• Nenhum resultado encontrado

1. INTRODUÇÃO

2.6 Gestão Estratégica de Negócios

Segundo Porter (1996), em ambientes cada vez mais agressivos e competitivos, a estratégia é muito importante para todas as organizações, e é por meio dela que as empresas criam uma posição única e valiosa.

De acordo com Thompson (1995), estratégias são meios para fins, e esses fins se relacionam com os propósitos e objetivos da organização. Elas indicam os caminhos a

seguir e as decisões a serem tomadas, com o objetivo de se alcançar determinados pontos e níveis de sucesso.

Gibbs & DeLoach (2006) apontam que a integração entre o gerenciamento de riscos e a estratégia permite alinhar os riscos existentes ao apetite a risco da empresa e ao mesmo tempo, garantir o atingimento da estratégia definida.

Relacionando a gestão estratégica de negócios com o tema de riscos apresentado anteriormente nesta revisão teórica, segundo Padoveze e Bertolucci (2008, p. 8), “os riscos classificáveis como estratégicos são aqueles que decorrem das diretrizes definidas no planejamento estratégico”.

2.6.1 Planejamento Estratégico Sustentável

Segundo Oliveira (2006), para uma boa estratégia e planejamento, deve-se seguir os quatro princípios gerais, apresentados abaixo:

• Contribuição aos objetivos: definir e hierarquizar os objetivos, procurando alcançá-los em sua totalidade;

• Precedência do planejamento: função administrativa referente à organização, direção e controle;

• Maior penetração e abrangência: muitas vezes a estratégia e o planejamento podem provocar algumas modificações, podendo atingir pessoas, tecnologia, processos, etc. Quando isso acontece, é necessário adaptar os procedimentos, oferecer treinamentos, entre outras medidas, para que haja aceitação e entendimento de todos;

• Maior eficiência, eficácia e efetividade: maximizar os resultados através do planejamento da estratégia, reduzindo as deficiências da empresa.

Baseado em Maximiano (2004, p 134) “[...] planejamento estratégico é o processo de definir os objetivos de longo prazo da organização [...]. Segundo o autor, o processo de planejamento estratégico compreende as seguintes etapas:

• Entendimento da missão; • Análise do ambiente externo; • Análise do ambiente interno;

• Definição do plano estratégico.

Tendo em vista o que foi apresentado sobre gerenciamento de riscos e as etapas supracitadas, é possível ver uma sinergia entre os dois, mostrando que tanto para a gestão estratégica de negócios quanto para a gestão de riscos é de suma importância analisar e conhecer seus ambientes e definir um plano, seja de riscos, que podem envolver riscos estratégicos, ou da estratégia em si.

2.6.2 Riscos Estratégicos

Frigo e Anderson (2011) definem riscos estratégicos apenas como os riscos que impedem a empresa de atingir os objetivos estratégicos traçados.

Em uma definição um pouco mais robusta, Slywotzky e Drzik (2005) definem que o conjunto de acontecimentos que podem minar e destruir a trajetória de crescimento e valor de uma empresa frente ao acionista e, ao mesmo tempo, gerar oportunidades são na verdade riscos estratégicos. Ainda os categorizam em: setor, tecnologia, marca, concorrência, cliente, projetos e estagnação.

A Federation of European Risk Management Associations (FERMA, 2003) divide os riscos estratégicos em: concorrência, mudanças dos clientes, mudanças no setor, demanda, pesquisa e desenvolvimento (P&D), capital intelectual e integração em fusões e aquisições.

Segundo Marshall (2002), os riscos estratégicos são decorrentes de mudanças no ambiente de longo prazo que afetam a forma da organização de criar valor. Seguindo a mesma linha de pensamento, Moraes (2003) o insucesso das estratégias previamente estipuladas pode ser denominado de risco estratégico e leva em consideração os negócios e sua concorrência, alterações políticas internas e externas do país, assim como na economia.

Os riscos estratégicos devem ser considerados durante o desenvolvimento, execução e gestão da estratégia dos negócios, sendo essenciais para se realizar um gerenciamento destes riscos de forma adequada, identificando-os, realizando a avaliação e o tratamento dos mesmos, para evitar que eles possam impactar o atingimento da estratégia, fazendo com que essa conexão entre as duas gestões, de risco e estratégica, gere valor e companhia e traga vantagem competitiva à mesma.

3 METODOLOGIA

Baseado nos referenciais teóricos pesquisados para esta dissertação, foi definida a metodologia utilizada, que será abordada nos tópicos a seguir.

A figura 11 mostra o diagrama de etapas desta dissertação até a fase de conclusão dos resultados.

Figura 11: Diagrama de Etapas do Projeto

Fonte: Autora (2018)

Conforme abordado por GIL (2002), no que diz respeito à abordagem metodológica, é necessário definir o gênero da pesquisa, tipos de pesquisa, as fontes e abordagem, os instrumentos de coleta de dados e a amostra.

3.1 Caracterização da Pesquisa

A caracterização da pesquisa desta dissertação divide-se em gênero da pesquisa, natureza da pesquisa e abordagem da pesquisa. Cada seção será explicada a seguir, mas abaixo encontra-se um quadro-resumo delas.

Quadro 4: Caracterização da Pesquisa

Gênero da Pesquisa Natureza da Pesquisa Abordagem da Pesquisa

Estudo de Caso Descritiva Qualitativa

Fonte: Autora (2019)

3.1.1 Gênero da Pesquisa

Esta dissertação trata de um estudo de caso que tem como ambiente de pesquisa uma única empresa multinacional química de grande porte, tendo como objetivo entender a importância da gestão de riscos corporativos na gestão de negócios através da observação, entrevista e levantamento de dados para análise.

Segundo Yin (2001), o estudo de caso é uma investigação empírica que tem como objetivo investigar um fenômeno contemporâneo dentro do contexto da vida real.

Para Vergara (1998), o estudo de caso tem como foco uma ou poucas unidades, podendo ser pessoas, família, produto, empresas, órgão público, comunidade e até mesmo um país, tendo caráter de profundidade e detalhamento e podendo ser realizado ou não em campo.

Yin (2001) define algumas etapas que podem ser seguidas na maioria dos estudos de caso:

• Formulação do problema; • Definição da unidade-caso;

• Determinação do número de casos; • Elaboração do protocolo;

• Coleta de dados;

• Avaliação e análise dos dados; • Preparação do relatório.

3.1.2 Natureza da Pesquisa

Os tipos de pesquisa podem ser classificados quanto aos fins, podendo ser exploratória, descritiva, explicativa, metodológica, aplicada e intervencionista (VERGARA, 1998).

Este projeto trata de uma pesquisa descritiva, pois tem como objetivo descrever as condições, ocorrências e fatos. Esse tipo de pesquisa visa “especificar propriedades e características importantes de qualquer fenômeno que analise” (SAMPIERI; COLLADO; LUCIO, p. 102, 2006).

A pesquisa descritiva expõe características de determinada população, amostra ou fenômeno, estabelecendo correlações entre variáveis e definindo sua natureza. Segundo Viana (2001), esse tipo de pesquisa deve prever um estudo detalhado de uma determinada situação-problema ou mesmo de um fato, mencionando e relacionando as variáveis que interferem em suas relações.

3.1.3 Abordagem da Pesquisa

A pesquisa pode ser classificada quanto à abordagem a ser utilizada na mesma, podendo ser então qualitativa, quantitativa ou de métodos mistos.

Segundo Torres (2005), a pesquisa qualitativa é caracterizada como uma maneira de realizar análise e compreender de forma detalhada os significados e as características situacionais que são apresentadas pelos entrevistados.

A pesquisa quantitativa, por sua vez, trata de um estudo estatístico que visa descrever as características de um determinado fato ou situação, mensurado de modo numérico por amostras representativas da população estudada (PINHEIRO et al., 2011).

Baseado em Viena (2001), a pesquisa qualitativa analisa a situação a partir de dados descritivos, procurando identificar relações, causas, efeitos, consequências, opiniões, significados, categorias e outros aspectos necessários para compreender a realidade estudada.

Por fim, a abordagem de pesquisa de métodos mistos, segundo Creswell (2015), parte de uma visão filosófica ou teórica que irá guiar com um alto nível de rigor a coleta e a análise de dados qualitativos e quantitativos, para posteriormente os dados serem combinados e utilizados em um único estudo ou em diversas etapas de um estudo.

Com base nas explicações acima, conclui-se que esta pesquisa é constituída de uma abordagem de pesquisa qualitativa, pois com o entendimento da gestão de riscos corporativos e de negócios, será possível realizar todos os objetivos propostos.

Documentos relacionados