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Fase da classificação

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4. FASES DA LICITAÇÃO

4.3. Fase da classificação

Nesta fase, em local, dia e hora designados pela comissão, em sessão pública, depois de examinada a autenticidade dos envelopes-proposta, são eles abertos, sendo o conteúdo de cada um examinado e rubricado pela comissão e pelos proponentes presentes. O julgamento formal das propostas pode acontecer na mesma sessão pública ou em sessão reservada, justificada pelo grande número de documentos ou pela sua complexidade. Esse exame é apenas de forma. As propostas formalmente de acordo com o edital são as classificadas, enquanto as desconformes com o edital são desclassificadas. Portanto, a classificação é o ato administrativo vinculado mediante o qual a comissão de licitação acolhe as propostas apresentadas formalmente e nos termos e condições do edital ou carta-convite. O recurso contra classificação ou desclassificação tem efeito suspensivo (art. 109, I, b).

Se todas as propostas forem desclassificadas, a comissão de licitação, autorizada pela Administração, poderá fixar o prazo de oito dias úteis para que seus proponentes apresentem outras nos termos e condições do edital (art. 48, § 3º). No caso de convite, o prazo é reduzido para três dias úteis. As novas propostas poderão ser diferentes das anteriores.

Ao fim desse exame têm-se dois conjuntos de propostas. Um em que as propostas são ajustadas ao edital ou carta-convite e outro em quer as propostas são inexeqüíveis (valor zero, simbólico, muito abaixo ou muito acima do mercado ou com prazo inadequado para realização do objeto).

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4.4. Fase do julgamento e ordenação das propostas em razão das vantagens oferecidas

Via de regra, o julgamento ocorre imediatamente após a classificação das propostas, mas pode ocorrer em outra oportunidade, em sessão reservada. Durante o julgamento, não são examinados os aspectos formais das propostas, estando já preclusa a fase da classificação, a menos que ocorra fato superveniente ou que um fato anterior só então seja conhecido pela comissão.

Para o julgamento não pode ser considerado nada além do que foi permitido pelo instrumento convocatório. Far-se-á o julgamento consoante o tipo de licitação previsto no edital:

I – menor preço; II – melhor técnica; III – técnica e preço; IV – maior lance ou oferta.

A licitação de menor preço é aquela em que o fato decisivo é o menor preço, em termos absolutos, não se cogitando de qualidade, rendimento, produtividade, prazo de entrega, condições de pagamento ou outro fator.

A licitação de melhor técnica é aquela em que o fato de julgamento é uma das melhores tecnologias adotadas pelo proponente na execução do objeto, pois deve-se considerar não só o preço. Só é utilizável para serviços de natureza predominantemente intelectual (projetos, cálculos, fiscalização, supervisão, gerenciamento, engenharia consultiva) (art. 46). É própria para as licitações em que se quer a tecnologia mais moderna ou que melhor satisfaça às necessidades da Administração licitante, dentro dos recursos financeiros destinados para tanto (fixados no edital).

Primeiro a comissão classifica as propostas que atinjam um padrão mínimo de técnica. As propostas acolhidas prosseguem na licitação e delas são abertos os envelopes comerciais, isto é, que contêm a proposta financeira. À vista das propostas financeiras acolhidas, que estiverem abaixo do valor que a Administração se dispõe a pagar, inicia-se a negociação das condições financeiras propostas, com o proponente mais bem classificado no julgamento das propostas técnicas. Em suma: pergunta-se ao proponente de melhor técnica se concorda em executar sua proposta pelo preço vencedor. Se não concordar, faz-se a mesma indagação ao segundo colocado em técnica, e assim por diante.

A licitação de técnica e preço é aquela em que, após a classificação das propostas técnicas, abrem-se de seus proponentes os envelopes contendo as propostas comerciais e delas faz-se a avaliação e valoração de acordo com os critérios consignados no edital (pesos). Com os classificados far-se-á a ordenação final de acordo com a média aritmética ponderada das valorações técnicas e de preço.

Só em caráter excepcional os tipos de licitação de melhor técnica e técnica e preço podem ser adotados para fornecimento de bens, execução de obras ou prestação de serviços de grande vulto, dependentes de tecnologia sofisticada. Para isso, é necessário autorização expressa da autoridade de maior nível hierárquico da Administração promotora da licitação (art. 46 e § 3º).

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A licitação do tipo maior lance ou oferta é especialmente adequada para venda de bens, outorga onerosa de concessões e permissões de uso de bens ou serviços públicos e locação em que a Administração Pública é a locadora, cuja proposta vencedora é que faz a maior oferta.

4.4.1. Divisibilidade do julgamento

O julgamento das propostas, em princípio, é uno e indivisível, admitindo, assim, uma só proposta vencedora e, conseqüentemente, um só licitante vencedor. Embora essa seja a regra, o edital ou carta-convite deve, quando o objeto permitir, como é o caso de material de escritório, informar que o julgamento será por itens (caderno, lápis, borracha, etc), de tal forma que se possa ter diversas propostas para cada item e ao fim uma proposta vencedora por item. Dessa forma prestigia-se o pequeno e médio proponente e amplia-se a competitividade. É a denominada licitação por itens, que encontra seu fundamento de validade no art. 15, IV da Lei 8666/93 (princípio da economicidade).

A mesma lei permite outro regime de parcelamento do objeto, nos casos de compra de bens de natureza divisível. Prescreve o § 7º do art. 23 que, na compra de bens de natureza divisível e desde que não haja prejuízo para o conjunto ou complexo, é permitida cotação de quantidade inferior à demandada na licitação, com vistas à ampliação da competitividade, podendo o edital fixar quantitativo mínimo para conservar a economia de escala.

4.4.2. Empate e critério de desempate

Em razão da revogação do artigo 171 da Constituição, pela Emenda Constitucional nº 6/1995, tornaram-se sem efeito os incisos I e III do § 2º do artigo 3º da Lei 8666/93, que asseguram preferência à empresa brasileira. Restou, portanto, o inciso II, que estabelece que, em caso de empate, deve dar-se preferência para bens produzidos no País. Em permanecendo o empate, utiliza-se o sorteio, a ser realizado em sessão pública em dia, hora e local designados com antecedência razoável pala comissão de licitação.

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