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Capítulo IV – Metodologia

4.5 Fases do processo de investigação

O processo de investigação empírica do presente estudo encontra-se dividido em três fases, que serão em seguida especificadas.

O primeiro passo dado, coincidindo com a primeira fase neste processo investigativo, foi identificar os agrupamentos de escolas públicas pertencentes ao concelho de Viseu. Através de uma pesquisa na internet pudemos constatar que são cinco os agrupamentos de escolas em causa, a saber:

1. Agrupamento de Escolas da Zona Urbana de Viseu 2. Agrupamento de Escolas de Viseu Norte

3. Agrupamento de Escolas de Viseu Sul 4. Agrupamento de Escolas do Viso 5. Agrupamento de Escolas de Mundão

Visitámos assim cada um dos agrupamentos, no intuito de entrevistar os respetivos diretores para percebermos se o ensino precoce da língua inglesa no contexto da educação pré-escolar era, de facto, uma realidade, dado que pretendíamos inicialmente levar a cabo a nossa investigação em escolas da rede pública do concelho de Viseu. Nesse sentido, elaborámos um documento com as perguntas que julgámos pertinentes colocar a cada presidente (cf. Anexo I) para esclarecer a questão em causa.

Depois de visitarmos todos os agrupamentos, chegámos a uma conclusão: a lecionação do inglês como língua estrangeira a crianças em idade pré-escolar não existe na rede de escolas públicas do concelho de Viseu, com a exceção do caso muito particular de uma escola, onde os pais se juntaram, criando as condições para que os seus filhos pudessem ter inglês como atividade extracurricular.

67 Nesta decorrência, tomámos então a decisão de visitar alguns jardins-escolas privados da cidade de Viseu, para nos inteirarmos, através de entrevistas os seus diretores, da realidade existente em termos do ensino precoce da língua inglesa neste âmbito da educação pré-escolar, agora no respeitante à rede de escolas privadas (cf. Anexo II). E foi assim que demos início à segunda fase deste processo de investigação.

A primeira instituição visitada foi o Jardim-Escola Nossa Senhora de Fátima, da Santa Casa da Misericórdia de Viseu. Fomos recebidas pela diretora, que entrevistámos (cf. Anexo III) e que muito amavelmente respondeu a todas as nossas perguntas. De acordo com ela, a língua inglesa é de facto lecionada neste jardim- escola por uma professora que vem semanalmente de uma escola particular de línguas. No seu entender, não havia problema em observar as aulas desta professora aos meninos de cinco anos agrupados em duas turmas, bastando-nos ligar à professora em causa para lhe dar a conhecer a nossa intenção, a informar dos nossos objetivos e marcar o dia em que começaríamos as observações por um período de tempo limitado.

A segunda instituição que visitámos foi o Jardim-Escola João de Deus. Na sequência da entrevista à diretora (cf. Anexo IV), ficámos a saber que o inglês é também lecionado neste jardim-infantil a crianças a partir dos cinco anos, constituindo duas turmas, embora neste caso a professora de inglês o faça a nível particular, ou seja, sem pertencer a nenhuma escola de línguas. Contudo, para conseguir realizar as observações das aulas de inglês nesta escola, a diretora informou-nos que era preciso pedir uma autorização para esse efeito à Associação de Jardins-Escolas João de Deus, em Lisboa, autorização essa que podia ser pedida via e-mail.

A terceira instituição visitada foi o Jardim-Escola São Sebastião também da Santa Casa da Misericórdia de Viseu, onde fomos recebidas pela diretora. Tendo tido a confirmação de que também neste jardim-escola existe o ensino precoce da língua inglesa, pudemos apurar, através da entrevista à diretora (cf. Anexo V), que a professora de língua estrangeira é a mesma do Jardim-Escola Nossa Senhora de Fátima. Portanto, foi-nos dito que também aqui não haveria problemas em observar as aulas de inglês aos alunos de cinco anos, mais uma vez divididos por duas turmas.

Dado que as diretoras dos três jardins-escolas privados que visitámos nada tinham a opor a que a investigação tivesse lugar nas respetivas instituições, considerámos suficiente, face aos nossos objetivos, observar semanalmente o decorrer das aulas de inglês como língua estrangeira nestas seis turmas de alunos de cinco anos. Faltava apenas enviar o pedido de autorização no caso do Jardim-Escola

68 João de Deus e falar com a professora de inglês dos dois jardins-escolas da Santa Casa da Misericórdia.

Porém, as iniciativas não decorreram como tínhamos programado. Isto porque, perto da data de início das observações, a referida professora, após ter sido por nós contactada, explicando os motivos que nos moviam para tal pedido e comunicando a prévia aceitação das diretoras de ambos os jardins-escolas, invocou razões de saúde para inviabilizar a nossa ida no dia estipulado, adiando por uma semana o começo de todo o processo. No entanto, no decorrer dessa semana, informou-nos por e-mail que a observação das aulas de inglês em causa ficaria sem efeito, dado que não trabalhava por conta própria, mas para uma empresa e que, uma vez esta consultada, tinham sido de opinião que, por razões diversas então apresentadas, não estariam reunidas as condições para a realização do estudo em causa (cf. Anexo VI).

Face a esta resposta, impunha-se uma rápida tomada de decisão, até porque as opções de jardins-escolas de que dispúnhamos eram muito limitadas e o tempo começava a ser escasso. Assim, após termos ponderado os prós e os contras, optámos por fazer as observações unicamente nas duas turmas do Jardim-Escola João de Deus, cuja resposta ao nosso pedido de autorização tinha sido favorável (cf. Anexo VII). E é precisamente nesta decorrência que tem início a terceira fase deste processo de investigação empírica – a fase da observação das aulas de inglês em termos de ensino precoce desta língua, que se prolongou ao longo de cinco semanas e de cujos resultados daremos conta no Capítulo V deste estudo, aquando da apresentação e análise dos dados então recolhidos.

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