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3 ÁREA DE ESTUDO

3.3 GEOMORFOLOGIA E GEOLOGIA

“O município de Florianópolis é formado por uma única Unidade Geomorfológica, denominada Serras do Leste Catarinense. Esta constituída por uma seqüência de elevações dispostas de forma sub-paralela, orientada predominantemente no sentido NE-SW e que se apresentam gradativamente mais baixas em direção ao mar onde, freqüentemente, terminam em costões e pontais rochosos. Esses pontais serviram de ponto de apoio a sedimentação extensiva que atingiu o litoral durante o quaternário”. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –

IBGE / Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis – IPUF (1991).

SANTOS (1997) descreve que: “A geologia da ilha de Santa Catarina pode ser descrita como um conjunto de rochas cristalinas, granitóides e vulcanitos associados, representando o Ciclo Tectônico Brasiliano, cortados localmente por diques de diabásio de idade Juro-Cretácica, sobrepostos por coberturas sedimentares recentes, relativas aos eventos Terciários/Quaternários. As rochas cristalinas (ígneas) constituem os morros, formando um conjunto de elevações grosseiramente alinhados na direção NE, ao longo de toda a Ilha, conferindo a esta, um aspecto alongado como uma cunha. Esses morros servem como anteparos para o acúmulo de material sedimentar, comumente retrabalhados, muitas vezes derivados dos próprios morros.

4 METODOLOGIA

O estudo dos elementos de fundações aplicáveis aos perfis de solo que compõem a região de Florianópolis, exigem o conhecimento de diversas áreas da Engenharia. Neste sentido, propõe-se a análise de casos mediante a interação da Mecânica dos Solos e das estruturas implantadas, como também da integração das informações pedológicas, geológicas e geotécnicas compiladas no mapa geotécnico do município de Florianópolis, proporcionando uma melhor caracterização dos perfis de solo em estudo.

A fundamentação deste trabalho encontra-se baseada em diversas obras, dentre as quais destaca-se, o mapeamento geotécnico elaborado por SANTOS (1997), o qual norteou os estudos de caso subdividindo-os em unidades geotécnicas. As informações específicas de cada unidade geotécnica foram selecionadas, de forma a conferir maior representatividade às mesmas. No presente trabalho, não foram utilizados os resultados de ensaios laboratoriais, específicos a determinadas amostras. Este procedimento não minimiza a importância destas investigações para geotecnia, mas resguarda seus resultados, tendo em vista, a heterogeneidade existente nos solos de uma mesma unidade. Dentre os elementos aproveitados do referido mapa geotécnico, destacam-se as características inerentes ao material de origem, classificação do relevo, capacidade de drenagem dos solos, grau de hidromorfismo, como ferramentas importantes na caracterização dos terrenos de fundações.

Inicialmente apresentam-se os casos patológicos decorrentes de problemas nas fundações, os quais são analisados em conformidade com as informações geotécnicas e estruturais, obtidas junto a profissionais envolvidos nos referidos casos. Após a apresentação de cada situação, enfatiza-se as características relevantes ao esclarecimento dos problemas ocorridos, assim como as possibilidades corretivas para os mesmos. Estas considerações encontram-se vinculadas ao aspecto investigativo, o qual correlaciona as características do substrato de suporte anteriormente levantadas, com aquelas provindas do mapeamento geotécnico, (Cap. 05).

O estudo para a implantação das fundações utiliza toposeqüências, elaboradas com sondagens à percussão, descritas por SANTOS (1997). Devido a grande área compreendida por estes cortes longitudinais, optou-se por realizar um tratamento destas informações, com intuito de caracterizar os solos de cada caso como a área de influência relativa a apenas um furo de sondagem. Esta simplificação procura manter a representatividade dos perfis de solo sem, entretanto, descaracterizar as informações obtidas junto ao trabalho de investigação original. O procedimento adotado para a delimitação dos solos da região, com informações exclusivas do mapa geotécnico, foi utilizado nos cinco primeiros casos em estudo, (Cap. 06).

Para os outros casos, a caracterização dos solos baseia-se em laudos de terrenos específicos obtidos junto às empresas de sondagem. Posteriormente, delimita-se a unidade em questão contemplando a situação inversa, onde a relevância das informações oriundas do mapa é efetivamente experimentada, quando confrontadas com as investigações locais já elaboradas.

Após a identificação dos subsolos, todos os casos apresentam-se estruturados pelo mesmo procedimento. Quanto às solicitações advindas da estrutura, considera-se um carregamento incidente em edificações já estabelecidas, ou com reais possibilidades de serem implantadas, conforme pré-estabelecido no Plano Diretor de Florianópolis. Estas informações, provenientes de plantas de locação de pilares, extraídas em projetos estruturais existentes, permitem a análise das fundações a partir de pilares representativos ao conjunto da edificação.

O emprego de formulações clássicas, cálculos e correlações, bem como o levantamento de particularidades a cada elemento de fundação, contribuíram para a definição das escolhas realizadas. Nesta perspectiva, destacam-se os elementos de fundação rasa, os quais, utilizam resultados obtidos através das correlações referidas no Cap. 02, bem como a profundidade ideal e a influência das fundações nos solos de suporte.

Finalmente, para a seleção do elemento de fundação mais conveniente às edificações em estudo, analisou-se a viabilidade de diversos tipos de fundações disponíveis em ordem crescente de complexidade e custo, conforme oferta na região

em estudo. Assim, ao concluir que determinado elemento de fundação é viável técnica e economicamente, torna-se desnecessária a análise de tipos mais complexos de fundações, na maioria dos casos, mais onerosos. Com relativa freqüência, diversos tipos de fundações se equivalem no aspecto técnico, fato que orienta a escolha, não apenas pelos custos, mas também pelo prazo de execução. Com base no exposto, os casos com solução simplificada não trazem observações quanto à implantação de elementos de fundação mais complexos e/ou dispendiosos para a obra.

5 LEVANTAMENTO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

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