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3.6 Alcool´ımetros eletr´onicos e suas limita¸c˜oes

3.6.1 Falsos positivos

Uma das limita¸c˜oes que devem ser tomadas em conta quando se procede a um teste de alcoolismo ´e a presen¸ca de falsos positivos, que se verificam por vezes em indiv´ıduos com diabetes do tipo 1. Este falso positivo acontece devido a um aumento de corpos cet´onicos, nomeadamente as cetonas no corpo de doentes diab´eticos. Os n´ıveis elevados de cetonas podem ocorrer devido a dietas pobres em hidratos de carbono em pacientes diab´eticos tipo 1.

Desta forma, ´e necess´ario tomar em considera¸c˜ao este facto quando se procede a um teste deste g´enero (Tazhmoyev et al., 2011).

Outra situa¸c˜ao em que se podem acontecer falsos positivos acontece quanto ´e 55

spray bocal ou medicamentos estiver presente na boca ou garganta no momento em que uma amostra de respira¸c˜ao ´e recolhida, ser´a detetada uma elevada concentra¸c˜ao de ´alcool. O ´alcool residual presente na boca vai-se dissipar em poucos minutos de consumo (Commission, 2014).

Alguns fabricantes equipam os seus instrumentos com os “detetores de ´alcool da boca” ou “detetores de inclina¸c˜ao”. Durante um teste de respira¸c˜ao, estes instrumentos medem o teor de ´alcool continuamente. O ´alcool que se encontra presente na boca cria um padr˜ao de resultados diferente de uma amostra normal respira¸c˜ao quando se analisam os resultados de v´arios testes de alcoolemia. Se um sujeito n˜ao tem ´alcool na boca, o instrumento ir´a ler um cont´ınuo, embora n˜ao linear, aumento do n´ıvel de ´alcool no ar expirado at´e atingir um certo n´ıvel. Se o ´alcool est´a presente na boca pode haver uma descida significativa e repentina.

3.6.2

Tempo de aquecimento

Para que seja cred´ıvel o resultado de um teste de ´alcool por an´alise a amostras de respira¸c˜ao, ´e necess´ario que se proporcionem alguns minutos para aquecimento do sistema antes da recolha de amostras.

O tempo de aquecimento pode variar desde alguns segundos a v´arios minutos, dependendo da temperatura ambiente. O tempo de espera pode causar alguma inconveniˆencia e frustra¸c˜ao ao utilizador, no entanto, ´e um fator crucial para a credibilidade e precis˜ao m´axima do sistema (Newton, 2007).

Um outro fator importante ´e o facto de, durante um teste de alcoolismo, se ocorrer condensa¸c˜ao ´e poss´ıvel que a leitura devolvida seja falsamente mais baixa. O ´alcool residual na condensa¸c˜ao poder´a interferir com testes subsequentes (Commission,

2014).

3.6.3

Amostras de sopro

Como foi referido anteriormente, a concentra¸c˜ao de ´alcool no ar profundo alveolar do pulm˜ao ´e mais representativa do conte´udo de ´alcool no sangue arterial. Por esta raz˜ao, a amostra de respira¸c˜ao precisa de cumprir certos requisitos de volume de ar m´ınimo, fluxo, tempo de expira¸c˜ao e press˜ao (Commission, 2014).

3.6.4

Substˆancias interferentes

Algumas substˆancias s˜ao t˜ao semelhantes ao ´alcool et´ılico se tornam dif´ıceis de distinguir dele. Estas substˆancias s˜ao capazes de interferir com os resultados de um teste de ´alcool, no entanto, ao contr´ario do que se possa pensar, a interferˆencia destas substˆancias n˜ao ´e muito significativa (Swartz, 2004).

Existem apenas algumas substˆancias vol´ateis que podem ser encontradas na respira¸c˜ao de uma pessoa al´em do ´alcool de respira¸c˜ao. Al´em disso, quando o ´alcool est´a presente na respira¸c˜ao excede em muito a concentra¸c˜ao de quaisquer outros componentes vol´ateis da amostra da respira¸c˜ao.

De facto, foi demonstrado que existe apenas uma substˆancia potencialmente interferente em concentra¸c˜oes mensur´aveis no corpo humano ao longo do tempo: a cetona. Como foi referido anteriormente, o corpo produz cetonas como subprodutos da digest˜ao incompleta em alguns indiv´ıduos, como os diab´eticos cujos n´ıveis de insulina n˜ao s˜ao controlados (Swartz, 2004).

3.6.5

Sensibilidade

A quantidade m´ınima de etanol que o equipamento de teste consegue detetar varia. No entanto este tipo de testes necessita de ser o mais preciso poss´ıvel. Em equipamentos legais para a dete¸c˜ao de ´alcool ´e necess´aria uma sensibilidade quantitativa m´ınima de 10mg/100ml (10mg de ´alcool por 100ml de sangue) para servirem como prova (McLean et al., 1991).

Dispositivos ou m´etodos que apresentarem uma sensibilidade inferior poder˜ao 57

mais precisos para testes de ´alcool s˜ao capazes de detetar quantidades m´ınimas de etanol at´e 2mg/100ml (McLean et al.,1991).

3.6.6

Precis˜ao

O coeficiente de varia¸c˜ao quando se procede `a repeti¸c˜ao de um teste de ´alcool de uma dada amostra define a precis˜ao da dete¸c˜ao de ´alcool. Na pr´atica, esta vari´avel acompanha a sensibilidade, refletindo a viabilidade estat´ıstica dos n´ıveis de ´alcool obtidos. O coeficiente de varia¸c˜ao em m´edia ´e de 5mg/100ml (Newton,2007). Tendo em conta a relevˆancia de todos estes aspetos e tendo sido consideradas todas as op¸c˜oes poss´ıveis segundo os meios dispon´ıveis, a tecnologia escolhida e implementada foi o modelo de sensores semicondutores, sobretudo devido ao seu custo mais reduzido, r´apida resposta e boa sensibilidade `as substˆancias de teste e baixa energia necess´aria para o seu funcionamento.

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Plataforma para

desenvolvimento da aplica¸c˜ao

m´ovel

Android Studio ´e o IDE (Integrated Development Environment) para a plataforma Android desde Maio de 2013 (Burnette, 2010).

Este software ´e baseado no Java IDE chamado IntelliJ que ´e usado para desenvolvimento de aplica¸c˜oes Android, criado por JetBrains. O desenvolvimento de aplica¸c˜oes Android pode n˜ao se revelar muito simples devido `a sua natureza crua e ao r´apido crescimento e desenvolvimento de altera¸c˜oes na plataforma. Esta ferramenta apresenta mais e novas op¸c˜oes que permitem que os programadores consigam criar mais rapidamente e facilmente as suas aplica¸c˜oes (Burnette, 2010).

4.1

Atividades Android

Uma atividade ´e criada no in´ıcio do desenvolvimento da aplica¸c˜ao, constituindo um componente que fornece uma interface com a qual os utilizadores podem interagir a fim de desenvolverem as p´aginas que comp˜oem a aplica¸c˜ao. A cada atividade ´e dada uma janela na qual ser´a desenhada a sua interface de utilizador (figura 4.1) (Developers, 2016).

esta atividade, o sistema operativo n˜ao vai saber qual a atividade que deve iniciar quando a aplica¸c˜ao ´e aberta (Nilanchala,2014). Uma aplica¸c˜ao geralmente consiste de m´ultiplas atividades, que est˜ao interligadas entre si.

Um Intent ´e uma descri¸c˜ao abstrata de uma opera¸c˜ao a ser realizada. Pode ser usado com para iniciar uma atividade, para envi´a-la para qualquer componente BroadcastReceiver, e para comunicar com um servi¸co em segundo plano (Developers,

2016). Desta forma fornece um meio para executar a liga¸c˜ao em tempo de execu¸c˜ao entre o c´odigo de aplica¸c˜oes diferentes. ´E basicamente uma estrutura de dados passiva que cont´em uma descri¸c˜ao abstrata de uma a¸c˜ao a ser realizada (Developers,

2016).

Figura 4.1 – Cria¸c˜ao de uma atividade em Android Studio.

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