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com horários estudados conjuntamente com o cdup, as  instalações desportivas universitárias, no Campo Alegre,  e a piscina, na Rua da Boa Hora.”3

Quando o Instituto Superior de Educação Física finalmente se instalou no edifício da antiga Faculdade de Medicina não foi partilhar o espaço apenas com o Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar. Fê-lo também com cursos da Faculdade de Letras, com os departamentos de Física e de Química da Faculdade de Ciências e com alguns organismos circum-escolares, como o Orfeão, para além de outros serviços universitários. Algumas das salas do icbas foram ocupadas com aulas e serviços de secretaria e de expediente do isef. Aqui também se instalaram o Centro de Documentação, o gabinete da Comissão Instaladora, uma sala e um gabinete adaptados para Fisiologia Aplicada e parte da Biblioteca do isef.

Para além das instalações do icbas, o Instituto também precisou de utilizar um pavilhão pré-fabricado situado em terrenos do Liceu Rodrigues de Freitas4,

na Praça Pedro Nunes. Neste local, onde tiveram lugar aulas teóricas, havia uma sala para docentes, uma sala e gabinete de Psicologia, um gabinete para a Associação de Estudantes, um pequeno bar e, ainda, um ginásio para Ginástica Desportiva.

Cumulativamente, o isef dispunha de instalações do cdup, na Rua da Boa Hora – piscina e ginásio – e no Estádio Universitário, na Arrábida: um campo de futebol relvado, uma pista de atletismo, dois ginásios e uma sala para aulas teóricas.5

As características específicas de uma escola como o isef tinham mostrado ser muito complicado encontrar instalações que satisfizessem os seus requisitos

funcionais. Foi ainda necessário aguardar alguns anos até que elas se pudessem reunir num único edifício, assim se evitando os inconvenientes resultantes da dispersão. O momento da viragem para uma casa própria Em 1977, aquando de uma visita à Universidade do Porto, o Ministro das Obras Públicas aprovou uma proposta do Reitor para que as novas instalações do isef

1  Decreto-Lei n.º 675/75, de 3 de Dezembro – Criação dos institutos  superiores de Educação Física na Universidade Técnica de Lisboa e na  Universidade do Porto. 2  Decreto-Lei n.º 9/89, de 6 de Janeiro.  3  O documento foi assinado em 7 de Fevereiro de 1977 pelo Reitor  interino da Universidade do Porto, Manuel da Silva Pinto, pelo  Presidente da Comissão Instaladora do icbas, pelo Presidente do  Conselho Directivo da Faculdade de Letras e pelo Presidente do  Conselho Directivo do isef. In Processos de Correspondência, caixa  114 – Arquivo Central da Reitoria e Serviços Centrais da Universidade  do Porto. 4  Instalações provisórias e desmontáveis da Escola de  Instrutores de Educação Física do Porto. 5  Gabinete de Apoio  Técnico – Programa preliminar referente às futuras instalações do

Instituto Superior de Educação Física do Porto: Pólo 2 da Universidade do Porto. Abr. 1983. In Projectos de Obras, pasta 2.640 – Arquivo  Central da Reitoria e Serviços Centrais da Universidade do Porto.  6  Grupo Coordenador das Instalações da Universidade do Porto  – Relatório. Mar. 1978. O grupo foi criado pelo Despacho n.º 18/77, de  22 de Junho e era composto por: Prof. Engenheiro Aristides Guedes  Coelho, em representação da Universidade do Porto; Arquitecto- chefe Luís Alexandre Ferreira Chaves da Direcção-Geral do Ensino  Superior; Engenheiro Júlio Amaral Teixeira de Carvalho, director das  Construções Escolares do Norte; Arquitecto José Vieira Coelho, da  Direcção-Geral das Construções Escolares. 7  Grupo Coordenador  das Instalações da Universidade do Porto – Relatório. Jul. 1981. O  grupo foi criado pelo Despacho n.º 195/80, de 20 de Junho, e era  composto por: Prof. Engenheiro Horácio da Maia Ferreira e Costa,  vice-reitor da Universidade do Porto; Engenheiro Ricardo Charters de  Azevedo, adjunto do director-geral do Ensino Superior; Engenheiro  Júlio do Amaral de Carvalho, director das Construções Escolares  do Norte, do Ministério da Habitação e Obras Públicas; Arquitecto  urbanístico Álvaro José de Vasconcelos Meireles Cameira, assessor de  planeamento da Universidade do Porto; Arquitecto Nuno de Santa  Maria Gonçalves Correia de Sepúlveda, técnico do nie, da Direcção- Geral do Ensino Superior. Foi incluído neste grupo o Engenheiro  Cândido Fernandes Ribeiro, coordenador do grupo de equipamento e  obras da Direcção-Geral do Ensino Superior pelo Despacho n.º 96/81, de  9 de Abril. 8  Instalações provisórias [da] f.c.d.e.f.: Obras [a] efectuar  [no] antigo mercado. In Projectos de Obras, pasta 1.623 – Arquivo  Central da Reitoria e Serviços Centrais da Universidade do Porto. Faculdade de Ciências do

Desporto e de Educação Física da Universidade do Porto. Instalações provisórias  no edifício do ex-cicap. Junho de 1992.

fossem consideradas prioritárias.

No ano seguinte, o Relatório do Grupo Coordenador das Instalações Universitárias salientou a dispersão e a precariedade das instalações, ao mesmo tempo que deixou registada a necessidade de o Instituto de Ciências Biomédicas vir a ocupar integralmente os espaços que lhe tinham sido cedidos, rematando com igual ênfase ao referir-se à necessidade de o isefp ser transferido para um local adequado.6

Entretanto, em Janeiro de 1981, o Director das Construções Escolares do Norte, após ter concluído não ser viável a zona do Campo Alegre em vista do estipulado pelo Programa-Base do Plano Geral do Pólo 3, apontou o Pólo 2, na Asprela, como única alternativa.7

Em Fevereiro de 1983, o Reitor criou o Grupo de Apoio Técnico para as Novas Instalações do isef da Universidade do Porto. Este grupo foi incumbido de rever o Programa Preliminar já existente, em virtude da mudança de localização. Durante o mês de Abril, a Comissão Instaladora aprovou o novo Programa Preliminar,

chamando a atenção para a necessidade de as novas instalações, prometidas e aprovadas em 1977, deverem ser uma realidade no mais curto espaço de tempo. O edifício do ex-cicap: outra solução transitória Durante os anos 90, a Faculdade de Ciências do

Desporto e de Educação Física iria, ainda, ocupar outros espaços, antes da mudança para o Pólo 2, a saber, dois pavilhões existentes em terrenos anexos à Reitoria da Universidade, na Rua de D. Manuel ii – onde, até finais de 2006, estiveram instalados serviços como as Relações Internacionais, o Arquivo Central e os Serviços Académicos -, depois de realizadas as indispensáveis obras de adaptação. O pavilhão voltado a norte acolheu os serviços administrativos e as salas dos conselhos Directivo, Científico e Pedagógico, enquanto que o pavilhão adjacente, orientado a sul, foi destinado a salas de aula e a laboratórios.8

As novas instalações, da autoria do arquitecto Cristiano Moreira, foram inauguradas a 26 de Maio de 1997.

notas

120 faculdade de ciências 120 faculdade de ciências

A Escola Superior de Medicina Dentária do Porto deu início às actividades em Novembro de 1976, cerca de seis meses depois da sua criação.1 Apenas a 6 de Janeiro de

1989 é que se procedeu à sua integração na Universidade, ao mesmo tempo que foi elevada a Faculdade.2

As primeiras instalações: pré-fabricados A Escola instalou-se em pavilhões pré-fabricados ligeiros, montados em terrenos do Hospital de S. João e a sul deste, onde permaneceu até 1997.

Logo a partir do primeiro ano lectivo, ano em que a Escola contou com um total de 86 alunos, verificou- -se um aumento sistemático e progressivo do pessoal discente. Dez anos mais tarde, durante o ano escolar de 1986-87, funcionava já com 421 estudantes.

Aquando do levantamento de necessidades efectuado em 1981 pelo Grupo Coordenador das Instalações Universitárias, a Escola Superior de Medicina Dentária fez saber que as suas instalações denunciavam uma degradação progressiva, resultado da precariedade da construção: “O apetrechamento tecnológico de que dispõe, graças,  principalmente, aos auxílios vindos através da Noruega (...) e  (…) [a] fundos especiais do orçamento português, tem vindo a  crescer e a valorizar-se de ano para ano (...). Ora, este valiosíssimo  recheio encontra-se mal acautelado nas actuais instalações, por  estar sujeito ao risco de incêndio e de assalto (...).”3

Entretanto, prosseguia o crescimento da procura do

curso e foi necessário alargar o numerus clausus. Era cada vez mais urgente a construção de um edifício próprio. O aumento do número de alunos já levara a uma ampliação das instalações em 1983.

Em Julho de 1981, o Grupo Coordenador das Instalações da Universidade do Porto tinha sugerido aos

responsáveis pela Escola a elaboração de um programa para as futuras instalações, que serviria de base ao projecto a entregar a uma equipa de especialistas. E sustentara que as instalações se situassem em terrenos do Pólo 2, em virtude das relações “que a Escola deverá manter” com a Faculdade de Medicina do ponto de vista da investigação e do ensino. Era nesta última que se ministravam as aulas dos três primeiros anos, em resultado de um acordo entre a fmup e a Escola Superior de Medicina Dentária.

O programa das novas instalações defendeu que a concretização das funções que a Escola Superior de Medicina Dentária exercia estava dependente de instalações: “Que, a nível dos utentes, [contemplassem] duas zonas  distintas derivado à sua componente assistencial. (…). A  área da Escola onde docentes, discentes e pessoal circularão,  e dentro dessa área, aquela em que os doentes também  poderão circular. (…) ¶ A zona “exclusiva” da escola tem por  sua vez vários tipos de espaços, um directamente ligado às  funções de aprendizagem e estudos e outro de apoio geral.”4 O Dia. 22 de Novembro de 1976.

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