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Fluxo de Planejamento e Gerenciamento do RUP

Controle de Mudanças

3.3 Fluxo de Planejamento e Gerenciamento do RUP

Segundo o RUP, Planejamento e Gerenciamento de Software é “a arte de balancear objetivos discordantes, gerenciar riscos e superar restrições para entregar, com sucesso, um produto que atenda às necessidades dos clientes e usuários”. É considerada, juntamente com as disciplinas Gerência de Configuração e Mudanças e Ambiente, uma disciplina de suporte ao projeto. Muitos dos conceitos de Planejamento e Gerenciamento utilizados pelo RUP estão baseados no Project Management Body of Knowledge (PMBOK) [44], um conjunto de boas práticas de planejamento e gerenciamento organizado pelo Project Management Institute17.

Os principais aspectos tratados na disciplina Planejamento e Gerenciamento do RUP são o gerenciamento de riscos, o planejamento de um projeto iterativo e o acompanhamento do progresso através de métricas.

17

Site do PMI: www.pmi.org

Maior complexidade gerencial

-Grande escala -Desenvolvimento contratual

-Muitos stakeholders

Menor complexidade gerencial

-Pequena escala -Desenvolvimento informal -Um único stakeholder

Maior complexidade técnica

-Embarcado, tempo real, distribuído, tolerância a falhas -Customizado , sem precedentes, reengenharia de arquitetura -Alta performance

Menor complexidade técnica

-Grande utilização de 4GL, baseado em componentes -Reengenharia da aplicação

-Performance interativa

Aumento da necessidade de um maior “nível de cerimônia”

Alguns aspectos importantes, por outro lado, não são considerados pelo RUP, como gerenciamento de pessoal, controle de orçamento e gerenciamento de contratos com clientes e fornecedores.

A Figura 3-3 ilustra a disciplina Planejamento e Gerenciamento do RUP, subdividindo-o em vários subfluxos e organizando esses subfluxos na forma de um diagrama de atividades.

A iteração inicial começa com o subfluxo “Conceber Novo Projeto”. Esse subfluxo tem como objetivo obter uma visão geral do projeto através de uma versão inicial dos artefatos Visão, Estudo de Viabilidade e Lista de Riscos, que serão utilizados para produzir a primeira versão do Plano de Desenvolvimento de Software e o Plano de Iteração para essa iteração inicial.

Os planos iniciais produzidos em “Conceber Novo Projeto” servem de subsídio para o subfluxo “Avaliar Escopo e Risco do Projeto”, onde a Lista de Riscos será refinada e uma versão mais completa e atualizada do Estudo de Viabilidade será produzida.

A Lista de Riscos e o Estudo de Viabilidade produzidos, juntamente com o documento de Visão produzido na disciplina Requisitos, servirão de base para as atividades do subfluxo “Desenvolver Plano de Desenvolvimento de Software”. Nesse subfluxo, serão produzidos os planos necessários ao projeto, como Plano de Medições, Plano de Gerenciamento de Riscos, Plano de Aceitação do Produto, Plano de Resolução de Problemas e Plano de Garantia da Qualidade. O Plano de Desenvolvimento de Software é refinado e pode englobar os demais planos. Ao final do subfluxo “Desenvolver Plano de Desenvolvimento de Software”, o planejamento inicial do projeto deve fornecer informações suficientes para que se possa decidir se o projeto deve continuar ou ser abortado.

Caso os planos sejam aprovados e o projeto tenha prosseguimento, será realizado o subfluxo “Planejar Próxima Iteração”, que possui a mesma estrutura do subfluxo “Planejar Próxima Iteração” presente nas iterações subseqüentes do projeto e que será detalhado posteriormente.

A seqüência de subfluxos descrita até aqui se aplica apenas à iteração inicial ou preliminar do projeto, sendo essa iteração diferente das demais, que possuem uma estrutura comum entre si quanto à seqüência de subfluxos realizados. Assim, a

seqüência de subfluxos apresentada a seguir é repetida em todas as iterações do projeto, com exceção da iteração preliminar.

Figura 3-3: Fluxo de Planejamento e Gerenciamento (traduzido de [16])

Cada iteração começa com o subfluxo “Gerenciar Iteração”, onde a iteração é executada. Esse subfluxo engloba atividades para iniciar, finalizar e avaliar a iteração. Após a avaliação da iteração, deve-se decidir se o projeto irá continuar ou não. Em caso afirmativo, o subfluxo seguinte é “Avaliar Escopo e Risco do Projeto”, onde a Lista de Riscos e o Estudo de Viabilidade são atualizados.

Após o subfluxo “Avaliar Escopo e Risco do Projeto”, existem três caminhos a seguir. Se a iteração for a última de uma fase, segue o subfluxo “Finalizar Fase”, onde a

[Início do projeto] [Todas as iterações subseqüentes] Conceber novo projeto Avaliar escopo e risco do projeto Desenvolver Plano de Desenvolvimento de Softwar e [Projeto cancelado] [Planos do Projeto Aprovados] Planejar próxima iteração Gerenciar iteração Avaliar escopo e risco do projeto Finalizar projeto Finalizar fase Monitorar e controlar projeto Planejar próxima iteração Desenvolver Plano de Desenvolvimento de Software [Opcional, a depender da magnitude das mudanças] [Projeto rejeitado] [Projeto completado] Fim do projeto [Fim da iteração] [Fim do projeto] [Fim da fase] [Iteração bem sucedida] [Projeto cancelado] [Fase completada] [Projeto cancelado] Fim da iteração Projeto cancelado Projeto cancelado Projeto cancelado

fase é avaliada e uma revisão do marco de referência principal associado a essa fase é realizada. Se a iteração for a última do projeto, segue o subfluxo “Finalizar Projeto”, onde, com base nas Avaliações de Status, na Avaliação da Iteração e no Plano de Desenvolvimento de Software, é decidida a aceitação ou não projeto. Se a iteração não marcar o final de uma fase nem do projeto, será realizado o subfluxo “Planejar Próxima Iteração”. Nesse subfluxo será produzido um Plano de Iteração, que servirá de base para a execução da iteração seguinte. O Plano de Iteração é desenvolvido a partir dos artefatos Visão (da disciplina Requisitos), Lista de Riscos, Plano de Desenvolvimento de Software, Atributos de Requisitos (da disciplina Requisitos) e Documento de Arquitetura de Software (da disciplina Análise e Projeto). Opcionalmente, caso a magnitude das mudanças necessárias ao Plano de Desenvolvimento de Software seja alta, pode ser realizado, em paralelo ao desenvolvimento do Plano de Iteração, o subfluxo “Desenvolver Plano de Desenvolvimento de Software”, onde um novo plano será produzido.

Finalmente, ao longo de toda a iteração, é realizado o subfluxo “Monitorar e Controlar Projeto”, que abrange o trabalho contínuo de acompanhamento realizado pelo Gerente do Projeto. Nesse subfluxo, estão contidas atividades como acompanhar e reportar o status do projeto, alocar e atribuir tarefas e gerenciar exceções e problemas.

3.4 Considerações

Neste capítulo, foram discutidos alguns aspectos importantes do RUP, Rational Unified Process. Além de uma visão geral do processo, foram detalhadas as disciplinas Ambiente, que trata da adaptação do RUP, e Planejamento e Gerenciamento, que será bastante utilizada no decorrer do trabalho.

O RUP, por ser um framework que tenta englobar todos os elementos necessários para o desenvolvimento dos mais variados tipos de software, precisa ser adaptado às características de cada projeto. Entretanto, a disciplina Ambiente, que é responsável por definir como essa adaptação deve ser realizada, é muito vaga e superficial, não sendo suficiente para guiar a adaptação.

Capítulo 4

Modelo de Adaptação de

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