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Ficha técnica do disco Antologia do Frevo – Orquestra de José

Fonte: ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES (p1976a)68.

67Informação verbal fornecida por Adelson Silva, durante entrevista concedida ao autor deste

Trabalho, na sede da Sociedade Musical 15 de Novembro, em Gravatá, PE, em abril de 2016.

Apesar disso, será levado em consideração à fala de Adelson Silva de que usou a bateria, até porque, na época, era muito comum entre os maestros de vanguarda utilizarem apenas o termo percussionista e/ou ritmista para identificar todo e qualquer músico que fazia parte da seção rítmica da orquestra. Assim, em determinados momentos da transcrição, será adotada a escrita do bumbo pela sonoridade do surdo, uma vez que, ambos eram, praticamente, tocados em uníssono durante todo o disco.

Não obstante, o foco desta Pesquisa não é julgar os méritos dos créditos e/ou a qualidade da gravação (embora sejam fatores importantíssimos para a compreensão da análise), porém, o foco se dará ao depoimento do músico e à sua respectiva atuação como baterista e formas de adaptação das vozes dos instrumentos de percussão transpostos à bateria.

Ainda sobre a utilização do chimbal no contratempo, exemplifica-se a Figura 4, apresentando como ficaria o padrão do frevo executado juntamente com sua adaptação na bateria.

Figura 4 – Levada com chimbal (contratempo)

Fonte: O autor (2016).

Outro aspecto importante na execução do frevo pelas orquestras está relacionado à entrada da melodia que, em grande parte, inicia-se em anacruse69. É

muito comum encontrar, na grande maioria das composições de frevo, a utilização desse recurso para dar início ao tema.

Em depoimento ao Documentário Sete Corações (SETE..., 2014), o Maestro Edson Rodrigues cita uma fala do compositor Lourival Oliveira, na qual ele diz que o frevo é um estilo de música que começa se derramando.

No que se refere à execução rítmica dessa antecipação, tornou-se bastante comum que os instrumentos de percussão participassem, ativamente, dobrando essa parte da melodia com toda a orquestra. Percebe-se, na análise do disco em

69“São as figuras que precedem o primeiro compasso, ajustando-se (ou não) no último compasso”

questão, sobretudo a bateria, a execução de tal antecipação em uníssono com os demais instrumentos. Além disso, é comum ocorrer esse mesmo tipo de entrada nas intersecções das composições, ou seja, durante as passagens de uma parte A para a parte B, por exemplo. Deve-se levar em consideração que a forma musical mais comum encontrada no frevo é conhecida como AABB.

Outra característica encontrada em seu estilo peculiar está relacionada à forma como ele interpreta a última colcheia da anacruse. Independente das frases que antecedam a melodia, a última colcheia do 2º tempo sempre foi utilizada, desde a origem do frevo, como uma espécie de chamada e/ou antecipação realizada pela sessão rítmica. A execução desta sempre coube ao surdo (da mesma forma que ocorre nas escolas de samba, por exemplo). Adelson Silva introduz essa colcheia na caixa (ora com rulo ora com a nota sem ornamentação), em uníssono com o surdo, criando, assim, uma nova textura sonora. Cabe ainda salientar a clareza da sonoridade dos rulos, percebida por meio da análise das gravações, evidenciando, assim, sua destreza técnica no controle das baquetas, sonoridade do instrumento e ainda grande controle dos planos de dinâmica.

Logo, a partir da análise do disco em questão, esses elementos apontados podem ser percebidos e destacados em diversas faixas, ou seja, seu modo peculiar de execução como forma de interpretar os anacruses a partir de Adelson Silva, como apresenta a Figura 5 a seguir:

Figura 5 – Frevo de Rua70 / Evoé71 /

Vassourinhas72 / Fogão73 / Canhão 7574:

0’:15” – 0’:19”

Fonte: O autor (2016).

Figura 6 – Frevo de Rua75 /

Evoé76 / Vassourinhas77 /

Fogão78 / Canhão 7579:

0’:26” – 0’:29”

Fonte: O autor (2016).

Figura 7 – Frevo de Rua80 /

Evoé81 / Vassourinhas82 /

Fogão83 / Canhão 7584:

0’:39’’ – 0’:42”

Fonte: O autor (2016).

70ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES (Intérpr.). Frevo de rua. Arranjo: José Menezes. In: ______.

Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976b. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

71ROCHA, Mathias da; BATISTA, Joana. Evoé. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo: José

Menezes. In: ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976a. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

72______. Vassourinhas. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo: José Menezes. In:

ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976b. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

73LISBOA, Sérgio. Fogão. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo: José Menezes. In:

ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

74GALVÃO, Nino. Canhão 75. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo: José Menezes. In:

ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

75ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES, op. cit. 76ROCHA; BATISTA, op. cit., p1976a.

77Id., p1976b. 78LISBOA, op. cit. 79GALVÃO, op. cit.

80ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES, op. cit. 81ROCHA; BATISTA, op. cit., p1976a.

82Id., p1976b. 83LISBOA, op. cit. 84GALVÃO, op. cit.

Figura 8 – Frevo de Rua85 / Evoé86 / Vassourinhas87 / Fogão88 / Canhão 7589: 1’:06” – 1’:09” Fonte: O autor (2016).

Figura 9 – Frevo de Rua90 /

Evoé91 / Vassourinhas92 / Fogão93 /

Canhão 7594: 1’:19” – 1’:23”

Fonte: O autor (2016).

Figura 10 – Frevo de Rua95 /

Evoé96 / Vassourinhas97 / Fogão98 /

Canhão 7599: 2’:09” – 2’:13”

Fonte: O autor (2016).

85ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES (Intérpr.). Frevo de rua. Arranjo: José Menezes. In: ______.

Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976b. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

86ROCHA, Mathias da; BATISTA, Joana. Evoé. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo: José

Menezes. In: ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976a. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

87______. Vassourinhas. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo: José Menezes. In:

ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976b. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

88LISBOA, Sérgio. Fogão. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo: José Menezes. In:

ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

89GALVÃO, Nino. Canhão 75. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo: José Menezes. In:

ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

90ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES, op. cit. 91ROCHA; BATISTA, op. cit., p1976a.

92Id., p1976b. 93 LISBOA, op. cit. 94GALVÃO, op. cit.

95ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES, op. cit. 96ROCHA; BATISTA, op. cit., p1976a.

97Id., p1976b. 98LISBOA, op. cit. 99GALVÃO, op. cit.

Figura 11 – Frevo de Rua100 /

Evoé101 / Vassourinhas102 /

Fogão103 / Canhão 75104:

2’:17” – 2’:21”

Fonte: O autor (2016).

Outra característica se refere aos modos de execução rítmica, mais especificamente, a concepção e execução dos seus padrões rítmicos (levadas). Nota-se, nesse disco, a presença constante de rulos sendo utilizados para

consertar o padrão rítmico, ou seja, em alguns momentos, a melodia necessita que

o baterista desloque o padrão na intenção de evitar cruzamentos da levada com a melodia. Adelson Silva, então, realiza o deslocamento por meio da inserção de rulos fechados, retomando a levada de acordo com a retomada da melodia. Muitas vezes, esse rulo tem duração de 1, 2 tempos ou, até mesmo, alguns compassos, conforme a necessidade exigida pela melodia em questão.

Ao analisar o disco, de forma geral, encontra-se, na performance musical de Adelson Silva, uma interação direta entre o acompanhamento da bateria e as convenções ou breques executados por toda a Orquestra. Percebe-se, ainda, a utilização de desenhos rítmicos pontuando os ataques dos metais quando são executados com figuras curtas e, por outro lado, a utilização de rulos para as frases longas, ou seja, desenhos melódicos com ligaduras.

Assim, o baterista pontua tais desenhos melódicos com toda a Orquestra, evidenciando os metais, da seguinte forma:

100ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES (Intérpr.). Frevo de rua. Arranjo: José Menezes. In: ______.

Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976b. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

101ROCHA, Mathias da; BATISTA, Joana. Evoé. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo:

José Menezes. In: ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976a. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

102______. Vassourinhas. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo: José Menezes. In:

ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976b. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

103LISBOA, Sérgio. Fogão. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo: José Menezes. In:

ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

104GALVÃO, Nino. Canhão 75. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo: José Menezes. In:

ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

Figura 12 – Frevo de Rua105 / Evoé106 / Vassourinhas107 / Fogão108 /

Canhão 75109: 0’:14” – 0’:18”

Fonte: O autor (2016).

Figura 13 – Frevo de Rua110 /

Evoé111 / Vassourinhas112 / Fogão113 / Canhão 75114: 0’:34” – 0’:37” Fonte: O autor (2016). Figura 14 – Frevo de Rua115 / Evoé116 / Vassourinhas117 / Fogão118 / Canhão 75119: 0’:39” – 0’:41” Fonte: O autor (2016).

105ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES (Intérpr.). Frevo de rua. Arranjo: José Menezes. In: ______.

Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976b. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

106ROCHA, Mathias da; BATISTA, Joana. Evoé. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo:

José Menezes. In: ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976a. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

107______. Vassourinhas. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo: José Menezes. In:

ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976b. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

108LISBOA, Sérgio. Fogão. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo: José Menezes. In:

ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

109GALVÃO, Nino. Canhão 75. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo: José Menezes. In:

ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

110ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES, op. cit. 111ROCHA; BATISTA, op. cit., p1976a.

112Id., p1976b. 113LISBOA, op. cit. 114GALVÃO, op. cit.

115ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES, op. cit. 116ROCHA; BATISTA, op. cit., p1976a.

117Id., p1976b. 118LISBOA, op. cit. 119GALVÃO, op. cit.

Figura 15 – Frevo de Rua120 / Evoé121 / Vassourinhas122 / Fogão123 / Canhão 75124: 0’:47” – 0’:49” Fonte: O autor (2016). Figura 16 – Frevo de Rua125 / Evoé126 / Vassourinhas127 / Fogão128 / Canhão 75129: 0’:53” – 0’:54” Fonte: O autor (2016).

Figura 17 – Frevo de Rua130 / Evoé131 /

Vassourinhas132 / Fogão133 / Canhão 75134:

1’:05” – 1’:08”

Fonte: O autor (2016).

120ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES (Intérpr.). Frevo de rua. Arranjo: José Menezes. In: ______.

Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976b. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

121ROCHA, Mathias da; BATISTA, Joana. Evoé. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo:

José Menezes. In: ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976a. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

122______. Vassourinhas. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo: José Menezes. In:

ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976b. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

123LISBOA, Sérgio. Fogão. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo: José Menezes. In:

ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

124GALVÃO, Nino. Canhão 75. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo: José Menezes. In:

ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

125ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES, op. cit. 126ROCHA; BATISTA, op. cit., p1976a.

127Id., p1976b. 128LISBOA, op. cit. 129GALVÃO, op. cit.

130ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES, op. cit. 131ROCHA; BATISTA, op. cit., p1976a.

132Id., p1976b. 133LISBOA, op. cit. 134GALVÃO, op. cit.

Figura 18 – Frevo de Rua135 /

Evoé136 / Vassourinhas137 / Fogão138 /

Canhão 75139: 1’:20” – 1’:21”

Fonte: O autor (2016).

Figura 19 – Frevo de Rua140 / Evoé141 / Vassourinhas142 / Fogão143 / Canhão 75144:

1’:34” – 1’:39”

Fonte: O autor (2016).

Figura 20 – Frevo de Rua145 /

Evoé146 / Vassourinhas147 /

Fogão148 / Canhão 75149:

2’:06” – 2’:09”

Fonte: O autor (2016).

135ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES (Intérpr.). Frevo de rua. Arranjo: José Menezes. In: ______.

Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976b. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

136ROCHA, Mathias da; BATISTA, Joana. Evoé. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo:

José Menezes. In: ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976a. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

137______. Vassourinhas. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo: José Menezes. In:

ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976b. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

138LISBOA, Sérgio. Fogão. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo: José Menezes. In:

ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

139GALVÃO, Nino. Canhão 75. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo: José Menezes. In:

ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 1.

140ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES, op. cit. 141ROCHA; BATISTA, op. cit., p1976a.

142Id., p1976b. 143LISBOA, op. cit. 144GALVÃO, op. cit.

145ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES, op. cit. 146ROCHA; BATISTA, op. cit., p1976a.

147Id., p1976b. 148LISBOA, op. cit. 149GALVÃO, op. cit.

3.2.2 Lado 1, faixa 2 – Ui! Que medo eu tive150 / Um sonho que durou três dias151 /

Linda flor da madrugada152

Esta 2ª faixa é composta por 3 frevos-canções: Ui! Que medo eu tive (PORTELA; MARAMBÁ, p1976, lado 1, faixa 2) / Um sonho que durou três dias (VALENÇA; VALENÇA, p1976, lado 1, faixa 2) / Linda flor da madrugada (CAPIBA, p1976a, lado 1, faixa 2), com arranjo do saudoso Maestro Edson Rodrigues. Respectivamente a subseção 3.2.2, a primeira canção - Ui! Que medo eu tive (PORTELA; MARAMBÁ, p1976, lado 1, faixa 2) - é de autoria de Aníbal Portela e Marambá (José Mariano da Fonseca Barbosa), compositor e instrumentista, nascido em 22/5/1896, em Surubim – PE, e falecido em 2/9/1968, na cidade do Recife – PE. Foi membro de uma importante família de músicos de banda conhecida como Os Capibas.

A 2ª canção – Um sonho que durou três dias (VALENÇA; VALENÇA, p1976, lado 1, faixa 2) - é de autoria dos irmãos Valença. Dupla de compositores, formada por: João Vítor do Rego Valença, nascido em 1890, em Recife – PE, e falecido em 1983, em Recife – PE; e Raul do Rego Valença, nascido em 1894, em Recife – PE, e falecido em 1977, em Recife - PE.

João Vítor iniciou seus estudos musicais aos 8 anos de idade, aprendendo piano com Artur Marques de Oliveira. Mais tarde, estudou solfejo com o professor Ramalho, continuando como autodidata. Raul começou a aprender violão em 1914, com Cândido Filho, prosseguindo como autodidata.

A 3ª música – Linda flor da madrugada (CAPIBA, p1976a, lado 1, faixa 2) - é de autoria do saudoso Capiba. Nessa faixa, encontra-se em Adelson Silva um baterista seguindo a função apenas de acompanhador, nada além disso. A única interação encontrada da bateria com a Orquestra foi ao final da introdução, seguindo para a entrada da parte A do frevo Ui! Que medo eu tive (PORTELA; MARAMBÁ, p1976, lado 1, faixa 2), como mostra a Figura 21:

150PORTELA, Aníbal; MARAMBÁ. Ui! Que medo eu tive. Intérprete: Orquestra de José Menezes.

Arranjo: Edson Rodrigues. In: ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 2.

151VALENÇA, João; VALENÇA, Raul. Um sonho que durou três dias. Intérprete: Orquestra de José

Menezes. Arranjo: Edson Rodrigues. In: ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 2.

152CAPIBA. Linda flor da madrugada. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo: Edson

Rodrigues. In: ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976a. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 2.

Figura 21 – Ui! Que medo eu tive153 / Um sonho que

durou três dias154 / Linda flor

da madrugada155: 0’:12” –

0’:14”

Fonte: O autor (2016).

Possivelmente, a atitude de Adelson Silva de apenas acompanhar a Orquestra está atrelada ao estilo das composições (frevo-canção), ou seja, interpretar o ritmo de maneira simplista onde a atenção deve estar voltada para letra e cantor.

3.2.3 Lado 1, faixa 3 – Hino da pitombeira dos 4 cantos156 / Hino do elefante de

Olinda157 / Hino dos batutas de São José158

Essa 3ª faixa é composta por 3 frevos de bloco - Hino da pitombeira dos 4

cantos (CALDAS, p1976, lado 1, faixa 3) / Hino do elefante de Olinda (NIGRO;

VIEIRA, p1976, lado 1, faixa 3) / Hino dos batutas de São José (SANTIAGO, p1976, lado 1, faixa 3), com arranjo de Edson Menezes e José Menezes. A obra Hino da

pitombeira dos 4 cantos (CALDAS, p1976, lado 1, faixa 3) foi composta por Alex

Caldas; o Hino do elefante de Olinda (NIGRO; VIEIRA, p1976, lado 1, faixa 3), por Clídio Nigro e Clóvis Vieira e o Hino dos batutas de São José (SANTIAGO, p1976,

153PORTELA, Aníbal; MARAMBÁ. Ui! Que medo eu tive. Intérprete: Orquestra de José Menezes.

Arranjo: Edson Rodrigues. In: ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 2.

154VALENÇA, João; VALENÇA, Raul. Um sonho que durou três dias. Intérprete: Orquestra de José

Menezes. Arranjo: Edson Rodrigues. In: ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 2.

155CAPIBA. Linda flor da madrugada. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo: Edson

Rodrigues. In: ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976a. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 2.

156CALDAS, Alex. Hino da pitombeira dos 4 cantos. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo:

Edson Menezes, José Menezes. In: ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 3.

157NIGRO, Clídio; VIEIRA, Clóvis. Hino do elefante de Olinda. Intérprete: Orquestra de José Menezes.

Arranjo: Edson Menezes, José Menezes. In: ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do

Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 3.

158SANTIAGO, João. Hino dos batutas de São José. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo:

Edson Menezes, José Menezes. In: ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 3.

lado 1, faixa 3), por João Santiago.

Aqui, mesmo se tratando de frevo de bloco, encontra-se, na performance musical de Adelson Silva, uma participação mais direta com a Orquestra, atrelado aos inícios e aos finais das partes da música159. As Figuras 22, 23, 24, 25, 26 e 27

confirmam a seguir:

Figura 22 – Hino da pitombeira dos 4 cantos160 /

Hino do elefante de Olinda161 / Hino dos batutas

de São José162: 0’:06” – 0’:08” / 0’:36” – 0’:38”

Fonte: O autor (2016).

Figura 23 – Hino da pitombeira dos

4 cantos163 / Hino do elefante de Olinda164 /

Hino dos batutas de São José165: 0’:28” –

0’:30” / 0’:58” – 1’:00”

Fonte: O autor (2016).

159A contracapa do disco informa que esta faixa se trata de frevos de bloco. Acredita-se que a

denominação não deve estar relacionada com a instrumentação (conhecida como Orquestra de

pau e corda), mas sim atrelada às músicas que eram recorrentes junto aos blocos carnavalescos.

160CALDAS, Alex. Hino da pitombeira dos 4 cantos. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo:

Edson Menezes, José Menezes. In: ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 3.

161NIGRO, Clídio; VIEIRA, Clóvis. Hino do elefante de Olinda. Intérprete: Orquestra de José Menezes.

Arranjo: Edson Menezes, José Menezes. In: ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do

Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 3.

162SANTIAGO, João. Hino dos batutas de São José. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo:

Edson Menezes, José Menezes. In: ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 3.

163CALDAS, op. cit. 164NIGRO; VIEIRA, op. cit. 165SANTIAGO, op. cit.

Figura 24 – Hino da pitombeira dos 4

cantos166 / Hino do elefante de Olinda167 /

Hino dos batutas de São José168: 2’:04” –

2’:06”

Fonte: O autor (2016).

Figura 25 – Hino da pitombeira dos 4 cantos169 / Hino

do elefante de Olinda170 / Hino dos batutas de São José171:

2’:12” – 2’:14”

Fonte: O autor (2016).

Figura 26 – Hino da pitombeira dos 4

cantos172 / Hino do elefante de Olinda173 /

Hino dos batutas de São José174: 2’:19” –

2’:21” Fonte: O autor (2016).

166CALDAS, Alex. Hino da pitombeira dos 4 cantos. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo:

Edson Menezes, José Menezes. In: ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 3

167NIGRO, Clídio; VIEIRA, Clóvis. Hino do elefante de Olinda. Intérprete: Orquestra de José Menezes.

Arranjo: Edson Menezes, José Menezes. In: ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do

Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 3.

168SANTIAGO, João. Hino dos batutas de São José. Intérprete: Orquestra de José Menezes. Arranjo:

Edson Menezes, José Menezes. In: ORQUESTRA DE JOSÉ MENEZES. Antologia do Frevo. Rio de Janeiro, RJ: Phonogram, p1976. 1 disco sonoro. Lado 1, faixa 3.

169CALDAS, op. cit. 170NIGRO; VIEIRA, op. cit. 171SANTIAGO, op. cit. 172CALDAS, op. cit. 173NIGRO; VIEIRA, op. cit. 174SANTIAGO, op. cit.

Figura 27 – Hino da pitombeira

dos 4 cantos175 / Hino do elefante

de Olinda176 / Hino dos batutas

de São José177: 3’:17” – 3’:19” /

3’:23” – 3’:26”

Fonte: O autor (2016).

3.2.4 Lado 1, faixa 4 – Luzia no frevo178 / Três da tarde179 / Freio à óleo180

Esta 4ª faixa é composta por 3 frevos de rua: Luzia no frevo (SAPATEIRO, p1976, lado 1, faixa 4) / Três da tarde (SILVA, p1976, lado 1, faixa 4) / Freio à óleo (MENEZES, p1976a, lado 1, faixa 4), com arranjo de José Menezes. A composição

Luzia no frevo (SAPATEIRO, p1976, lado 1, faixa 4) foi composta por Antônio

Sapateiro; Três da tarde (SILVA, p1976, lado 1, faixa 4), por Lídio Francisco da Silva e Freio à óleo (MENEZES, p1976a, lado 1, faixa 4), por José Menezes.

Identifica-se, aqui, algumas outras ações da performance musical de Adelson