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1.3 Estrutura da Dissertação

2.1.5 Funções dos Técnicos Responsáveis e Entidades Responsáveis

Como descrito no Decreto Lei no 96/2017, com as devidas alterações promovidas na Lei no

61/2018, observou-se que um projeto elétrico é composto por determinas fases, em que todas têm atribuídas determinadas regras e, dependendo o tipo de instalação e da sua potência, tem obri- gatoriamente de ter associados técnicos responsáveis para essas funções. Na Lei no 14/2015[10] são estabelecidos os requisitos de acesso e exercício da atividade das entidades e profissionais responsáveis pelas instalações elétricas.

a) Entidades instaladoras (EI) de instalações elétricas de serviço particular e técnicos respon- sáveis pela execução a título individual;

b) Entidades inspetoras de instalações elétricas de serviço particular (EIIEL);

c) Técnicos responsáveis pelo projeto e exploração de instalações elétricas de serviço particu- lar.

Além do regulado na Lei no 14/2015, o acesso às profissões e entidades regulamentadas no

realizada após os responsáveis técnicos que tenham condições legais para exercer façam o registo no Sistema de Registo de Instalações Elétricas de Serviço Particular (SRIESP). No caso dos en- genheiros ou engenheiros técnicos, os próprios têm de estar aprovados pelas respetivas Ordens, enquanto os responsáveis técnicos que não tenham este tipo de formação, devem apresentar um documento de aprovação que é cedido por parte da DGEG.

Entidades Instaladoras (EI) ou técnicos responsáveis pela execução de instalações elétricas de serviço particular

As Entidade Instaladoras (EI) ou o técnico responsável têm como função a realização prática do projeto elétrico na instalação. Depois de executada a instalação, que quando assim o exigir deve ser baseada no projeto, será emitida a Declaração de Conformidade, no caso da execução ser feita por parte de EI, ou o termo de responsabilidade pela execução, sendo da responsabilidade do técnico responsável pela execução. O acesso à atividade de execução de instalações elétricas particulares tem alguns requisitos que devem ser cumpridos. Podem exercer a atividade de exe- cução de instalações elétricas de serviço particular as pessoas coletivas, ou empresários em nome individual, que em território nacional exerçam legalmente a atividade de construção. No caso das EI, devem dispor de técnico responsável pela execução com as devidas habilitações, bem como do alvará por parte do Instituto dos Mercados Públicos do Imobiliário e da Construção (IMPIC). No caso dos técnicos responsáveis pela execução, que queiram assumir a título individual, ins- talações elétricas de serviço particular, apenas podem executar até uma potência de 41,4 kVA, devendo possuir um seguro de responsabilidade civil, válido para qualquer dano cerebral/corporal em terceiros.

Técnico responsável pela execução

Para que um técnico responsável pela execução possa exercer funções, terá de ter um nível que formação que se enquadre numa das seguintes situações:

a) Título de engenheiro da especialidade de engenharia eletrotécnica;

b) Título de engenheiro técnico da especialidade de engenharia de energia e de sistemas de potência;

c) Qualificação de dupla certificação, que é obtido por via das modalidades de educação e formação do sistema nacional de qualificações (SNQ), que integrem unidades de formação de curta duração na área de instalações elétricas e respeitem os conteúdos definidos no catálogo nacional de qualificações (CNQ); ou

d) Conclusão, com aproveitamento, das unidades de curta duração na área de instalações elé- tricas, integradas no CNQ.

Para os técnicos responsáveis que apenas detenham as habilitações presentes em c) e d), exer- cendo atividade dentro de uma EI, apenas podem executar instalações elétricas de serviço particu- lar de tensão até 30 kV e potência até 250 kW.

Técnicos responsáveis pelo projeto e pela exploração de instalações elétricas de serviço particular

Técnico responsável pelo projeto

No capítulo 2.1.1pode-se observar as várias fases para a realização de uma instalação de

serviço particular, verificando que existe um grande número de instalações que necessitam da re- alização de um projeto. É da responsabilidade do técnico responsável pelo projeto a realização de todo o projeto e de submeter o Termo de Responsabilidade do Projeto na plataforma da DGEG. O técnico responsável pelo projeto de instalações elétricas de serviço particular deverá possuir o título de engenheiro da especialidade de engenharia eletrotécnica ou engenheiro técnico da espe- cialidade de engenharia das energias ou sistemas de potência, nos termos do regime jurídico apli- cável ao exercício da atividade dos profissionais de construção, estando sujeito ao cumprimento das regras legais.

Técnico responsável pela exploração (TRE)

O Técnico responsável pela exploração (TRE) é o técnico que fica responsável por controlar as instalações e verificar que durante a sua exploração se encontra tudo conforme as regras. Este é responsável por inspecionar, no mínimo de duas vezes por ano, as instalações e submeter na plataforma SIRESP os relatórios de exploração e o Termo de responsabilidade. O TRE deverá comunicar deficiências ao à entidade exploradora, bem como eventuais melhorias na instalação. Ficará responsável por dar instrução ao pessoal da manutenção da instalação elétrica. O TRE de instalações elétricas de serviço particular, cuja presença seja exigida nos termos do respetivo regime liberal, deverá possuir:

a) Título de engenheiro da especialidade de engenharia eletrotécnica

b) Título de engenheiro técnico da especialidade de engenharia de energia e de sistemas de potência

c) Qualificação de dupla certificação, de pelo menos nível 4 no SNQ, que integrem unidades de formação de curta duração na área de instalações elétricas e respeitem os conteúdos definidos no CNQ (catálogo nacional de qualificações); ou

d) Mínimo de 12oano de escolaridade e Conclusão, com aproveitamento, das unidades de curta

duração na área de instalações elétricas, integradas no CNQ. No caso dos técnicos responsáveis que apenas possuam as habilitações de c) e d), apenas poderão assumir a responsabilidade por instalações elétricas até 30 kV e potência até 250 kVA.

Ainda, o técnico responsável pela exploração terá de possuir um seguro de responsabilidade ci- vil que cubra quaisquer danos corporais ou cerebrais sofridos por terceiros. O técnico responsável pela exploração poderá exercer funções de técnico responsável pela execução.

Entidades inspetoras (EIIEL)

No seio das instalações elétricas de serviço particular, cabe às entidades inspetoras (EIIEL) garantir o cumprimento dos regulamentos de segurança, das regras técnicas e as normas relativas à qualidade dos materiais e equipamentos utilizados. A aprovação das EIIEL, é da responsabilidade

da DGEG, que devem avaliar e aprovar, tendo em conta o conteúdo que está descrito na Lei no

Na Figura 2.9estão representadas as atuais entidades inspetoras a exercer em Portugal.

Figura 2.9: Entidades inspetoras. Imagem obtida no site da Direção Geral de Energia e Geologia, Janeiro 2020

Entidades formadoras (EF)

Na Lei no14/2015, são estabelecidas as condições pretendidas para se poder exercer a função de Entidade Formadora (EF). Estas serão responsáveis pela formação dos técnicos responsáveis que foram referenciados na alínea c) dos técnicos responsáveis pela execução e exploração. Estas entidades devem ser certificadas pela DGEG, regendo-se pelos termos do regime quadro para a certificação de EF.

2.2

Documentação e conceitos gerais relativos a Projetos de Instala-