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Figura 31 ‐ Mapeamento de Operações 

3.1 ­ Descrição do caso de estudo 3.1.1 ­ A Toyota 

Figura 31 ‐ Mapeamento de Operações 

4.4 ­ Fluxos de Empilhadores  Os fluxos de empilhadores, há muito referenciado na empresa como algo a optimizar,  foi determinante no novo desenho do layout.   

Tanto na proposta de layout 1 como na proposta de layout 2 os fluxos são em muito  diminuídos.    Figura 33 ‐ Fluxos de empilhadores no layout 01      Figura 34 ‐ Fluxos de empilhadores no layout 02 

4.5 ­ Reorganização dos armazéns 

A  reorganização  dos  armazéns  começou  pela  limpeza.  Foi  notório  que  existiam  armazenados  peças  de  modelos  que  já  não  são  montados,  assim  como  uma  enorme  desarrumação (figura 35).    Figura 35 ‐ Estado inicial do piso 2 do Armazém de Incorporação Nacional      Figura 36 ‐ Estante após a limpeza, arrumação e identificação 

4.6 ­ Número de peças/lotes em uso 

De modo a optimizar‐se o processo de abastecimento de peças à linha de montagem  final,  o  número  de  lotes  em  uso  foi  limitado  a  três  (figura  37).  Deste  modo  criou‐se  uma  regra  que  diminui  o  número  de  peças  na  linha  de  montagem,  reduzindo‐se  os  defeitos e o desperdício de espaço. 

 

Figura 37 ‐ Fluxo de 3 lotes 

A  metodologia  assenta  em  3  transportadores  trabalharem  em  ciclo,  estando  um  em  abastecimento  à  linha,  um  em  espera  e  o  último  a  ser  reposto  em  armazém.  Desta  forma  o  abastecimento  sem  roturas  é  assegurado  uma  vez  que  os  próprios  transportadores funcionam como kanbans de produção. 

4.7 ­ Fluxos 

Foi criado um circuito para o mizusumashi percorrer, para o abastecimento de peças à  linha de cabines (figura 38). 

 

Figura 38 ‐ Visão global das áreas envolvidas 

Numa  primeira  fase  foi  ponderado  haver  um  único  corredor  logístico  com  dois  sentidos,  de  modo  a  evitar‐se  o  atravessamento  dos  carris  da  linha.  No  entanto,  tal  conduziria  a  problemas  pois  seria  necessário,  em  cada  mudança  de  sentido,  que  o  operador  trancasse  as  2  rodas  direccionais  e  libertasse  as  que  até  então  estavam  bloqueadas (figura 39): 

 

Figura 39 ‐ Pormenor das rodas de um vagão logístico 

 

Figura 40 ‐ Fluxo do trem logístico 

Assim,  o  trem  logístico  deve  seguir  um  plano  de  trabalho,  percorrendo,  em  ciclo  sincronizado  com  os  tempos  de  produção  ‐  takt‐time  ‐    o  percurso  desde  o  supermercado à linha. 

A  linha  de cabines  dispõe  de  duas calhas  que servem  de guia  aos  transportadores,  o  que  constituiu  um  problema  para  o  trem  logístico  (figura  41).  O  percurso  adoptado  atravessa  uma  rampa  no  inicio  dos  postos,  de  modo  a  permitir  o  funcionamento  em  forma de S. 

 

Figura 41 ‐ Atravessamento da linha de cabines 

 

no pavimento, correspondendo o cinza à movimentação do trem logístico e o verde à  movimentação de pessoas.  Em termos de distâncias e tempos:  Distância  Supermercado à Linha de Cabines  139 metros  Linha de cabines ao Supermercado  136 metros  Supermercado à Linha de Cabines  59 segundos  Linha de cabines ao Supermercado  57 segundos  Rebocador com 4 carruagens (simulado)  Tempo  Supermercado à Linha de Cabines  124 segundos  Linha de cabines ao Supermercado  115 segundos    4.8 ­ Caixas Standards 

Foi  elaborado  um  estudo  detalhado  para  sustentar  uma  decisão  quanto  às  melhores  dimensões  para  as  caixas  estandardizadas  a  adoptar.  À  base  de  dados  criada  para  o  caso  de  estudo,  foi  acrescentada  uma  tabela  que  relaciona  o  código  SAP  de  cada  produto  às  suas  dimensões  e  à  quantidade  por  caixa  fornecida.  Assim,  foi  possível  atribuir um tamanho standard a cada referência SAP. 

O  uso  de  caixas  estandardizadas  facilita  a  movimentação  das  peças,  evita  que  se  danifiquem e servem como suporte aos kanbans. Ao ser atribuído um kanban a cada  caixa  a  rotatividade  das  caixas  pelo  sistema  provoca  por  si  só  os  fluxos  necessários.  Para  que  isto  seja  viável  foram  adoptadas  três  caixas  para  cada  referência,  que  se  distribuem pelos estados de preparação, stand‐by e em consumo. Quando a caixa em  consumo fica vazia é colocada na prateleira de retorno da estante de bordo de linha e  entra em consumo a caixa que estava em stand‐by. O mizusumashi ao percorrer o seu  ciclo  deixa  a  caixa  que  estava  em  preparação  e  leva  a  caixa  vazia  de  volta  ao  supermercado,  onde  vai  ser  cheia  pelos  colaboradores.  Como  cada  caixa  tem  um  kanban associado, todo o processo é bastante simples de seguir. 

• 100x200x100  • 125x300x150  • 170x400x225  • 210x500x300  Pretende‐se que seja avaliado caso a caso quem faz o investimento, se a empresa ou o  fornecedor. Existe uma terceira hipótese que é o fornecedor e o cliente partilharem o  investimento baseado nas quantidades debaixo do seu controlo. Esta solução aumenta  a frequência de entrega e recolha pois ambos vão pretender o mínimo de stock.  De acordo com o estudo serão necessárias, para os diferentes períodos, investimentos  que rondarão os montantes apresentados:  PERÍODO  MONTANTE  03 de Novembro a 21 de Novembro de 2008  715 euros  24 de Novembro a 16 de Dezembro de 2008  1.185 euros  20 de Janeiro a 12 de Fevereiro de 2009  1.408 euros   

Antecipa‐se  que  não  seja  possível  trabalhar  com  caixas  normalizadas  com  certos  fornecedores  mais  resistentes  à  mudança.  Nesses  casos  será  necessário  fazer  repacking, ou seja, após a chegada de material em caixas não normalizadas, proceder‐ se à abertura e colocação desses artigos em caixas normalizadas. 

4.9 ­ Bordo de Linha 

O  abastecimento  de  peças  a  uma  linha  de  montagem  automóvel  é  muito  particular,  quer  pelas  características  das  peças,  quer  pela  sua  fragilidade  (as  peças  facilmente  ficam riscadas ou amolgadas por transporte e manuseamento inadequados). 

 

Figura 42 ‐ Bordo de linha com estantes dinâmicas – trilogiq.com 

Na  fábrica  de  Ovar,  a  par  com  a  implementação  do  trem  logístico,  a  alteração  das  actuais  estantes  de  linha  para  estantes  dinâmicas  está  a  ser  ponderada.  Assim,  havendo  adaptações  dos  postos  de  montagem  devido  a  alterações  nos  níveis  de  produção, as estantes podem ser facilmente ajustadas. 

Os modelos em vista são os que se seguem: 

 

4.10 ­ Kanbans 

A  Yazaki  foi  a  empresa  fornecedora  escolhida  para  a  implementação  de  kanbans  de  fornecimento.  A imagem seguinte (figura 44) mostra o fluxo de informação pretendido com o sistema  de kanbans, os departamentos envolvidos e as pessoas directamente responsáveis .    Figura 44 ‐ Fluxograma kanban   

Com  base  nos  dados  dos  meses  de  Setembro,  Outubro  e  Novembro  de  2008  foi  elaborado uma folha de cálculo (figura 45) que a partir de parâmetros como a procura  diária,  a  quantidade  por  caixa,  o  número  de  caixas  utilizadas  por  dia,  a  quantidade  recebida  por  camião,  o  stock  máximo,  mínimo  e  de  segurança,  calcula  o  número  de  kanbans em rotação. 

 

Figura 45 ‐ Cálculo de kanbans em rotação 

 

De  modo  a  ser  possível  a  análise  e  discussão  de  soluções  por  parte  de  ambas  as  empresas,  foram  mapeados  lead  times  de  produção  da  Yazaki  e  os  correspondentes  tempos  de  consumo  pela  TCAP  (figura  46).  Uma  vez  que  ambas  as  empresas  pretendem simultaneamente a implementação do sistema mas igualmente garantir os  seus compromissos, tornaram‐se visíveis alguns pontos de abastecimento catalogados  com “Analisar”.    Figura 46 ‐ Mapeamento de produção pela Yazaki e consumo pela TCAP Ovar   

Neste mapa são incluídas ainda informações referentes ao número de entregas total  (figura  47).  A  percentagem  de  cada  entrega  relativamente  ao  total  de  entregas  agendadas é também visível e destacada sempre que ultrapassa os 50%. Isso deve‐se à  necessidade  de  chamar a  atenção  para  entregas  que  deverão  no  futuro  ser  faseadas  mas  para  as  quais  actualmente  ainda  não  foram  encontradas  soluções  para  que  isso  aconteça  (células  a  azul  na  imagem).  Actualmente  essas  entregas  são  críticas  pois  o  não cumprimento levará a rupturas de stock na TCAP. 

 

Figura 47 ‐ Destaque para entregas críticas  4.11 ­ Exemplo de n.º de kanbans de rotação obtidos 

Tomando como exemplo a peça designada por C6041, a procura média diária é de 5,26  unidades.  Estipulando‐se  uma  quantidade  por  caixa  de  100  unidades,  e  um  stock  de  segurança de 5 caixas, um stock mínimo de 5 caixas e máximo de 6 caixas, obtemos um  número de kanbans de rotação igual a 8.  4.12 ­ Número de contentores  De acordo com a expressão obtida anteriormente, e para a mesma peça,  . 1  onde,  dj – velocidade de produção na linha j =1.080 segundos  i – numero de identificação do mizusumashi (i=1,2,…,R) = 1 

Lij – lead time para o fornecimento de peças à linha de montagem j pelo mizusumashi i   = 600 segundos  N – capacidade do contentor de peças = 100  R – número de mizusumashi no sistema = 1  Si – número total de linhas de montagem alocadas ao mizusumashi i = 1  Xi – tempo de ciclo = 1.080 segundos  [α] – função para arredondar ao mais menor número inteiro mais próximo    obtemos:  1080  600 1080.100 1 1  2       

Capítulo 5 

5.1 ­ Conclusões 

Actualmente, a TCAP Ovar está a atravessar um período de baixa produção, fruto da  crise internacional que se instalou. Mas a crise também traz oportunidades: a fábrica  está  envolvida  num  enorme  projecto  de  logística  que  a  visa  preparar  para  o  futuro.  Quando  houver  retoma  de  mercado  e  devido  ao  que  está  a  ser  feito  hoje,  a  fábrica  estará preparada para responder sustentadamente a um aumento de produção, com  os  mesmos  parâmetros  de  qualidade.  O  sector  automóvel  é  dos  mais  exigentes  e  na  Toyota  Caetano  os  desafios  são  aceites:  a  mudança  de  layout,  o  mapeamento  de  operações, a constante formação a todos os colaboradores, as jornadas de motivação,  a  implementação  de  manutenção  preventiva,  do  armazém  com  buffer  stocks  de  15  dias e do supermercado com buffer stock para 1 dia de produção são uma prova que a  melhoria continua nunca deve ser esquecida. 

O projecto de abastecimento de peças à linha de montagem final, aqui mostrado em  maior detalhe, é uma meta que ainda não foi atingida. O projecto de logística envolve  fases  de  implementação  que  mexe  com  a  produção  e  que  se  tornam  demorosos  porque  é  vital  que  o  que  é  produzido  tenha  os  mais  altos  padrões  de  qualidade.  A  discussão e aceitação das propostas apresentadas é também um processo demorado  pois tem que ser visto a nível global e não departamental. 

A par deste grande projecto logístico houve igualmente grandes mudanças ao nível de  pequenas  alterações,  que  por  não  terem  grande  complexidade  e  não  implicarem  grandes investimentos, foram sendo aplicadas com sucesso. Estas alterações visaram  ajustar  a  linha  à  produção,  tendo  em  conta  a  optimização  dos  recursos  existentes.  Igualmente, a eliminação de postos de pré‐montagem da linha aumentou os espaços e  a gestão visual, reduzindo o risco de acidentes e de danos nas peças em trânsito.  O  mizusumashi  fez  as primeiras  viagens  de  teste  em  Abril  de  2009,  num  período  em  que a linha estava parada devido a layoff. Foram anotados os tempos de deslocação do  trem, e resolvidos os problemas de atravessamento da calha da linha de cabines. 

Encontra‐se em estudo alterações profundas ao nível das estantes de bordo de linha,  tendo sido contactados fornecedores no sentido de darem respostas às necessidades.  Uma possibilidade será usar‐se estantes que possibilitam a montagem e desmontagem  de prateleiras dinamicamente.  Em termos de plano logístico a 3 anos, o ano de 2009 tem como objectivo estudar tudo  o que pode ser realizado para alcançar as mudanças previstas tendo sempre em vista  as vantagens e as desvantagens dessas alterações, o segundo ano terá como objectivo  a  implementação  das  mudanças  estudadas  e  o  terceiro  servirá  para  corrigir  o  que  ainda não esta correctamente implementado. 

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