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Fluxo de informa¸ c˜ ao e delibera¸ c˜ ao

No documento Tese de Doutorado Metamodelo para adapta¸ (páginas 93-96)

A Se¸c˜ao 3.3 apresenta o fluxo de informa¸c˜ao e delibera¸c˜ao da confian¸ca, sob a vis˜ao do modelo BDI, proposto por Staab e Muller (2012). Nesta se¸c˜ao, os componentes apresentados anteriormente s˜ao posicionados na sequˆencia de fases desse fluxo, com a adi¸c˜ao de trˆes fases complementares, que consideram decis˜oes anteriores `as observa¸c˜oes e posteriores aos atos de confian¸ca. A Figura 4.10 apresenta o fluxo modificado, com destaque para as fases adicionais.

A Figura 4.11 destaca as fases de explora¸c˜ao e sele¸c˜ao. Na fase de explora¸c˜ao, os componentes do modelo de explora¸c˜ao mexpl decidem sobre a explora¸c˜ao das fontes de

informa¸c˜ao dispon´ıveis, incluindo a explora¸c˜ao inicial feita pelo agente ao entrar no sistema. Em seguida, na fase de sele¸c˜ao, as fontes a serem utilizadas s˜ao escolhidas. No caso das

Figura 4.10: Fluxo de informa¸c˜ao e delibera¸c˜ao da confian¸ca

fontes de reputa¸c˜ao, a escolha ´e feita pelo componente de gerenciamento das fontes de informa¸c˜ao (gf do modelo mrep). Em seguida, s˜ao realizadas as observa¸c˜oes das fontes

escolhidas.

Figura 4.11: Fases de explora¸c˜ao, sele¸c˜ao e observa¸c˜oes

O componente de dimens˜oes e contextos (dc) do modelo de confian¸ca permeia cada uma dessas fases, bem como as fases posteriores. Isso porque os demais componentes podem fazer uso dele para guiar suas a¸c˜oes, como, por exemplo, distinguir observa¸c˜oes e avalia¸c˜oes considerando o contexto. A Figura 4.12 apresenta a maioria das fases – das observa¸c˜oes at´e as inten¸c˜oes de confian¸ca. A fase das observa¸c˜oes inclui os componentes que correspondem a fontes de informa¸c˜ao tanto do modelo de confian¸ca mconf quanto do modelo

de reputa¸c˜ao mrep. Na fase de avalia¸c˜ao, cada fonte de informa¸c˜ao de mtrust realiza sua

avalia¸c˜ao, enquanto o componente de avalia¸c˜ao da reputa¸c˜ao (ar) considera suas pr´oprias fontes de informa¸c˜ao.

Na pr´oxima fase, as cren¸cas de confian¸ca s˜ao estabelecidas com base no componente de avalia¸c˜ao da confian¸ca (ac), que leva em considera¸c˜ao as avalia¸c˜oes realizadas anteriormente. Em seguida, as inten¸c˜oes de confian¸ca s˜ao estabelecidas com base no resultado da avalia¸c˜ao de confian¸ca, por meio do componente de tomada de decis˜ao (td).

Figura 4.12: Fluxo de informa¸c˜ao no metamodelo proposto

A Figura 4.13 detalha as fases de observa¸c˜oes e avalia¸c˜oes do ponto de vista de uma fonte de informa¸c˜ao. A observa¸c˜ao ´e feita segundo o procedimento estabelecido pelo componente de aquisi¸c˜ao de informa¸c˜ao (ai). O resultado ´e armazenado no componente de mem´oria (mem), que pode ter um limite de capacidade ou eliminar observa¸c˜oes muito antigas. Na fase da avalia¸c˜ao, as observa¸c˜oes dispon´ıveis s˜ao consideradas segundo os componente de recˆencia (rec), credibilidade e confiabilidade. O componente rec pode estabelecer uma avalia¸c˜ao diferenciada para as observa¸c˜oes segundo sua idade, privilegiando, por exemplo, observa¸c˜oes mais recentes. O componente de credibilidade avalia o quanto o agente est´a disposto em acreditar naquela fonte de informa¸c˜ao levando em considera¸c˜ao, por exemplo, o tempo de intera¸c˜ao entre eles e a variabilidade do seu desempenho. Por fim, o componente de confiabilidade (rel), com base nos resultados de intera¸c˜oes anteriores, estima a confiabilidade da observa¸c˜ao daquela fonte. Ap´os passar por esses componentes, os resultados da avalia¸c˜ao s˜ao fornecidos para o componente ac. No caso das fontes de informa¸c˜ao de reputa¸c˜ao, antes da avalia¸c˜ao de ac, o componente de avalia¸c˜ao da reputa¸c˜ao (ar) combina os resultados das suas fontes.

O componente de tomada de decis˜ao (td) ´e o respons´avel por decidir sobre a concretiza- ¸c˜ao das inten¸c˜oes de confian¸ca em atos de confian¸ca. A Figura 4.14 ilustra essas fases. Ap´os a decis˜ao de confiar ou n˜ao ser determinada, o agente realiza o ato escolhido (considerando a delibera¸c˜ao adicional do agente em face de outras inten¸c˜oes externas ao modelo de con- fian¸ca) e obt´em a respectiva utilidade. Em caso de falha, tal utilidade pode ser negativa. Mesmo o ato de n˜ao confiar pode resultar em perda de utilidade, pelo gastos do processo ou decorrentes da ociosidade resultante. Em qualquer um dos casos, o resultado ´e utilizado para atualizar as cren¸cas do metamodelo de C&R, na fase de feedback.

A fase de feedback, ilustrada pela Figura 4.15, utiliza o resultado dos atos de confian¸ca para atualizar as cren¸cas sobre as fontes de informa¸c˜ao utilizadas. Esse resultado afeta

Figura 4.13: Fases de observa¸c˜oes e avalia¸c˜oes na vis˜ao da fonte de informa¸c˜ao

Figura 4.14: Fases de inten¸c˜oes e atos de confian¸ca

a credibilidade e confiabilidade da fonte, bem como sua mem´oria (que agora armazena o novo resultado). Por fim, ap´os a intera¸c˜ao, o agente pode utilizar o componente de compartilhamento de informa¸c˜ao (ci) para distribuir o resultado para outros agentes e fontes.

O compartilhamento de informa¸c˜oes pode ser realizado em qualquer fase, segundo a especifica¸c˜ao do componente de gerenciamento de fontes de informa¸c˜ao (gf ), para, por exemplo, atender ao pedido de informa¸c˜ao de outro agente. O componente ci ´e apresentado especificamente na fase de feedback porque ´e a fase em que a informa¸c˜ao sobre a intera¸c˜ao mais atual torna-se dispon´ıvel no modelo. A Tabela 4.1 apresenta um resumo das fases descritas nesta se¸c˜ao. A Tabela C.1, presente no Apˆendice C, define formalmente as entradas e sa´ıdas dos componentes de cada fase.

No documento Tese de Doutorado Metamodelo para adapta¸ (páginas 93-96)