• Nenhum resultado encontrado

Mapa 4 Zona 10 (Campina Grande)

5. ANÁLISE E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS

5.1 JOÃO PESSOA – FASE 1

5.1.6 Fechamentos Opacos e Ganhos de calor – Comportamento Anual x Teste de

de Wilcoxon

A segunda variável resposta avaliada foram os ganhos de calor dos fechamentos opacos. Inicialmente, foi utilizado o gráfico de caixa para avaliar a distribuição dos ganhos de calor das cobertas em cada uma das combinações, a partir de dados horários, totalizando 8760 dados por variável. Este gráfico indica que os maiores limites inferiores ocorrem em todas combinadas com a coberta (D), com valores atípicos chegando a -3kW. A parede (B), com maior transmitância térmica, demonstrou os menores intervalos entre os quartis, quando combinada com as cobertas (A) e (B). A parede (C), com maior atraso térmico, combinada com a coberta (C), com isolamento térmico, resultou no menor valor de mediano e menor intervalo entre os quartis. No entanto, a parede (B), combinada com esta coberta, resultou nos maiores ganhos, representada pelo maior valor do terceiro quartil e maior limite superior entre as combinações.

Gráfico 24 - Ganhos de calor das paredes fase 1 - João Pessoa

Legenda:

PA: parede de tijolos de oito furos e=15cm (modelo base). PB: parede de concreto maciço (U=5,04 W/(m².K)) PC: parede dupla de tijolos e=46cm (U=0,98 W/(m².K))

CA: telha de barro com forro de concreto ( modelo base) CB: telha de barro com 5cm de lã de vidro e forro de madeira (U=0,62 W/(m².K)

CC: telha de barro com lâmina de alumínio e laje de concreto de 25cm (ϕ=13,4 hs)

CD: telha de fibrocimento sem forro (U=4,60 W/(m².K)) Fonte: Autor

Foram aplicados os seguintes pressupostos: testes de normalidade Lillie Fours e teste de variância Ncvteste, que permitiram observar que as distribuições dos ganhos de calor não são normais e não possuem variância constante. Foi aplicado o teste de hipótese de Wilcoxon, para determinar a diferença entre os ganhos, a partir da alternativa greater,

ANÁLISE E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS | Andréia Cardoso de Oliveira

sendo comparadas todas as combinações com o modelo base. Foi definido o intervalo de confiança entre eles e a estimativa de intervalo de confiança em kW, conforme Tabela 15.

Tabela 15 – Teste de Wilcoxon - ganhos de calor das paredes - JP

Coeficientes Alternativa “Greater” p-value conf.int Resultado Estimativa da diferença

GC1 - GC2 1 <2,2 x 10-16 Rejeita a Ho -0,0693 GC1 – GC3 1 <2,2 x 10-16 Rejeita a Ho -0,0372 GC1 – GC4 1 <2,2 x 10-16 Rejeita a Ho -0,1600 GC1 – GC5 <2,2 x 10-16 <2,2 x 10-16 Rejeita a Ho 0,1502 GC1 – GC6 2,33 x 10-5 4,68 x 10-5 Rejeita a Ho 0,0149 GC1 – GC7 <2,2 x 10-16 <2,2 x 10-16 Rejeita a Ho 0,1179 GC1 – GC8 <2,2 x 10-16 <2,2 x 10-16 Rejeita a Ho 0,1130 GC1 – GC9 1 <2,2 x 10-16 Rejeita a Ho -0,1502 GC1 – GC10 1 <2,2 x 10-16 Rejeita a Ho -0,1580 GC1 – GC11 1 <2,2 x 10-16 Rejeita a Ho -0,0859 GC1 – GC12 1 <2,2 x 10-16 Rejeita a Ho -0,3995 Legenda: G1 – parede A-coberta A G2 – parede A–coberta B G3 – parede A-coberta C G4 – parede A-coberta D G5 – parede B-coberta A G6 – parede B-coberta B G7 – parede B-coberta C G8 – parede B–coberta D G9 – parede C-coberta A G10 – parede C-coberta B G11 – parede C-coberta C G12 – parede C-coberta D Fonte: Autor

A partir do teste de Wilcoxon, foram verificadas diferenças positivas entre as combinações G (5), G (6), G (7) e G (8), comparadas com o modelo base. As estimativas esperadas resultaram em valores baixos, sendo 0,15 kW a maior estimativa referente à parede (B)_coberta (A). As maiores diferenças ocorreram nas combinações com a parede (B) de concreto maciço, com o maior valor de transmitância térmica, que ganha menos calor que o modelo base. A maior diferença ocorreu entre a combinação G12 e o modelo base, com valor negativo de 0,3995 kW, demonstrando que os fechamentos opacos com alta inércia térmica ganham mais calor que o modelo base.

O Gráfico 25 avalia a distribuição dos ganhos de calor das cobertas em cada uma das combinações. O maior intervalo entre os quartis ocorreu na coberta (D), combinada com todas as paredes. Esta coberta também apresenta os maiores ganhos, com valores atípicos acima do terceiro quartil, que chegam a 8 kW. Esta coberta também apresenta os mais baixos limites inferiores. A coberta (C) demonstrou o menor intervalo entre os quartis, ou seja, os 50% centrais dos ganhos de calor desta coberta mantiveram os valores muito próximos da mediana, sem grandes variações ao longo do ano.

P á g i n a | 76

ANÁLISE E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS | Andréia Cardoso de Oliveira Gráfico 25 - Ganhos de calor fase 1 cobertas - João Pessoa

Legenda:

PA: parede de tijolos de oito furos e=15cm (modelo base). PB: parede de concreto maciço (U=5,04 W/(m².K)) PC: parede dupla de tijolos e=46cm (U=0,98 W/(m².K))

CA: telha de barro com forro de concreto ( modelo base) CB: telha de barro com 5cm de lã de vidro e forro de madeira (U=0,62 W/(m².K)

CC: telha de barro com lâmina de alumínio e laje de concreto de 25cm (ϕ=13,4 hs)

CD: telha de fibrocimento sem forro (U=4,60 W/(m².K)) Fonte: Autor

Para determinar a diferença entre os ganhos de calor das cobertas, foram comparadas as combinações, definindo o intervalo de confiança entre eles e a estimativa da diferença do intervalo de confiança livre de distribuição, através do teste de hipótese de Wilcoxon, conforme Tabela 16 abaixo.

Tabela 16 – Teste de Wilcoxon - ganhos de calor das cobertas - JP

Coeficientes Alternativa “Greater” conf.int p-value Resultado Estimativa da diferença

GC1 - GC2 0,9997 <2,2 x 10-16 Rejeita a Ho -0,0184 GC1 – GC3 1 <2,2 x 10-16 Rejeita a Ho -0,2081 GC1 – GC4 <2,2 x 10-16 <2,2 x 10-16 Rejeita a Ho 0,4578 GC1 – GC5 1 <2,2 x 10-16 Rejeita a Ho -0,0825 GC1 – GC6 1 4,68 x 10-5 Rejeita a Ho -0,0469 GC1 – GC7 1 <2,2 x 10-16 Rejeita a Ho -0,2198 GC1 – GC8 <2,2 x 10-16 <2,2 x 10-16 Rejeita a Ho 0,3327 GC1 – GC9 <2,2 x 10-16 <2,2 x 10-16 Rejeita a Ho 0,0652 GC1 – GC10 0,6072 <2,2 x 10-16 Rejeita a Ho -0,0014 GC1 – GC11 1 <2,2 x 10-16 Rejeita a Ho -0,1869 GC1 – GC12 <2,2 x 10-16 <2,2 x 10-16 Rejeita a Ho 0,5520 Legenda: G1 – parede A-coberta A G2 – parede A–coberta B G3 – parede A-coberta C G4 – parede A-coberta D G5 – parede B-coberta A G6 – parede B-coberta B G7 – parede B-coberta C G8 – parede B–coberta D G9 – parede C-coberta A G10 – parede C-coberta B G11 – parede C-coberta C G12 – parede C-coberta D Fonte: Autor

Foram verificadas diferenças significativas entre as combinações G (4), G (8), G (9) e G (12), comparadas com o modelo base. As maiores estimativas esperadas ocorreram nas combinações associadas à coberta (D), telha de fibrocimento sem forro, sendo 0,55 kW

ANÁLISE E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS | Andréia Cardoso de Oliveira

a maior diferença entre elas, referente à parede (C)_coberta (D). Portanto, os menores ganhos de calor ocorreram nas combinações com a coberta que representa o maior valor de transmitância térmica analisado.