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Formas de controle da população de vetores e do vírus

4.3 Parâmetros e Variáveis do Modelo

4.3.5 Formas de controle da população de vetores e do vírus

Como a dengue não possui ainda um tratamento definitivo, torna-se neces- sário utilizar formas de controle para a população de vetores e do vírus.

A primeira forma de controle implementada no modelo é o controle me- cânico. Esta forma de controle, como já mencionado, tem como objetivo erradicar os possíveis criadouros para o vetor da dengue. Na prática, o controle é feito limpando-se possíveis criadouros como caixas d’água, vasos e objetos que possam acumular água. É uma das formas de controle mais baratas e demanda colabo- ração da população para a sua execução. As políticas governamentais conclamam a população a colaborar e diversas campanhas são implementadas anualmente.

No procedimento implementado no modelo, tem-se os seguintes parâme- tros:

ativar ativa a rotina para o controle mecânico no criadouro. Os valores utilizados

são 1 para ativar e 0 para desativar.

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avaliados e submetidos ao controle. Assume valores entre 0.0 e 1.0, sendo que 1.0 representa 100% dos criadouros sendo submetidos ao controle.

Ncontrole determina o número de controles que podem ser efetuados durante a simulação. Utilizam-se apenas valores inteiros.

tinicial determina o tempo de simulação no qual será iniciado o procedimento de controle.

intervalo intervalo utilizado entre a aplicação dos controles durante a execução

da simulação. Utilizam-se apenas valores inteiros.

ef icacia determina a eficiência do controle executado em um criadouro. Pode

assumir valores entre 0.0 e 1.0, em que 1.0 representa 100% de eficácia. A segunda forma de controle implementada no modelo é o controle quí- mico do vetor. Existem duas opções para utilização deste controle. A primeira é a utilização de larvicida para erradicação das larvas nos criadouros. Essa forma de controle é muito utilizada, pois é na fase larval que o vetor está mais suscetível a erradicação. A aplicação deste controle é feita utilizando-se larvicida que é de- positado nos criadouros em que a água está retida. A segunda forma é a utilização de inseticida para erradicação do vetor na forma alada. Um dos problemas rela- cionados ao controle químico, quando utilizado de forma inadequada, é a alteração do nível de suscetibilidade da população com relação ao larvicida e ao inseticida. O controle químico elimina apenas os indivíduos suscetíveis ao veneno, deixando os resistentes se reproduzirem e criarem uma linhagem resistente.

Os parâmetros implementados para esse controle são:

ativar ativa a rotina para o controle químico utilizando larvicida ou inseticida

nos criadouros. Os valores utilizados são 1 para ativar e 0 para desativar. Existe um parâmetro ativar para o controle químico utilizando larvicida e outro para o inseticida;

porcentagem indica qual proporção dos criadouros existentes na simulação serão

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que 1.0 representa 100% dos criadouros sendo submetidos ao controle. Os criadouros são selecionados através de sorteio.

Ncontrole determina o número de controles que podem ser efetuados durante a simulação. Utilizam-se apenas valores inteiros.

tinicial determina o tempo de simulação em que será iniciado o procedimento de controle.

intervalo intervalo utilizado entre a execução dos controles durante a simulação.

Utilizam-se apenas valores inteiros.

ef icacia determina a eficiência do controle executado em um criadouro. Pode

assumir valores entre 0.0 e 1.0, em que 1.0 representa 100% de eficácia.

aplicacao determina o número de aplicações a serem realizadas em cada execu-

ção do controle na área.

A terceira forma de controle implementada é o controle biológico. Destaca- se aqui a inserção de mosquitos alterados geneticamente. Duas formas de altera- ções genéticas foram implementadas, sendo a primeira a esterilização de machos e alterações genéticas que promovem dificuldades de movimentação. A primeira forma é aplicada para inutilizar fêmeas aptas a ovipositarem. Como a fecundação ocorre apenas uma vez, um macho estéril irá colocar um “tampão” na fêmea e outro macho não poderá fertilizá-la. Dessa maneira, a fêmea fica impossibilitada de gerar ovos férteis. A segunda opção está relacionada com a inserção de ve- tores geneticamente alterados, os quais têm a sua prole gerada com alterações que dificultam a sua mobilidade, como, por exemplo, alteração no tamanho das asas. Ressalta-se que essas formas de controle possuem um custo mais elevado para serem utilizadas, pois a alteração genética é um procedimento relativamente caro e existe a necessidade de se soltar sempre muitos vetores nas áreas de controle. Os vetores alterados geneticamente estão expostos às mesmas condições naturais que os normais, logo, também podem ser eliminados naturalmente. Devido a esse fato, existe a necessidade de uma contínua inserção de novos indivíduos nas áreas de controle.

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ativar ativa a rotina para o controle biológico. Os valores utilizados são 1 para

ativar e 0 para desativar. Existe um parâmetro ativar desses para o controle biológico com machos estéreis e outro para vetores que geram proles com dificuldades de se movimentar.

Ncontrole determina o número de controles que podem ser efetuados durante a simulação. Utilizam-se apenas valores inteiros.

tinicial determina o tempo de simulação em que será iniciado o procedimento de controle.

intervalo intervalo utilizado entre a execução dos controles durante a execução

do programa. Utilizam-se apenas valores inteiros.

numero determina o número de indivíduos alterados geneticamente que devem

ser inseridos na simulação em cada execução do controle.

Até agora apresentamos as formas de controle aplicadas apenas aos ve- tores. Entretanto, atualmente, existem pesquisas destinadas ao desenvolvimento de uma vacina para a dengue. Essa vacina terá que contemplar os quatro sorotipos. Para avaliar uma possível vacina, foi implementada uma rotina que permite exe- cutar a vacinação da população humana com relação ao vírus da dengue inibindo a ação dos quatro sorotipos.

Os parâmetros para o procedimento de vacinação são:

ativar Ativa a rotina para executar a vacinação da população. Os valores utiliza-

dos são 1 para ativar e 0 para desativar.

Nvacinacao Determina o número de vacinações que devem ser efetuadas durante a simulação. Utilizam-se números inteiros.

numero Determina o número de hospedeiros contemplados por cada vacinação.

Utilizam-se números inteiros, ressaltando que o maior valor que pode ser utilizado é o da população ativa NHA.

tinicial Determina em que tempo será iniciada a campanha de vacinação. Utilizam- se números inteiros.

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intervalo Determina o intervalo de tempo entre as campanhas de vacinação. Uti-

lizam-se números inteiros.

ef iciencia Estabelece o nível de eficiência da vacinação. Os valores a serem uti-

lizados estão entre 0.0 e 1.0, tal que 1.0 significa que 100% dos hospedeiros vacinados ficam imunes aos sorotipos.

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