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Surge assim a atrapalhação ética do mundo contemporâneo. Como regular as novas possibilidades? Como fundar a pretensão de verdade dos juízos e valores morais em que acreditamos se os critérios do dever não podem ser retirados de uma contemplação do ser? Será que as exigências práticas da vida boa e da justiça se subordinam à faculdade teorética de aceder à verdade?

No entanto, lembra ‑nos Gadamer, apesar de o fundamento da ética se ter tornado problemático, nos nossos dias, «a natureza dos seres humanos não muda»499; ela está intimamente vinculada à

temporalidade, à caducidade, à recordação, ao projeto e à memória. Os processos mais radicais de objetivação não conseguem retirar ‑nos as nossas expectativas e esperanças, os nossos medos e preconceitos! A vida, que desperta para o pensar e o perguntar, interroga ‑se sempre, para além de todos os limites, que lhe são fixados500. Logo reflete

também sobre o ato humano e nomeadamente sobre a sua finalidade. O homem manipulado é um homem alienado que sabe que vida social humana não poderá fundamentar ‑se senão na base de solida‑ riedades reais e válidas501. E isto significa, diz ‑nos Gadamer, que a

civilização técnica dos nossos dias, baseada no conceito moderno de

498 Nick Bostrom, «Transhumanist values», www.Nickbostrom.com, acessado em

03 ‑03 ‑2017.

499 Gadamer, Das Erbe, 123

500 Gadamer Über die Verborgenheit, 20. 501 Gadamer Lob, 135.

ciência e seus desenvolvimentos contemporâneos ameaça de um modo sério a compreensão humana, a sua capacidade de enraízamento e de decisão. Daí o surgimento de saberes alternativos importados muitas vezes de outras culturas e religiões.

Não podemos, com efeito, esquecer que a condução meramente automática da vida humana e a uniformização da sua capacidade de autocomprensão conduz sempre a conflitos que não podem ser encarados apenas com a ajuda dos métodos científicos502. Deles são

testumunho os problemas surgidos já no final do séc. XX pela apli‑ cação puramente técnica de teorias fragmentadas e especializadas ao âmbito sempre concreto afetivo e solidário da praxis humana da vida, não só vivida como sofrida503.

Uma das causas das nossas dificuldades atuais reside no seguinte facto:desaprendemos o significado do conceito de senso comum, isto é, consideramo ‑lo apenas como uma capacidade formal e esquecemos que ele significa «o sentido comum não só como a facultas dijudicativa que elabora os testemunhos fornecidos pelos diferentes sentidos, mas define, acima de tudo, o sentido social, o sentido de cidadania, que contém determinados requisitos incontestados quanto ao seu contéudo (…)»504.

Deixámos de facto reconhecer, sob pressão da praxis técnica, que a capacidade de pensar meditativamente faz parte integrante do verda‑ deiro sentido da praxis humana505. A praxis pressupõe conhecimento,

uma racionalidade própria, que já Aristóteles caracterizou como phrónesis (e sunesis)506 e que se exprime na disposição prática que visa a ação

e não a produção e que diz respeito à regra da escolha e não tanto à escollha. Não se trata aqui de uma ação qualquer, mas antes do modo

502 Gadamer, Das Erbe, 10 ‑11.

503 Gadamer. Über die Verborgenheit, 20 ‑21. 504 Gadamer, Über die Verborgenheit, 69. 505 Gadamer,«La philosophie», 29 ‑30

de comportar ‑se do homem que tem em vista alcançar «a felicidade de uma vida realizada, a que os gregos chamavam eudaimonia»507.

A praxis ou o conjunto da conduta humana distingue ‑se pois de toda a techné ou habilidade especializada que conduz, hoje, a razão social, condenando os indivíduos singulares às figuras do perito e do funcionário508.

A própria relação do homem com o mundo, em que está lançado, no qual vive, sofre e morre, é hoje quase totalmente mediada por próteses técnicas que lhe exigem uma total capacidade de adapta‑ ção. A sociedade técnica ou civilização de funcionários, em que nos tornámos, ameaça a identidade do indivíduo509. A apatia instala ‑se,

o conformismo difunde ‑se, a debilidade humana surge. A praxis converte ‑se assim no problema mais sério do nosso tempo510.

De facto, quanto mais se racionalizou o terreno da aplicação, mais se foi anulando a possibilidade de um real exercício da verdadeira capacidade humana de juízo comum, aquela que já os gregos carac‑ terizavam como pensar ou pesar as possibilidades511: phroairesis, isto

é, já não resposta a estímulos mas antecipação, escolha prévia512 e

decisão singular. No entanto, apesar de a nossa civilização valorizar, antes de mais, as virtudes peculiares da flexibilidade e da acomodação ela não tem conseguido retirar às pessoas sempre concretas e singu‑ lares a responsabilidade das decisões práticas513. Daí a angústia e os

507 Gadamer, Acotaciones, 21 508 Gadamer Vernunft, 57 ‑60.

509 Gadamer, Vernunft, 57 ‑60:« Es ist in einer technischen Zivilisation letzten Endes

unvermeidlich, dass nicht so sehr die kreative Potenz des einzelnen, als seine Anpas‑ sungs potenz prämiert wird. Im Schlagwort gesprochen: die Gesellschaft der Experten ist zugleich auch eine Gesellschaft der Funktionäre»

510 Gadamer, Vernunft, 59:« Wenn der einzelne in der Gesellschaft sich gegenueber

ihren technisch vermittelten Lebensformen abhängigund ohnmaechtig fuehlt, dann wird er zur Identifizierung unfähig.»

511 Gadamer, Über die Verborgenheit, 30 ‑33. 512 Gadamer, Vernunft, 81 ‑84.

problemas sentidos já no final do século XX. Surgem ‑nos, hoje em dia, a todo o momento, problemas tais como a vida nas cidades, o meio, o crescimento da população a alimentação mundial, os transtornos da velhice etc514, a desigualdade no acesso às novas possibilidades

da saúde.

Resta sublinhar o exemplo e a pertinência da temática bioética na sua procura de critérios possíveis em ordem à aplicação dos poderes tecnológicos de índole médica. A esfera do agir prático, do ser que reflete sobre a finalidade do ato humano, irrompe aqui de um modo trágico, clamando pela necessidade e urgência de uma orientação mais humanisada. A preocupação contemporânea pela ética da técnica, no‑ meadamente ética da medicina, mostra ‑nos claramente como a limitação da vontade humana de saber a mero saber ‑fazer ou poder operatório conduz a problemas complexos que caem no puro decisionismo, com toda a sua arbitrariedade ou reclamam uma outra ordem de saber.

O mundo científico de hoje, pretende ser ajudado, nas suas inves‑ tigações, por guias éticos 515. A ética aparece assim nos hospitais, nos

laboratórios médicos, nas empresas, nos media, etc. Com ela renova ‑se a discussâo filosófica e a abertura à alteridade. Uns preocupam ‑se com uma renovação da moral perante uma ciência ameaçadora sem valores. Outros, pelo contrário, sabem que é necessário, antes de mais nada, a abertura um conflito de interpretações, no qual se pergunte pelo sentido da ação humana e sua finalidade. O médico, nomeadamente, sabe que não é um mero especialista ou artesão516; é, antes de mais,

um ser relacional, um agente social e politicamente responsável. Não pode pois descartar pura e simplesmente as suas convicções e a sua própria espontaneidade pelo facto de fazer uso da técnica517.

514 Gadamer, Über die Verborgenheit, 19. 515 Gadamer, Das Erbe, 28.

516 Gadamer, Über die Verborgenheit, 35. 517 Gadamer, Über die Verborgenheit, 33.

A formação torna possível que cada um se questione por meio do outro, isto é, que se vejam as coisas com outros olhos918, em ordem

a que o homem que fundamentalmente decide ou julga não o faça já «a partir de uma situação exterior e não afetada» mas da pertença específica ou sentido comum que o vincula ao outro919.

Interpretar é fundamentalmente ser afetado, aceitar a lógica lin‑ guística do múltiplo sentido, desapropriar ‑se do seu horizonte estreito e ganhar novas pesrpetivas, pelo simples facto de se deixar questionar pela palavra que toca, estimula a própria questionabi1idade e leva à praxis inacabada da relação.

É, por outras palavras, apropriar sendo apropriado, receber920

uma nova proposta de habitação do mundo, alargar o seu espaço de experiência, expondo ‑se ao efeito do outro ou alteridade; o que exige argumentar, suspender os seus próprios projetos (ou preconceitos), colocá ‑los em jogo921, pelo simples facto de mediar a proposta de

sentido do texto com o presente da nossa própria vida.

É o diálogo, como praxis inacabada de fusão ou descentramento de horizontes, o modelo de toda a compreensão hermenêutica922

que assim se desvincula do primado da lógica apofântica clássica da verdade ‑verificação, propondo a questão, a implicação, a decisão e a relação — ou seja, a mediação de todo o movimento de referência pelo processo fundamentalmente histórico ‑ retórico da co ‑referência ou interlocução —como núcleos de todo um novo modo (comunica‑ cional) de pensar a verdade923.

918 Cf. Gadamer, Lob, 147; e no mesmo sentido Gadamer, Das Erbe, 104: «Ich beaupte

nun: In den Geisteswissenschaften, in den Wissenschaften vom Menschen und von der Gesellschaft entspricht die Bedeutung der ‹Bildung› der Bedeutung des Experimentes in den Naturwissenschaften».

919 Gadamer, Wahrheit I, 328.

920 Cf., neste sentido Gadamer, Wahrheit I, 375 ss. 921 Cf. Gadamer, Wahrheit I, 304.

922 Cf. Gadamer, Wahrheit I, 383 ‑384.

É o perguntar como forma originária do pensar que Gadamer pre‑ tende, pois, recuperar, contra o primado clássico da lógica monológica da afirmação ou enunciado..

Quem pergunta, é interpelado, isto é, suspende ‑se como fundamento do ser e do sentido924. Pode então abrir ‑se àquilo que é verdadeira‑

mente comum e universal. Sabe reconhecer, contra todo o dogmatismo da intenção, o horizonte lúdico ou retórico originário do sentido e da significação. Aceita finalmente o lado inexprimível da experiência hu‑ mana do sentido, o mesmo é dizer, a natureza hermenêutica, retórico e implicada de toda a expressão ou configuração humana. Reconhece ‑se já lançado no seio de todo um processo histórico de simbolização ou re(a)presentação de algo que, ganhando tempo, ganha figura, isto é, manifesta através do efeito e dos limites de toda a objetivação o seu carácter ainda futuro, não objetivável ou aberto925.

924 Cf. neste sentido, H. ‑G Gadamer, Wahrheit I, 375 ‑384.

conclusão

Alargamento do espaço da experiência, limitado desde a moder‑ nidade ao âmbito do meramente verificável, promoção de uma razão comunicacional baseada na relação de partilha de horizontes— que, relembremos, não existem primeiro em si, à espera de serem partilha‑ dos, mas constituem ‑se em relação—, eis alguns dos temas centrais, abordados nesta obra. Nela foi, com efeito, realizado um percurso transversal pela obra de Gadamer no sentido de salientar as princi‑ pais categorias da racionalidade hermenêutica propostas pelo filósofo alemão, como alternativa ao efeito muralha do discurso científico.

A atualidade das propostas do filósofo para o nosso mundo atual é claramente percetível quando constatamos que é necessário reinter‑ pretar os nossos rituais de convivência e perceber que o encontro com culturas diferentes exige que os nossos preconceitos sejam colocados em questão, tal como os dos outros no grande jogo da comunicação. Perceber que o outro pode descortinar aspetos que eu não vi e por isso ajudar ‑me no caminho hermenêutico da vida, é uma lição fundamental que aprendemos com Gadamer que sempre sublinha a necessidade da reciprocidade neste processo.

O filósofo sabe que é difícil mudar de registo no Ocidente, quando a mentalidade burocrática da tecnociência invade tudo e domina até o espaço da vida privada. Sobretudo quando a tarefa da forma‑ ção interior tem sido completamente substituída pela avalanche e rapidez da informação. Sessões de formação, cursos de informação sobre determinadas tecnologias, informação mediática não assimi‑

lada, jogos em solilóquio, muitas vezes de contéudo duvidoso e perigoso, tal é o panorama mais visível dos nossos dias que parece ter desistido da pessoa.

Ora, é esta e não o cogito que interessa à hermenêutica de Gadamer e mais tarde à de Ricoeur, pensadores que têm clara consciência que é preciso insistir urgentemente na formação da capacidade de iniciativa e decisão humana, pois, sem ela o homem corre o risco de desaparecer ou de viver para fazer viver as biotecnologias.

Gadamer faz ‑nos perceber que decidir é escolher entre múltiplas propostas de justeza ética disponíveis na memória comum; que é necessário ter este horizonte de múltiplas possibilidades cultivado pela imaginação regrada das humanidades, para podermos entender o efeito de cimento e de baliza das regras morais. O que quer dizer que é preciso reconhecer que estamos inscritos num espaço moral que recebemos com a tradição, isto é, que nos encontramos sempre numa situação já estruturada por escolhas, preferências e valorações que já aconteceram e que se cristalizaram em causas a defender, ideais a realizar, obras a concretizar.

Não somos pessoas completas, que respeitam a autonomia do outro se não começamos por viver neste horizonte de valores e tradições comuns. Graças a este horizonte, temos raízes, algumas coisas valem mais para nós do que outras, mas é claro que não podemos ficar sempre a este nível da herança e passividade. As nossas escolhas e iniciativas devem ser informações criativas e desempenhar, por sua vez, um papel renovador decisivo no mundo da interação. O que só acontece se a cultura burocrática afrouxar a sua influência massificadora e alienante.

A aposta no diálogo, no acolhimento do outro e no esforço de tradu‑ ção do seu horizonte mítico ‑simbólico em ordem a um entrelaçamento de horizontes, visa justamente promover a abertura do horizonte do presente, para além do peso das suas tradições particulares. Abertura metafórica que o conceito de jogo consagra com a sua aposta no

cultivo da imaginação regrada, capaz de enriquecer o nosso espaço de experiência limitado pela importância do operatório. Ao peso da subjetividade desencarnada e centro do sentido, Gadamer substitui o valor da habitação poética e comunitária do mundo, mostrando que a cidadania não é só utilitária, mas poético ‑lúdica. Nem só de pão vive o homem. Tal como na época de Ulisses, se fazia apelo ao rapsodo quando surgiam as grandes tensões e a ameaça de discórdia, e este sabia fundar novos espaços comuns na vida social, também Gadamer reclama hoje o papel da hermenêutica das narrativas que cultivam a capacidade sonhadora da alma humana e lhe transmitem «algo com um significado permanente».

origem dos textos

‑ «O significado hermenêutico da experiência da obra de arte» publicado pela primeira vez in J. A. Pinto Ribeiro (coord.), O homem e o tempo, Liber Amicorum para Miguel

Baptista Pereira (Porto: Fundação Eng. António de Almeida, 1999), 497 ‑515.

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‑ «Para uma hermenêutica do cuidado: do mistério da saúde de H. ‑ G. Gadamer aos novos fins da medicina», Conferência pronunciada em 19 de Abril de 2016 no V Congresso Luso ‑Brasileiro de Fenomenologia e III Jornadas Ibéricas de Fenomenologia, Universidade do Minho, 18 ‑20 de Abril 2016. Esta comunicação retoma parte do artigo «Serão as humanidades incertas e inúteis? Uma leitura filosófica da sua pertinência atual» in Revista Filosófica de Coimbra, nº48 (2015), 389 ‑408.

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às origens do pensamento antigo (Coimbra, São Paulo Imprensa da Universidade de

Coimbra Annablume: 2016) 251 ‑261. ISBN: 978 ‑989 ‑26 ‑1287 ‑4.

‑«A Europa e o destino das ciências humanas » in Cassiano Reimão ( coord) H. ‑G. Gadamer.

Experiência Linguagem e interpretação (Lisboa, Universidade Católica, 2003), 13 ‑21

‑«Para uma hermenêutica da memória» in Revista Portuguesa de Filosofia, 56 (2000), 333 ‑344

‑ «Tradição, Linguagem e Jogo» in AAVV, Tradição e Crise I (Coimbra, Faculdade de Letras, 1986), 335 ‑365.

‑«A missão hermeneûtica da filosofia», Revista Filosófica de Coimbra nº 11( 1997), 63 ‑84 (primeira versão com o seguinte título:«Filosofia, praxis e hermenêutica: a prespectiva de H ‑ G. Gadamer

«Problemas da hermenêutica prática» Revista Filosófica de Coimbra nº 8(1993), 313 ‑335 «O reconhecimento como núcleo da aplicação: de Gadamer a Ricoeur».

«Da crítica à metafísica da subjetividade à importância da linguagem da polis» in João

Nuno Corrêa Cardoso, Maria do Céu Fialho, A Linguagem da polis (Coimbra, Imprensa da Universidade, 2016), 55 ‑76

Maria Luísa Portocarrero é Professora catedrática de Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Coordena, no Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Faculdade de Letras uma área de investigação de natureza interdisciplinar intitulada «A racionalidade hermenêutica». Tem publicado inúmeros artigos, em revistas de especialidade, nas áreas da Racionalidade Hermenêutica, da Filosofia Contemporânea e da Bioética e é autora e coordenadora das seguintes obras:

Maria Luísa Portocarrero is full Professor of Philosophy at the Faculty of Letters of the University of Coimbra .

She coordinates, at the Center for Classical and Humanistic Studies at the Faculty of Letters, a research group of an interdisciplinary nature entitled “Hermeneutical rationality”. She has published numerous articles in specialized journals in the areas of Hermeneutical Rationality, Contemporary Philosophy and Bioethics and is the author and coordinator of the following works:

- A hermenêutica do conflito em P. Ricoeur , Coimbra, Minerva, 1992;

- O preconceito em H.- G. Gadamer: sentido de uma reabilitação, Lisboa, FCG /JNICT, 1995; - Mal, símbolo e justiça, (coord.) Coimbra, Faculdade de Letras, 2001;

- Horizontes da Hermenêutica em P. Ricoeur, Coimbra, Ariadne, 2005.

- Hermenêutica Filosófica. Metodologia e Apresentação de um Percurso Temático, Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2015.

- Poética (s). Diálogos com Aristóteles (em coord. com Maria do Céu Fialho.), Lisboa, Ariadne, 2007.

- Ricoeur em Coimbra. Receção Filosófica da sua obra (em coord.com José Manuel Beato), Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2016.

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