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Festa da Sagrada Família/Ano C – 30.12.2018

No documento Celebrações. Dezembro (páginas 42-56)

- Sagrada Família, inspiração e modelo das famílias

Cor litúrgica: BRANCO Secretariado Diocesano de Pastoral – Erechim/RS

1. RITOS INICIAIS

A. (Canto Lit. 2015/18) 1. Que renovemos a nossa família/ pe-los valores do amor e da fé,/ tendo o modelo daquela famí-lia/ que foi Jesus, com Maria e José.

Ref. /:Seja a família, de verdade,/ comunidade onde vive o Senhor,/ no testemunho de sua palavra:/ “Permanecei no meu amor”!:/

Anim.: Normalmente, o Natal reúne as famílias. No clima na-talino, elas são convidadas a olhar para o seu modelo, o Lar de Nazaré, como celebramos neste domingo, lembrando sua

vocação e missão na Igreja e no mundo, como destacou a recente Assembleia do Sínodo dos Bispos.

A. (Nº 437) 1. Natal, Deus está entre nós. Fez-se homem, ....

D. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

A. Amém.

D. Que o perdão e o amor de Jesus Cristo, nossa paz, rosto da misericórdia do Pai, nascido e acolhido no Lar de Nazaré, estejam convosco.

A. Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

A vida na liturgia

D. (... Sagrada Família, modelo de nossos lares / família, primeiro ambiente da ini-ciação cristã, da experiência da misericórdia / final de ano, tempo oportuno de revisão e previsão, de especial ação de graças a Deus.... )

Ato penitencial

Anim. No mistério da Família de Nazaré, podemos compreender hoje a família, lugar de santidade evangélica, realizada nas condições mais comuns; da compre-ensão do desígnio de Deus a respeito de nossa vida; de gratuidade para acolher o outro, para perdoar e ser perdoados. Invoquemos a misericórdia de Deus sobre nós e nossos lares.

L. Senhor, que fazeis brilhar o esplendor do verdadeiro amor na Família de Nazaré, tende piedade de nós.

A. Senhor, tende piedade de nós.

L. Cristo, que vivestes a relação com os pais e os vizinhos, o trabalho silencioso e a oração humilde na Casa de Nazaré, tende piedade de nós.

A. Cristo, tende piedade de nós.

L. Senhor, que revelais o caráter sagrado e a beleza da família no projeto do Pai, tende piedade de nós.

A. Senhor, tende piedade de nós.

D. Deus todo-poderoso e fonte da vida....

A. Amém.

Glória

A. (Canto Lit. 2009, nº. 21) Ref. Glória! Glória! Glória a Deus ...

D. OREMOS. Ó Deus de bondade, que nos destes a Sagrada Família como exemplo, concedei-nos imitar em nossos lares as suas virtudes para que, unidos pelos laços do amor, possamos chegar um dia às alegrias da vossa casa. PNSrJC.

A. Amém.

2. LITURGIA DA PALAVRA

(Lecionário Dominical, domingo da oitava do Natal – Sagrada Família, Jesus, Maria e José, Paulinas-Paulus, p. 716-719)

Anim.: Como a Sagrada Família de Nazaré, nossas famílias têm sua força no amor entre seus membros, na participação ativa na comunidade e no compromisso pelo bem de todas as pessoas.

1ª Leitura: Eclo 3,3-7.14-17a Salmo: Sl 127(128)

S. Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos.

A. Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos.

S. 1. - Feliz és tu se temes o Senhor* e trilhas seus caminhos! - Do trabalho de tuas mãos hás de viver,* serás feliz, tudo irá bem!

2. - A tua esposa é uma videira bem fecunda* no coração da tua casa; - os teus filhos são rebentos de oliveira* ao redor de tua mesa.

3. - Será assim abençoado todo homem* que teme o Senhor. - O Senhor te abençoe de Sião,* cada dia de tua vida.

2ª Leitura: Cl 3,12-21 Evangelho: Lc 2,41-52

A. /:Aleluia, Aleluia, Aleluia.:/

L. Que a paz de Cristo reine em vossos corações e ricamente habite em vós sua palavra!

A. Aleluia...

Mensagem do Bispo Dom José

Estimados irmãos e irmãs desta Comunidade de ______________________

O primeiro domingo após o Natal é dedicado à Sagrada Família: Jesus, Maria e José. A Igreja preocupa-se de modo especial com a família. Ela é o espaço privile-giado onde se desenvolve o maravilhoso dom da vida de cada ser humano. Família é o primeiro ambiente da iniciação cristã, da experiência da misericórdia. Celebrar a Sagrada Família de Nazaré significa refletir sobre a Família de cada um de nós e o modo como estamos nos relacionando. Deus veio morar conosco numa família. A Sagrada Família serve de modelo para todas as nossas famílias.

São muitos os desafios presentes nas nossas famílias hoje. Temos consciên-cia de que nossas famílias não são perfeitas. A palavra de Deus orienta e ilumina como deve ser a relação familiar para que assim nossas famílias sejam “Santuário da vida”.

Na primeira leitura, o mandamento “honrar pai e mãe” era visto com gran-de apreço e seriedagran-de. Este mandamento significa muito mais do que obegran-decer a vontade dos pais. Envolve toda a questão da responsabilidade e amor que devemos retribuir por tudo o que eles fizeram por nós.

No Evangelho vemos que a família deve estar unida em todos os momentos.

Isto nos é demonstrado por Maria e José que acompanharam Jesus do início ao fim de sua missão: na alegria e no sofrimento. O Papa Francisco afirma que todas as famílias têm necessidade de Deus: todas, todas! Necessidade da Sua ajuda, da Sua força, da Sua bênção, da Sua misericórdia, do Seu perdão. Quando a família reza unida o vínculo torna-se mais forte.

A Família é a mais importante realidade que envolve a nossa vida. É na famí-lia que nascemos, somos acolhidos, nos desenvolvemos e tornamo-nos pessoas res-ponsáveis. É na família que aprendemos a nos conhecer, respeitar, ajudar, partilhar e perdoar. É na família que aprendemos que somos fracos e fortes. Fracos, por isso somos ajudados e protegidos pelos pais e outros familiares. Fortes, por isso ajuda-mos os que estão mais fragilizados.

Os pais que amam, protegem seus filhos e os conduzem por caminhos sadios e seguros cumprem com sua missão. Sabem que é necessário acompanhar e auxiliar os filhos para descobrirem o verdadeiro sentido da vida, para descobrirem a beleza da vida familiar cristã.

Limites precisam ser estabelecidos. Nem tudo o que o mundo sugere é bom.

Quem pensa que ‘o mundo educa’ pode colher grandes frustrações. Por isso a Igre-ja orienta a vida familiar baseada no cultivo da fé, na vivência concreta do amor.

Recordamos ainda que a Jesus não tinha muitas coisas, era pobre, mas tinha uma família; isso lhe dava segurança.

Que Maria e José olhem com carinho para as nossas famílias e nos ajudem a fazer de nossas famílias um espaço saudável de fé, de amor, de paz e de perdão. Que o Bom Deus abençoe e proteja nossas famílias.

Dom José Gislon Bispo Diocesano Profissão da fé

(Nº 192) 1. Eu creio em Deus Pai, poder e ...

Oração dos fiéis

D. A Deus, “que no mais íntimo de seu mistério é uma família”, apresentemos nos-sas preces em favor de todas as famílias do mundo.

A. (Nº 195) Ó Senhor, que fazeis maravilhas, dai o dom do amor às famílias!

L. 1. Para que as famílias sejam constituídas e vivam segundo o modelo do Lar de Nazaré, rezemos, irmãos.

2. Para que a Igreja tenha sempre mais o rosto de verdadeira família, revelando a todos a proximidade e o amor, rezemos, irmãos.

3. Para que a sociedade garanta o bem da família, seu princípio e fundamento, re-zemos, irmãos.

4. Para que as famílias formem para a paz, para o compromisso social e para o cui-dado com a casa comum, rezemos, irmãos.

5. Com nosso Papa Francisco, rezemos: Jesus, Maria e José,

A. a vós confiamos todas as nossas famílias; para que se renovem nas maravi-lhas da graça.

L. Sagrada Família de Nazaré, escola atraente do santo Evangelho:

A. ensina-nos a imitar as tuas virtudes com uma sábia disciplina espiritual; do-a-nos o olhar claro que sabe reconhecer a obra da providência nas realidades cotidianas da vida.

L. Sagrada Família de Nazaré,

A. faze renascer em nós a estima pelo silêncio, torna as nossas famílias cenáculo de oração e transforma-as em pequenas Igrejas domésticas; sustenta o nobre cansaço de todas as atividades.

L Sagrada Família de Nazaré,

A. cada família seja morada acolhedora de bondade e de paz para as crianças e para os idosos, para quem está doente e sozinho, para quem é pobre e ne-cessitado.

L. Jesus, Maria e José

A. a vós com confiança rezamos, a vós com alegria nos confiamos. Amém.

3. RITO DE OFERTA

Anim. Façamos das experiências familiares a nossa oferta a Deus.

(Nº 203) Estr.: Sabes, Senhor, o que temos....

D. Nós vos oferecemos, ó Deus, a vida de nossas famílias, com suas alegrias e tris-tezas, suas dificuldades e luta para superá-las, pedindo-vos que as firmeis na vossa graça, conservando-as na vossa paz. Por Cristo, nosso Senhor.

A. Amém.

Louvação

D. O Senhor esteja conosco.

A. Ele está no meio de nós.

D. Elevemos ao Senhor nosso louvor A. É justo e é nossa alegria.

D. Nós vos glorificamos, ó Deus de bondade, porque com o nascimento de vosso Filho em Belém nova luz da vossa glória brilhou para nós. Vendo em vosso Filho pelos olhos da fé, reconhecemos n’Ele a divindade invisível.

A. Bendito sejais, ó Deus, por Cristo, nossa paz e salvação.

D. Nós vos louvamos, ó Deus de misericórdia porque pelo nascimento de vosso Filho restaurais a integridade do universo e introduzis o ser humano em vosso Reino.

A. Bendito sejais, ó Deus, por Cristo, nossa paz e salvação.

D. Nós vos bendizemos, ó Deus, porque no Natal vivemos um maravilhoso encon-tro, pois ao tornar-se um de nós, nossa fraqueza humana assume incomparável dignidade e nos tornamos eternos.

A. Bendito sejais, ó Deus, por Cristo, nossa paz e salvação.

D. Nós vos agradecemos, ó Deus, porque, fiel às vossas promessas, sustentais a Igre-ja que reunistes na fé e no amor para continuar a obra redentora de vosso Filho.

Sustentai-a na sua missão, com o Papa ...., nosso Bispo ..., com nosso(s) padre(s) ___________, com nossas lideranças e com todas as pessoas de boa vontade.

A. Bendito sejais, ó Deus, por Cristo, nossa paz e salvação.

D. Nós vos glorificamos pelos irmãos e irmãs que viveram entre nós e que morreram na esperança da salvação, (__---- pode citar nome de falecidos recentes). Conce-dei-lhes a felicidade e a paz na assembleia dos vossos santos.

A. Bendito sejais, ó Deus, por Cristo, nossa paz e salvação.

D. Acolhei benigno, ó Deus, nossa oração de louvor e de súplica, feita por aquele que nos ensinou a colocar em vós toda nossa vida, Jesus Cristo, nosso Senhor.

A. Amém.

Rito da Comunhão Eucarística

D. (ministro/a busca as hóstias no sacrário e coloca sobre o altar). Guiados pelo es-pírito de Jesus e pela sabedoria do Evangelho, rezemos confiantes como o Senhor Jesus nos ensinou:

D. Cristo se dá a nós como Pão da Vida para permanecermos no seu amor. Eis o Cordeiro de Deus ....

A. Senhor, eu não sou digno....

Anim.: Junto à mesa, a família aprofunda e renova sua convivência. Junto ao altar, a Igreja expressa e confirma sua dimensão familiar.

A. (Nº 419) 1. Ao chegar o natal do Senhor começamos então ...

D. OREMOS! Concedei-nos, ó Pai, na vossa bondade, que, refeitos com vosso sacramento, imitemos continuamente a Sagrada Família, e, após as dificul-dades desta vida, convivamos com ela no céu. Por Cristo, nosso Senhor.

A. Amém.

(Pode motivar uma dezena do terço ou parte, sugerindo pedir a intercessão de N.

Sra. por necessidades específicas da comunidade local, da diocese, do mundo....

ação de graças pelo ano que está chegando ao fim / perseverança dos casais no compromisso matrimonial / famílias em dificuldades de relacionamento / jovens em preparação próxima para o casamento / / Vocações / ...)

4. RITOS FINAIS (Avisos / Compromisso)

Anim. Vivamos a missão da família, berço da vida, nosso apoio, nossa educadora na fé.

A. (Nº 345) /:Abençoa, Senhor, as famílias. Amém! / Abençoa, Senhor, a minha também.:/

D. O Senhor esteja convosco!

A. Ele está no meio de nós.

D. O Deus de infinita bondade, que, pela encarnação de seu Filho, expulsou as tre-vas do mundo, e com seu glorioso nascimento, transfigurou este tempo, expulse do vosso coração as trevas dos vícios e o transfigure com a luz das virtudes.

A. Amém.

Aquele que anunciou aos pastores pelo Anjo a grande alegria do nascimento do Salvador derrame em vosso coração a sua alegria e vos torne mensageiros do Evangelho.

A. Amém.

D. Aquele que, pela encarnação de seu Filho, uniu a terra ao céu, vos torne partici-pantes da Igreja celeste.

A. Amém.

D. Abençoe-vos Deus rico em misericórdia, Pai e Filho e Espírito Santo.

A. Amém.

D. Sede sempre agradecidos! Levai a todos a alegria que vem da fé em Jesus Cris-to, Senhor do tempo e da história! Ide em paz e o Senhor vos acompanhe, hoje e sempre!

A. Graças a Deus.

(Nº 422) 1. Noite feliz! Noite feliz!/ Ó Senhor, Deus de amor, pobrezinho nasceu em Belém./ Eis na lapa Jesus, nosso bem! Dá-nos paz, ó Jesus./ Dá-nos paz, ó Jesus.

2. Noite feliz! Noite feliz!/ Ó Jesus, Deus da Luz, quão afável é teu coração!/

Que quiseste nascer nosso irmão, e a nós todos salvar./ E a nós todos salvar.

3. Noite feliz! Noite feliz!/ Eis que no ar vêm cantar aos pastores os anjos dos céus,/ anunciando a chegada de Deus, de Jesus, Salvador./ De Jesus, Salvador.

Leituras da semana:

dia 31/12, 2ªf: 1Jo 2,18-21; Sl 95(96); Jo 1,1-18; dia 1º/01, 3ªf, Solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria: Nm 6,22-27; Sl 66(57); Gl 4,4-7; Lc 2,16-21; dia 02/01, 4ªf, Ss. Basílio Magno e Gregório Nazianzeno: 1Jo 2,22-28; Sl 97(98);

Jo 1,19-28; dia 03/01, 5ªf, do TNatal antes da Epifania Br. Santíssimo nome de Jesus: 1Jo 2,29-3,6; Sl 97(98); Jo 1,29-34; dia 04/01, 6ªf: 1Jo 3,7-10; Sl 97(98); Jo 1,35-42; dia 05/01, sáb.: 1Jo 3,11-21; Sl 99(100); Jo 1,43-51; Dia 06/01, dom., Epifania: Is 60,1-6; Sl 71(72); Ef 3,2-3a.5-6; Mt 2,1-12 (visita dos

“reis magos” – “sábios do Oriente”)

Site da Diocese de Erexim:

http://www.diocesedeerexim.org.br

Livraria Diocesana, no Centro de Pastoral, Av. Sete de Setembro, 1251.

III - Coleta

12. A Campanha para a Evangelizaçao é uma experiência que promove a comunhão e a partilha dos bens entre as Igrejas particulares, assim como acontecia nas comunidades pnmitivas do Novo Testamento, cujo relato encontramos nos Atos dos Apóstolos e nas cartas paullnas.

13. Com a coleta desse ano, pretende-sc apoiar as inúmeras iniciativas da Igreja no Brasil

no serviço da evangelização, da dinamização das pastorais, na luta pela justiça social, nas expenèncias missionárias das Igrejas irmãs e na missão ad gentes.

14. O gesto concreto de colaboração na Coleta para a Evangelização será partilhado, solidariamente, entre as arquidioceses, dioceses e prelazias, que receberão 45% dos recursos; os 18 regionais da CNBB que terão 20%; e o Secretariado-Geral da CNBB que contará com 35% das contribuições.

15. A Igreja no Brasil, mais uma vez, faz um forte apelo para que nossas comunidades locais se motivem na comunhão e na participação para que, por meio dessa partilha, muitas iniciativas de evangelização sejam fortaleci das.

Sugestão de preces para a Missa do III Domingo do Advento Dia da Coleta Nacional para a Evangelização

1. Que a Igreja, seus ministros ordenados e os cristãos leigos e leigas, em sua ação evangelizadora, partam da primazia da graça de Cristo para a renovação da sociedade. Rezemos ao Senhor.

R: Nós vos pedimos que nossos projetos evangelizadores sirvam para nossa santificação e da sociedade inteira!

2. Pelos cristãos leigos c leigas para que possam se comprometer nas políticas públicas e partidárias, e nos conselhos paritários. para difundir no Brasil a justiça e a fraternidade. Rezemos ao Senhor.

R: Nós vos pedimos que nossos projetos evangelizadores sirvam para nossa santificaçao e da sociedade inteira!

3. Por aqueles que estão nas periferias sociais e existenciais a fim de que encontrem, nos projetos de evangelização, uma mão estendida que alivie seus sofrimentos. Rezemos ao Senhor.

R: Nós vos pedimos que nossos projetos evangelizadores sirvam para nossa santificação e da sociedade inteira!

4. Para que nossa comunidade compreenda, em toda a grandeza e dignidade, a natureza e missão dos cristãos leigos e leigas, e se santifique por meio de sua inserção nas realidades temporais e na sua participação nas atividades terrenas. Rezemos ao Senhor.

R: Nós vos pedimos que nossos projetos evangelizadores sirvam para nossa santificação c da sociedade inteira!

Advento de conexões – Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte, MG

Estas preciosas quatro semanas que precedem a celebração do Natal, o Advento, têm na força da Palavra de Deus um convite a cada ser humano para se renovar. No Advento, ecoa forte a voz do profeta Isaías, que apresenta esse convite a partir de metáforas interpelantes. Conforme anuncia o profeta, o povo, ao afastar-se da luz de Deus-Pai, torna-se “pano sujo”, “folha seca”. Com isso, a humanidade sofre, convive com retrocessos e prejuízos. Assim, o Advento é uma

“oportunidade de ouro” concedida por Deus para que a humanidade reflita sobre suas desconexões (ou desajustes, desligamentos).

Na perspectiva espiritual, essas desconexões são os pecados. Já no que se refere ao exercício da cidadania, relacionam-se com as incivilidades, desrespeito ao bem comum, à verdade e à justiça social. Invariavelmente, quando o ser humano se desconecta da luz de Deus, perde a paz. Para recuperá-la, cada pessoa deve engajar-se nas dinâmicas que façam nascer uma nova consciência moral, com incidência sobre a conduta individual, no poder público, nas instituições, nas famílias.

O Advento é oportunidade para se conectar novamente com a luz de Deus, inspirando cada pessoa a reconhecer que não basta buscar somente os

“lugares confortáveis”, obter títulos, benesses e ganhos financeiros. O egoísmo incapacita as pessoas para estabelecerem conexões e as mantêm aprisionadas na faixa que gera desconexões. Essa inércia alimenta a corrupção, os desmandos, a indiferença, a mesquinhez, comprometendo a vida cidadã. O tratamento terapêutico e penitencial da atual condição humana, que compromete a paz, pede a reconfiguração das instituições e suas dinâmicas. Requer também investimentos na qualificação de processos socioculturais, educativos e da comunicação. É preciso, sobretudo, reconhecer a sacralidade das famílias. Para isso, cada pessoa precisa confrontar a própria consciência e se abrir ao Advento de conexões.

Urge, pois, uma reconfiguração nas mentalidades para alcançar as grandes mudanças que a sociedade demanda. Essas transformações significativas, quando

ocorrem, são muito lentas, exatamente pela dificuldade individual em produzir e gerenciar as conexões imprescindíveis ao adequado exercício da cidadania.

Desse modo, é indispensável sair da comodidade buscar a renovação pessoal necessária para assumir a responsabilidade na tarefa de transformar o mundo.

As desconexões que produzem “cegueira” diante dos graves problemas sociais geram situações que enfraquecem as instituições. Sabe-se amplamente da existência de processos e procedimentos que comprometem a saúde financeira, a lisura moral, o cumprimento de metas. Mais preocupante ainda é o vício de indivíduos em buscar apenas ganhos pessoais, em seguir as leis do carreirismo, querendo alcançar posições hierárquicas mais elevadas, a qualquer custo. Há ainda um desajuste na gestão das instituições. Por preferir não lidar com os que já se consolidaram em suas comodidades, esse tipo de gestão condena a instituição a transitar entre a mediocridade e a conivência. Essa incompetência humana para relacionar-se com o próximo e com a própria realidade é claro sinal da desconexão com Deus.

É lamentável quando um indivíduo tem sólida formação intelectual e técnica, mas mantém uma condição afetivo-espiritual acanhada. Inevitavelmente, essa pessoa produzirá desconexões em série. Ao contrário, as várias áreas do conhecimento – a exemplo da neurociência e dos estudos da psicogenética – devem servir para apontar caminhos que possam ajudar no processo de renovação pessoal, tão necessário para evitar que a sociedade seja marcada pela delinquência e mediocridade.

O cérebro humano tem um número de conexões sinápticas que, em quantidade, se assemelham às dimensões de uma galáxia. Cada pessoa guarda no coração sentimentos que definem modos de agir e de perceber o mundo.

Todos precisam reconhecer o próprio potencial para despertar e engajar-se em novos processos de qualificação humana e espiritual. Se cada cidadão não abrir seus próprios olhos para as muitas desconexões, a humanidade ficará ainda mais semelhante a um “pano sujo” ou “folha seca”, bem diferente do plano de Deus. A mudança começa pelo humilde compromisso de bater no próprio peito, assumir responsabilidades, e exercitar a difícil tarefa de se observar.

Para ajudar cada pessoa a reconhecer-se como importante na transformação do mundo, a respeitar e a amar o seu semelhante, resgatando a dignidade humana, é que o Filho de Deus vem, nasce e entra na história, com o paradigma de sua encarnação: um broto de esperança para o mundo, Advento de conexões.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte

Como será meu Natal? - Dom Adelar Baruffi, Bispo de Cruz Alta

É tempo de preparar e, sobretudo, prepararmo-nos para o Natal. Se nós não o fizermos, seremos

É tempo de preparar e, sobretudo, prepararmo-nos para o Natal. Se nós não o fizermos, seremos

No documento Celebrações. Dezembro (páginas 42-56)

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