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FASE DE PREPARAÇÃO E DE EXPLORAÇÃO

No documento ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL (páginas 150-153)

INVENTÁRIO PATRIMONIAL

7. ANÁLISE DE IMPACTES AMBIENTAIS E MEDIDAS MITIGADORAS

7.3.1. FASE DE PREPARAÇÃO E DE EXPLORAÇÃO

Nesta fase, as principais ações estão associadas à decapagem da camada superficial do solo, com a ocorrência da remoção total do solo (na fase de exploração), destruição do coberto vegetal de acordo com os avanços previstos no plano de lavra, originando extensões de solos expostos às condições climáticas mais adversas, aumentando assim os riscos de erosão.

Os impactes a nível de solos dividem-se em dois aspectos, por um lado as características naturais dos solos, as quais irão ser bastante alteradas, e a curto e médio prazo de difícil recuperação, e por outro lado, os usos existentes antes da exploração da Pedreira.

7. ANÁLISE DE IMPACTES AMBIENTAIS E MEDIDAS MITIGADORAS

Relatório Técnico – Pedreira n.º 6638 “Fraga das Teixeiras” 131 Relativamente a este último aspecto, convém referir que esta área, está reconhecida e classificada como tendo interesse para a prospeção e exploração de recursos geológicos, tal como se pode verificar no descritor ambiental “Ordenamento do Território”.

Quanto às características naturais dos solos, qualquer área que deixe de ser explorada será objeto das medidas de recuperação previstas, por forma a reconstruir os terrenos para a utilização a que estavam adstritos antes do início da exploração, salvo planos de pormenor para a área em questão previamente aprovados e ratificados superiormente. O próprio solo decapado será armazenado para posteriormente ser utilizado nas ações de recuperação previstas no Plano de Recuperação Paisagística constante do Plano de Pedreira.

A modificação do uso do solo constitui a afetação digna de ser registada, não deixando de ser necessário salientar que as ações de decapagem, de remoção do solo e da cobertura vegetal e a preparação do terreno para dar continuidade à exploração da Pedreira são responsáveis pela alteração do uso do solo.

Assim, durante os processos de exploração, a remoção do solo e a destruição do coberto vegetal, constituem um impacte negativo, uma vez que estes ficam mais sujeitos a processos de erosão. De forma a minimizar o risco de erosão, serão implementados sistemas de drenagem das águas pluviais, sendo que estas deverão desaguar numa bacia de decantação para posteriormente haver decantamento dos sólidos em suspensão.

O transporte de cargas e matérias-primas também deverá ser efetuado por acessos pré-existentes, minimizando a compactação do solo. Poderá ainda ocorrer a contaminação dos solos por deposição de resíduos industriais e derrame de resíduos líquidos provenientes da circulação da maquinaria. Para tal, a maquinaria a utilizar deve ser alvo de um plano de manutenção periódica, que deverá ter lugar em oficinas destinadas para esse fim, devendo os solos destas estar devidamente impermeabilizados. Também os resíduos industriais deverão ser transportados e tratados por entidades licenciadas e acreditadas para esse objetivo. A ocorrer, estes impactes serão diretos mas temporários.

Uma vez que os solos funcionam como filtros às substâncias nocivas contidas nas águas pluviais que posteriormente vão ser responsáveis pela alimentação de aquíferos, recomenda-se o controlo periódico da qualidade das águas locais subsuperficiais.

É ainda de salientar que a ocupação do solo, devido à instalação da atividade extrativa é sempre temporária, estando estreitamente relacionada com a disponibilidade do recurso geológico.

7. ANÁLISE DE IMPACTES AMBIENTAIS E MEDIDAS MITIGADORAS

Relatório Técnico – Pedreira n.º 6638 “Fraga das Teixeiras” 132 Embora os solos estejam afetos ao uso industrial durante algum tempo, que será aproximadamente o tempo de vida útil da Pedreira, deverão ser alvos de uma reabilitação/valorização, durante e no final da exploração, sendo de considerar que todo o processo extrativo será coordenado com a correta recuperação do local, através da elaboração do Plano de Pedreira (de acordo com o Decreto Lei n.º 270/2001, de 6 de Outubro), que inclui o Plano de Lavra e o Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística.

Os potenciais impactes negativos a nível do solo, no que respeita quer às suas características quer aos seus usos, prendem-se com:

Quadro 36: Impactes no Solo

Potenciais Impactes Classificação

As ações de decapagem e remoção total do solo que serão necessárias efetuar no terreno, têm como principal consequência a alteração do atual uso do solo.

Impacte negativo, significativo, direto, temporário de magnitude compatível, localizado, e reversível.

Ações de ocupação e compactação do solo pelas instalações de apoio necessárias, circulação de veículos pesados e pela deposição de terras e escombros. Os efeitos negativos que decorrem destas ações, nomeadamente o incremento dos fenómenos erosivos devido à existência de áreas desprovidas de vegetação, são pouco significativos devido à restrita área que será afetada por este tipo de ações.

Impacte negativo, pouco significativo, direto,

temporário, temporário, de magnitude compatível, localizado e reversível.

Contaminação dos solos pela deposição de resíduos industriais que serão produzidos e depositados temporariamente na área da Pedreira, é suscetível de provocar eventuais contaminações dos solos, cujas repercussões se poderão fazer sentir na qualidade das águas, nomeadamente superficiais, e na ecologia da zona.

Impacte negativo, pouco significativo, direto, localizado, temporário, de magnitude crítica, e reversível.

Manutenção dos equipamentos adstritos às atividades da exploração e transformação do material extraído.

Impacte negativo, pouco significativo, direto, localizado, temporário, de magnitude crítica, e reversível.

7.3.2.

FASE DE DESATIVAÇÃO/RECUPERAÇÃO

Esta fase corresponde à implementação das medidas de recuperação paisagística. A implementação de vegetação, através de plantações, levará a que exista uma prevenção de fenómenos erosivos, contribuindo para uma melhor fixação e evolução dos solos. A aplicação das terras de cobertura, armazenadas durante a exploração garante, à partida, uma mais rápida reabilitação dos solos do local, conseguindo também restituir o uso existente previamente à exploração. Por outro lado, serão desativadas as estruturas em funcionamento e irá existir um acentuado decréscimo no que diz respeito ao trânsito de veículos, o que contribuirá para uma reabilitação dos solos.

7. ANÁLISE DE IMPACTES AMBIENTAIS E MEDIDAS MITIGADORAS

Relatório Técnico – Pedreira n.º 6638 “Fraga das Teixeiras” 133 Desta forma entende-se que os impactes decorrentes desta fase serão, na sua essência, positivos, muito significativos, diretos e permanentes.

7.3.3.

MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO

Para minimizar a alteração da ocupação e uso do solo, que resultará das ações de decapagem e remoção do solo e coberto vegetal a efetuar no terreno da Pedreira em estudo, deverão ser implementadas as seguintes medidas:

 As terras vegetais resultantes das ações de decapagem e remoção do solo e coberto vegetal a efetuar nas áreas de exploração, deverão continuar a ser armazenadas nos locais previstos, em depósitos separados (pargas).

Esta medida é consolidada pelas ações previstas no Plano Ambiental de Recuperação Paisagística proposto, que prevê a utilização destas terras para a recuperação final da área da Pedreira.

 Cumprimento dos procedimentos instituídos relativamente aos derrames acidentais e encaminhamento destes resíduos (óleos) para empresas devidamente licenciadas de forma a evitar possíveis contaminações do solo;

 Efetuar as operações de manutenção de acordo com um Plano de Manutenção Preventiva;

 Correto acondicionamento das sucatas, em locais devidamente impermeabilizados, e posterior encaminhamento para empresa credenciada para o tratamento destes resíduos;

 Implementação e cumprimento rigoroso das medidas preconizadas no Plano de Lavra e no Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística.

No documento ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL (páginas 150-153)