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6.2 A NÁLISE DA E VOLUÇÃO DOS A GLOMERADOS U RBANOS

6.2.3.12 Freguesia do Vale da Senhora da Póvoa

Vale da Senhora da Póvoa, é um aglomerado que se localiza na EN 233, no extremo Norte do Concelho, e que se desenvolve por uma encosta, na proximidade de terrenos

agrícolas, por onde passa a Ribeira de Vale do Lobo. É um aglomerado, que juntamente com a Meimoa, com Penamacor e com Pedrógão de S. Pedro, se encontra numa posição privilegiada, por ser ponto de passagem obrigatório, para quem atravessa o concelho na direcção Norte/ Sul. Por este motivo, e com o objectivo de desviar o tráfego de atravessamento do interior da povoação, foi construída uma variante a Nascente do conjunto urbano, tal como aconteceu em Pedrógão de S. Pedro.

Com um núcleo primitivo radioconcêntrico, estruturado a partir da Igreja, e arruamentos estreitos e irregulares, o aglomerado apresenta agora uma forma mais alongada definida pela estrutura viária. O parque edificado mais antigo, disposto predominantemente em banda, está bastante degradado, verificando-se, no entanto, um esforço Fotografia 130: Conjunto de edifícios da Zona antiga

de manutenção da linguagem arquitectónica tradicional. A intervenção de recuperação da Alameda do Balcões é um exemplo admirável deste processo. Ao contrário desta, existem diversas obras de renovação e de construção que descaracterizam o conjunto de Vale da Senhora da Póvoa, tanto por empregarem linguagens arquitectónicas distintas, como por utilizarem materiais dissonantes do contexto em que se inserem. As novas construções, com um número máximo de dois pisos, surgem essencialmente, e de forma isolada, na zona Norte do aglomerado, embora com um crescimento pouco expressivo.

6.3 SÍNTESE CONCLUSIVA

A análise da situação actual no que concerne ao sistema urbano (que poderá sofrer alterações em função da estratégia de desenvolvimento a definir para o concelho), cuja determinação utiliza indicadores como a dimensão demográfica, as funções centrais do sector privado e as funções centrais do sector público, aponta para a constituição de 3 níveis hierárquicos, estruturados da seguinte forma:

Nível I – Penamacor

Nível II – Aldeia do Bispo e Benquerença Nível III – Restantes centros

Testemunhando a ocupação humana desde a pré-história, e passando por todas as vicissitudes e transformações resultantes da humanização do território, ao longo dos séculos, o concelho de Penamacor, tal como a maioria dos concelhos da região, apresenta hoje, essencialmente, duas tipologias de povoamento:

 Aglomerados de características nucleadas;  Aglomerados de formação incaracterística;

As expansões, na maioria dos casos, assumiram formas lineares, que, numa primeira fase, conduziram ao prolongamento ao longo das vias que suportam o aglomerado, numa segunda fase, deram origem a uma “teia” menos densa na envolvente de núcleos orgânicos (mais concentrados, de ruas estreitas e tortuosas) e, finalmente, induziram a uma ocupação espontânea e dispersa. As zonas de expansão recentes, desenvolveram- se marginalmente aos núcleos primitivos ou ao longo dos principais acessos. Estas situações conduzem à criação de espaços, que, em muitos casos, acabam por ficar ao abandono. Em algumas povoações, a ocupação

Fotografia 131: Intervenção na recuperação da Alameda dos Balcões, em Vale da Sr.ª da Póvoa

das áreas periféricas tem conduzido à degradação dos núcleos mais antigos, e, paralelamente, à descaracterização provocada com a introdução de linguagens arquitectónicas importadas.

Alguns aglomerados apresentam características diversas, que são facilmente justificáveis pela sua localização, em zonas baixas junto a terrenos agrícolas e linhas de água, em encostas férteis, em cabeços, ao longo de linhas de festo, ou simplesmente, se são aglomerados localizados em zonas mais altas.

Em traços gerais, não houve lugar a grandes transformações, à excepção dos aglomerados com maiores dimensões, como é o caso de Penamacor e Benquerença. Nas áreas envolventes à vila de Penamacor, melhor servida em serviços e equipamentos, tem-se assistido à construção de um maior número de moradias unifamiliares.

Constatou-se que o estado de conservação do parque edificado, numa leitura geral é relativamente razoável, apresentando algumas situações já em avançado estado de degradação. Veja-se, a título de exemplo, o núcleo mais antigo de Aranhas e de Salvador. A imagem da maioria dos aglomerados encontra-se descaracterizada pelas intervenções que se foram realizando. Embora seja uma situação relativamente comum, são contudo, os aglomerados que ainda têm alguma dinâmica construtiva os que mais sofrem desta patologia urbana. No entanto há ainda alguns núcleos primitivos de aglomerados que mantêm um valor de conjunto que interessa preservar, e para os quais deviam ser realizados Planos de Pormenor, uma vez que constituem uma mais-valia para o Concelho. Refira-se ainda, que os aglomerados de maior interesse concelhio, nomeadamente Aldeia de João Pires e Penamacor, estão já abrangidos por Planos de Salvaguarda.

A dinâmica de construção tem vindo a diminuir nos últimos anos, sendo de destacar o peso das obras de restauração que, no contexto actual, explicam o bom estado de conservação de alguns núcleos e a manutenção da estrutura urbana e de imóveis com interesse.

Detectam-se como principais debilidades do povoamento: (i) A fragmentação do espaço urbano envolvente aos aglomerados, inicialmente de forma nucleada; (ii) o desenvolvimento dos aglomerados ao longo dos arruamentos; (iii) a fraca dinâmica construtiva, aliada ao processo de despovoamento; (iv) a descaracterização do conjunto arquitectónico urbano, induzida pelo processo de renovação urbana; (v) o aumento gradual dos edifícios votados ao abandono; e (vi) a introdução, nas novas construções, de linguagens arquitectónicas importadas e distintas das locais.

7. PLANOS MUNICIPAIS, INTENÇÕES E PRETENSÕES

Neste capítulo é feita uma síntese dos planos eficazes com implicações no território de Penamacor, focando os seus principais objectivos e opções, assim como efectuar uma breve referência àqueles que se encontram em elaboração, procurando, desta forma, agilizar a articulação do PDM na sua 1ª revisão com os restantes Instrumentos de Gestão Territorial. As pretensões resultantes da prévia consulta pública para o concelho são também objecto de análise.

7.1 PLANOS E ESTUDOS NO CONCELHO DE PENAMACOR

No concelho de Penamacor existem três instrumentos de gestão do território eficazes:

 Plano Director Municipal de Penamacor;

 Plano de Pormenor de Salvaguarda e Valorização do Núcleo Histórico de Penamacor;  Plano de Pormenor da Zona Industrial de Penamacor.

No que se refere a IGT em elaboração, há a referir:

 Plano de Pormenor e Valorização de Aldeia de João Pires;  Plano de Pormenor das Termas de Águas.

Por fim, destaca-se, ainda, o Plano Estratégico de Penamacor; um documento de âmbito estratégico, que, embora date de 2002, contém um importante conjunto de elementos que poderão de alguma forma influenciar o desenvolvimento do município.

7.1.1 Plano Director Municipal de Penamacor

O Plano Director Municipal, agora em fase de revisão, foi ratificado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 69/94 , publicada no D.R., 1ª Série – B, n.º190 de 18 de Agosto de 1994, alterado pela aprovação da Assembleia Municipal em 27 de Dezembro de 1997, publicada em D.R. n.º 102, 2ª Série, de 4 de Maio de 1998. Mais importante do que resumir o conteúdo do PDM em vigor, é proceder-se a uma breve avaliação dos principais aspectos que vêm justificar a sua revisão.

Para além das questões comuns a todas as revisões dos PDM, como a adequação à legislação em vigor, às novas bases cartográficas actualizadas e em suporte informático, às mais recentes orientações para o ordenamento do território e a adequabilidade à nova realidade, decorridos que estão 8 anos sobre ratificação deste PDM, importa salientar os aspectos que especificamente respeitam a este Concelho e que estão subjacentes à sua revisão:

 Resolver situações de conflito com as condicionantes e os usos do solo existentes;  Solucionar o problema relativo à localização dos parques de sucata;

 Regulamentar as acções compatíveis com a Reserva Ecológica Nacional;

 Ajustar os Perímetros Urbanos à realidade actual e às tendências de crescimento e procura

verificadas. Nesta matéria, para além dos ajustes, resultantes do maior rigor permitido pela escala de trabalho e pelos levantamentos cartográficos actualizados, salientam-se alguns aspectos:

 Contemplar as edificações existentes na Zona Nascente de Penamacor, junto à variante;  Equacionar o alargamento da área de perímetro em Pedrógão de S. Pedro;

 Adequar o perímetro urbano de Benquerença às necessidades da população, uma vez que a dinâmica de crescimento tem incidido em áreas contrárias às previstas;

 Contemplar algumas situações de fecho de malha, que contribuirão, inclusivamente, para contrariar a ocupação linear.

 Corrigir a localização e configuração do Espaço de Vocação Recreativa do Meimão;

 Equacionar a situação da Zona Industrial adjacente à vila de Penamacor, que além de se encontrar desviada, se localiza muito próximo do Parque Industrial de Penamacor;

 Introduzir alterações ao regulamento;

 Compatibilizar e articular com outros Planos de Ordenamento eficazes ou em elaboração.

No que se refere à Estrutura de Ordenamento e Planeamento, a Planta de Ordenamento inclui os seguintes usos do solo previstos:

Quadro 59: Espaços do PDM em vigor

Espaços Não Urbanos

Espaços Agrícolas de Produção

Espaços Agrícolas de Uso ou aptidão Agrícola Espaços Florestais de Produção

Espaços Florestais de Protecção Espaços Florestais de Reconversão Espaços Agro-Florestais

Espaços Naturais – Áreas de Salvaguarda Biofísica Espaços Naturais – Albufeiras de Águas Públicas Espaços de Vocação Recreativa

Espaços Predominantemente Urbanos

Espaços Urbanos

Espaços Urbanizáveis – Expansão Urbana Espaços Verdes – Verde Urbano Espaços Verdes – Verde de Protecção Espaços Industriais

7.1.2 Plano de Pormenor de Salvaguarda e Valorização do Núcleo Histórico de Penamacor

O Plano de Pormenor de Salvaguarda e Valorização de Penamacor, ratificado pela Assembleia Municipal em 28 de Fevereiro de 1997 e publicado no D.R., 2ªSérie, n.º159 de 12 de Julho de 1997, foi elaborado em Gabinete Técnico Local (GTL), no âmbito do Programa de Recuperação de Áreas Urbanas Degradadas (PRAUD) da Secretaria de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território (SEALOT), teve como principal objectivo a consolidação de uma prática local de reabilitação urbana, devidamente enquadrada na política global de planeamento territorial da autarquia.

De acordo com o Regulamento deste Plano de Pormenor, nas intervenções no núcleo histórico de Penamacor deverão ser seguidos os seguintes princípios: (i) impedir demolições ou o aumento de andares, (ii) promover a recuperação de elementos danificados, impedindo a descaracterização ou adulteração dos elementos construtivos e de detalhes arquitectónicos, (iii) melhorar os níveis de atendimento em matéria de infraestruturas urbanísticas, (iv) permitir liberdade criativa nas novas intervenções, sem descurar a qualidade arquitectónica, (v) promover a dinamização e revitalização dos diversos usos, (vi) garantir a preservação de vistas panorâmicas e, finalmente, (vii) revalorizar os espaços públicos.

7.1.3 Plano de Pormenor da Zona Industrial de Penamacor

O Plano de Pormenor da Zona Industrial de Penamacor, ratificado pela Resolução do Concelho de Ministros n.º 48/97, publicada no D.R., 1ª Série-B, n.º70 de 24 de Março de 1997, tem por objectivo estabelecer a ocupação e uso do solo dentro dos limites da sua área de intervenção, ficando as empresas a instalar sujeitas às regras disciplinadoras do exercício da actividade industrial. Os lotes existentes (172 482 m2) devem ser ocupados, preferencialmente, por actividades industriais, estando também prevista a instalação de comércio, serviços e equipamentos compatíveis com a actividade industrial. O Regulamento do Plano contempla a salvaguarda de valores ambientais, prevendo zonas verdes de protecção e enquadramento e regras rígidas ao nível dos sistemas de despoluição.

7.1.4 Plano de Pormenor de Salvaguarda e Valorização do Núcleo Histórico da Aldeia de João Pires

O Plano de Pormenor de Salvaguarda e Valorização da Aldeia de João Pires, em fase de aprovação, foi elaborado em Gabinete Técnico Local (GTL), no âmbito do Programa de Recuperação de Áreas Urbanas Degradadas (PRAUD) da Secretaria de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território (SEALOT). O GTL foi criado com vista a introduzir e acompanhar as práticas locais de reabilitação urbana, que serviram de base à elaboração deste Plano.

Este Plano não constituindo um instrumento repressivo, enquadra as intervenções passíveis de ser realizadas na área de intervenção de acordo com princípios de qualidade urbana, de preservação da imagem do aglomerado e de melhoria da qualidade de vida das populações. O Regulamento do Plano estipula as regras a impor a cada tipo de intervenção permitida na área de intervenção, que deverão ser tão fieis quanto possível aos métodos e materiais originais, as normas de ocupação do espaço urbano (alinhamentos, cérceas, pavimentos, mobiliário urbano, etc.) e os princípios orientadores da arquitectura das edificações (materiais, configurações estéticas, proporções para os elementos externos da construção, etc.).

7.1.5 Plano de Pormenor das Termas de Águas

O Plano de Pormenor das Termas de Águas encontra-se em elaboração, apesar de nos últimos anos não ter tido qualquer desenvolvimento. A área de intervenção deste Plano de Pormenor situa-se na freguesia de Águas, no local onde se inserem as Termas da Fonte Santa, com um pequeno estabelecimento termal, recuperado pela autarquia, que é objecto de estudo do Plano de Pormenor.

Este estudo tem como principal objectivo requalificar o edifico das Termas, reestruturar o espaço envolvente, através de arranjos paisagísticos e da reestruturação dos apartamentos existentes, recuperar os edifícios existentes, criar espaços públicos, fomentando o turismo e dinamizando a área, requalificar as ribeiras, criar uma unidade hoteleira de apoio às termas, e regularizar as vias existentes, criando um maior número de estacionamento.

7.1.6 Plano Estratégico de Penamacor

O Plano Estratégico do concelho de Penamacor, em fase de elaboração, constitui um instrumento que vai permitir definir as políticas de desenvolvimento do concelho. De acordo com o Relatório Final Preliminar, de Novembro de 2002, este Plano define como grande objectivo estratégico a necessidade de atrair e fixar população, através da Requalificação Turística das Aldeias e Promoção da Residência Sénior, aliados tanto à melhoria da qualidade de vida, como à criação de oportunidades e emprego e à continuidade profissional e dinamização do investimento. Desta forma, este Plano define cinco eixos, que se desdobram em objectivos mais específicos:

 Criação de uma envolvente para o desenvolvimento, especialmente nas seguintes áreas:

 Infraestruturas de saúde e educação e formação profissional  Equipamentos sociais

 Acessibilidades e infraestruturas para a indústria  Cultura e desporto

 Dinamização do turismo

 Desenvolvimento de infraestruturas de turismo  Planeamento turístico

 Aproveitamento dos recursos naturais existentes  Dinamização cultural e do artesanato

 Desenvolvimento de serviços para seniores

 Implementação de serviços residenciais de aldeias para séniores  Melhoria dos serviços urbanos

 Rentabilização da terceira fase profissional

 Economia digital  Tele-trabalho  Apoio ao empresário

 Valorização e promoção da produção agrícola de qualidade

 Dinamização de produtos alvo agro-pecuários e florestais  Elaboração de Plano de Ordenamento Florestal

 Instalação de um pólo logístico de transformação e comercialização agro-alimentar

7.2 INTENÇÕES

Além dos Planos e da existência de alguns loteamentos aprovados, existem uma série de outros projectos ou intenções, quer públicas, quer privadas, que interessam destacar:

 Ampliação da Zona Industrial de Penamacor, como forma de atrair novos investidores;  Construção do Hotel de Penamacor, na zona Nascente da Variante à Vila;

 Definição de uma área destinada à implementação de um Ecoturismo/ um Ecoparque para o

conjunto formado pelos moinhos instalados ao longo da ribeira da Bazagueda (Revoltas);

 Adaptação do Solar Marrocos a Hospital de Cuidados Continuados. A Câmara Municipal já dispõe

de ante-projecto aprovado, entretanto está a aguardar a aprovação da comparticipação do PIDDAC;

 Requalificação do antigo Salão Paroquial com vista à criação do Centro de Congressos Ribeiro

Sanches;

 Instalação do Parque Eólico – Penamacor 3, já em implementação;  Construção de uma Unidade de Valorização de Resíduos, em Penamacor,  Construção da Subestação de Penamacor;

 Implementação de um Parque Termo – Solar. Em fase de estudo;

 Criação de uma Central de Biomassa, estando prevista, eventualmente, para a zona de expansão

da Zona Industrial de Penamacor;

 Projecto de Requalificação da EN346 – Penamacor – A23/IP2, incluindo Variante a Capinha.  Beneficiação da ER 346 Penamacor/ Rio Torto – este compromisso já foi assumindo pela Câmara

Municipal e pela Estradas de Portugal, através do protocolo existente.

Relativamente às intervenções na rede viária da jurisdição da administração central, que visem a sua alteração, carecem de projectos de execução a sujeitar a aprovação e outros estudos que a entidade entender necessários.

7.3 PRETENSÕES RESULTANTES DA PRÉVIA CONSULTA PÚBLICA

A legislação em vigor (D.L. n.º 380/99 de 22 de Setembro) no âmbito dos Planos Municipais de Ordenamento do Território, consagra a participação pública dos cidadãos no processo de planeamento, devendo para tal a Câmara Municipal facilitar o acesso de todos os interessados aos elementos relevantes para que possam conhecer o estado dos trabalhos e formular sugestões. Dentro desta filosofia, a revisão do PDM terá que ser também precedida de uma consulta pública. Neste contexto, foram apresentadas à Câmara Municipal diversas sugestões e pretensões, que se agruparam nas seguintes categorias (a sua identificação consta da Planta n.º 10 dos Estudos de Caracterização e do Volume Anexo):

 Pretensões particulares para mudança de classe/ categoria de espaço  Pretensões particulares para construção de edifícios/para lotear  Pretensões particulares para inclusão em perímetro urbano  Pretensões das Juntas de Freguesia

 Sugestões de particulares

Uma vez cartografadas, foi possível fazer uma leitura espacial sobre as situações que predominam e os locais de maior pressão, evidenciando-se desde logo que a maioria corresponde às pretensões particulares para inclusão em perímetro urbano ou para construção de edifícios/ lotear.

Assim sendo, ressalta a incidência destas pretensões, nas freguesias da Zona Sul do concelho, com maior expressão nos aglomerados de Penamacor e Aranhas.

Os pedidos para inclusão em perímetro urbano, localizam-se apenas em cinco das freguesias do concelho e têm por objectivo a expansão dos perímetros:

 Penamacor:

 Expansão do perímetro para Norte, de forma a incluir uma área de grande dimensão;  Expansão do perímetro para Sul, ao longo da estrada principal de Penamacor e da EN233;  Alargamentos pontuais do perímetro;

 Inclusão de algumas áreas mais afastadas do perímetro.

 Aranhas

 Expansão do perímetro para Norte, ao longo da EM 566;

 Ampliação das bolsas do perímetro a Norte, para incluir terrenos envolventes.

 Aldeia de João Pires

 Ampliação do perímetro para Nordeste, para incluir terreno adjacente.

 Aldeia do Bispo

 Incluir loteamento, já aprovado, no interior do perímetro;

 Pedrógão de S. Pedro

 Inclusão no perímetro de uma área de grande dimensão, localizada junto ao limite Poente do aglomerado.

Os pedidos para construção de edifícios/ loteamento incidem apenas nas seguintes zonas:

 Penamacor - em três grandes áreas, exteriores aos perímetro e, pontualmente, em redor do

perímetro;

 Aranhas - em áreas adjacentes ao limite do perímetro.

Foram três as Junta de Freguesia a apresentarem sugestões/pretensões:

A Junta de Freguesia de Águas, sugere a construção de uma estância balnear, com infraestruturas

adequadas, na zona envolvente às termas. Sugere, ainda, a expansão do perímetro para Poente ao longo da EM565 até ao cruzamento da EN 233;

A Junta de Freguesia de Aranhas, sugere algumas alterações ao perímetro do seu aglomerado; A Junta de Freguesia de Vale da Senhora da Póvoa, sugere o alargamento do perímetro urbano

para Sul, assim como a recuperação do parque habitacional construído.

Foram também apresentadas algumas sugestões de proveniência particular, com incidência na vila de Penamacor com o intuito de:

8. HABITAÇÃO

A questão habitacional é um dos principais factores que levam à transformação do território. De acordo com o RJIGT, “o Plano Director Municipal estabelece o modelo de estrutura espacial do território municipal, constituindo uma síntese da estratégia de desenvolvimento e ordenamento local prosseguida, (...)”, no âmbito da qual deverá enquadrar-se a política de habitação do município.

Mais à frente, o mesmo diploma explicita, no artigo relativo ao conteúdo material do Plano, que o “Plano Director Municipal define um modelo de organização municipal do território, nomeadamente estabelecendo: (...) i) a definição de programas na área habitacional; (...)”.

O actual diploma tem implícito o cálculo das carências habitacionais, bem como a estimativa das necessidades previsíveis no período de vigência do Plano, pois só em função daquelas se poderão definir os programas habitacionais mencionados.

Neste contexto, as características da problemática da habitação combinadas com o quadro legal e administrativo das actuações autárquicas nesta matéria e com as normas estabelecidas no RJIGT, recomendam que os PDM

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