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São fotografias a preto e branco, de pequenas dimensões que se encontram danificadas O ainda visível oferece a hipótese de recriar o que já não existe

Fig. 24- Prova 0. 2013.

3.3.Sem Título

Na presente série fotográfica a imagem sofre uma “manipulação” conseguida através das mudanças de foco da máquina fotográfica, permitindo a transformação da realidade. As alterações a que a fotografia está sujeita fazem com que a imagem habite um espaço imaginário. Não se consegue compreender a imagem nitidamente, somente vultos. Tal como na maioria dos arquivos o que parece aos olhos de um pode não parecer aos olhos de outro, dependendo das associações e lembranças pessoais. A imagem fica assim ligada a uma dimensão fantasiada. Podemos também verificar que a prova fotográfica é posta em causa, havendo em cada representado uma nítida desarticulação do “eu”. Esta série fotográfica apesar de não ser objectiva nem transmitir o seu conteúdo de forma directa têm uma faceta simbólica produzindo elementos que ajudam a criar uma narrativa sobre determinado acontecimento.

Conclusão

Verificou-se, neste trabalho de investigação, que a necessidade de arquivar acontece desde que apareceu a escrita, imortalizando memórias ao longo de gerações. No entanto, o arquivo ficcionado a par com a arte é uma junção relativamente recente, tendo sido necessário percorrer um longo percurso passando da modernidade à contemporaneidade. Como já foi referido no Capítulo IV, o meu interesse em desvendar histórias desconhecidas e sobretudo esquecidas é natural, assim como o gosto pela arte. Logo, achei que este era o momento ideal para juntar estas duas áreas.

Ao longo desta pesquisa, fui traçando o caminho a seguir, à medida que conhecíamos novos autores e novos artistas. Walid Raad é um artista que já conhecia há algum tempo. Toda a sua obra, todo o seu arquivo ficcional estava ligado a uma dimensão psíquica, o que me suscitava muita atenção. Para melhor compreender esta ligação entre trauma e arquivo, cheguei ao livro de Derrida. Este autor analisou o arquivo através de uma perspectiva psicanalítica, transferindo conceitos desta dimensão para o arquivo tais como pulsão de morte, repressão, memória, censura, negação, reflectindo sobre alguns estudos de Sigmund Freud. Derrida mostrou-nos que o arquivo está sujeito a várias interpretações, não só pelo olhar diferente de cada leitor, como também de quem o executa, organizando-o através de operações como o recalque, a repressão e a censura. A repressão possibilita o “mal de arquivo”, ou seja, o desejo que alguém tem por classificar, organizar; possuindo a paixão do arquivo com um desejo compulsivo e repetitivo de retorno às origens.

Em novas pesquisas de teóricos e artistas, observamos que a fotografia era uma constante e senti necessidade de melhor compreender o seu papel no arquivo ficcional. Falo em arquivo ficcional, porque, após este estudo, considero que todo o arquivo deve ser visto como podendo conter elementos ficcionais. Referi anteriormente que o arquivador de forma consciente ou inconsciente pode alterar o processo de leitura dos documentos, assim como o documento deve ser posto sempre em causa. As memórias em que os documentos são baseados também são questionáveis, visto que é tão natural armazenarmos lembranças ‘verdadeiras’ como construi-las, associando vários elementos: os que derivam do acontecimento e os que provêm de composições.

A fotografia e o arquivo, juntos ou separados, remetem para a necessidade do ser humano em guardar e imortalizar momentos, acontecimentos, documentando-os com o intuito de activar as nossas memórias. A fotografia é vista como prova da verdade e é um documento de eleição por ser ou/e parecer bastante credível, conseguindo guardar algo, ao longo de gerações. Noutra perspectiva, pode chegar a um ponto de desconhecimento total, através de uma perda, de um roubo, da passagem de gerações, etc. Este “anonimato” a que a fotografia chega, porque a situação ou a pessoa representada já não é reconhecida por ninguém, também desencadeia novas narrativas imaginativas, que se tornam um bom ponto de partida para a criação de um arquivo com um discurso artístico. A fotografia oferece uma panóplia de estratégias, desde a alteração do mundo visível (encenação), às técnicas que a máquina fotográfica permite e às

modificações feitas na pós-revelação. Também a apropriação é igualmente importante na ficcionalização da fotografia, porque a cópia impõe a criação de um novo contexto, provocando a dúvida sobre a representação.

Procurando um pouco sobre este par fotografia / arquivo, deparámo-nos com o trabalho de Joan Fontcuberta. A consistência do seu trabalho é intimidante. O trabalho Fauna realizado com Pere Formiguera mostra como uma narrativa bem formulada sustenta todo um arquivo ficcional, pondo também em causa a veracidade da fotografia. Apresentaram os seus trabalhos em museus, um local bastante diferente da galeria, o que acentua a dimensão arquivística e documental da obra. Além disso, o museu alberga uma longa herança. Outros artistas abordaram e questionaram este espaço como, por exemplo, Broodthaers e o escritor Malraux, contribuindo para a reformulação de um novo conceito, embora através de formas muito distintas. O discurso estético questionava-se sobre o espaço expositivo, questionando o papel do museu, propondo outros espaços expositivos como a rua, a paisagem (Land Art),etc.

Contudo, e como já foi aludido, o arquivo é extremamente rizomático, albergando vários conceitos e elementos, através de um efeito dominó. Foucault questionou sobre o valor do documento e as suas oscilações na historiografia. Para o autor, o arquivo é definido a partir do aparecimento e distribuição dos modos enunciativos, fazendo com que o arquivo não seja apenas uma acumulação de documentos. Também Le Goff relacionou o arquivo à construção de memórias e subsequentemente à história, contrapondo tal como Foucault o documento ao monumento.

Todos estes conceitos de arquivo, memória, esquecimento estão ligados a uma prática discursiva da história.

Os projectos apresentados foram o mote para a realização da dissertação teórica, procurando reflectir sobre a conservação de lembranças e a sua veracidade, tenham elas um carácter político ou pessoal, num contexto arquivístico e artístico, questionando relações de poder.

Através dos projectos realizados, conseguimos chegar a várias conclusões. Antes de tudo, a distinção entre a criação de um arquivo que tem como base alguma verdade e outro completamente imaginado, fazendo apenas parte de um mundo fantasiado, tendo em conta que, até certo ponto, ambos são ficcionados. Num arquivo completamente inventado, é necessária a existência de um argumento bem sólido que aguente toda a estrutura dos materiais apresentados, fazendo com que estes não sejam apenas elementos desfasados, correndo o risco de os elos narrativos passarem despercebidos. Já o arquivo que tem como base uma verdade, é muito mais vulnerável à perspectiva do artista arquivador, podendo pôr facilmente em prática mesmo que inconscientemente os conceitos que Derrida referiu (censura, negação, etc.). Para mim, ambos foram um desafio, contudo, embora todo o meu percurso escolar tenha tido como alicerce a arte, ainda não me considero verdadeiramente experiente na produção de trabalhos artísticos. Por esta razão, tive algumas dificuldades que se basearam principalmente na procura de outras pessoas para cooperar no projecto. Há uma série de princípios a ter em conta, quando queremos que alguém nos

ajude na concretização de um trabalho. Este problema de mediação entre o artista e o outro, que à partida não é artista mas é necessário na concretização do projecto, vai ser um dos temas que quero debater num próximo projecto, tanto a nível teórico como prático. Além disso, o arquivo ficcionado, na prática artística contemporânea, vai também continuar a ser um tema de investigação para mim, considerando esta pesquisa teórica uma introdução a uma temática demasiado vasta para poder incluir – se toda nesta investigação.

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Índice de Imagens

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Figura 2- Claude Monet, Les Nympheas, Museé de l´Orangerie, Paris. Série de 300 pinturas a óleo. No L´Orangerie estão 8: Nes Nuages, Reflets Verts, Soleil Couchant, Reflets d’ arbres, Le matin clair aux saules, Le deux saules. Dimensões variáveis. Disponível em:http://gwumoderism.blogspot.pt

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Figura 4- Malraux a escolher imagens para o seu Museu Imaginário. Foto de Maurice Jarnoux. 1947. Figura 5- Marcel Broodthaers. "Musee d'Art Moderne, Departement des Aigles, Section des Figures, "1972 (installation view) http://quizlet.com/6106738/art-history-1900-present-9-of-11-flash-cards/ Figura 6- Marcel Duchamp. Boîte en Valise. 1935-1941. Caixa em pele com reproduções das suas próprias obras. (69 items) overall 16 x 15 x 4" (40.6 x 38.1 x 10.2 cm). IX/XX from Deluxe Edition. The Museum of Modern Art, New York. James Thrall Soby Fund. © Succession Marcel Duchamp ARS New York/ADAGP Paris 1998. Photo: John Wronn, ©1999 The Museum of Modern Art, New York.

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Figura 7- Ilya Kabakov. The man who never flew into space from his apartment. Instalação. 1981-88. Figura 8- Keith Cottingham. “Fictitious Portraits Twins.”. 1992. archival Fuji color coupler prints. Large image size, 38" X 46" vertical edition 12 Small image size, 18" X 21 3/4" vertical edition 15 Disponível em: http://www.kcott.com/art/art_pages/92/92a.html

Figura 9- Thomas Demand, Bathroom,1997, 160x122cm. Disponível em: http://www.thomasdemand.info/images/photographs/

Figura 10- Virgílio Ferreira, s.d.“Uncanny Places”. Série de 12 fotografias a cores. Disponível em: http://www.virgilioferreira.com/projectos/uncanny-places

Figura 11- Thomas Ruff Two Male Nudes from Nudes Series. Color Iris print on rag paper .Image Size: 10 1/4 x 13 inches . Paper Size: 29 1/2 x 23 1/2 inches. Edition of 50 .2001. Disponível em:

http://www.josephklevenefineartltd.com/NewSite/ThomasRuffNudeMaleCouple.ht

m#.UayoOKWxK2A

Figura 12- Joan Fontcuberta e Pere Formiguera, Fauna 1983/87 , in

http://www.pereformiguera.com/img/obra/fauna/grans/pere-formiguera-fauna-11.jpg

Figura 13- Lamia Joreige. Objects of War 4 e 3. 2 print screen de 2 vídeos distintos que pertencem a uma série de 4 vídeos. 2006. In http://www.lamiajoreige.com/films.php

Figura 14- Walid Raad, S.d I Only Wish That I Could Weep”. Print screen do vídeo. Disponível em: http://www.theatlasgroup.org/data/TypeFD.html

Figura 15- Provas Maria ferreira. 2010. Série de 21 sacos de plástico com um objecto encontrado no seu interior. Em cada saco está escrito o dia e em que parte da casa foi encontrado.

Figura 16- Sem Título. 2010. 4 desenhos a grafite tendo tido cada um como mote uma fotografia danificada.

Figura 17- Mala Maria Ferreira. 2010. Mala com vários objectos e provas encontradas na casa de Maria. Figura 18- Arkheion.2013. Envelopes com cartas no seu interior. Dimensões variáveis.

Materiais: Cartas

Montagem: Fotografias montadas umas sobre as outras no chão.

Figura 19- Sem Título. 2013. Série de 4 fotografias instaladas com espelhos. Materiais: 4 fotografias e 8 espelhos

Montagem: numa prateleira à altura média do observador. Figura 20- Objecto produzido com fotografias e espelhos.

Materiais: fotografias ,espelhos, armação em ferro, caixa de madeira. Montagem: Numa plinto à altura média do observador.

Medidas: objecto- 35,50 x 30,00

Montagem: O vídeo vai ser apresentado numa televisão, haverá uma cadeira à sua frente com uns auriculares.

Figura 22-Caixa de luz (1 de 6).2013. Materiais: Caixas, impressões e leds.

Instalação expostas na parede perto do vídeo evidenciando memórias em 1º mão vs memórias em 2ª mão. Figura 23- Casa de Antes hoje. 2013. Série fotográfica.

Materiais: Fotografias

Instalação: As fotografia são expostas na parede. Cada “fila” de casas representa uma rua, justificando o facto de as fotografias não serem colocadas linearmente.

Figura 24-Prova 0. 2013. Série fotográfica.

Materiais: 18 Fotografias queimadas, emolduradas.

Montagem: 2 filas horizontais de 9 fotografias, espaçamento de 3 cm entre elas. 98,00 x 28,00 Medidas: cada foto 9x13.

Figura 25- Sem título. 2013. Série fotográfica a preto e branco. Materiais: Fotografias