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A Figura 5.6, mostra a forma de medição dos defeitos analisados por USACE (1982) para os pavimentos asfálticos e de concreto segundo APS; BALBO e SEVERI (1998).

Figura 5.6: Forma de Medição dos Defeitos dos Pavimentos, APS; BALBO e SEVERI (1998).

Em USACE (1982), são necessários cinco passos para se obter o valor final do PCI para uma unidade de amostra analisada, sendo estes:

a) inspecionar as unidades de amostra

Deve ser realizada conforme descrito, nos itens 5.4.1 e 5.4.2, inspeção de pavimentos de concreto e/ou asfálticos, utilizando-se dos formulários do ANEXO 1 – Formulários para avaliar os defeitos existentes na via urbana, tais como os expostos na Figura 5.7.

Figura 5.7: Esboço de Defeitos existentes em um Pavimento Urbano

Na descrição do pavimento, utilizado como exemplo prático, constatou-se a existência de dois defeitos na UA analisada, o primeiro consistiu de uma fissura Longitudinal e transversal de baixa severidade, e o segundo de um trincamento do tipo couro de jacaré com média severidade.

b) determinar os valores deduzidos

Estes são obtidos pelas curvas dos valores deduzidos, produzidos por USACE (1982), que indicam o valor deduzido correspondente a cada tipo de defeito e severidade (baixa, média ou alta) existentes nos pavimentos asfálticos ou naqueles de concreto em função da densidade percentual dos defeitos na unidade de amostra (UA).

Tais ábacos, contendo estas curvas referentes aos valores deduzidos da USACE (1982), se encontram no ANEXO 2 – Ábacos, esboçadas na Figura 5.8.

Figura 5.8: Esboço dos Ábacos de Valores Deduzidos

A Figura 5.8 ilustra a forma de se obter os valores deduzidos, a e b, correspondentes respectivamente aos defeitos encontrados no exemplo do pavimento em análise, a fissura longitudinal e transversal de baixa severidade e o trincamento couro de jacaré de média severidade.

Os valores das densidades, expostos na Figura 5.8 em escala logarítmica são determinados de forma diferente para inspeções em pavimentos asfálticos e para pavimentos de concreto.

Nos pavimentos asfálticos existem três formas de se obter as densidades em função do defeito que é analisado:

- para defeitos medidos em área (m2), a densidade é dada pela Equação 5.2. Densidade = Área do Defeito (m2) *100 (5.2)

Área da UA (m2)

- para defeitos medidos em comprimento (m), a densidade é dada pela Equação 5.3.

Densidade = Comprimento do Defeito (m) *100 (5.3) Área da UA (m2)

- para defeitos medidos por unidade (as panelas), a densidade é dada pela Equação 5.4.

Densidade = Número de Panelas *100 (5.4)

Área da UA (m2)

Nos pavimentos de concreto, só existe uma forma de se obter a densidade em função do defeito que é analisado, para a UA da placa de concreto do pavimento rígido, que é demonstrada na Equação 5.5:

Densidade = Número de Divisões da UA com o Defeito analisado *100 (5.5) Número Total de Divisões da UA

c) registrar o Valor Deduzido Total (VDT)

Obtido através da soma de todos os valores deduzidos unitários, e que posteriormente, deve ter corrigido o seu valor, de acordo com a Equação 5.6.

VDT = (a +b+...+n) (5.6)

Onde:

VDT = Valor Deduzido Total

a, b,... e n, são os valores deduzidos unitários dos defeitos encontrados em nosso exemplo para a UA analisada.

d) obter o Valor Deduzido Corrigido (VDC)

Depois de registrado o VDT, deve-se transforma-lo em Valor Deduzido Corrigido (VDC) através das curvas de correção do Valor Deduzido Total para os pavimentos asfálticos e para os pavimentos de concreto em seus respectivos ábacos, utilizando-se os ábacos do USACE (1982) que se encontram ilustrados na Figura 5.9 e disponíveis no ANEXO 2 – Ábacos.

Figura 5.9: Esboço de Ábaco para Valor Deduzido Corrigido

Verifica-se da Figura 5.9 que o valor deduzido Total (VDT) é então convertido em valor deduzido corrigido (VDC) valor necessário a determinação do PCI da unidade de amostra analisada no exemplo.

e) registrar a condição do pavimento para cada UA inspecionada Com o uso da Equação 5.7, o valor do PCI a UA é então obtido:

PCIUA = 100 – VDC (5.7)

Onde:

PCIUA = valor do PCI da UA analisada

VDC = valor deduzido corrigido da UA

De posse do valor do PCI de cada unidade de amostra (UA) analisada, deve-se determinar o PCI correspondente à seção que reúne todas estas UA, pois, o PCI deve ser calculado para cada seção homogênea do pavimento.

Caso sejam analisadas todas as UAs existentes na seção ou todas as UAs selecionadas aleatoriamente o PCI da seção será obtido pela média aritmética destes valores, nos dois casos.

Porém, se for acrescentada alguma UA adicional à pesquisa, o valor do PCI da seção será obtido pela Equação 5.8.

PCI = (N-A)*(PCI1+A)*(PCI1) +A*(PCI2) (5.8)

N Onde:

PCI = valor do PCI da seção analisada

PCI1 = média dos PCI das UAs escolhidas aleatoriamente

PCI2 = média dos PCI das UAs adicionais

N = número total de UAs da seção

A = número de UAs adicionais analisadas

De posse do valor do PCI para cada uma das seções de um ramo em análise, já pode ser realizada uma priorização das intervenções nos trechos, ou seções, deste ramo, uma vez que o critério de prioridade consiste em se reparar primeiro os trechos em pior estado, aqueles cujos valores do PCI, calculados, foram os mais baixos dentre todos os obtidos, USACE (1982).

Segundo APS; BALBO e SEVERI (1998), uma das grandes dificuldades para os órgãos municipais e seus técnicos, da área de pavimentação urbana, é a tomada de decisões quanto às vias prioritárias a serem contempladas no programa de manutenção, para que os escassos recursos sejam melhor aproveitados. Uma aplicação prática do método de avaliação superficial de pavimentos, o PCI - Pavement Condition Index, utilizado como uma ferramenta auxiliar na hierarquização de vias, é o caso do Ramo da Rua Barão do Rio Branco, onde se considerou a existência de sete seções neste ramo de 3.800m de extensão e 6,6m de largura. O critério de prioridade para intervenção nas seções deste ramo é demonstrado na Tabela 5.5.

Tabela 5.5: Exemplo de Priorização das Seções segundo PCI PRIORIDADE DE INTERVENÇÃO

NAS SEÇÕES SEGUNDO PCI

SEÇÃO COMPRIMENTO (m) VALOR DO PCI CONDIÇÃO DO PAVIMENTO PRIORIDADE DE INTERVENÇÃO 01 1.416 62 Bom 04º 02 234 20 Muito Pobre 01º 03 567 88 Excelente 07º 04 154 44 Razoável 03º 05 326 31 Pobre 02º 06 730 69 Bom 05º 07 373 86 Excelente 06º

5.6 A ADAPTAÇÃO DA METODOLOGIA PAVER PARA AVALIAÇÃO DE