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Formação Coletiva, Colaborativa, Crítica e Criativa de Docentes na Educação

CAPÍTULO IV- DESCRIÇÃO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES EDUCACIONAIS

4.2 POSSIBILIDADES, CONDIÇÕES E CARACTERÍSTICAS DE APRENDIZAGEM

4.2.2 Formação Coletiva, Colaborativa, Crítica e Criativa de Docentes na Educação

Toda a pesquisa foi realizada com momentos de reflexão da prática. Nesses momentos, o diretor, o pedagogo, o professor e o educador traziam contribuições pertinentes e que definiam os próximos passos das pesquisas.

A pedagoga P1 relatou como essa proposta trouxe transformações na sua forma de orientar professores e educadores nos momentos de permanência e como sua prática formativa foi modificada. Relatou, ainda, que foi envolvida pela vontade de fazer o mestrado, para trazer novas contribuições para o ensino, principalmente na Educação Infantil.

A professora Pr e a educadora E relataram a percepção de um grande desenvolvimento das crianças, quando refletiram em outros momentos e em outras práticas educativas. Afirmam que essas crianças solicitam, ainda, que sejam registradas no quadro-negro as suas dúvidas, para que possam pesquisar sobre elas em momento oportuno.

A educadora E, que permanece durante oito horas com as crianças e traz propostas diferenciadas em momentos específicos, relatou que as crianças em momentos de descontração (cantos, brincadeiras, etc.), trazem para esses momentos, experiências vivenciadas na pesquisa.

Ao realizar esta pesquisa, nota-se que os docentes possuem um papel transformador em qualquer comunidade. São pensadores envolvidos para transformar uma sociedade.

Ao encarar os professores como intelectuais, podemos elucidar a importante ideia de que toda a atividade humana envolve alguma forma de pensamento. Nenhuma atividade, independente do quão rotinizada possa se tornar, pode ser abstraída do funcionamento em algum nível. Este ponto é crucial, pois ao argumentarmos que o uso da mente é uma parte geral de toda atividade humana, nós dignificamos a capacidade humana de integrar o pensamento e a prática, e assim destacamos a essência do que significa encarar os professores como profissionais reflexivos. Dentro deste discurso, os professores podem ser vistos não simplesmente como "operadores profissionalmente preparados para efetivamente atingirem quaisquer metas a eles apresentadas”. (GIROUX, 1997, p. 157).

Nos encontros em que analisávamos os desenhos das crianças, as análises iam além das questões ambientais. A equipe conhece essa criança e seus avanços são verificados pelos envolvidos na pesquisa; o olhar da equipe se volta para quem é essa criança, como ela aprende e como podemos oportunizar momentos para que ela possa ser ouvida e, assim, protagonizar ações.

Nesse contexto, o conhecimento e a aprendizagem estão interligados, tendo por finalidade levar a criança a conhecer sua realidade e buscar transformá-la. Exemplo disso é quando a mãe da criança C5 veio até o CMEI, relatar que a mesma solicita que em sua casa haja a separação do lixo. Esse é o conhecimento que perpassa os muros escolares e possui valor para a vida.

O conhecimento, neste caso, não se torna valioso por ser legitimado por especialistas em currículos. Seu valor está ligado ao poder que possui como modo de análise crítica e de transformação social. O conhecimento torna-se importante na medida em que ajuda os seres humanos a compreenderem não apenas as suposições embutidas em sua forma e conteúdo, mas também, os processos através dos quais ele é produzido, apropriado e transformado dentro de ambientes sociais e históricos, específicos. (GIROUX, 1997, p. 39).

O professor reflexivo quando compreende seu papel na Educação, vai além de mero transmissor de conhecimentos. Não importa a faixa etária das crianças, seu papel continua sendo proporcionar experiências, vivências, mediar momentos de reflexão, de construção e, através disso, cada indivíduo pode se tornar um cidadão crítico:

[...] nossa principal preocupação é abordar a questão educacional, o que significa ensinar os estudantes a pensarem criticamente, a aprenderem como afirmar suas próprias experiências, e compreenderem a necessidade de lutar individual e coletivamente por uma sociedade mais justa. (GIROUX, 1997, p. 35).

Quando se pensa em dar voz às crianças, deve-se viabilizar o suporte necessário para que ela saiba opinar e respeitar a opinião dos outros. Assim se constitui o papel do professor, como mediador, como orientador, para que cada criança se constitua um cidadão.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa apresentou os indícios de aprendizagem significativa. Em cada proposta as crianças trouxeram contribuições e apresentaram respostas relevantes para a aprendizagem significativa; apresentaram predisposição para aprender, relacionaram o que estava sendo apresentado com conhecimentos prévios.

Através de seus questionamentos delineavam o caminho da pesquisa, porém sempre com o olhar da equipe envolvida na pesquisa para articulação com os documentos oficiais.

Na Educação Infantil de Curitiba, a função do gestor não é apenas administrar a unidade, mas também, orientar o trabalho pedagógico, o que constitui um diferencial neste trabalho.

Ao participar com a equipe do planejar, o gestor compreende a necessidade das ações dos professores, e se compromete a viabilizar as condições indispensáveis para que o planejamento seja desenvolvido.

Além do trabalho pedagógico, existe a busca de uma gestão compartilhada, com a participação da comunidade,

[...] como um processo político que é mais amplo do que apenas as tomadas de decisão e que é sustentado no diálogo e na alteridade, na participação ativa dos sujeitos do universo escolar, na construção coletiva de regras e procedimentos e na constituição de canais de comunicação, de sorte a ampliar o domínio das informações e todas as pessoas que atuam na/sobre a escola. (SOUZA, 2009, p. 136).

A gestão compartilhada está centrada no trabalho de pessoas que têm o mesmo objetivo, que juntos propõem estratégias, buscam soluções, exploram possibilidades. Em uma gestão compartilhada, todos tecem no coletivo o fio condutor para o trabalho de todo o CMEI.

Em um trabalho conjunto, gestor, pedagogo, professores e educadores promovem ações que oportunizam uma aprendizagem diferenciada e o planejar se torna algo viável, com objetivos e resultados a serem alcançados,

Um aspecto limitador do projeto foi o tempo, pois a cada nova proposta as crianças apresentavam novas indagações que levavam a mais pesquisas e novos projetos.

Outro fator relevante foi a dinâmica criada no CMEI. As outras turmas também queriam ser envolvidas no projeto, pois os resultados eram notados em cada proposta.

Nesse sentido, destaca-se a questão de pesquisa deste trabalho: que possibilidades, condições e características de aprendizagem de conteúdos científicos relacionados à Educação Ambiental, podem ser identificadas no âmbito de desenvolvimento de uma proposta educacional para a área de Formação Humana - Relações Naturais, agregando pressupostos da Teoria da Aprendizagem Significativa, para crianças de quatro a cinco anos?

Percebe-se que através desta pesquisa, as crianças aguçaram ainda mais sua curiosidade e têm um olhar diferenciado para o ambiente onde estão, veem a importância dos catadores, entendem seu papel de cidadão nesse bairro e sabem que, mesmo pequenos, podem fazer a sua parte em relação ao ambiente.

Ao se considerar parte integrante desse ambiente e sugerir soluções para os problemas, destaca-se a própria visão que a criança tem de si nesse ambiente, como cidadã que toma decisões, que discute, argumenta e propõe alternativas.

Paulo Freire destaca a importância da formação de sujeitos capazes de decisões livres, conscientes e responsáveis, tornando-se “pessoas marcantes no mundo”.

Nesse sentido, Candau et al. (1999, p. 112) expressa:

Educar para a cidadania exige educar para a ação político-social e esta, para ser eficaz, não pode ser reduzida ao âmbito individual. Educar para a cidadania é educar para a democracia que dê provas de sua credibilidade de intervenção na questão social e cultural. É incorporar a preocupação ética em todas as dimensões da vida pessoal e social. (CANDAU et al., 1999, p. 112).

Portanto “educar para a cidadania” é educar a criança para ver as questões que a rodeiam de forma que as mesmas possam atuar como protagonistas, se “ver” como parte integrante da sociedade.

Ao protagonizar ações voltadas às questões ambientais, essa criança se apropria da cultura científica e a alfabetização científica acontece, quando ela se percebe corresponsável por atos que prejudicam o Rio Iguaçu, por exemplo, e propõe alternativas ao problema, quando ela compreende através do vídeo “Sopa

Plástica do Pacífico” que ações em determinado local podem atingir o planeta como um todo. Nesse contexto, a ciência e a educação ambiental assumem um papel transformador.

Ao considerar a aprendizagem significativa, nota-se que ela permeia toda a pesquisa, que as crianças apresentaram predisposição para aprender. As atividades foram significativas e relacionáveis em sua estrutura cognitiva, pois essas crianças traziam para as discussões questões de vários momentos da pesquisa.

O blog, produto desta dissertação, apresenta propostas para subsidiar o trabalho de professores e educadores na área de formação humana: Relações Naturais, trazendo atividades, fóruns de discussão, textos, para que esses docentes reflitam sobre sua prática e vislumbrem possibilidades de trabalho com as crianças, que podem protagonizar ações, dando às mesmas, vez e voz.

Em fórum presente no blog, os educadores e professores poderão analisar propostas, apresentar sugestões de atividades, sendo, portanto um espaço de troca de experiências, contribuindo para a formação de professores e educadores.

Esta pesquisa trouxe um novo olhar tanto da criança, como das possibilidades de um trabalho com a aprendizagem significativa, que envolve a cultura científica e a Educação Ambiental. Nessa perspectiva, a contribuição da criança é fundamental para que a aprendizagem aconteça.

A pesquisa também abre novas possibilidades de investigação, em que podem ser analisadas as contribuições da vivência desse processo para os professores e educadores e a visão do ensino de ciências que os mesmos possuem. Uma criança protagonista e um professor reflexivo e atuante é o que se busca para que a aprendizagem seja significativa na Educação Infantil. Um novo olhar deve ser voltado para essa criança que possui competência para aprender e se apropriar de conhecimentos científicos e pensar sobre seu papel.

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Sequência Didática - Investigando o entorno do CMEI

 Área de formação humana - relações naturais

 Justificativa: O trabalho com as relações naturais deve envolver o ambiente em que a criança está inserida. Investigar o ambiente do CMEI e o seu entorno, traz significado para a criança, além de proporcionar um maior conhecimento do seu bairro e da sua comunidade.

 Conhecimentos pretendidos: Ambiente e sua diversidade, seres vivos.

 Objetivo geral:

Tornar o CMEI e o seu entorno um ambiente de observação, experimentação e aprendizagem sobre os elementos sociais, culturais e naturais nesse contexto.

 Objetivos específicos:

Conhecer a diversidade dos ambientes e das paisagens naturais. Representar ambientes e paisagens de diferentes formas.

Estabelecer algumas relações entre o meio ambiente e as formas de vida que ali se estabelecem, identificando características dos seres vivos.

 Faixa etária: 4 a 5 anos.

 Tempo estimado: 2 semanas

 Desenvolvimento:

1ª etapa

Iniciar com uma roda de ciências, para averiguar o que as crianças sabem sobre o ambiente natural e social do ambiente onde se encontra o CMEI. Após o diálogo com as crianças, solicitar que elas desenhem o que elas imaginam existir além dos muros do CMEI.

2ª etapa

Promover uma aula de campo com as crianças no entorno do CMEI para a observação direta da paisagem, promovendo a exploração ativa do meio natural e social, ampliando as possibilidades de observação das crianças que estarão munidas de papel para irem registrando suas percepções.

Durante o passeio aos arredores do CMEI, registrar as indagações e questionamentos das crianças.

3ª etapa

Após o passeio nos arredores do CMEI, solicitar que as crianças desenhem o que existe nos arredores do CMEI. Discutir com as crianças como é o entorno do CMEI, o que mais lhes chamou a atenção.

4ª etapa

Realizar uma roda de ciências para que as crianças façam as colocações do que visualizaram e que faz parte do entorno do CMEI.

Sequência Didática - Discutindo o lixo e o ambiente

 Área de formação humana - relações naturais

 Justificativa: compreender as relações que ocorrem no ambiente local e global. Trabalhar com o vídeo e relacioná-lo com o ambiente traz significado para a criança.

 Conhecimentos pretendidos: Ambiente e sua diversidade, seres vivos.

 Objetivo geral:

Proporcionar uma aprendizagem significativa em que a criança relaciona os elementos do vídeo com os elementos sociais e naturais do seu próprio contexto.

 Objetivos específicos:

Conhecer a diversidade dos ambientes e das paisagens naturais. Representar ambientes e paisagens de diferentes formas.

 Faixa etária: 4 a 5 anos.

 Tempo estimado: 2 semanas.

 Desenvolvimento:

1ª etapa

Assistir o documentário: “Sopa Plástica do Oceano Pacífico” e dialogar com as crianças sobre a problemática do lixo que prejudica a vida nos rios, mares e oceanos.

Relacionar o vídeo com a pesquisa que as crianças realizaram sobre o que é necessário para que se tenha vida nos rios.

2ª etapa

Realizar uma roda de ciências, com as crianças e discutir sobre o vídeo e qual a relação com o entorno do CMEI.

3ª etapa

Solicitar que as crianças representem, por meio de desenhos, a relação existente entre os animais no ambiente aquático e como os resíduos prejudicam esses animais, a existência de vida e o próprio ambiente.

Avaliação:

Análise do desenho das crianças.

Projeto Didático - Visitando a extensão do Rio Iguaçu e o Parque da Imigração Japonesa

 Área de formação humana - relações naturais

 Justificativa: Investigar o rio em sua extensão proporcionará à criança uma compreensão desse ambiente e como a ação do homem interfere nessas relações; como o lixo e a falta de saneamento estão poluindo o Rio Iguaçu.

 Conhecimentos pretendidos: Conhecer o ambiente do entorno e sua diversidade, identificar as condições da água do Rio Iguaçu, reconhecer a importância das pessoas que trabalham com materiais recicláveis.

 Objetivo geral:

Identificar os animais que fazem parte da fauna local do Rio Iguaçu.

 Objetivos específicos:

Identificar os fatores ambientais que interferem na vida do Rio Iguaçu.

Perceber os fatores que impedem a presença de alguns animais no Rio Iguaçu. Identificar alguns animais que fazem parte da fauna do Rio Iguaçu.

 Faixa etária: 4 a 5 anos.

 Tempo estimado: 3 semanas

 Desenvolvimento:

1ª etapa

Conversar com as crianças sobre os animais que vivem no rio, e no entorno; questionar sobre quais animais elas acham que deveriam estar nesse ambiente. Promover uma aula de campo, percorrendo a extensão do Rio Iguaçu de ônibus, fazendo paradas para observar os animais e como está o rio ao longo de seu curso; perceber também as casas próximas ao rio e a presença de lixo. Terminar o passeio