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Legislação em vigor

4. Resultados e Discussão

4.27. Fatores desmotivantes para a compra de manipulados a um fornecedor especializado na produção

Gráfico 33: Fatores desmotivantes para a compra de manipulados a um fornecedor especializado na produção.

Obtiveram-se 42 respostas (95,5%).

Os hospitais inquiridos, mencionaram o preço (76,2%) e o prazo de entrega (64,3%) como os fatores mais desmotivantes para a compra de manipulados a um fornecer especializado na produção. Assim, dada a conjuntura atual e a necessidade de contenção de custos, a aquisição de produtos é cada vez mais difícil e controlada.

5. Conclusão

Todos os objetivos propostos para o trabalho foram atingidos, visto que se conseguiu caracterizar a produção de manipulados nos hospitais portugueses.

Apesar do número de respostas obtidas não ter sido elevado (44 respostas), foi até à data, o estudo com maior volume de amostra e que incluíu hospitais públicos, hospitais privados, hospitais prisionais e hospitais militares, de Portugal Continental e Insular. Assim, foi recolhida informação sobre a realidade da manipulação portuguesa a nivel hospitalar, de forma mais representativa, fiável e profunda.

Dos 44 hospitais inquiridos, 21 responderam que produziam manipulados (47,7%), enquanto que 23 responderam que não (52,3%). Os distritos com maior número de hospitais respondentes que produzem manipulados são Lisboa e Porto. Os serviços farmacêuticos que não produzem manipulados, pertencem, maioritarimante a hospitais privados, enquanto que nos hospitais públicos, a maior parte, produzem manipulados. Os preparados oficinais são as preparações mais produzidas, em detrimento das fórmulas magistrais, que são as menos produzidas. O Formulário Galénico Português e a Farmacopeia Portuguesa são as fontes bibliográficas mais consultadas como apoio na produção de manipulados. Relativamente ao número de manipulados produzidos, constatou-se que, este aumentou no ano 2011 e diminuiu no ano 2012. As formas farmacêuticas mais produzidas foram as soluções e/ou suspensões para uso oral (76,2%), as soluções para diagnóstico ou uso laboratorial (76,2%) e as preparações semi-sólidas para aplicação local (66,7%). Quanto à diversidade de formulações, 38,1% afirmaram que produzem entre 5 a 10 formulações diferentes. As especialidades médicas que mais prescrevem manipulados foram identificadas como pediatria médica (81%), ginecologia e obstetrícia (61,9%), dermatologia (61,9%) e oncologia (57,1%). As indicações terapêuticas mais prevalentes foram os medicamentos usados em afeções cutâneas (66,7%) e as soluções de diagnóstico ou uso laboratorial (47,6%). Os ensaios gerais mais frequentes no controlo de qualidade foram a verificação das características organolépticas (76,2%), verificação final de massa ou de volume de medicamento (61,9%) e determinação do pH (47,6%). Quanto à previsão futura da produção de manipulados, 45,5 % dos hospitais consideram que vai aumentar e 15,9% que acha que vai diminuir. A disponibilização de medicamentos/formas farmacêuticas não disponíveis no mercado (93,2%) e a contenção de custos (43,2%) foram as vantagens dos manipulados mais apontadas pelos hospitais inquiridos. As desvantagens mais referidas foram, as dificuldades de obtenção de matéria-prima de grau farmacopeico (61,4%), a falta de tempo disponível para a produção (52,3%) e a necessidade de calibração de equipamentos (50%).

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