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4 RESULTADOS

4.1 Germinação de sementes de Tabebuia chrysotricha

4.1.1 Efeito do tempo e dos tipos de armazenamento sobre o teor de água e germinação das sementes de T. chrysotricha

4.1.1.1 Efeito do tempo e dos tipos de armazenamento sobre o teor de água das sementes de T. chrysotricha.

Os resultados da Tabela 1 indicam que o teor de água das sementes no início do experimento, antes de serem submetidas aos diferentes tipos de armazenamento, foi significativamente superior (7.88%) em relação aos armazenamentos, por 2 meses a 25°C (temperatura ambiente; 4.14%) e -196°C (nitrogênio líquido; 4.53%) e em relação aos armazenamentos, por 4 meses, a 25°C (temperatura ambiente; 4.34%) e 5°C (geladeira; 4.07%). Não foram observadas diferenças estatísticas entre os demais tratamentos. Assim, para cada período de armazenamento, a temperatura de armazenamento não influenciou no teor de água e o período de armazenamento (2, 4 e 6 meses) não afetou o teor de água.

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Tabela 1. Teores de água de sementes de T. chrysotricha no início do

experimento (controle) e submetidas ao armazenamento em temperatura ambiente (25°C), geladeira (5°C), congelador (0°C), freezer (-20°C) e nitrogênio líquido (-196°C) durante 2, 4 e 6 meses

Período de armazenamento (meses) Tratamento Teor água (% MF) ᶻ

0 Controle 7.88 a 2 25°C 4.14 b 5°C 4.72 ab 0°C 5.44 ab -20°C 5.32 ab -196°C 4.53 b 4 25°C 4.34 b 5°C 4.07 b 0°C 5.40 ab -20°C 6.98 ab -196°C 5.59 ab 6 25°C 5.78 ab 5°C 4.70 ab 0°C 5.74 ab -20°C 6.55 ab -196°C 5.23 ab z

Médias de 5 repetições seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. MF= massa fresca.

4.1.1.2 Efeito do tempo e dos tipos de armazenamento sobre a germinação das sementes de T. chrysotricha.

Os resultados da Figura 1 indicam que após 2 meses de armazenamento em 0ºC (congelador), -20ºC (freezer), 5ºC (geladeira),- 196ºC (nitrogênio líquido) e 25ºC (temperatura ambiente) os valores máximos de germinação das sementes de T.chrysotricha foram 98.4%, 96.8%, 97.6%, 97,6% e 94.4%, respectivamente. Não foi constatada diferença estatística significativa entre as diversas condições de armazenamento, após o período de 2 meses. Em todos os tratamentos as

taxas máximas de germinação estabilizaram-se por volta do nono e décimo dia de avaliação.

Figura 1. Germinação de sementes de Tabebuia chrysotricha no início dos

experimentos e após 2 meses de armazenamento a 25ºC (temperatura ambiente), 5ºC (geladeira), 0ºC (congelador), -20ºC (freezer) e -196ºC (nitrogênio líquido). Letras diferentes indicam diferenças significativas entre os tratamentos pelo teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

Os resultados da Figura 2 indicam que após 4 meses de armazenamento em 0ºC (congelador), -20ºC (freezer), 5ºC (geladeira), -196ºC (nitrogênio líquido) e 25ºC (temperatura ambiente) os valores máximos de germinação das sementes de T.chrysotricha foram 94.4%, 98.4%, 94.4%, 97.6% e 96%, respectivamente.

Não foram constatadas diferenças estatísticas significativas entre as porcentagens máximas de germinação entre as diversas condições de armazenamento, após o período de 4 meses. No tratamento com nitrogênio líquido a porcentagem máxima de germinação pareceu estabilizar-se por volta do nono dia de avaliação, seguindo o mesmo padrão das sementes do controle realizado no início dos experimentos, em que as sementes não foram armazenadas.

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Figura 2.Germinaçãode sementes de Tabebuia chrysotrichano início dos

experimentos eapós 4 meses de armazenamento a 25ºC (temperatura ambiente), 5ºC (geladeira), 0ºC (congelador), -20ºC (freezer) e -196ºC (nitrogênio líquido). Letras diferentes indicam diferenças significativas entre os tratamentos pelo teste Tukey ao nível de 5%.

Os resultados da Figura 3 indicam que após 6 meses de armazenamento a 0ºC (congelador), -20ºC (freezer), 5ºC (geladeira), - 196ºC (nitrogênio líquido) e 25ºC (temperatura ambiente) os valores máximos de germinação das sementes de T.chrysotricha foram 98.4%, 98.4%, 97.6%, 98.4%, 94.4% respectivamente. Não foram detectadas diferenças estatísticas significativas entre as diversas condições de armazenamento, após o período de 6 meses. Em todos os tratamentos as porcentagens máximas de germinação estabilizaram-se por volta do décimo dia da avaliação.

Figura 3.Germinaçãode sementes de Tabebuia chrysotricha no início dos

experimentos e após 6 meses de armazenamento a 25ºC (temperatura ambiente), 5ºC (geladeira), 0ºC (congelador), -20ºC (freezer) e -196ºC (nitrogênio líquido). Letras diferentes indicam diferenças significativas entre os tratamentos pelo teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

A análise de variância bifatorial indicou não haver, nos períodos analisados, efeito de interação entre os fatores tempo de armazenamento e tipo de armazenamento sobre a porcentagem máxima de germinação.

Na Tabela 2 observa-se que não houve diferença estatística entre as taxas de germinação máximas dos diferentes tratamentos.

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Tabela 2. Porcentagens máximas de germinação de sementes de T. chrysotricha

no início do experimento (controle) e submetidas ao armazenamento a 25°C (temperatura ambiente), 5°C (geladeira), 0°C (congelador), -20°C (freezer) e - 196°C (nitrogênio líquido) durante 2, 4 e 6 meses.

Período de armazenamento

(meses) Tratamento Germinação máxima(%)ᶻ

0 Controle 97.60 a 2 25°C 94.40 a 5°C 97.60 a 0°C 96.00 a -20°C 96.80 a -196°C 97.60 a 4 25°C 95.20 a 5°C 94.40 a 0°C 94.40 a -20°C 98.40 a -196°C 97.60 a 6 25°C 94.40 a 5°C 97.60 a 0°C 98.40 a -20°C 98.40 a -196°C 98.40 a z

Médias de 5 repetições de 25 sementes cada seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

4.1.1.3 Efeito do tempo e dos tipos de armazenamento sobre o índice de velocidade de germinação (IVG) das sementes de T.

chrysotricha.

A análise de variância bifatorial indicou haver interação entre os fatores tempo de armazenamento e tipos de armazenamento sobre o IVG das sementes, conforme indica a Tabela 3.

Tabela 3. Fatores e interações entre fatores para o tempo médio de germinação

(IVG) de sementes de T.chrysotricha armazenadas em diversas condições por 0, 2,4 e 6 meses segundo a Análise de variância (ANOVA) bifatorial.

Efeito Graus de liberdade F p

Tempo 3 3.40 0.02*

Tratameto 4 6.36 0.00*

Tempo*tratamento 12 6.12 0.00*

* Significativo a 5% de probabilidade

Observa-se, na Tabela 4 que, aos 2 meses de armazenamento, não houve diferença estatística entre os IVGs dos diferentes tipos de armazenamento, tampouco esses diferiram do controle (4.14).

Após 4 meses de armazenamento, entretanto, o valor de IVG do tratamento de armazenamento em -196ºC (nitrogênio líquido; 4.68) foi significativamente superior aos obtidos nos tratamentos de armazenamento a 25ºC (temperatura ambiente), 5ºC (geladeira) e 0ºC (congelador), mas não diferiu significativamente do valor obtido para o armazenamento a -20°C (freezer; 4.17).

Verifica-se ainda que o IVG das sementes submetidas a -196ºC (nitrogênio líquido), aos 4 meses, mostrou-se estatísticamente superior ao IVG do controle, no início do experimento, e que o valor de IVG do tratamento a -20°C (freezer) foi significativamente maior que o das sementes armazenadas a 0°C (congelador). Aos 4 meses de armazenamento o IVG das sementes mantidas a -196ºC (nitrogênio líquido; 4.68) foi superior ao controle (4.14), no início do experimento e o IVG das sementes mantidas a 0ºC (congelador; 3.55) foi inferior ao controle.

Aos 6 meses não houve diferença estatística entre os IVGs obtidos nas diferentes condições de armazenamento e os valores não diferiram significativamente do valor de 4.14 obtido para o controle, no início do experimento.

Observa-se que não houve diferença significativa entre os valores de IVG das sementes mantidas a 25ºC (temperatura ambiente), 5ºC (geladeira) e -20ºC (freezer), nos diferentes tempos de armazenamento. Já nas condições de 0ºC (congelador) o IVG das sementes aumentou de 3.55, no quarto mês de armazenamento, para 4.21, no sexto mês, enquanto que a -196ºC (nitrogênio líquido) notou-se uma diminuição do IVG de 4.68 para 3.90.

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Tabela 4. Índice de velocidade de germinação (IVG) de sementes de T.

chrysotricha no início do experimento (controle) e submetidas ao armazenamento a 25°C (temperatura ambiente), 5°C (geladeira), 0°C (congelador), -20°C (freezer) e -196°C (nitrogênio líquido) durante 2, 4 e 6 meses.

Período de armazenamento (meses) Tratamento IVGᶻ

0 Controle 4.14 bc 2 25°C 4.05 bcd 5°C 3.92 bcd 0°C 3.83 bcd -20°C 4.07 bcd -196°C 4.19 abc 4 25°C 3.67 bcd 5°C 3.66 cd 0°C 3.55 d -20°C 4.17 abc -196°C 4.68 a 6 25°C 3.85 bcd 5°C 4.01 bcd 0°C 4.21 ab -20°C 3.87 bcd -196°C 3.90 bcd z

Médias de 5 repetições seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

4.1.1.4 Efeito do tempo e dos tipos de armazenamento sobre o tempo médio de germinação (TMG) das sementes de T. chrysotricha.

A análise de variância bifatorial indicou haver efeito da interação entre os fatores tempo de armazenamento e tipos de armazenamento sobre os valores de TMG das sementes, conforme indica a Tabela 5.

Tabela 5. Fatores e interações entre fatores para o tempo médio de germinação

(TMG) de sementes de T.chrysotricha armazenadas em diversas condições por 0, 2,4 e 6 meses segundo a Análise de variância (ANOVA) bifatorial.

Efeito Graus de liberdade F p

Tempo 3 3.03 0.03*

Tratameto 4 4.08 0.00*

Tempo*tratamento 12 2.50 0.01*

* Significativo a 5% de probabilidade

Verifica-se na Tabela 6 que aos 2 meses de armazenamento, não houve diferença estatística entre os valores de TMG obtidos para as sementes armazenadas nas diversas condições e os valores variaram de 6.17 a 6.54 dias. Tais valores também não diferiram do controle.

Aos 4 meses de armazenamento verifica-se que o valor de TMG para as sementes armazenadas em 0ºC (congelador; 7.34) foi superior ao controle (6.18) e aos tratamentos de -20ºC (freezer) e -196ºC (nitrogênio líquido), mas não diferiu dos demais tipos de armazenamento. O valor de TMG das sementes armazenadas a -196ºC (nitrogênio líquido; 5.63) foi inferior aos obtidos para as sementes armazenadas a 25ºC (geladeira; 6.92) e a 0ºC (congelador; 7.34).

Aos 6 meses de armazenamento não houve diferença estatística entre as diferentes condições e entre essas condições e o controle, no início do experimento.

Quando se analisa, para cada condição de armazenamento, os valores de TMG no decorrer do tempo observa-se que em nenhuma das condições foram detectadas variações significativas.

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Tabela 6. Tempos médios de germinação (TMG) de sementes de T.

chrysotricha no início do experimento (controle) e submetidas ao armazenamento em temperatura ambiente (25°C), geladeira (5°C), congelador (0°C), freezer (-20°C) e nitrogênio líquido (-196°C) durante 2, 4 e 6 meses.

Período de armazenamento (meses) Tratamento TMGᶻ

0 Controle 6.18 bc 2 25°C 6.23 bc 5°C 6.37 abc 0°C 6.54 abc -20°C 6.28 abc -196°C 6.17 bc 4 25°C 6.65 abc 5°C 6.92 ab 0°C 7.34 a -20°C 6.24 bc -196°C 5.63 c 6 25°C 6.50 abc 5°C 6.51 abc 0°C 6.27 abc -20°C 6.76 ab -196°C 6.13 bc z

Médias de 5 repetições seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

4.1.1.5 Análise de crescimento das plântulas obtidas a partir de sementes submetidas a diferentes tipos de armazenamento por 6 meses.

Os resultados da Tabela 7 indicam que não houve diferença estatística quanto ao comprimento da parte aérea das plântulas produzidas a partir da germinação das sementes armazenadas, por 6 meses, nas diferentes condições. Entretanto, os comprimentos das raízes primárias das plântulas oriundas das sementes mantidas nas condições

de 5ºC (geladeira) foram menores do que as das raízes das plântulas produzidas a partir das sementes mantidas a 25ºC (temperatura ambiente; 8.53 cm) e a -196ºC (nitrogênio líquido; 8.49 cm) mas não diferiram dos valores obtidos para as sementes mantidas a 0ºC (congelador) e -20ºC (freezer), conforme indica a Tabela 7.

Aos 6 meses de armazenamento das sementes não se observou redução estatisticamente significativa do teor de água das plântulas desenvolvidas. Quanto ao número de folhas, as plântulas originadas a partir da germinação das sementes armazenadas a 25ºC (temperatura ambiente) e -20ºC (freezer) apresentaram números de folhas superiores ao das plântulas oriundas das sementes armazenadas a -196ºC (nitrogênio líquido).

Tabela 7. Valores de massas seca e fresca (mg), porcentagem de massa seca,

número de folhas, comprimento da parte aerea e da raiz (cm) de plântulas cujas sementes foram submetidas a 6 meses de armazenamento.

Tratamento MF (mg)z MS (mg)z Teor água (%MF)ᶻ Número de folhas z Comprimento parte aérea (cm) z Comprimento da raiz (cm) z 25°C 201.5 48.5 75.93 a 5.80 a 3.43 a 8.53 a 5°C 195.4 25.4 87.00 a 5.40 ab 3.40 a 5.22 b 0°C 141.5 31.2 77.90 a 5.50 ab 3.15 a 7.35 ab -20°C 189.6 38.1 79.90 a 5.70 a 3.08 a 6.76 ab -196°C° 215.2 46.2 78.53 a 4.40 b 2.95 a 8.49 a z

Médias de 10 repetições seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. MS= massa seca. MF= massa fresca.

4.1.2 Efeito da segunda criopreservação, após o armazenamento por diferentes períodos a 25ºC (temperatura ambiente), sobre a viabilidade de sementes de Tabebuia chrysotricha (Mart. Ex. DC) Standl.

Nos experimentos descritos a seguir as sementes foram imersas em nitrogênio líquido por 60 minutos e em seguida mantidas por 1, 2, 3 e 4 semanas em temperatura ambiente, após o que foram imersas novamente em nitrogênio líquido, por 60 minutos e em seguida colocadas para germinar.

Na Figura 4 são apresentados os resultados da segunda criopreservação, após 1 semana de armazenamento a 25ºC (temperatura

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ambiente). Verifica-se que a porcentagem máxima de germinação desse tratamento foi de 97.6% e não diferiu estatisticamente dos valores obtidos para o tratamento em que as sementes foram criopreservadas e mantidas a 25ºC (temperatura ambiente) por 1 semana (98.4%) e nem dos valores obtidos para o controle (97.6%), realizado no início do experimento e do tratamento de criopreservação por 60 minutos. Verifica-se também que, ao redor do quarto dia do início do experimento, as porcentagens de germinação das sementes criopreservadas e mantidas por 1 semana a 25ºC (temperatura ambiente) e daquelas que foram criopreservadas pela segunda vez foi de 30-40%, enquanto que as sementes do controle e aquelas criopreservadas por 1 hora, as taxas de germinação foram de 10-20%.

Figura 4. Germinação de sementes de Tabebuia chrysotricha no início dos

experimentos (controle), criopreservadas por 1h e de sementes criopreservadas por 1h e mantidas a 25ºC (temperatura ambiente) por 1 semana, seguida ou não da segunda criopreservação. Letras diferentes indicam diferenças significativas entre os tratamentos pelo teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

Os resultados da Figura 5 indicam que não houve diferença significativa entre a porcentagem máxima de germinação obtida para o tratamento da segunda criopreservação, após o armazenamento das sementes por 2 semanas a 25ºC (temperatura ambiente; 96%) e a obtida no tratamento em que as sementes foram submetidas à primeira criopreservação, seguida de armazenamento a 25ºC (temperatura ambiente; 96.8%) pelo mesmo período. Tais valores também não diferiram estatisticamente do controle (97.6%), no início do

experimento, e do tratamento em que as sementes foram criopreservadas por 1 h (98.4%).

Figura 5. Germinação de sementes de Tabebuia chrysotricha no início dos

experimentos (controle), criopreservadas por 1h e de sementes criopreservadas por 1h e mantidas a 25ºC (temperatura ambiente) por 2 semanas, seguida ou não da segunda criopreservação. Letras diferentes indicam diferenças significativas entre os tratamentos pelo teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

Verifica-se, na Figura 6, que a porcentagem máxima de germinação observada para o tratamento em que as sementes foram expostas à segunda criopreservação, após 3 semanas de armazenamento a 25ºC (temperatura ambiente) foi de 89.6%, não diferiu significativamente do valor obtido para o tratamento em que as sementes ficaram armazenadas a 25ºC (temperatura ambiente) por 3 semanas, após a primeira criopreservação (94.4%).

Observa-se também que a primeira criopreservação seguida do armazenamento por 3 semanas a 25ºC (temperatura ambiente), seguida ou não da segunda criopreservação reduziu as taxas máximas de germinação das sementes em relação ao controle (97.6%) e em relação ao tratamento em que as sementes foram criopreservadas por 1h (98.4%).

A análise estatística não indicou diferença significativa entre o tratamento de armazenamento por 3 semanas, após a primeira criopreservação e o tratamento de criopreservação por 1h, mas indicou diferença entre este tratamento e o tratamento em que foi realizada a segunda criopreservação.

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Figura 6. Germinação de sementes de Tabebuia chrysotricha no início dos

experimentos (controle), criopreservadas por 1h e de sementes criopreservadas por 1h e mantidas a 25ºC (temperatura ambiente) por 3 semanas, seguida ou não da segunda criopreservação. Letras diferentes indicam diferenças significativas entre os tratamentos pelo teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

Os resultados da Figura 7 indicam que a porcentagem máxima de germinação obtida para o tratamento em que as sementes foram criopreservadas pela segunda vez, após 4 semanas de armazenamento a 25ºC (temperatura ambiente) foi de 85.6%. Este valor não diferiu significativamente do obtido para o tratamento em que as sementes ficaram armazenadas por 4 semanas a 25ºC (temperatura ambiente), após a primeira criopreservação (90.4%) mas estes valores diferiram estatisticamente do controle (97.6%), no início do experimento e do tratamento de criopreservação por 1 h (98.4%).

Figura 7. Germinação de sementes de Tabebuia chrysotricha no início dos

experimentos (controle), criopreservadas por 1h e de sementes criopreservadas por 1h e mantidas a 25ºC (temperatura ambiente) por 4 semanas, seguida ou não da segunda criopreservação. Letras diferentes indicam diferenças significativas entre os tratamentos pelo teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

A análise de variância bifatorial indicou não haver interação entre os fatores tempo de armazenamento a 25ºC (temperatura ambiente) e número de criopreservações. As análises indicaram haver efeito apenas do fator tempo sobre a porcentagem de germinação das sementes, sendo o valor de F igual a 7.858 e p igual a 0.000090, conforme expresso na Tabela 8.

Tabela 8. Fatores e interações entre fatores para a porcentagem de germinação

de sementes de T.chrysotricha submetidas à crioconservação segundo a Análise de variância bifatorial.

Efeito Graus de liberdade F p

Tempo 4 7.858 0.000090*

Tratamento 1 1.377 0.247499

Tempo*tratamento 4 0.601 0.664311

* Significativo a 5% de probabilidade

Na Figura 8, em que se compara as médias das porcentagens máximas de germinação para o armazenamento a 25ºC (temperatura ambiente) por 0, 1, 2, 3 e 4 semanas verifica-se que o armazenamento, por 4 semanas reduziu significativamente a germinação em relação aos demais tempos de armazenamento a 25ºC (temperatura ambiente).

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0 1 2 3 4

Tempo em temperatura ambiente (semanas) 60 65 70 75 80 85 90 95 G e rm in a ç ã o ( % ) a a a a b

Figura 8. Germinação de sementes deT.chrysotricha após o do armazenamento

a 25ºC (temperatura ambiente) por 1,2,3 e 4 semanas. Letras iguais não indicam diferenças estatísticas entre os tratamentos pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

Na Tabela 9 são comparados os resultados de porcentagens máximas de germinação de todos os tratamentos indicando que o armazenamento das sementes a 25ºC (temperatura ambiente) por 4 semanas reduziu significativamente a germinação das sementes criopreservadas pela segunda vez, mas essas não diferiram da porcentagem de germinação das sementes armazenadas a 25ºC (temperatura ambiente) que foram submetida à apenas uma criopreservação.

Tabela 9. Porcentagem de germinação de sementes de T. chrysotricha no início

dos experimentos (controle), criopreservadas por 1h e de sementes criopreservadas por 1h e mantidas em temperatura ambiente por períodos de 1 a 4 semanas, seguida ou não da segunda criopreservação.

Tratamentos Germinação (%)z Controle 97.6 a NL 1h 98.4 a NL 1h + 1 semana 98.4 a NL 1h + 1 semanas + NL 1h 97.6 a NL 1h + 2 semanas 96.8 a NL 1h + 2 semanas + NL 1h 96.0 ab NL 1h + 3 semanas 94.4 ab NL 1h + 3 semanas + NL 1h 89.6 ab NL 1h + 4 semanas 90.4 ab NL 1h + 4 semanas + NL 1h 85.6 b z

Médias de 5 repetições seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. NL= nitrogênio líquido.

A análise de variância bifatorial dos índices de velocidade de germinação indicou não haver interação significativa entre os fatores tempo e número de criopreservações. Houve apenas o efeito do fator tempo sobre o índice de velocidade de germinação das sementes, sendo o valor de F igual a 33.696 e p igual a 0.000000 ( Tabela 10).

Tabela 10. Fatores e interações entre fatores para o índice de velocidade de

germinação (IVG) de sementes de T.chrysotricha submetidas à crioconservação segundo a Análise de variância bifatorial.

Efeito Graus de liberdade F p

Tempo 4 33.696 0.000000*

Tratamento 1 3.494 0.068924

Tempo*tratamento 4 1.666 0.176912

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Assim, não houve diferença estatística entre IVG das sementes submetidas a apenas uma imersão em nitrogênio líquido e àquelas submetidas à segunda imersão, para um mesmo período de armazenamento, conforme indica a Tabela 11

Tabela 11. Índice de velocidade de germinação (IVG) de sementes de T.

chrysotricha no início dos experimentos (controle), criopreservadas por 1h e de sementes criopreservadas por 1h e mantidas em temperatura ambiente por períodos de 1 a 4 semanas, seguida ou não da segunda criopreservação.

Tratamentos IVG Controle 4.03 ab NL 1h 4.16 ab NL 1h + 1 semana 5.18 a NL 1h + 1 semanas + NL 1h 4.99 a NL 1h + 2 semanas 3.36 b NL 1h + 2 semanas + NL 1h 3.15 b NL 1h + 3 semanas 3.82 b NL 1h + 3 semanas + NL 1h 3.79 b NL 1h + 4 semanas 4.32 ab NL 1h + 4 semanas + NL 1h 3.67 b z

Médias de 5 repetições seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

Entretanto, a análise de variância indicou que o fator tempo interferiu nos valores de IVG das sementes de forma que houve uma redução do IVG para valores ao redor de 3, quando as sementes foram armazenadas por períodos de 2 a 4 semanas após a primeira e após a segunda criopreservação, com exceção do tratamento de armazenamento por 4 semanas após a primeira criopreservação. Apesar de não ter havido diferença estatística entre os valores de IVG para um mesmo período de armazenamento, houve uma tendência dos valores obtidos para os tratamentos em que ocorreu a segunda criopreservação após 2, 3 e 4 semanas serem os menores observados. Também verifica-se que os

IVGs dos tratamentos em que as sementes foram criopreservadas por 1h e os das sementes que foram expostas à primeira criopreservação, seguido do armazenamento por períodos de 1 a 4 semanas a 25ºC (temperatura ambiente), apesar de haver um aumento nos valores nos armazenamentos de 2 a 4 semanas os valores de IVG foram, no máximo, ao redor de 4.

Na Figura 9, observa-se uma oscilação na média dos IVGs das sementes armazenadas por 1 e 2 semanas, sendo que os IVGs dos demais tempos de armazenamento não diferiram estatisticamente entre si.

0 1 2 3 4

T empo de armazenamento em temperatura ambiente(semanas) 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0 5.5 6.0 IV G b a c b b

Figura 9. Média dos Índices de Velocidade de Germinação (IVG) de sementes

de T.chrysotricha após o armazenamento a 25ºC (temperatura ambiente) por 1,2,3 e 4 semanas. Letras iguais não indicam diferenças estatísticas entre os tratamentos pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

A análise de variância bifatorial dos dados de Tempo Médio de Germinação (TMG) indicou haver efeito do fator tempo, do número de criopreservações e haver interação significativa entre esses dois fatores, como expresso na Tabela 12.

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Tabela 12. Fatores e interações entre fatores para o tempo médio de germinação

(TMG) de sementes de T.chrysotricha submetidas à crioconservação segundo a Análise de variância bifatorial

Efeito Graus de liberdade F p

Tempo 4 6.937 0.000244*

Tratamento 1 6.371 0.015672*

Tempo*tratamento 4 5.940 0.000754*

*Significativo a 5% de probabilidade

Os resultados da Tabela 13 indicam que apenas em 2 semanas de armazenamento a 25ºC (temperatura ambiente) houve diferença entre os tratamentos em que as sementes foram submetidas a apenas uma criopreservação e aquelas que foram submetidas à segunda criopreservação. Nesse caso houve um aumento do valor de TMG das sementes submetidas à segunda criopreservação.

Os resultados indicam que os valores de TMG das sementes submetidas a apenas uma criopreservação tenderam a ser menores do que os valores de TMG daquelas que foram submetidas à criopreservação, exceto para o armazenamento por 3 semanas.

Tabela 13. Tempo médio de germinação (TMG) de de sementes de T.

chrysotricha no início dos experimentos (controle), criopreservadas por 1h e de sementes criopreservadas por 1h e mantidas a 25ºC (temperatura ambiente) por períodos de 1 a 4 semanas, seguida ou não da segunda criopreservação.

Tratamentos TMG Controle 6.37 ab NL 1h 6.31 ab NL 1h + 1 semana 4.92 b NL 1h + 1 semanas + NL 1h 5.11 b NL 1h + 2 semanas 5.43 b NL 1h + 2 semanas + NL 1h 8.22 a NL 1h + 3 semanas 6.61 ab NL 1h + 3 semanas + NL 1h 6.08 ab NL 1h + 4 semanas 5.42 b NL 1h + 4 semanas + NL 1h 6.01 ab z

Médias de 5 repetições seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

Na Figura 10 observa-se os valores médios de TMG das sementes que foram submetidas ao armazenamento por 1, 2, 3 e 4 semanas a 25ºC (temperatura ambiente) após a criopreservação por 1h.

Os resultados indicam uma diminuição nos valores médios de TMG no período de 1 semana que não diferiu do valor encontrado na 4ᵃ semana, sendo que os valores médios de TMG das sementes armazenadas 25ºC (temperatura ambiente) durante 2, 3 e 4 semanas não diferiram do valor encontrado naquelas que não foram armazenadas.

60

Figura 10.Tempo Médio de Germinação de sementes de T.chrysotricha após a

criopreservação por 1h seguida ou não do armazenamento a 25ºC (temperatura ambiente) por 1, 2, 3 e 4 semanas. Letras iguais não indicam diferenças estatísticas entre os tratamentos pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

4.2. DOSAGEM DE AÇÚCARES SOLÚVEIS TOTAIS E AMIDO EM

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