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questão 1 (FCC/MPE-PB/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2018) A Lei de Drogas (Lei

n. 11.343/2006) estabelece que a pena prevista no artigo 33 será aumentada de um sexto a dois terços se caracterizado o tráfico entre Estados da Federação. De acordo com o entendi- mento sumulado do Superior Tribunal de Justiça,

a) é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras, sendo suficiente a demonstração inequívoca da intenção do agente de realizar o tráfico interestadual.

b) a quantidade de droga apreendida, bem como a forma do seu acondicionamento, é essen- cial para a caracterização do tráfico interestadual.

c) o aumento da pena, no tráfico interestadual, exige a associação de quatro ou mais pessoas estruturalmente ordenadas.

d) por abranger pluralidade de entes federativos, a ação penal será da competência da Justiça Federal.

e) o aumento de dois terços da pena somente poderá ser aplicado quando o tráfico interesta- dual ocorrer entre Estados não fronteiriços.

Letra a.

Vimos durante nossa aula o enunciado da Súmula n. 607 do STJ, que afirma que não é neces- sária a efetiva transposição das fronteiras do Estado.

É um entendimento bem recente, portanto devemos ficar atentos.

Súmula n. 607/STJ

A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, I, da Lei n. 11.343/2006) se con- figura com a prova da destinação internacional das drogas, ainda que não consumada a transposição de fronteiras.

questão 2 (FCC/DPE-RS/DEFENSOR/2018) Mévio, primário, foi condenado pela prática do

delito de associação ao tráfico, tipificado no artigo 35, caput, da Lei n° 11.343/2006, a expiar a pena privativa de liberdade de 04 anos e 02 meses de reclusão, em regime inicial semiaberto. De acordo com a Lei de Drogas e a atual jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, Mévio deverá cumprir para obter a progressão de regime e o livramento condicional, respectivamen- te: a) 1/6 e 1/3 da pena. b) 3/5 e 1/2 da pena. c) 1/6 e 2/3 da pena. d) 3/5 e 2/3 da pena. e) 2/5 e 1/3 da pena. Letra c.

Em seu edital também tem a previsão da lei de crimes hediondos certo? Aqui nessa aula, vi- mos que a associação para o tráfico, crime que Mévio cometeu não é equiparado a hediondo e essa informação vai ser muito importante para resolvermos a questão.

O livramento condicional se dará após o cumprimento de dois terços da pena conforme pre- visto no parágrafo único do artigo 44.

O crime de tráfico de drogas, que é equiparado a hediondo, segue as regras para progressão desses crimes previstas na Lei de Execuções Penais, que inclusive sofreu uma grande altera- ção com o Pacote Anticrime.

O mesmo se aplica ao crime de associação para o tráfico, que apesar de não ser equiparado a hediondo, seguirá o regramento previsto no artigo 112 da LEP.

questão 3 (FCC/DPE-AP/DEFENSOR PÚBLICO/2018) A importação de semente cannabis

sativa linneu, vulgarmente conhecida como maconha, segundo o STJ, configura delito de

a) tráfico de drogas, por ser matéria-prima para a produção de substância entorpecente.

c) importação de produto sem registro em órgão de vigilância sanitária competente.

d) porte de substância para uso pessoal, sem previsão de pena privativa de liberdade.

e) ter em depósito substância nociva à saúde pública.

Letra a.

Conforme o entendimento jurisprudencial do STJ, aquele que importa a matéria prima da droga responderá pelo tráfico de drogas. Temos uma Jurisprudência das cortes superiores trazendo essa conduta como atípica, porém, as cortes falam em “pequena quantidade” então temos que tomar muito cuidado com esse tipo de questão.

questão 4 (FCC/DPE-RS/ANALISTA PROCESSUAL/2017) Em relação ao chamado tráfico

privilegiado, previsto no artigo 33, § 4º, da Lei n.11.343/2006, considerando-se também o entendimento dos Tribunais Superiores, é correto afirmar que

a) não admite a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos.

b) não admite suspensão condicional do processo.

c) admite transação penal.

d) não admite fiança.

e) exige cumprimento da pena em regime inicial fechado.

Letra b.

a) Errada. Conforme entendimento das cortes superiores, é admitida a conversão em restritiva

de direitos.

b) Certa. Não admite suspensão condicional do processo, já que, para a aplicação da suspen-

são condicional do processo, é necessário que tenhamos a pena mínima de no máximo 1 ano e, no “tráfico privilegiado”, mesmo com a aplicação da maior diminuição, teremos uma pena mínima maior que um ano.

c) Errada. Não admite transação penal.

d) Errada. Como o tráfico privilegiado não é hediondo, não será considerado inafiançável. e) Errada. Como vimos em nossa aula, o Supremo já se manifestou sobre esse assunto e não

questão 5 (FCC/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO/2017) “A” praticou o crime de tráfico de drogas

(art. 33 da Lei n. 11.343/2006) depois de haver sido condenado, com trânsito em julgado, pelo delito previsto no artigo 28 do mesmo estatuto. Na sentença, a condenação anterior

a) não poderá ser considerada para fins de reincidência, porquanto tal delito não possui co- minada a pena de prisão

b) poderá ser considerada para fins de reincidência, mesmo não tendo o réu recebido pena privativa de liberdade

c) somente poderá ser considerada como maus antecedentes.

d) não poderá gerar qualquer efeito por não ser crime nos termos da lei de introdução ao código penal.

e) somente poderá ser considerada como circunstância judicial na primeira fase do cálculo da pena.

Letra b.

É muito comum as pessoas pensarem que o consumo da droga não é mais crime e que está bem tranquilo o consumo de entorpecentes.

Como vimos em nossa aula, o que ocorreu foi a despenalização, ou melhor, o desencarcera- mento do “usuário”, mas não deixou de ser crime.

Essa questão, por ser de 2017, segue o entendimento antigo do STJ, que defendia que o porte de drogas para consumo pessoal seria considerado para fins de reincidência, porém, como vimos em nossa aula, em 2018 a Corte alterou o seu posicionamento, não sendo mais consi- derado como reincidência a condenação pelo artigo 28 da lei de drogas.

Vou manter o gabarito original da questão, mas aproveito para fazer essa ressalva.

questão 6 (FCC/DPE-ES/DEFENSOR PÚBLICO/2016) Quanto aos crimes previstos na Lei

de Drogas, é correto afirmar que

a) a pena de multa pode ser aumentada até o limite do triplo se, em virtude da condição eco- nômica do acusado, o juiz considerá-la ineficaz, ainda que aplicada no máximo.

pessoas.

c) constitui causa de aumento da pena a promoção do tráfico de drogas nas imediações de estabelecimento de ensino e, consoante expressa previsão legal, a circunstância independe de comprovação de se destinar aos respectivos estudantes

d) o condenado por tráfico privilegiado poderá ser promovido de regime prisional após o cum- primento de um sexto da pena, segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal

e) cabível a aplicação retroativa da figura do tráfico privilegiado, desde que o redutor incida sobre a pena prevista na lei anterior, pois vedada a combinação de leis.

Letra d.

a) Errada. Conforme o artigo 43, parágrafo único, as multas, que em caso de concurso de cri- mes serão impostas sempre cumulativamente, podem ser aumentadas até o décuplo se, em virtude da situação econômica do acusado, considerá-las o juiz ineficazes, ainda que aplica- das no máximo;

b) Errada. Para a configuração da associação é necessária a estabilidade e permanência e caso não exista será considerado o concurso de pessoas, que na lei de drogas não configura uma causa de aumento de pena;

c) Errada. Realmente temos uma causa de aumento de pena prevista no artigo 40 que trata sobre a comercialização nas proximidades de escolas, porém não tem expresso na lei o fato da droga se destinar ou não aos alunos;

d) Correta. Conforme o entendimento do STF, como o tráfico privilegiado não é equiparado a hediondo, a sua progressão se dará conforme prevista na LEP, ou seja, após o cumprimento de 1/6 da pena;

e) Errada. Não é permitido no ordenamento jurídico a combinação de leis para a formação de uma terceira, se aplicarmos o tráfico privilegiado de forma retroativa teremos que aplica-lo por inteiro.

questão 7 (FCC/PC-AP/DELEGADO DE POLÍCIA/2017)

I – A lei descriminalizou a conduta de quem adquire, guarda, tem em depósito, transporta ou traz consigo, para consumo pessoal, drogas em autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Dessa forma, o usuário de drogas é isento de pena, submetendo-se, apenas, a tratamento para recuperação.

II – Constitui causa de aumento de pena no crime de tráfico de drogas o emprego de arma de fogo.

III – Equipara-se ao usuário de drogas, aquele que, eventualmente e sem objetivo de obter lucro, oferece droga a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem ou, ainda, quem induz, instiga ou auxilia alguém ao uso indevido.

IV – O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais coautores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I, III e IV b) I e III c) II e III d) II e IV e) I e II Letra d.

I – Não houve a descriminalização, e sim a despenalização, ou seja, o crime do “usuário” continua sendo tipificado como tal.

II – Conforme previsto no inciso IV do artigo 40, se o crime tiver sido praticado com violência ou grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva, teremos uma causa de aumento de pena.

III – Essa conduta não se equipara ao “usuário”, e sim à conduta prevista no artigo 33 (tráfico). IV – Essa é a previsão do artigo 41 da Lei n. 11.343/2006.

questão 8 (FCC/DPE-MA/DEFENSOR PÚBLICO/2015) No delito de tráfico de entorpecente

a pena poderá ser reduzida de um sexto a dois terços desde que o agente seja primário,

a) de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas e nem integre organização criminosa.

b) não se dedique às atividades criminosas e nem integre organização criminosa.

c) de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas, não integre organização criminosa e colabore voluntariamente com a investigação policial ou processo criminal.

d) não se dedique às atividades criminosas, não integre organização criminosa e colabore voluntariamente com a investigação policial ou processo criminal

e) de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas, não integre organização criminosa e desde que não tenha tido anteriormente conversão em penas restritivas de direi- tos.

Letra a.

Para ocorrer essa redução, é necessário que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas, nem integre organização criminosa.

questão 9 (AOCP/SEJUS-CE/AGENTE PENITENCIÁRIO/2017) Analise as assertivas a

seguir, de acordo com o que estabelece a Lei n. 11.343/2006, e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s).

I – Aquele que semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas incorre nas mesmas penas do indivíduo que fabrica ou comercializa drogas.

II – Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para con- sumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às mesmas penas do indivíduo que fabrica ou comer- cializa drogas.

III – Conduzir embarcação ou aeronave, após o consumo de drogas, expondo a dano po- tencial a incolumidade de outrem, constitui crime punível com pena de detenção e aplicação de multa, sem prejuízo da aplicação de outras sanções.

a) Apenas I e III.

b) Apenas II.

c) Apenas I.

d) Apenas II e III.

Letra a.

I – Como vimos em nossa aula, o artigo 33 é que traz a figura típica do “traficante”, que comer- cializa drogas. O § 1º traz as figuras equiparadas e, entre elas, temos a conduta de fabricar, prevista no inciso I, e a de semear, cultivar ou fazer a colheita, no inciso II.

II – O item tentou comparar a figura do porte para consumo pessoal com o tráfico de drogas. Como bem sabemos, as penas não são as mesmas.

III – Como vimos em nossa aula, essa é a previsão do artigo 39 da Lei n. 11.343/2006. I – e III estão corretas.

questão 10 (AOCP/INES/ASSISTENTE DE ALUNOS/2013) De acordo com a Lei n. 11.343/2006,

as atividades de prevenção do uso indevido de drogas devem observar, alguns princípios e diretrizes. Sobre eles, assinale a alternativa INCORRETA.

a) O fortalecimento da autonomia e da responsabilidade individual em relação ao uso indevi- do de drogas.

b) A adoção de conceitos subjetivos e de fundamentação popular como forma de orientar as ações dos serviços públicos comunitários e privados e de evitar preconceitos e estigmatização das pessoas e dos serviços que as atendam.

c) O compartilhamento de responsabilidades e a colaboração mútua com as instituições do setor privado e com os diversos segmentos sociais, incluindo usuários e dependentes de

d) A adoção de estratégias preventivas diferenciadas e adequadas às especificidades socioculturais das diversas populações, bem como das diferentes drogas utilizadas.

e) O investimento em alternativas esportivas, culturais, artísticas, profissionais, entre outras, como forma de inclusão social e de melhoria da qualidade de vida.

Letra b.

Não estudamos durante nossa aula o artigo 19, e  essa é uma boa oportunidade para conhecê-lo. Esse não é um artigo recorrente em provas sobre esse assunto, mas o examina- dor pode cobrar a lei inteira, então mais uma vez reforço a necessidade da leitura da lei.

Art. 19. As atividades de prevenção do uso indevido de drogas devem observar os seguintes prin- cípios e diretrizes:

I – o reconhecimento do uso indevido de drogas como fator de interferência na qualidade de vida do indivíduo e na sua relação com a comunidade à qual pertence;

II – a adoção de conceitos objetivos e de fundamentação científica como forma de orientar as ações dos serviços públicos comunitários e privados e de evitar preconceitos e estigmatização das pessoas e dos serviços que as atendam;

III – o fortalecimento da autonomia e da responsabilidade individual em relação ao uso indevido de drogas;

IV – o compartilhamento de responsabilidades e a colaboração mútua com as instituições do setor privado e com os diversos segmentos sociais, incluindo usuários e dependentes de drogas e res- pectivos familiares, por meio do estabelecimento de parcerias;

V – a adoção de estratégias preventivas diferenciadas e adequadas às especificidades sociocultu- rais das diversas populações, bem como das diferentes drogas utilizadas;

VI – o reconhecimento do “não uso”, do “retardamento do uso” e da redução de riscos como resul- tados desejáveis das atividades de natureza preventiva, quando da definição dos objetivos a serem alcançados;

VII – o tratamento especial dirigido às parcelas mais vulneráveis da população, levando em consi- deração as suas necessidades específicas;

VIII – a articulação entre os serviços e organizações que atuam em atividades de prevenção do uso indevido de drogas e a rede de atenção a usuários e dependentes de drogas e respectivos familiares;

IX – o investimento em alternativas esportivas, culturais, artísticas, profissionais, entre outras, como forma de inclusão social e de melhoria da qualidade de vida;

X – o estabelecimento de políticas de formação continuada na área da prevenção do uso indevido de drogas para profissionais de educação nos 3 (três) níveis de ensino;

XI – a implantação de projetos pedagógicos de prevenção do uso indevido de drogas, nas insti- tuições de ensino público e privado, alinhados às Diretrizes Curriculares Nacionais e aos conheci- mentos relacionados a drogas;

XII – a observância das orientações e normas emanadas do Conad;

XIII – o alinhamento às diretrizes dos órgãos de controle social de políticas setoriais específicas. Parágrafo único. As atividades de prevenção do uso indevido de drogas dirigidas à criança e ao adolescente deverão estar em consonância com as diretrizes emanadas pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – Conanda.

Desse tipo de questão, eu particularmente não gosto muito, mas, como sempre digo, temos que jogar conforme o jogo. O examinador colocou alguns incisos do artigo 19 e em um deles trocou algumas palavras para se tornar um item incorreto.

Veja que o inciso II está diferente da letra b por algumas trocas de palavras.

questão 11 (FUMARC/PC-MG/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) Considerando exclusivamente

o disposto na Lei n. 11.343/2006 acerca do procedimento de destruição de drogas apreendi- das no curso de investigações, é CORRETO afirmar:

a) Nos termos da Lei n. 11.343/2006, a destruição de drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da determinação judicial.

b) Na hipótese de ocorrência de prisão em flagrante, a Lei n. 11.343/2006 estabelece que a destruição das drogas apreendidas será executada pelo delegado de polícia competente, no prazo de 15 (quinze) dias, na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária, levan- do em consideração a necessária determinação judicial para a destruição.

c) Na hipótese de ocorrência de prisão em flagrante, a Lei n. 11.343/2006 estabelece que a destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente, no prazo de 15 (quinze) dias, sem necessidade de presença do Ministério Público e da autoridade sanitária, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo

d) A destruição de drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será fei- ta por incineração, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, contados da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo.

Letra b.

Esse assunto sobre a destruição das drogas apreendidas está tratado no artigo 50 da nos- sa lei.

Conforme a previsão do art. 50, § 4º, a destruição das drogas, no caso de flagrante, se dará no prazo de 15 (quinze) dias, mediante autorização da autoridade judiciária, com a presença do MP e da autoridade sanitária.

Art. 50.

§ 4º A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de 15 (quinze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária.

Se não tivermos a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante, a destruição se dará no prazo máximo de 30 dias, não sendo necessária a determinação do juiz.

Como vimos em nossa aula, no caso das plantações ilícitas, a incineração se dará imediata- mente.

Dessa forma, temos como correta a letra b.

questão 12 (VUNESP/DPE-RO/DEFENSOR PÚBLICO/2017) Considere as duas descrições

fáticas que seguem: “induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga” e “oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem”.

É correto afirmar que

a) apesar de serem ambas criminalmente tipificadas, as respectivas penas poderão ser redu- zidas de um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário e não integre organização criminosa.

b) ambas são condutas criminalmente tipificadas, às quais não se cominam penas restritivas de liberdade.

c) ambas são condutas criminalmente tipificadas e a primeira é mais gravemente apenada que a segunda.

e) ambas são condutas equiparadas ao tráfico ilícito de entorpecentes, inclusive no que con- cerne às penas.

Letra c.

Vamos primeiro colocar os artigos a que o examinador se refere na nossa questão.

Art. 33.

§ 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:

Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa. § 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem:

Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.

a) Errada. A causa especial de diminuição de pena prevista no § 4º do artigo 33 somente be-

neficia as condutas descritas no caput e no § 1º.

b) Errada. As duas condutas são punidas com detenção, que é uma pena restritiva de liberdade. c) Certa. Basta olharmos para as penas, que veremos que a primeira conduta realmente é

mais gravemente apenada.

d) Errada. Como vimos, as duas condutas são criminalmente tipificadas.

e) Errada. As condutas equiparadas ao tráfico estão previstas no § 1º do artigo 33.

questão 13 (VUNESP/TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO/2017) No que concerne à Lei de Drogas,

é correto afirmar que

a) o emprego de arma de fogo constitui causa de aumento da pena no crime de tráfico, não configurando majorante, porém, o concurso de pessoas.

b) constitui crime a associação de três ou mais pessoas para o fim de, reiteradamente ou não, financiar ou custear o tráfico de drogas.

c) a prescrição no crime de posse de droga para consumo pessoal ocorre no menor prazo previsto no Código Penal para as penas privativas de liberdade.

d) é isento de pena o agente que, em razão de dependência, era, ao tempo da ação ou da omis- são relacionada, com exclusividade, a crimes de drogas, inteiramente incapaz de entender o

Letra a.

a) Certa. Conforme o artigo 40, IV, o emprego de arma de fogo constitui causa de aumento

de pena, e realmente a Lei de Drogas não prevê o concurso de pessoas como majorante. Na minha opinião, nada impede que o MP denuncie utilizando-se subsidiariamente do Código Penal, porém essa é somente a minha opinião, ok?

b) Errada. A associação para o tráfico configura com a participação de duas ou mais pessoas. c) Errada. O Código Penal traz como seu menor prazo 3 anos, já o crime de posse de drogas

prescreverá em 2 anos.

d) Errada. Conforme o artigo 45, para a isenção da pena, não se dá com exclusividade para os

crimes de drogas.

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