional de Enfermedades Infecciosas. Manual de Procedimientos

Campylobacter [Internet]. Buenos Aires, Argentina; 2001. p. 29. Available from: http://www.cdc.gov/ncidod/dbmd/gss/publications/documents/Argentina-

LevelI/ManualProcedimientos_Campylobacter.pdf. Acesso em março de 2015.

41. Medeiros, V.M., Bricio S.M.L., Filgueiras, A.L,L., Cleimentino, B.M. Use of Bolton for selective enrichment and comparative analysis of its performance with direct plating metodology for isolating Campylobacter spp from chilled chicken carcasses. Revista Adolfo Lutz, 2012 (71):456-461

42. United States Department of Agriculture. US. Isolation and Identification of

Campylobacter jejuni / coli / lari from Poultry Rinse , Sponge and Raw Product

No documento 2015IsabelCristinaCisco (páginas 42-55)

Documentos relacionados