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CAPÍTULO V - ESTRUTURA TARIFÁRIA E FATURAÇÃO DOS SERVIÇOS ESTRUTURA TARIFÁRIA

FATURAÇÃO SECÇÃO II -

Periodicidade e requisitos da faturação Artigo 59.º

O serviço de saneamento é faturado conjuntamente com o serviço de abastecimento e 1.

obedece a mesma periodicidade.

As faturas emitidas descriminam os serviços prestados e as correspondentes tarifas, 2.

podendo ser baseadas em leituras reais ou em estimativas de consumo, nos termos previstos no Artigo 41.º e no Artigo 42.º, bem como as taxas legalmente exigíveis, devendo incluir, no mínimo, informação sobre:

Valor unitário da componente fixa do preço do serviço de saneamento e valor a.

resultante da sua aplicação ao período de prestação do serviço identificado que está a ser objeto de faturação;

Indicação do método de aferição do volume de efluente recolhido, b.

nomeadamente, se por medição ou se por indexação ao volume de água consumida;

Quantidade de águas residuais urbanas recolhidas, repartida por escalões de c.

consumo, quando aplicável;

Valor(es) unitário(s) da componente variável do preço do serviço de d.

saneamento;

Valor da componente variável do serviço de saneamento, discriminando e.

eventuais acertos face a volumes ou valores já faturados;

46/63 Tarifas aplicadas a eventuais serviços auxiliares do serviço de saneamento f.

que tenham sido prestados.

Prazo, forma e local de pagamento Artigo 60.º

O pagamento da fatura relativa ao serviço de recolha de águas residuais emitida pela 1.

Entidade Gestora deve ser efetuada no prazo, na forma e nos locais nela indicados.

Sem prejuízo do disposto na Lei dos Serviços Públicos Essenciais quanto à antecedência 2.

de envio das faturas, o prazo para pagamento da fatura não pode ser inferior a 20 dias a contar da data da sua emissão.

O utilizador tem direito à quitação parcial quando pretenda efetuar o pagamento parcial da 3.

fatura e desde que estejam em causa serviços funcionalmente dissociáveis, tais como o serviço de gestão de resíduos urbanos face ao serviço de saneamento de águas residuais.

Não é admissível o pagamento parcial das faturas quando esteja em causa as tarifas fixas 4.

e variáveis associadas aos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais e os valores referentes à respetiva taxa de recursos hídricos incluídas na mesma fatura.

A apresentação de reclamação escrita alegando erros de medição do consumo de água, 5.

no caso de este ser utilizado como indicador do volume de águas residuais produzidas, suspende o prazo de pagamento das tarifas relativas ao serviço de águas residuais incluídas na respetiva fatura, caso o utilizador solicite a verificação extraordinária do contador após ter sido informado da tarifa aplicável.

O atraso no pagamento, depois de ultrapassada a data limite de pagamento da fatura, 6.

permite a cobrança de juros de mora à taxa legal em vigor, de uma penalização de ultrapassagem de prazo de pagamento que incidirá sobre cada documento em divida, independentemente do seu valor original, de acordo com o Artigo 68.º do presente Regulamento, sem prejuízo dos demais encargos adicionais legais, como sendo as taxas de justiça devidas pela cobrança coerciva determinadas com base no Regulamento das Custas Processuais, e despesas de patrocínio.

O atraso no pagamento da fatura superior a 15 dias, para além da data limite de 7.

pagamento, confere à Entidade Gestora o direito de proceder à suspensão do serviço de

47/63 recolha de águas residuais, quando não seja possível suspender o fornecimento de água e desde que o utilizador seja notificado com uma antecedência mínima de 10 dias úteis relativamente à data em que venha a ocorrer.

Não pode haver suspensão do serviço de saneamento de água, nos termos do número 8.

anterior, em consequência da falta de pagamento de um serviço funcionalmente dissociável, quando haja direito à quitação parcial nos termos do n.º 3.

O aviso prévio de suspensão do serviço é enviado por correio registado ou outro meio 9.

equivalente, sendo o custo do registo imputado ao utilizador em mora.

Prescrição e caducidade Artigo 61.º

O direito ao recebimento do serviço prestado prescreve no prazo de seis meses após a 1.

sua prestação.

Se, por qualquer motivo, incluindo o erro da Entidade Gestora, tiver sido paga importância 2.

inferior à que corresponde ao consumo efetuado, o direito do prestador ao recebimento da diferença caduca dentro de seis meses após aquele pagamento.

O prazo de caducidade para a realização de acertos de faturação não começa a correr 3.

enquanto a Entidade Gestora não puder realizar a leitura do contador por motivos imputáveis ao utilizador.

Arredondamento dos valores a pagar Artigo 62.º

As tarifas são aprovadas com quatro casas decimais.

1.

Apenas o valor final da fatura, com IVA incluído, é objeto de arredondamento, feito aos 2.

cêntimos de euro em respeito pelas exigências do Decreto-Lei n.º 57/2008, de 26 de março.

Acertos de faturação Artigo 63.º

Os acertos de faturação do serviço de recolha de águas residuais são efetuados:

1.

48/63 Quando a Entidade Gestora proceda a um acerto da faturação do serviço de a.

abastecimento de água, nos casos em que não haja medição direta do volume de águas residuais recolhidas;

Quando a Entidade Gestora proceda a uma leitura, efetuando-se o acerto b.

relativamente ao período em que esta não se processou;

Quando se confirme, através de controlo metrológico, uma anomalia no volume c.

de efluentes medido.

Quando a fatura resulte em crédito a favor do utilizador final, o utilizador pode receber esse 2. 7 500 a € 44 890, no caso de pessoas coletivas, a prática dos seguintes atos ou omissões por parte dos proprietários de edifícios abrangidos por sistemas públicos ou dos utilizadores dos serviços:

O incumprimento da obrigação de ligação dos sistemas prediais aos sistemas a.

públicos, nos termos do disposto no Artigo 16.º;

Execução de ligações aos sistemas públicos ou alterações das existentes sem b.

a prévia autorização da Entidade Gestora;

O uso indevido ou dano a qualquer obra ou equipamento dos sistemas c.

públicos;

A descarga de águas residuais em incumprimento dos parâmetros definidos no d.

n.º 1 do Artigo 20.º do presente Regulamento;

A descarga de águas residuais sem que esteja assegurado o tratamento e.

primário exigido no n.º 6 do Artigo 20.º do presente Regulamento.

49/63 Constitui contraordenação, punível com coima de € 250 a € 1 500, no caso de pessoas 2.

singulares, e de € 1 250 a € 22 000, no caso de pessoas coletivas, a prática dos seguintes atos ou omissões por parte dos proprietários de edifícios abrangidos por sistemas públicos ou dos utilizadores dos serviços:

A permissão da ligação a terceiros, quando não autorizados pela Entidade a.

Gestora;

A violação de qualquer norma deste Regulamento para o qual não esteja b.

especialmente prevista a penalidade correspondente;

O impedimento à fiscalização do cumprimento deste Regulamento e de outras c.

normas vigentes, por funcionários, devidamente identificados, da Entidade Gestora;

A impossibilidade de leitura, por motivos imputáveis ao utilizador, como seja o d.

impedimento de acesso quando o contador se encontrar na sua propriedade.

Negligência e reincidência Artigo 65.º

Todas as contraordenações previstas no artigo anterior são puníveis a título de 1.

negligência, sendo nesse caso reduzidos para metade os limites mínimos e máximos das coimas previstas no artigo anterior.

No caso de reincidência sobre qualquer contraordenação prevista no artigo anterior, o 2.

valor de coima a aplicar será elevado ao dobro, do limite mínimo aplicável a cada um dos casos fixados no Artigo 64.º, observando -se em qualquer caso, os limites fixados na legislação em vigor.

Processamento das contraordenações e aplicação das coimas Artigo 66.º

A fiscalização, a instauração e a instrução dos processos de contraordenação, assim como 1.

a aplicação das respetivas coimas competem à Entidade Gestora.

A determinação da medida da coima faz-se em função da gravidade da contraordenação, 2.

o grau de culpa do agente e a sua situação económica e patrimonial, considerando essencialmente os seguintes fatores:

50/63 O perigo que envolva para as pessoas, a saúde pública, o ambiente e o a.

património público ou privado;

O benefício económico obtido pelo agente com a prática da contraordenação, b.

devendo, sempre que possível, exceder esse benefício.

Na graduação das coimas atende-se ainda ao tempo durante o qual se manteve a situação 3.

de infração, se for continuada.

Produto das coimas Artigo 67.º

O produto das coimas aplicadas reverte integralmente para a Entidade Gestora.

Cláusula penal em caso de atraso de pagamento Artigo 68.º

Caso o pagamento seja efetuado, após 15 dias da data limite de pagamento conforme 1.

previsto no n.º 7 do Artigo 60.º do presente Regulamento, o utilizador terá de pagar uma cláusula penal no valor fixo de 5 Euros.

O valor da penalização é aplicado uma única vez por fatura.

2.

CAPÍTULO VII - RECLAMAÇÕES

Direito de reclamar Artigo 69.º

Aos utilizadores assiste o direito de reclamar, por qualquer meio, perante a Entidade 1.

Gestora, contra qualquer ato ou omissão desta ou dos respetivos serviços ou agentes, que tenham lesado os seus direitos ou interesses legítimos legalmente protegidos.

Os serviços de atendimento ao público dispõem de um livro de reclamações onde os 2.

utilizadores podem apresentar as suas reclamações.

Para além do livro de reclamações a Entidade Gestora disponibiliza mecanismos 3.

alternativos para a apresentação de reclamações que não impliquem a deslocação do utilizador às instalações da mesma, designadamente através do seu sítio na internet ou por via de e-mail.

51/63 A reclamação é apreciada pela Entidade Gestora no prazo de 30 dias úteis, notificando o 4.

utilizador do teor da sua decisão e respetiva fundamentação.

A reclamação não tem efeito suspensivo, exceto na situação prevista no n.º 5 do Artigo 5.

60.º do presente Regulamento.

Inspeção aos sistemas prediais no âmbito de reclamações de utilizadores Artigo 70.º

Os sistemas prediais ficam sujeitos a ações de inspeção da Entidade Gestora sempre que 1.

haja reclamações de utilizadores, perigos de contaminação ou poluição ou suspeita de fraude.

Para efeitos previstos no número anterior, o proprietário, usufrutuário, comodatário e/ou 2.

arrendatário deve permitir o livre acesso à Entidade Gestora desde que avisado, por carta registada ou outro meio equivalente, com uma antecedência mínima de 8 dias, da data e intervalo horário, com amplitude máxima de duas horas, previsto para a inspeção.

O respetivo auto de vistoria é comunicado aos responsáveis pelas anomalias ou 3.

irregularidades, fixando o prazo para a sua correção.

Em função da natureza das circunstâncias referidas no n.º 2, a Entidade Gestora pode 4.

determinar a suspensão do fornecimento de água.

Resolução de conflitos Artigo 71.º

Os conflitos de consumo ficam obrigatoriamente sujeitos à apreciação do Tribunal Arbitral dos Centros de Arbitragem de Conflitos de Consumo, desde que a mesma seja solicitada pelo utilizador do serviço e desde que este seja pessoa singular.

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