• Nenhum resultado encontrado

Activo remunerado: um activo financeiro que confere ao seu titular o direito de receber paga- mentos em juros do devedor que o emitiu.

Agregado monetário (p. ex. M1, M2, M3): notas e moedas mais determinadas responsabilidades das instituições financeiras (depósitos e títulos de cur to prazo) que têm um elevado grau de liquidez e são detidos por entidades (não bancárias) residentes na área do euro. O M1 é um subconjunto do M2, que por sua vez é um sub- conjunto do M3.

Banco Central Europeu (BCE): criado em 1 de Junho de 1998 e com sede em Frankfur t am Main, o BCE, juntamente com os bancos centrais nacionais da área do euro, define e implementa a política monetária dos países que adoptaram o euro.

Banco central: uma instituição que, por lei, tem a responsabilidade de conduzir a política mone- tária de uma área específica.

Base monetária: por vezes também designada “stock de moeda primária” ou “moeda primária”, consiste nas notas e moedas fora dos cofres dos bancos centrais e nos depósitos das instituições de crédito junto dos bancos centrais.

Comissão Europeia: uma das cinco instituições europeias. Foi criada em 1967 para ser vir as três Comunidades Europeias. Elabora propostas de legislação europeia que apresenta ao Parlamento Europeu e ao Conselho da UE. A Comissão asse- gura a devida implementação das decisões comu- nitárias e super visiona a forma como os fundos da União Europeia são dispendidos. Acompanha igualmente o cumprimento dos tratados e legis- lação comunitários. Como guardiã dos tratados, assegura, juntamente com o Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, que a legislação aplicável a todos os Estados-Membros seja devidamente implementada. Actualmente, a Comissão é constituída por um presidente e 24 comissários. Os seus depar tamentos são designados “direcções-gerais” e são responsáveis pela implementação de políticas comuns e pela administração geral de uma área específica. Representa os interesses gerais da União Europeia e é independente dos Estados-Membros. O seu mandato é de cinco anos mas pode ser dissolvida pelo Parlamento Europeu.

Comissão Executiva do BCE: um dos órgãos de decisão do BCE. É composta pelo Presidente e pelo Vice-Presidente do BCE e por mais quatro membros, nomeados de comum acordo pelos Chefes de Estado ou de Governo dos países que adoptaram o euro.

Comité Delors: comité ao qual, em Junho de 1998, o Conselho Europeu atribuiu o mandato de estudar e propor um plano concreto para levar a efeito a União Económica e Monetária (UEM). Presidido pelo então Presidente da Comissão Europeia, Jacques Delors, o comité era composto pelos governadores dos bancos centrais nacionais da Comunidade Europeia; Alexandre Lamfalussy, o então director-geral do Banco de Pagamentos Internacionais; Niels Thygesen, professor de Economia, da Dinamarca; e Miguel Boyer, o então presidente do Banco Exterior de España. O Relatório Delors resultante propunha que a UEM fosse alcançada em três fases.

Comunidade Económica Europeia (CEE): criada em 1957 pelo Tratado de Roma, constituiu um passo no sentido da integração económica, ao proporcionar a livre circulação de pessoas, mercadorias, capital e ser viços entre os Estados- -Membros.

Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA): uma das Comunidades Europeias. A CECA foi criada em 1951 em Paris e esta- beleceu um mercado comum para o car vão e o aço entre os seis Estados-Membros fundadores (a Alemanha, a Bélgica, a França, a Itália, o Luxem- burgo e os Países Baixos).

Conselho da União Europeia (Conselho da UE): uma das instituições da Comunidade Europeia. É composto por representantes dos governos dos Estados-Membros, geralmente os ministros responsáveis pelos assuntos em consideração (sendo por esse motivo, muitas vezes, referido como “Conselho de Ministros”). O Conselho da UE, quando composto pelos ministros das Finanças e da Economia, é normalmente designado por “Conselho ECOFIN”. Além disso, para decisões de especial impor tância, o Conselho da UE reúne-se a nível de Chefes de Estado ou de Governo. Nesta composição, não deve ser confundido com o Conselho Europeu, que também reúne a nível de Chefes de Estado ou de Governo mas cuja finalidade das reuniões é dar à União Europeia o impulso necessário ao seu desenvolvimento e definir as orientações gerais de política.

Conselho do BCE: o órgão de decisão supremo do BCE. É composto pelos seis membros da Comissão Executiva do BCE e pelos governadores dos bancos centrais nacionais dos Estados- -Membros da União Europeia que adoptaram o euro.

Conselho ECOFIN: ver Conselho da União Europeia.

Conselho Europeu: proporciona à União Euro- peia o incentivo necessário para o seu desenvolvi- mento e define as respectivas orientações gerais de política. Reúne os Chefes de Estado ou de Governo dos Estados-Membros e o Presidente da Comissão Europeia (ver também Conselho da União Europeia).

Conselho Geral do BCE: um dos órgãos de decisão do BCE. É composto pelo Presidente e pelo Vice-Presidente do BCE e pelos governa- dores dos bancos centrais nacionais de todos os Estados-Membros da União Europeia.

Critérios de convergência: os quatro critérios que os Estados-Membros da União Europeia devem cumprir antes de adoptarem o euro, de- signadamente, um nível de preços estável, finanças públicas sólidas (um nível limitado de défice e de dívida pública face ao PIB), uma taxa de câmbio estável e taxas de juro de longo prazo baixas e estáveis.

Critérios de Copenhaga (critérios de adesão): as condições que os países que pretendam aderir à União Europeia devem preencher, nomea- damente, o cumprimento de critérios políticos (instituições estáveis que garantam a democracia, o Estado de Direito, os direitos humanos, o res- peito pelas minorias) e de critérios económicos (uma economia de mercado viável), e a adopção do acervo comunitário (a base comum de direitos e obrigações que vinculam todos os Estados- -Membros a título da União Europeia). Estes critérios foram definidos no Conselho Europeu de Copen-haga, em Junho de 1993, e confirmados no Conselho Europeu de Madrid, em Dezembro de 1995.

Deflação: processo em que o nível geral de preços desce de forma contínua durante um período prolongado.

Derrogação: estatuto aplicável a 11 Estados- -Membros (a Suécia e os dez países que aderiram à União Europeia em 1 de Maio de 2004). De acordo com o ar tigo 122.º do Tratado que institui a Comunidade Europeia, os Estados-Membros que beneficiam de uma derrogação são aqueles que se comprometeram a adoptar o euro, mas ainda não o fizeram. De momento, estes países estão isentos dos direitos e obrigações de- correntes da introdução do euro como moeda única. O caso da Dinamarca e do Reino Unido é diferente: ambos beneficiam de uma isenção de par ticipação na Terceira Fase da UEM.

Estabilidade de preços: o objectivo primordial do Eurosistema. O Conselho do BCE definiu a esta- bilidade de preços como sendo um aumento

anual, em termos homólogos, dos preços no con- sumidor (medidos pelo IHPC) da área do euro inferior a 2%. Na prossecução da estabilidade de preços, o Conselho do BCE visa manter as taxas de inflação em níveis inferiores mas próximos de 2% no médio prazo.

Eurogrupo: grupo informal que reúne os ministros da Economia e das Finanças dos países da área do euro e no âmbito do qual são discutidas questões relacionadas com as responsabilidades par tilhadas por todos os países da área do euro no que diz respeito à moeda única. A Comissão Europeia e o BCE são convidados a par ticipar nas reuniões. Por norma, o Eurogrupo reúne-se imediatamente antes da reunião do Conselho ECOFIN.

Eurosistema: é composto pelo BCE e pelos bancos centrais nacionais dos países da área do euro. Define e implementa a política monetária da área do euro.

Facilidade permanente: facilidade do banco central à qual as contrapar tes têm acesso por sua própria iniciativa. O Eurosistema disponibiliza duas facilidades permanentes, a facilidade permanente de cedência de liquidez e a facilidade permanente de depósito.

Facilidade permanente de depósito: uma facilidade permanente do Eurosistema que as contrapar tes podem utilizar para efectuar depósitos à ordem num banco central nacional pelo prazo o vernight, remunerados a uma taxa de juro fixada antecipadamente.

Facilidade permanente de cedência de liquidez: uma facilidade permanente do Eurosistema que as contrapar tes podem utilizar para receber crédito pelo prazo o vernight de um banco central nacional a uma taxa de juro fixada antecipadamente contra activos elegíveis.

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC): a medida dos preços utilizada pelo Conselho do BCE para avaliar a estabilidade de preços na área do euro. É calculado e publicado pelo Eurostat, o ser viço de estatística das Comunidades Europeias.

Inflação: um aumento persistente do nível geral de preços, que conduz a uma descida persistente do poder de compra da moeda. É normalmente expressa em termos de uma taxa média de variação anual de um índice de preços, como, por exemplo, o IHPC.

Instituição de crédito: nos termos da Directiva

público depósitos ou outros fundos reembolsáveis e em conceder crédito por sua própria conta; ou (ii) uma empresa ou qualquer outra pessoa colectiva, que não as incluídas em (i), que emita meios de pagamento sob a forma de moeda electrónica. Por “moeda electrónica”, entende-se: um valor monetário, representado por um crédito sobre o emitente, e que seja: (a) armazenado num supor te electrónico; (b) emitido contra a re- cepção de fundos de um montante não inferior ao valor monetário emitido; e (c) aceite como meio de pagamento por empresas que não a emitente. Os bancos e as caixas económicas são os tipos mais comuns de instituições de crédito.

Instituto Monetário Europeu (IME): o organismo europeu responsável pela preparação da fase final da União Económica e Monetária. Foi criado em 1 de Janeiro de 1994 e substituído pelo BCE em 1 de Junho de 1998.

Intermediário financeiro: uma empresa ou instituição que ser ve de interface entre mutuantes e mutuários, por exemplo, através da captação de depósitos do público e da concessão de empréstimos às famílias e às empresas.

Mecanismo de Taxas de Câmbio II (MTC II): o quadro de cooperação, em termos de política de taxa de câmbio, entre os países da área do euro e os Estados-Membros fora dela. A par ti- cipação no mecanismo é voluntária. No entanto, espera-se que os Estados-Membros que beneficiam de uma derrogação par ticipem no mecanismo, estabelecendo desse modo uma paridade central para a sua moeda face ao euro e uma banda de flutuação em torno dessa paridade central. A margem de flutuação normal é ± 15%. No caso dos países não par ticipantes na área do euro que tenham atingido um nível muito elevado de convergência com a área do euro, pode ser acordada uma banda de flutuação mais estreita a pedido do Estado-Membro em questão.

Mecanismo de transmissão: processo através do qual as variações nas taxas de juro influenciam, por vários canais, o compor tamento dos agentes económicos, a actividade económica e, em última instância, o nível geral de preços.

Mercado de títulos (mercado bolsista): o mer- cado de acções das empresas cotadas em bolsa. As acções são normalmente consideradas investimentos mais arriscados do que as obri- gações, visto os seus titulares poderem ter o direito a receberem dividendos das empre- sas emitentes, ao passo que os titulares de obrigações têm o direito a receberem juros

Mercado monetário interbancário: o mercado de empréstimos de cur to prazo entre bancos. O termo descreve, normalmente, a comercia- lização de fundos com um prazo de maturidade entre um dia (o v e rnight ou menos de um dia) e um ano.

Mercado obrigacionista: mercado no qual são transaccionadas as obrigações emitidas pelas empresas e pelas administrações públicas, com vista a obterem capital para os seus investimentos. As obrigações são títulos que vencem juros a uma taxa de juro fixa ou variável e com um prazo de maturidade de pelo menos um ano (a par tir da data de emissão). As obrigações a taxa fixa representam a maior percentagem do mercado obrigacionista.

Operações cambiais: a compra ou venda de divisas. No contexto do Eurosistema, significa a compra ou a venda de outras moedas face ao euro.

Operações principais de refinanciamento: operações de mercado aber to regulares, executadas pelo Eurosistema para proporcionar ao sistema bancário o montante apropriado de liquidez. São realizadas sob a forma de leilões semanais nos quais os bancos podem apres entar as suas propostas para a aquisição de liquidez.

Paridades do poder de compra (PPC): taxas de conversão que equiparam o poder de compra de diferentes moedas eliminando as diferenças nos níveis de preços entre os países. Na sua forma mais simples, mostram a relação entre os preços nas moedas nacionais de um mesmo bem ou ser viço em diferentes países.

Parlamento Europeu: instituição europeia com- posta por 732 representantes, directamente elei- tos, dos cidadãos dos Estados-Membros da União Europeia. Dispõe principalmente de poderes consultivos, mas também par tilha com o Con- selho da UE poderes orçamentais na aprovação do orçamento anual. A sua associação com o Conselho da UE estende-se igualmente à formulação da legislação comunitária e ao con- trolo da Comissão Europeia.

Produto interno bruto (PIB): uma das medidas da actividade económica. Representa o valor de todos os bens e ser viços produzidos por uma economia ao longo de determinado período.

Reservas mínimas: a obrigação por par te das instituições de crédito de manterem um depósito

GLOSSÁRIO

uma percentagem da moeda depositada pelos seus clientes (não bancários).

Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC): é constituído pelo BCE e pelos bancos centrais nacionais de todos os Estados-Membros da União Europeia.

Sistema Monetário Europeu (SME): regime que esteve em funcionamento entre 1979 e 1999; antes da introdução do euro, várias moedas dos Estados-Membros da União Europeia estavam ligadas entre si no SME. Eram três as suas componentes básicas: o ECU, que era o cabaz de moedas dos Estados-Membros; o mecanismo de taxas de câmbio e de inter venção, que atribuía a cada moeda uma taxa de câmbio central ligada ao ECU (taxa de câmbio bilateral); e os mecanismos de crédito, que permitiam aos bancos centrais inter vir se as taxas de câmbio bilaterais exce- dessem um determinado limite. Em 1 de Janeiro de 1999, o SME foi substituído pelo Mecanismo de Taxas de Câmbio II.

TARGET (Sistema de Transferências Automáticas Transeuropeias de Liquidações pelos Valores Brutos em Tempo Real): sistema de pagamentos composto por 15 sistemas de liquidação por bruto em tempo real (SLBTR) e pelo mecanismo de pagamentos do BCE. Os SLBTR permitem que os pagamentos sejam processados por ordem de chegada em tempo real. O TARGET é um sistema único em termos de cober tura. Permite aceder a aproximadamente 1 100 par ticipantes directos e a mais de 48 mil bancos, incluindo sucursais e filiais.

Taxa mínima de proposta: a taxa mínima de proposta das operações principais de refinancia- mento. É especificada pelo Conselho do BCE, normalmente na sua primeira reunião do mês.

Taxas de juro de longo prazo: taxas de juro ou taxas de rendibilidade de activos financeiros remunerados com um prazo de maturidade relativamente longo. As taxas de rendibilidade das obrigações de dívida pública são, frequentemente, utilizadas como um referencial para as taxas de juro de longo prazo.

Tratado: refere-se ao Tratado que institui a Co- munidade Europeia. O Tratado inicial foi assina- do em Roma a 25 de Março de 1957 e entrou em vigor a 1 de Janeiro de 1958. Instituiu a Comunidade Económica Europeia (CEE), que é actualmente a Comunidade Europeia (CE), sendo geralmente referido como “Tratado de Roma”. O Tratado da União Europeia (fre- quentemente referido como “Tratado de Maastricht”) foi assinado a 7 de Fevereiro de

1992, entrando em vigor a 1 de Novembro de 1993. O Tratado da União Europeia introduziu alterações ao Tratado que institui a Comunida- de Europeia e deu origem à União Europeia. O “Tratado de Amesterdão”, assinado em Amesterdão a 2 de Outubro de 1997, entrando em vigor em 1 de Maio de 1999, e, mais recente- mente, o “Tratado de Nice”, assinado em 26 de Fevereiro de 2001, entrando em vigor em 1 de Fevereiro de 2003, introduziram alterações quer ao Tratado que institui a Comunidade Europeia, quer ao Tratado da União Europeia.

Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias (TJCE): instituição que assegura o respeito da lei na interpretação e aplicação dos tratados e da legislação adoptada pelas instituições europeias.

União Económica e Monetária (UEM): processo através do qual os Estados-Membros da União Europeia procedem à harmonização das suas políticas económicas e monetárias e à adopção da moeda única. O Tratado de Maastricht estabe- leceu que a UEM seria alcançada em três fases. Na primeira fase (1 de Julho de 1990 a 31 de De- zembro de 1993), os Estados-Membros proce- deram à liberalização dos movimentos de capitais nos seus territórios, tendo passado a haver uma coordenação mais estreita das políticas económicas e uma maior cooperação entre os bancos centrais. A segunda fase (1 de Janeiro 1994 a 31 de Dezembro de 1998), que teve início com a criação do Instituto Monetário Europeu, foi dedicada aos preparativos técnicos para a introdução da moeda única, à prevenção de défices excessivos e ao reforço da convergência das políticas económicas e monetárias dos Estados-Membros (para assegurar a estabilidade dos preços e finanças públicas sólidas). A terceira fase (a par tir de 1 de Janeiro de 1999) começou com a fixação irrevogável das taxas de câmbio, a transferência da responsabilidade pela política monetária para o BCE e a introdução do euro como a moeda única.

© Banco Central Europeu, 2006

MORADA Kaiserstrasse 29 60311 Frankfurt am Main, Alemanha

ENDEREÇO POSTAL Postfach 16 03 19 60066 Frankfurt am Main, Alemanha

TELEFONE + 49 69 1344 0 INTERNET http://www.ecb.int FAX + 49 69 1344 6000 TELEX 411 144 ecb d COMPOSIÇÃO GRÁFICA Konzept Verlagsgesellschaft, Frankfurt am Main, Alemanha

FOTOGRAFIA Claudio Hils Martin Joppen Martin Starl Marcus Thelen Comunidade Europeia IMPRESSO POR Kern & Birner GmbH & CO KG, Frankfurt am Main, Alemanha

Documentos relacionados