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garante a mudança na atuação?

As profundas mudanças decorrentes das transformações econômicas, a necessidade da população por educação e informação de qualidade, o avanço das tecnologias de informação e comunicação, a responsabilidade do Estado com as políticas públicas, o mercado de trabalho cada vez mais competitivo tem exigido do profissional da educação, maior reflexão sobre sua prática.

Nesse novo cenário, a educação, possui uma relevância maior do que tinha em outras épocas, como integrar, de modo concreto e sistemático, o ensino de qualidade, principalmente, (re) significar o seu papel e sua influência na produção do conhecimento. Novas caminhadas, nova era chamada de sociedade da informação anunciada como a sociedade do futuro, do século XXI, e que rapidamente passou a ser chamada de sociedade do conhecimento, e mais recente, recebeu a designação de sociedade da aprendizagem, exige uma educação formal atualizada no tempo, criando assim novas identidades.

Atualmente uma das principais problemáticas da área da Educação tem sido a qualidade da formação profissional no âmbito da licenciatura. Apesar de haver tanta necessidade de educação continuada dos professores no Brasil, hoje se tem poucas alternativas no oferecimento de cursos continuados, nas áreas de didáticas de ensino e também nas áreas específicas de atuação dos professores.

Quando um modelo de formação contínua tem como objetivo se aproximar realmente do cotidiano escolar, ou seja, fazer com que a transposição didática das teorias vá ao encontro das demandas autênticas, a discussão do fornecer a receita ou um método ao professor sempre reaparece. Não é o formato que defendemos, (o da cópia) pelos treinos em sessões de simulação, mas a possibilidade do professor administrar, com suficiente

autonomia, o conflito entre o prático e o teórico. Um processo pessoal de “se tornar professor”. Esta formação complementar deve fortalecer a construção de conhecimentos vindo da formação inicial.

Significa com isso que, para além da formação escolar, da formação oferecida pelos órgãos educacionais, a competência dos educadores necessita ser formada no cotidiano do trabalho, na dinâmica da Unidade Escolar, no dia-a-dia, na sala de aula, na reflexão do cotidiano, na formação da vida de professor.

É preciso pensar a formação docente como momentos de um processo de construção de uma prática qualificada e de afirmação da identidade e profissionalização do professor.

Exigência do mundo atual, a formação continuada não pode ser reduzida a um compensatório de uma formação inicial aligeirada na maioria das licenciaturas.

As novas competências exigidas pela sociedade da informação, da comunicação, do conhecimento e da aprendizagem, atravessam uma situação de mudança, o valor não está hoje na capacidade de seguir instruções dadas por outros, mas sim na capacidade de transformar em conhecimento a informação.

O pensamento e a compreensão são grandes fatores de desenvolvimento pessoal e a noção de competência exigida inclui não só conhecimento, mas capacidades e experiências. Capacidades de saber o que fazer e como fazer, e experiências do aprender com o sucesso e com os erros.

Pergunta-se então qual o necessário papel dos professores na sociedade da aprendizagem? Há que se rever o papel, recontextualizar sua identidade e responsabilidades profissionais.

A Educação na sociedade da informação é um enunciado problemático, difícil de ressignificar, resumido em dois termos: educação (quando se busca a

aprendizagem, o aprender a aprender) e informação (quando o objetivo é transcender o dado, conhecer, compreender, aprender, criar).

Neste caminho, constatamos que é um processo em andamento. Segundo, TORRES (2005), uma educação na sociedade da informação e para ela deveria ser uma educação que:

§ garantisse a alfabetização universal e uma forma básica, relevante e de qualidade para toda a população;

§ promovesse e procurasse articularas aprendizagens dentro e fora do sistema escolar,na educação formal,não-formale informal, na família, na comunidade, nos espaços de trabalho, de produção, de criação e recreação,de participação social,etc.;

§ aproveitasse todas as ferramentas e tecnologias disponíveis no contexto de uma estratégia integral de comunicação e aprendizagem;

§ ensinasse a procurar e aproveitar seletiva e criticamente a informação e o conhecimento disponíveis;

§ identificasse, produzisse e difundisse informação, conhecimentos e saberes; para desenvolver o pensamento autônomo e o pensamento complexo;para participarativamente da ação social transformadora e que supera a própria realidade, por sua vez,fonte e processo de conhecimento e aprendizagem;

§ defendesse e encarnasse em sua própria prática o direto à educação, entendida fundamentalmente como direito de todos a aprender, a aprender a aprender, e a aprender ao longo de toda a vida (com grifo nosso). TORRES et al, 2005.

Ao meu ver, a formação continuada do professor deve voltar-se para a atividade reflexiva e investigativa da práxis pedagógica. Tem ele, de se considerar num constante processo de autoformação e identificação profissional.

Não podemos desconsiderar as dimensões pessoais e profissionais, incluindo aspectos concernentes à subjetividade, que permitem aos professores a apropriação dos processos de formação, uma vez que o saber é construído ao longo do percurso.

Surge então a pergunta: Como se dá a mudança no processo de formação?

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