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Finalidades, objetivos e recursos da intervenção

No documento Envelhecer ativamente em Centro de Dia (páginas 76-78)

Capítulo IV Desenho, desenvolvimento e avaliação da intervenção

1. Finalidades, objetivos e recursos da intervenção

A realização de um projeto deve ter por base a utopia de forma graduada e de acordo com a realidade. De acordo com Serrano (2008) a utopia proporciona a motivação que é precisa para obter a transformação da realidade, sendo a partir desta que a finalidade do projeto deve ser definida. Assim sendo, segundo Guerra (2002), as finalidades devem assinalar “(…) a razão de ser de um projeto e a contribuição que ele pode trazer aos problemas e às situações que se torna necessário transformar.” (Guerra, 2002, p. 163).

Desta forma, a finalidade passa por promover um envelhecimento ativo e contribuir para um aperfeiçoamento institucional. De acordo com Farias & Santos (2012), o envelhecimento ativo fomenta uma expetativa de vida saudável, assegurando qualidade de vida a todos os indivíduos mesmo aos que já necessitem de cuidados devido às fragilidades e incapacidades individuais, assim sendo é necessário enriquecer os tempos livres dos idosos que frequentam o centro de dia, mas para que tal seja possível é essencial realizar uma avaliação multidimensional, isto é, aprofundar a história e trajetória de vida, situação atual de saúde, hábitos de vida e lazer, gostos e interesses de forma a melhorar a qualidade de vida e proporcionar um envelhecimento ativo.

A definição de objetivos é uma das etapas fundamentais de um projeto de intervenção uma vez que eles expressam os resultados que se esperam atingir com a intervenção, sendo que os objetivos gerais devem ser coerentes com a finalidade do projeto estabelecendo as grandes linhas orientadoras da intervenção (Guerra, 2002). De acordo com Serrano (2008, p. 44), os objetivos “(…) são os propósitos que se pretendem alcançar com a execução de uma acção planificada.”.

Relativamente aos objetivos específicos, estes devem ser mais concretos nomeando de forma mais clara o que se pretende alcançar com a intervenção do projeto (Serrano, 2008).

Desta forma, foram então estabelecidos objetivos gerais (OG) e objetivos específicos (OE).

Objetivos gerais:

OG1: Promover e preservar a identidade dos idosos: OE1.1: Conhecer as histórias de vida dos idosos;

66 OE1.2: Valorizar os interesses e as necessidades das pessoas idosas;

OE1.3: Elaborar as fichas de avaliação diagnóstica de cada idoso;

OE1.4: Identificar quais as necessidades físicas, psicológicas e socias dos idosos. OG2: Envolver as pessoas idosas em atividades e dinâmicas de ocupação de tempo livre

OE2.1: Promover o convívio e o bem-estar através de momentos de descontração e divertimento;

OE2.2: Estimular as capacidades mentais através de jogos e dinâmicas de animação e estimulação cognitiva;

OE2.3: Promover a prática de atividade física através de dinâmicas de animação e estimulação física e motora;

OE2.4: Desenvolver atividades relacionadas com os interesses e necessidades dos idosos;

OG3: Proporcionar momentos de satisfação, reforço de laços sociais e a integração comunitária

OE3.1: Valorizar as capacidades, competências, saberes e cultura do idoso, aumentando a sua autoestima e autoconfiança;

OE3.2: Promover a interação e integração social; OE3.3: Fomentar a participação social e cívica.  Recursos Mobilizados

De acordo com Serrano (2008), todos os recursos são importantes de ter em consideração durante todo o processo de implementação de um projeto. Assim sendo, existem uma diversidade de recursos que podem ser utilizados e devem ser delimitados de modo a serem adequados para a concretização das ações (Ander-Egg, 1989).

Desta forma, a realização deste projeto envolveu a identificação e mobilização de diversos recursos, sendo eles recursos humanos, recursos físicos e recursos materiais que serão descriminados seguidamente.

Ao longo de todo o processo foram mobilizados diversos recursos humanos essenciais para a concretização das ações planificadas. Para além dos idosos envolvidos nas atividades, a estagiária do Mestrado em Gerontologia Social, a assistente social /diretora técnica, as auxiliares, e outros estagiários (técnicos auxiliares de saúde) e também o

67 professor de música. O recurso ao máximo número de pessoas que estão inseridas no meio envolvente para além de apoiar as atividades, também enriquecem o momento podendo promover mais envolvimento e interação entre todos fomentar existir a distinção entre os idosos e os profissionais, ou dito de outro modo, entre o grupo de “assistidos” e a equipa de profissionais.

Os recursos físicos também são uma mais-valia em todo o projeto. A sala de atividades do centro de dia foi muito usada, tal como o salão comum existente na instituição. Outros espaços da instituição também foram utilizados por exemplo para tirar fotos ou para conversar de forma mais individual. Sempre que possível, recorremos a espaços exteriores à instituição para a realização de atividades ou para fazer passeios. O elevador também é um recurso importante a ser mencionada uma vez que permitiu a deslocação até ao salão das pessoas que tinham menos mobilidade.

Relativamente aos recursos materiais foram utilizados os mais diversos materiais consoante o tipo de atividade implementada. Nas dinâmicas de grupo e oficinas de estímulos socorremo-nos de mesas, cadeiras, rádio, canetas, marcadores, lápis, tesouras, cola, cartolinas, folhas de papel, tintas, jornais, fotografias, bolas de diferentes cores e tamanhos, caixas de cartão, balões, lençóis, baralhos de cartas, dominó, jogo do bingo (comum e musical), colunas de som e computador portátil, material de ginástica (halteres, arcos, bolas, bowling), computador com Sioslife, alguns jogos e livros didáticos. As carrinhas também foram essenciais para assegurar o transporte, de modo a realizar algumas saídas planeadas.

Apesar de grande parte dos recursos materiais terem sido cedidos pela instituição, a estagiária adquiriu outros materiais necessários para a implementação de algumas atividades, nomeadamente o bingo musical, algum material para a realização dos matraquilhos, PowerPoints com jogos didáticos e ainda um tablet para a realização de algumas atividades mais individuais.

No documento Envelhecer ativamente em Centro de Dia (páginas 76-78)

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