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Nitrogênio: Nitrogênio é um dos principais componentes da proteína, responsável pelo crescimento vegetativo no abacaxizeiro, atuando no aumento da produção e do peso dos frutos. Quando em deficiência, o nitrogênio é transportado das folhas velhas, que se tornam amareladas, para as folhas em desenvolvimento, com um crescimento reduzido da planta. Uma deficiência severa provoca ausência de frutos, mudas, filhotes e rebentões, e produção de frutos muito pequenos (Paula et al., 1998).

Fósforo: Participa das reações de síntese das proteínas, síntese e desdobramento de carboidratos, óleos e gorduras. É indispensável na ocasião da diferenciação floral e no desenvolvimento do fruto. O fósforo melhora a qualidade dos frutos, aumentando-lhes o teor de vitamina C, a firmeza da polpa e o tamanho. Em razão da fácil redistribuição desse elemento na planta, e mesmo havendo carência, as folhas mais velhas apresentam sintomas como cor verde-azulada, murchas a partir da extremidade, começando pelas folhas mais velhas, que ficam com pontas secas de cor marrom-alaranjada e estrias transversais marrons. Apresentam folhas mais longas e estreitas, bem como redução no crescimento. As doses excessivas de fósforo aceleram a frutificação e a maturação dos frutos (Paula et al., 1998).

Potássio: É um importante ativador de enzimas, sendo também responsável pela abertura e fechamento dos estômatos e transporte de carboidratos. Os níveis foliares de potássio devem ser sempre superiores ao nível crítico do rendimento, para assegurar a qualidade do fruto com relação ao aroma, sabor, resistência ao armazenamento e transporte. Entretanto, em condições climáticas quentes e úmidas, há necessidade de maiores cuidados com a nutrição potássica, principalmente com relação ao N. A relação K/N na folha D, no momento da indução floral, deve ser pelo menos igual a três. A escassez de K causa, inicialmente, o aparecimento de pontuações pardas eu crescem e podem-se juntar sobre as bordas do limbo. Há ressecamento a partir do ápice das folhas

para a base, e este sintoma aparece primeiro nas folhas velhas (Paula et al.,1998). O potássio diminui o teor de NO−3 em frutos de A. comosus, uma vez que o potássio estimulou a conversão NH+4em proteínas, segundo Chongpraditnun et al. (2000).

Cálcio: É importante na diferenciação da inflorescência e no desenvolvimento dos frutos. O cálcio favorece a transpiração com perda de turgescência. As doses elevadas podem provocar diminuição do potássio nas folhas, o que ocasiona a clorose calcária e plantas menores (Paula et al., 1998).

Magnésio: É um elemento constituinte da clorofila e ativador de enzimas transferidores de fosfato. O suprimento do magnésio é mais importante sobre a coloração do fruto do que o do cálcio (Paula et al., 1998).

Enxofre: O enxofre é o componente de alguns aminoácidos e das proteínas. Participa da síntese da clorofila e da absorção de CO2. A deficiência deste elemento caracteriza-se

por folhagem amarelo-pálida, tons avermelhados nas folhas, sobretudo em folhas velhas. Apresenta necrose começando nas áreas cloróticas e planta de porte normal (Paula et al., 1998).

Boro: Exerce influência no metabolismo dos carboidratos, na síntese da pectina e no movimento dos açucares. É essencial na formação da parede celular, na divisão e no aumento do tamanho das células. Os sintomas de deficiência do boro são folhas mais espessas, duras, sendo que as do centro retorcidas (Paula et al., 1998).

Cobre: Quando ocorre toxidez, a planta apresenta folhas longas, verde-claras, com manchas avermelhadas e frutos pequenos e avermelhados. A carência de cobre torna as folhas finas, curtas e estreitas, de cloração verde-clara, bordas onduladas, ponta necrosada. Na colheita, as folhas aparecem tombadas e de cor vermelho-vinho e a planta apresenta-se raquítica (Paula et al., 1998).

Ferro: Importante na síntese da clorofila, oxidação de carboidratos e na redução de sulfatos e nitratos. Em condições de baixa disponibilidade de ferro, o abacaxizeiro apresenta folhas amareladas, clorose semelhante à causada pela deficiência de nitrogênio. Esses sintomas ocorrem somente nas folhas que se formam a partir do aparecimento dessa deficiência. As folhas velhas, formadas antes, possuem cor normal (Paula et al., 1998).

Manganês: Participa do transporte de elétrons na fotossíntese, sendo essencial para formação da clorofila. É pouco redistribuído na planta, razão pela qual os sintomas de carência aparecem inicialmente nas folhas novas. Os sintomas de deficiência não são bem definidos. As folhas têm aspecto de mármore, com coloração verde-clara, rodeada de verde mais escuro (Paula et al., 1998). A aplicação de manganês e magnésio não mostrou nenhum efeito no teor de NO3 nos frutos de A. comosus, segundo Chongpraditnun et al. (2000).

Molibdênio: A deficiência desse elemento em A. comosus não foi assinalada e nem obtida em condições hidropônicas (Paula et al., 1998). O aumento da concentração do teor de molibdênio na folha D de A. comosus mostrou aumento linear do teor de NO−3

nas folhas da coroa, segundo Chairidchai (2000). O teor de Mo nas folhas aumentou com a aplicação de Mn e Mg, segundo Chongpraditnun et al. (2000).

Zinco: Importante na síntese do triptofano, produto intermediário na formação do ácido indolacético (AIA), que é uma auxina necessária para o aumento do volume celular, reguladora da atividade enzimática. Sua deficiência acarreta diminuição do teor de auxina, com deformação da planta, que sofre uma torção inicial das folhas jovens do centro. As folhas apresentam-se cloróticas, seca e com necrose nas pontas (Paula et al., 1998).

3 MATERIAL E MÉTODOS

Os trabalhos foram conduzidos no Laboratório de Fisiologia Vegetal de Árvores do Departamento de Ciências Florestais, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo em Piracicaba e no Laboratório de Cultura de Tecido da Seção de Orquidário do Estado, do Instituto de Botânica, da Secretaria do Meio Ambiente em São Paulo.

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