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LISTA DE ANEXOS

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.2 FORMAÇÃO DE PROFESSORES

2.2.2 Formação de professores para uso da TIC

Com o crescente desenvolvimento tecnológico a sociedade também passa por transformações econômicas, políticas e sociais, com esse progresso surgem novas exigências, diferentes profissões, demandas de profissionais com características específicas. E as instituições educacionais precisam de alguma forma preparar os alunos e professores para atenderem as exigências da sociedade.

Ferrari e Sotero (2017, p. 16) apontam que “essa nova e constante realidade acelera de maneira impressionante as mudanças do cotidiano das pessoas.”, tratando-se das tecnologias no meio educacional percebemos a necessidade de inovar, repensar e planejar novas práticas educacionais que se remetem ao ensino baseado nas TIC.

Os alunos estão conectados diariamente, no entanto, não possuem conhecimento para distinguir uma fonte confiável de informação no meio de muitas informações falsas que circulam na rede. Portanto, é preciso repassar estas informações para eles, de que tudo que faz na internet está registrado, precisam aprender a se resguardar, que o histórico de navegação

condiciona as nossas buscas e pesquisa, é necessário que as escolas começam a trabalhar sobre essas temáticas com os alunos.

É necessário que a escola trabalhe com essas tecnologias, principalmente a internet, no entanto, é preciso superar o que os alunos já estão acostumados a fazer, pois eles estão habituados a utilizá-las diariamente nas mais diversas situações do dia a dia, como por exemplo: buscar informações, jogar, realizar compras, estudar, acessar redes sociais para conversar com amigos, familiares, entre outros. Como estão sempre conectados os alunos estão mais acomodados, pois recebem informações com muita facilidade, sendo importante a escola desenvolver nestes alunos um olhar mais crítico para essas tecnologias e propiciar melhor compreensão delas. Gomes (2002, p. 02) reforça dizendo:

A utilização de novos recursos comunicacionais e informáticos não devem ser encarada como mais uma novidade, e sim a forma de possibilitar que os alunos e professores assumam o papel de sujeitos criativos, críticos e construtores do seu próprio conhecimento.

É preciso que a escola proporcione momentos de formação continuada para os professores trabalhar em conjunto, trocar experiências, aprender coletivamente e assim estimula-los a utilizar essas tecnologias em seu cotidiano escolar, qualificando-os a trabalhar essas temáticas em conjunto com suas disciplinas e conteúdos. Porém, as escolas vêm enfrentando alguns desafios quanto a formação continuada de professores.

Conforme pesquisa organizada por The Boston Consulting Group (BCG) e o Instituto Ayrton Senna (IAS), realizaram 2.732 entrevistas de novembro de 2012 a março de 2013. Participaram destas entrevistas secretários de Educação, diretores de escolas, coordenadores pedagógicos e professores, incluindo representantes de instituições federais, estaduais, municipais e particulares, e considerando desde o nível da educação infantil ao ensino superior, perceberam que os professores vêm enfrentando muitas dificuldades para conseguir participar de momentos de formação continuada.

Segundo estudos da BCG e IAS (2014) foi possível diagnosticar alguns desafios que os professores enfrentam para participar de formação continuada, sendo o primeiro deles a falta de incentivo na participação de eventos, congressos, cursos entre outros. O segundo desafio apontado foi a falta de tempo dos professores, isso ocorre devido eles precisarem trabalhar em mais de uma escola, bem como, acumular várias atribuições docentes como planejamento de aulas, correções de trabalhos, elaboração de provas, entre tantas outras tarefas.

Também os professores salientam que as escolas realizam momentos de formação, mas apresentam abordagens muito teóricas, distantes da realidade e de suas necessidades, não aproveitando o pouco do tempo disponível, tornando-se iniciativas fracassadas e consequentemente não alcançam os resultados esperados.

Outro desafio indicado na pesquisa realizada pelo BCG e IAS (2014) é em relação à rotatividade de professores em diferentes escolas, quando a escola planeja curso de formação, os docentes não conseguem participar, devido ao fato de trabalharem em outras escolas e os horários coincidirem.

As tecnologias ao serem inseridas nas instituições educacionais, podem ser uma alternativa para esta lacuna encontrada na formação de professores, possibilitando incentivar com que os professores participem de momentos de formação continuada, criar cursos e oferta-los na modalidade presencial ou a distância.

A Lei 9.394/96 estabelece que “A formação continuada e a capacitação dos profissionais de magistério poderão utilizar recursos e tecnologias de educação à distância.” (BRASIL, 1996), diante disso, é possível realizar momentos de formações por meio do uso das tecnologias, utilizando diversas ferramentas e recursos que possam auxiliar na formação dos professores. Sendo que é imprescindível ao professor estar em constante atualização para aprimorar sua prática.

Estes cursos possibilitam ao docente realizar a formação, em horários que tem disponibilidade, em sua própria casa, não precisam se deslocar, e ainda, muitos destes cursos não possuem custos financeiros, tornando-se uma ferramenta acessível, prática e que proporciona o aprimoramento dos professores.

E assim, os docentes já estão inseridos no contexto de investigação, pois eles estarão inseridos no ambiente virtual, no qual, precisam realizar atividades, já os possibilitando a conhecer várias ferramentas e recurso que estes disponibilizam, como por exemplo, o fórum que proporciona discussões em que os participantes podem interagir, trocar ideias, experiências, tirar dúvidas e compartilhar novidades, propiciando momentos de formação e de novas aprendizagens.

Compreende-se a importância de capacitar os professores em fazer uso dessas tecnologias a favor da educação de modo a melhorar o ensino e a aprendizagem dos alunos. Assim como, criar possibilidades e estratégias que os alunos possam usar as tecnologias de forma diferenciada, estimulando-os a serem produtores de tecnologia, desenvolver novas ferramentas, recursos, aplicativos, softwares que possibilitam facilitar e agilizar processos no seu ambiente de trabalho, na sua comunidade, escola, cidade e região.