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ESTILO DE APRENDIZAGEM CARACTERÍSTICAS

IV- Fase Pragmática Buscar colocar em prática tudo que se descobriu.

Fonte: Alonso, Gallego e Honey (2007, p.111)

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Tradução livre do original em espanhol: Sería ideal poder seguir siempre este mismo processo cíclico em cualquier outro trabajo de reflexión que realicemos.

Cada sujeito tem sua história de vida e as experiências servem como pano de fundo de seus aprendizados. É sabido que a escola no formato que hoje conhecemos e frequentamos está estruturada em um formato homogêneo que ainda se encontra predominante em nosso país. Para Cavellucci (2005) é interessante ressaltarmos alguns pontos que são importantes para que o ambiente de aprendizagem seja favorável: cada sujeito é único na forma como recebe, lida e processa as diferentes aprendizagens e como faz para assimilá-las.

Uma única forma de expor as informações não será capaz de alcançar a todos os sujeitos da mesma forma, e que a combinação de diferentes dinâmicas só vem beneficiar aos estilos de aprendizagem que cada sujeito possui. O conhecimento desses estilos por parte do professor, tanto das suas preferências quanto a dos seus alunos, deve refletir no planejamento das aulas e como o conteúdo do livro didático pode ser modificado uma vez que nenhum documento até o momento pesquisado ressalte a importância dos estilos de aprendizagem no processo de aprendizagem. E por último o sujeito deve conhecer seu estilo de aprendizagem para que possa desenvolver estratégias que o auxiliem a lidar com as diversas situações educativas ao longo da vida.

Na segunda etapa deste trabalho acadêmico abordaremos as subseções que objetivam apresentar os resultados gerais, avaliando os quatro Estilos de Aprendizagem indicados na pesquisa, bem como apresentando dados sobre o referencial teórico sobre as temáticas: Estilos de Aprendizagem e o Livro Didático de Língua Inglesa no ensino fundamental II e como eles aparecem nos estudos. Daremos visibilidade às preferências dos sujeitos respondentes em relação ao seu grupo (9º ano do ensino fundamental II) e a instituições participantes: pública e no caso da privada a título de comparação de dados.

Foi fundamental para que se pudesse desenvolver essa pesquisa uma busca prévia por trabalhos científicos sobre a temática proposta, bem como descobrir o que ainda poderia ser estudado. Desta maneira, realizamos um breve levantamento sobre as produções relacionadas aos Estilos de Aprendizagem, CHAEA, livro didático de língua inglesa e o ensino fundamental, disponíveis nos Bancos de dados CAPES, Google Acadêmico, SciElo, dentre outros entre os anos 2000 a 2016.

Para obtenção dos dados utilizou-se as palavras-chave Estilos de Aprendizagem e:  Ensino Fundamental

 Livro didático

 Livro didático de língua inglesa  O CHAEA

Utilizando-se todas as palavras-chave em uma única frase, os resultados obtidos só reforçaram que estudos sobre os Estilos de Aprendizagem e o livro didático de língua inglesa para o Ensino Fundamental ainda apresenta um vasto campo para pesquisas e uma grande lacuna a respeito da temática aqui apresentada. Corroborando esta afirmação obtivemos os seguintes dados: quando pesquisado sobre os Estilos de Aprendizagem temos como referência a Professora doutora Daniela Melaré Vieira Barros com 406 resultados sobre Estilos de Aprendizagem, quando consultado sobre os Estilos de Aprendizagem e o Ensino Fundamental obtivemos uma resposta de 127 trabalhos que apresentavam esta frase, mas nenhum especificamente para a língua inglesa.

À medida que afunilávamos a busca por informações mais específicas tais como as referentes especificamente aos Estilos de Aprendizagem e o livro didático de língua inglesa no Ensino Fundamental, os resultados caíram e chegamos a um número de 29 trabalhos que continham a temática, mas nenhum de maneira específica. Ao realizarmos as buscas por dados percebemos que diferenças entre os Estilos de Aprendizagem e Estilos cognitivos eram uma constante, visto que ambas aparecem e apresentam características particulares e é importante ressaltar que eles estão conectados, e por isso mesmo pode ocorrer uma interpretação que acabe por assemelhá-los no processo de busca.

No Brasil, os estilos de aprendizagem têm sido como mencionado anteriormente, alvo de pesquisa acadêmica em várias áreas como na psicologia, contabilidade, administração, ciências sociais, educação superior, entre outras. Chamamos a atenção de trabalhos como o de Moura Filho (2005, p. 27) que traz para cenário de seu trabalho as seguintes pesquisas: Seewald (2001) que investigou os estilos de aprendizagem dos alunos em relação a idade e o gênero, já Tavares (2001), realizou pesquisa sobre os estilos de aprendizagem em escolas de línguas entre alunos brasileiros e alunos estrangeiros. Nos traz dados mais recentes Mandarino (2012), que pesquisou alunos do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), a sua pesquisa descobriu que os alunos do EJA vêm os inglês como um lago fora do contexto social deles.

Não se justifica aqui nomear todos os instrumentos de aprendizagem identificados nas pesquisas bibliográficas, selecionamos os mais difundidos no meio acadêmico, ressaltando que todos os instrumentos de diagnóstico de estilos de aprendizagem são de alguma forma significativos ao processo de aprendizagem de línguas estrangeiras. Portanto, apesar de serem mencionados nessa pesquisa, Learning Style Inventory - LSI (Kolb, 1984), Learning Style Questionnarie - LSQ (Honey e Munford, 1986), destacamos o Cuestionario Honey-Alonso sobre Los Estilos de Aprendizaje -

(CHAEA,1997), que foi o instrumento realizado para a realização do recolhimento dos dados sobre os perfis das amostras selecionadas. Estes instrumentos podem ser acessados de diversas maneiras, tanto através de formulários disponíveis na internet, como também em anexos de livros e artigos de periódicos.

A importância de realizarmos o diagnóstico e a interpretação dos estilos de aprendizagem está no fato de poderem promover dados sobre como os sujeitos interagem e compreendem os contextos de ensino e dessa forma podermos entender que na flexibilidade pautada na noção de estilos transcorrem as qualificações de personalidade, habilidades ou traços, isto é, ela é muito mais abrangente e está relacionada com as probabilidades de ação e pensamento. Entre os estudos realizados por vários pesquisadores sobre os Estilos de Aprendizagem, estes apresentaram diversidades em suas definições, instrumentos de coleta de dados, como também áreas de observação, mas todos buscaram promover a percepção de como cada sujeito aprende melhor.