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27 GERENCIAMENTO DE RISCOS E DE CAPITAL a) Processo de Gestão de Riscos

No documento Demonstrações Contábeis (páginas 85-88)

O Banco do Brasil considera o gerenciamento de riscos e de capital como um dos vetores principais para o processo de tomada de decisão.

A instituição possui processo para identificação dos riscos que comporão o seu inventário de riscos, realizada a partir da análise dos segmentos de negócios explorados, direta ou indiretamente, incluídas as entidades ligadas ao Banco. Definido o inventário de riscos e seus respectivos conceitos, é determinada a relevância dos riscos considerando critérios quantitativos e qualitativos especificados em Manual Corporativo. Os riscos considerados como relevantes são:

a) Risco de Crédito;

b) Risco de Crédito da Contraparte; c) Risco de Concentração de Crédito; d) Risco de Liquidez;

e) Risco Operacional; f) Risco de Mercado;

g) Risco de Taxa de Juros do Banking Book; h) Risco de Estratégia;

i) Risco de Reputação; j) Risco Socioambiental; k) Risco Legal;

l) Risco de Contágio;

m) Risco de Entidades Fechadas de Previdência Complementar e de Operadoras de Planos Privados de Saúde a Funcionários;

n) Risco de Modelo; e

o) Risco de Conformidade (Compliance).

No Banco, a gestão colegiada dos riscos é realizada de forma segregada das unidades de negócios. As políticas de gestão de riscos são aprovadas pelo Conselho de Administração. O Comitê Superior de Risco Global (CSRG), fórum composto por Vice-Presidentes, é responsável pela implantação e acompanhamento dessas políticas. Já as diretrizes emanadas do CSRG são conduzidas em comitês executivos específicos (de crédito, de mercado e liquidez, e operacional), que são fóruns constituídos por Diretores.

b) Gerenciamento de Capital

Em 30.06.2011, em linha com o Pilar II de Basileia, o Banco Central do Brasil (Bacen) divulgou a Resolução CMN n.º 3.988, que estabeleceu a necessidade de implementação de estrutura de gerenciamento de capital para as instituições financeiras. Em cumprimento à Resolução, o Banco do Brasil definiu como parte dessa estrutura as Diretorias de Gestão de Riscos, Contadoria, de Controladoria e de Finanças. Também, em consonância com a Resolução, o Conselho de Administração indicou o Diretor de Controladoria como responsável pela Gestão de Capital junto ao Bacen.

O Banco do Brasil possui mecanismos que possibilitam a identificação e avaliação dos riscos relevantes incorridos, inclusive aqueles não cobertos pelo Patrimônio de Referência Mínimo Requerido (PRMR) relacionado aos riscos do Pilar I. As políticas e estratégias, bem como o plano de capital, possibilitam a manutenção do capital em níveis compatíveis com os riscos incorridos pela instituição. Os testes de estresse são realizados periodicamente e seus impactos são avaliados sob a ótica de capital. Os relatórios gerenciais de adequação de capital são reportados para as áreas e para os comitês estratégicos intervenientes, constituindo-se em subsídio para o processo de tomada de decisão pela Alta Administração do Banco.

A Resolução CMN n.º 3.988/2011 ainda instituiu a necessidade de Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (ICAAP), implementado no Banco do Brasil em 30.06.2013. No Banco, a responsabilidade pela coordenação do ICAAP foi atribuída à Diretoria de Gestão de Riscos. Por sua vez, a Diretoria de Controles Internos, área independente e segregada da estrutura de gerenciamento de capital, é a responsável institucional pela validação do ICAAP. Por fim, a Auditoria Interna detém a responsabilidade institucional por avaliar anualmente o processo de gerenciamento de capital. Para conhecer mais sobre a gestão do capital no Banco do Brasil, acesse o website bb.com.br/ri.

Índice de Basileia

O Índice de Basileia foi apurado segundo os critérios estabelecidos pelas Resoluções CMN n.º 4.192/2013 e n.º 4.193/2013, que tratam do cálculo do Patrimônio de Referência (PR) e do Patrimônio de Referência Mínimo Requerido (PRMR) em relação aos Ativos Ponderados pelo Risco (RWA).

A partir de outubro de 2013 passou a vigorar o conjunto normativo que implementou no Brasil as recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de Basileia relativas à estrutura de capital de instituições financeiras, conhecidas por Basileia III. As novas normas adotadas tratam dos seguintes assuntos:

I – nova metodologia de apuração do capital regulamentar, que continua a ser dividido nos Níveis I e II, sendo o Nível I composto pelo Capital Principal (deduzido de Ajustes Prudenciais) e Capital Complementar;

II – nova metodologia de apuração da exigência de manutenção de capital, adotando requerimentos mínimos de PR, de Nível I e de Capital Principal, e introdução do Adicional de Capital Principal.

A partir de janeiro de 2017, o percentual de dedução dos ajustes prudenciais abaixo relacionados passou a ser de 80%:

 ágios pagos na aquisição de investimentos com fundamento em expectativa de rentabilidade futura;

 ativos intangíveis constituídos a partir de outubro de 2013;

 ativos atuariais relacionados a fundos de pensão de benefício definido líquidos de passivos fiscais diferidos a

eles associados;

 participação de não controladores;

 investimentos, diretos ou indiretos, superiores a 10% do capital social de entidades assemelhadas a

instituições financeiras, não consolidadas, e de sociedades seguradoras, resseguradoras, sociedades de capitalização e entidades abertas de previdência complementar (investimentos superiores);

 créditos tributários decorrentes de diferenças temporárias que dependam de geração de lucros ou receitas

tributárias futuras para sua realização;

 créditos tributários de prejuízo fiscal de superveniência de depreciação;

De acordo com a Resolução CMN n.º 4.192/2013, as deduções referentes aos ajustes prudenciais serão efetuadas de forma gradativa, em 20% ao ano, de 2014 a 2018, com exceção dos ativos diferidos e instrumentos de captação emitidos por instituições financeiras, os quais já estão sendo deduzidos na sua integralidade, desde outubro de 2013. Em 28.08.2014, o Instrumento Híbrido de Capital e Dívida no valor de R$ 8.100.000 mil, foi autorizado pelo Banco Central do Brasil a integrar o Capital Principal, na condição de Elemento Patrimonial.

De acordo com as Resoluções CMN n.º 4.192/2013 e 4.193/2013, a partir de janeiro de 2015, a apuração do Patrimônio de Referência (PR) e do montante dos Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) deve ser elaborada com base nas demonstrações contábeis do Conglomerado Prudencial.

30.06.2017 31.12.2016 30.06.2016

PR - Patrimônio de Referência 127.047.617 130.453.208 125.073.657

Nível I 87.643.046 90.283.551 86.188.277

Capital Principal (CP) 64.733.761 67.718.439 63.964.567

Patrimônio Líquido 80.199.982 76.702.977 73.098.924

Instrumento Elegível a Capital Principal 8.100.000 8.100.000 8.100.000

Ajustes prudenciais (23.566.221) (17.084.538) (17.234.357)

Capital Complementar 22.909.285 22.565.112 22.223.710

IHCD autorizados em conformidade com a Resolução CMN n.º 4.192/2013 18.112.395 17.840.287 17.570.370

IHCD autorizados segundo normas anteriores à Resolução CMN n.º

4.192/2013 (1) 4.796.890 4.724.825 4.653.340

Nível II 39.404.571 40.169.657 38.885.380

Dívidas Subordinadas Elegíveis a Capital 39.425.703 40.181.808 38.904.584

Dívidas Subordinadas autorizadas em conformidade com a Resolução

CMN n.º 4.192/2013 - Letras Financeiras 4.935.513 5.466.093 5.584.450

Dívidas Subordinadas autorizadas segundo normas anteriores à

Resolução CMN n.º 4.192/2013 34.490.190 34.715.715 33.320.134

Recursos captados do FCO (2) 26.591.388 25.237.153 23.841.572

Recursos captados com Letras Financeiras e CDB (3) 7.898.802 9.478.562 9.478.562

Dedução do Nível II (21.132) (12.151) (19.204)

Instrumentos de captação emitidos por instituição financeira (21.132) (12.151) (19.204)

Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) 705.412.467 705.851.280 760.102.037

Risco de Crédito (RWACPAD) 633.781.384 643.214.021 702.885.694

Risco de Mercado (RWAMPAD) 16.644.771 18.844.349 25.507.869

Risco Operacional (RWAOPAD) 54.986.312 43.792.910 31.708.474

Patrimônio de Referência Mínimo Requerido (PRMR) (4) 65.250.653 69.702.814 75.060.076

Margem sobre o Patrimônio de Referência Mínimo Requerido (PR-

PRMR) 61.796.964 60.750.394 50.013.581

Índice de Capital Nível I (Nível I/RWA) 12,42% 12,79% 11,34%

Índice de Capital Principal (CP/RWA) 9,18% 9,59% 8,42%

Índice de Basileia: (PR/RWA) 18,01% 18,48% 16,45%

(1) Em 30.06.2017, o Banco do Brasil considerou a totalidade dos instrumentos de dívida elegíveis ao capital Nível I, autorizados pelo Bacen a compor o PR de acordo com a Resolução CMN n.° 3.444/2007 e que não se enquadram nos requisitos exigidos pela Resolução CMN n.° 4.192/2013, baseado na orientação do Banco Central do Brasil, relacionado ao limite estabelecido no artigo 28 Incisos I a X da Resolução CMN n.° 4.192/2013.

(2) De acordo com a Resolução CMN n.º 4.192/2013, os saldos do FCO são elegíveis a compor o PR.

(3) Em 30.06.2017, considerou-se o saldo dos instrumentos de Dívida Subordinada que compunham o PR em 31.12.2012, aplicando-se sobre ele o limitador de 50%, conforme determina a Resolução CMN n.º 4.192/2013.

(4) Em conformidade com a Resolução CMN n.º 4.193/2013, corresponde à aplicação do fator “F” ao montante de RWA, sendo “F” igual a: 11%, de 01.10.2013 a 31.12.2015; 9,875%, de 01.01.2016 a 31.12.2016; 9,25%, de 01.01.2017 a 31.12.2017; 8,625%, de 01.01.2018 a 31.12.2018 e 8% a partir de 01.01.2019.

Ajustes Prudenciais deduzidos do Capital Principal:

30.06.2017 31.12.2016 30.06.2016

Investimentos superiores e créditos tributários decorrentes de diferenças

temporárias que dependam da geração de lucros (excesso dos 15%) (1) (2) (9.148.813) (4.636.849) (4.588.770)

Ativos intangíveis constituídos a partir de outubro de 2013 (1) (5.104.774) (4.258.360) (3.245.920)

Créditos tributários decorrentes de diferenças temporárias que dependam da

geração de lucros (excesso dos 10%) (1) (4.852.491) (6.099.094) (6.886.540)

Investimentos superiores (excesso dos 10%) (1) (1.757.550) -- --

Créditos tributários decorrentes de prejuízos fiscais e de base negativa de

contribuição social sobre o lucro líquido (1) (1.159.676) (500.439) (440.004)

Ágios pagos na aquisição de investimentos com fundamento em expectativa

de rentabilidade futura (1) (3) (726.506) (954.281) (1.393.609)

Participação de não controladores (1)

(637.403) (493.315) (511.093)

Créditos tributários decorrentes de prejuízo fiscal de superveniência de

depreciação (1) (84.327) (76.391) (81.375)

Ativos atuariais relacionados a fundos de pensão de benefício definido

líquidos de passivos fiscais diferidos a eles associados (1) (94.681) (65.809) (74.342)

Ativos diferidos -- -- (12.704)

Total (23.566.221) (17.084.538) (17.234.357)

(1) Ajustes Prudenciais sujeitos ao faseamento, conforme art. 11 da Resolução CMN n.º 4.192/2013.

(2) Em 30.06.2017, com relação ao investimento em Instituições Financeiras (Banco Votorantim e Banco CBSS), R$ 2.353.039 mil foram deduzidos integralmente do Patrimônio de Referência e R$ 2.106.257 mil foram ponderados em 250% no RWA.

(3) O valor base para o cálculo dos ágios baseados em expectativa de rentabilidade futura é composto por: R$ 404.403 mil no investimento e R$ 503.729 mil no intangível. No intangível, refere-se ao ágio pago pela aquisição do Banco Nossa Caixa, incorporado em novembro/2009.

b) Índice de Imobilização

Em 30.06.2017, o índice de imobilização para o Conglomerado Prudencial, totalizou 16,56% (15,52% em 31.12.2016 e 15,59% em 30.06.2016), sendo apurado em conformidade com as Resoluções CMN n.° 4.192/2013 e n.° 2.669/1999.

28 - EVENTOS SUBSEQUENTES

No documento Demonstrações Contábeis (páginas 85-88)