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3. INDICADORES DE EFICIÊNCIA EM ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL NOS SELOS E

3.4. França

3.4.1. Certificação HQE

A Associação HQE foi criada em 1996 e é quem emite o selo verde de edificações na França. Os guias para obtenção da certificação estão disponíveis na internet e serão levados em consideração para esse trabalho: Escritório/ Educação 2008 e Reforma de escritório / educação 2010.

Para o edifício ter o certificado HQE deve cumprir os seguintes requisitos que variam de acordo com o desempenho (Niveau BASE, Niveau PERFORMANT e Niveau TRES PERFORMANT):

 Localização e construção: que leva em consideração a relação da construção com seu entorno no que diz respeito à iluminação artificial externa.

 Gestão: que leva em consideração a gestão de energia, e a manutenção e sustentabilidade do desempenho ambiental em relação à iluminação artificial.

 Conforto: que leva em consideração o conforto visual em relação à iluminação artificial.

 Saúde: que considera a qualidade sanitária dos espaços, a qualidade sanitária do ar e da água.

3.4.1.1. HQE – Guide Pratique du referentiela pour la qualite environnementale des bâtiments – Bureau / Enseignment 2008

Da relação da construção com o entorno, o guia traz preocupações em relação à iluminação exterior de um projeto que visa segurança e conforto para os usuários. Recomenda-se que sejam iluminadas as áreas de circulação externa

ligadas ao estacionamento, às saídas dos edifícios, as áreas estocagem de resíduos de uso e operação e áreas onde a iluminação natural é insuficiente.

Há preocupação ainda com o incômodo visual causada pela própria iluminação interna do edifício ou pelos displays ou sinalização do mesmo.

No item que se refere à gestão de energia, o HQE faz referência para redução de energia (incluso pela iluminação artificial) e pede que se minimize o uso da iluminação artificial nas áreas externas, estacionamentos, etc. conforme norma RT 2005 e sugere que se usem LEDs para reduzir assim o consumo de energia.

Ainda com relação à gestão de energia, o edifício que reduzir o consumo de energia primária, incluso iluminação, ganhará pontos adicionais onde o consumo é medidos em KWh/ano.m2área útil (Cep: Coeficiente de consumo de energia primária).

Está presente no regulamento, a importância do monitoramento do consumo e desempenho de energia ligados à iluminação artificial e a facilidade de manutenção dos equipamentos utilizados e instalados.

No que diz respeito ao conforto visual, o guia faz referência ao nível de iluminação artificial no plano de trabalho que deve obedecer à norma NF EN 12464. O nível de iluminação deve também ser uniforme e a luz deve ter uma boa reprodução de cor de acordo com a tarefa realizada, e uma boa qualidade de luz emitida (temperatura de cor adequada). Deve-se ainda, evitar o ofuscamento e os usuários devem ter o controle visual da iluminação individual.

O guia traz como nível ideal de iluminação o valor abaixo:

 Escritórios e salas de aula (educação primária e secundária): 300 lux  Salas de aula (para educação de adultos e aula noturna): 500 lux

Apesar da norma NF EN 12464 pedir para escritórios o valor de 500 lux, os profissionais que elaboraram este guia sugerem que o valor de 300 lux é suficiente para realizar a tarefa (Ver Anexo XIII – item 10.2.1).

3.4.1.2. Guide Pratique du Referentiel pour la Qualite Environnementale des Bâtiments em Renovation – Bureau / Enseignement 2010

Com relação do edifício e seu entorno, assim como no guia para se obter a certificação, há uma preocupação na questão da iluminação exterior com o conforto e segurança do usuário em áreas de circulação principal do edifício para os estacionamentos e saída até a via. O guia também pede para redução da poluição visual noturna do edifício e de displays.

Em gestão de energia, assim como nos outros referencias, o edifício deve reduzir o consumo de energia primária em relação à iluminação interna e externa. Deve também prever divisão de circuitos, zonas de sensor de presença, etc., enfim deve haver um monitoramente e controle da iluminação artificial.

No item conforto visual, assim como nos guias referenciais anteriores do HQE, o guia faz referência ao nível de iluminação artificial no plano de trabalho que deve obedecer à norma NF EN 12464, deve ser uniforme e a luz deve ter uma boa reprodução de cor de acordo com a tarefa realizada e uma boa qualidade de luz emitida (temperatura de cor adequada). Deve-se ainda, evitar o ofuscamento e os usuários devem ter o controle visual da iluminação individual. Ver Anexo XIV para maiores detalhes.

3.4.2. NF EN 12464

A norma NF EN 12464 de 2002 é uma norma europeia que segue basicamente a norma CIE 8995 e leva em consideração o nível de iluminação mínimo na área de trabalho, a uniformidade da luz, a preocupação com o ofuscamento, a aparência de cor e a reprodução de cor da luz emitida.

No Anexo XV temos as tabelas com o nível de iluminância, e abaixo segue uma tabela com os principais valores que serão utilizados:

Escritórios

Ambientes mantida (lux) Iluminância

Índice limite de ofuscamento unificado Índice de reprodução de cor mínimo (Ra)

Arquivamento, cópia, etc. 300 19 80

Escrever, digitar, ler, processar dados 500 19 80

Desenho técnico 750 16 80

Estações de CAD 500 19 80

Conferência e sala de reunião 500 19 80

Recepção 300 22 80

Arquivos 200 25 80

Fonte: NF EN 12464/2002 Edifícios escolares

Ambientes mantida (lux) Iluminância

Índice limite de ofuscamento unificado Índice de reprodução de cor mínimo (Ra) Salas de aula 300 19 80

Salas de aula para período noturno e

educação para adultos 500 19 80

Laboratórios 500 19 80 Sala de computação 300 19 80 Circulação, corredores 100 25 80 Sala de professores 300 19 80 Fonte: NF EN 12464/2002 3.5. Japão 3.5.1. Certificação CASBEE 2008

A certificação CASBEE teve início em 2002 e é promovido pelo Japan Sustainable Building Consortium.

Os manuais estão disponíveis na internet mediante cadastro e são gratuitos. Será estudado nesse trabalho somente o New Construction 2008.

Para obtenção do certificado o edifício deve cumprir requisitos em relação à qualidade ambiental da construção e da redução de carga ambiental do edifício. Dividindo a pontuação do primeiro pelo segundo obtemos a classificação do edifício em Excellent, Very Good, Good, Fairy Poor e Poor.

Entre as novas construções alguns requisitos não são aplicados à todos os edifícios. Os requisitos estão assinalados por tipo de edifícios que serão obrigatórios ou que são aplicáveis. Os edifícios estão divididos nas seguintes categorias: escritórios, escolas, varejo, restaurantes, halls, hospitais, hotéis, apartamentos e fábricas. O trabalho entrará apenas no que diz respeito à escritórios e escolas.

No Anexo XVI, temos os quesitos que estão relacionados à iluminação artificial e serão comentados abaixo.

No quesito Qualidade ambiental da construção (Q), em Ambiente Interno (Q1): que leva em consideração o conforto luminoso, onde se deve tomar o cuidado com o ofuscamento das luminárias obedecendo ao Technical Guideline for Office Illumination JIEC-001. Esse cuidado deve ser tomado em escritórios.

O manual traz também algumas referências que devem ser seguidas em relação ao nível de iluminação na área de trabalho. Para salas de exame e escritórios o guia considera com sendo um nível ideal até 500 lux, para salas de espera até 150 lux e para escolas até 400 lux. Os níveis considerados anteriormente foram baseados no Lighting of Indoor Work Places JIES-008, 1999. O nível de iluminação também deverá ser uniforme e deve haver um controle individual da luz artificial para alguns casos.

No quesito Redução da carga ambiental do edifício (L), em Energia (LR1), considera a eficiência dos sistemas de serviço do edifício obtido através da escolha dos sistemas de iluminação mais eficientes, divisão de circuitos e métodos que evitem o desperdício de energia como sensores de presença, sensor de luz natural, ajuste de iluminação individual, etc.. E o monitoramento do consumo de energia em relação à iluminação artificial também é levado em consideração.

No item Ambiente externo (LR3), assim como o BREEAM, o LEED e o HQE a certificação japonesa faz referência à redução da poluição luminosa conforme diretrizes locais, eficiência dos equipamentos utilizados, ofuscamento do edifício iluminado e seu impacto no meio ambiente e os impactos dos outdoors luminosos.

3.6. África do Sul

3.6.1. Certificação Green Star SA 2011

A certificação GREEN STAR SA foi baseada no GREEN STAR da Austrália e foi desenvolvido por um grupo técnico voluntário. O primeiro guia publicado oficialmente foi em 2008 para escritórios. A certificação é dada pelo Green Building Concil of South Africa.

Na África do Sul estão disponíveis os guias para certificação de escritórios, centros comerciais e uma versão piloto para unidades residenciais. Para estudo neste trabalho, serão levados em conta apenas o guia para escritórios.

A certificação é dada dependendo da somatória do número de pontos obtidos em cada categoria e há 3 classificações: Best Practice, South African Excellence e World Leadership. As categorias relacionadas com iluminação artificial são as seguintes:

 Qualidade ambiental interna (Indoor environment quality): que levam em consideração os níveis de iluminação artificial.

 Energia (Energy): que considera a densidade de potência de iluminação.

 Emissão (Emission): que considera a redução da poluição luminosa. Para iluminação artificial, o manual recomenda, por exemplo, o nível de iluminação média mantida de 400 lux para área de trabalho em escritórios de acordo com as boas práticas internacionais segundo o Green Building Concil da África do Sul (GBCSA) em resposta ao guia piloto de 2008 (Ver Anexo XVII). Porém, segundo

a norma SANS 0114-1 – Interior lighting – part 1: Artificial lighting of interiors, a norma exige que se tenha o nível de 500 lux para a mesma área de trabalho.

Por outro lado, para certificação do edifício, a densidade de potência em iluminação artificial sugere que o valor seja de 12W/m2 conforme tabela contida no guia referente à energia. (Ver Anexo XVII).

Ainda no quesito para economia de energia, a ferramenta de avaliação concede pontos para os seguintes valores para consumo de energia, considerando o fator de manutenção de 0,80:

 1 ponto para o uso de energia de 3,0W/m2 por 100lux;

 2 pontos para o uso de energia de 2,5W/m2 por 100 lux;

 3 pontos para o uso de energia de 2,0W/m2 por 100lux;

 4 pontos para o uso de energia de 1,5W/m2 por 100lux.

Ainda é levado em consideração o controle de iluminação por circuitos e controle individual.

Em relação à poluição luminosa do edifício, a certificação leva em consideração o edifício cuja fachada não produza luminosidade acima de 10 candelas/m2, e que 95% dos espaços externos obedeçam aos requisitos da CIBSE LG06 (Lighting Guide – the Outdoor Environment) em relação aos níveis de iluminância.

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