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Este glossário apresenta a definição de alguns termos usados neste trabalho sobre sistemas térmicos e psicrometria, área da ciência responsável pelo estudo das propriedades físicas e termodinâmicas de gases, vapores e suas misturas.

Sistemas Térmicos

Capacidade de refrigeração: Capacidade líquida associada a variação de entalpia entre o ar

entrando e o ar deixando a unidade interna (evaporador). Inclui tanto a capacidade de calor latente quanto a capacidade de calor sensível, expressa em Btu/h ou kW, além do calor gerado pela circulação de ar e dos motores. Um equipamento de 9.000 Btu/h tem capacidade de refrigeração equivalente a 2,638 kW.

Condições nominais de classificação: Condições de temperatura nas quais os aparelhos são testados

para que suas performances possam ser comparadas. Para o ar condicionado usado como base neste trabalho as condições padrão são: temperatura interna: 27ºC D.B/19ºC W.B e temperatura externa: 35ºC D.B/24ºC W.B.

Capacidade de refrigeração nominal: Capacidade de refrigeração calculada nas condições

nominais.

Potência Total: A soma da potência consumida por todos os componentes do sistema, incluindo a

potência consumida pelo compressor, ventiladores internos e externos, sistema de controle e outros dispositivos utilizados no modo normal de operação.

Coeficiente de performance: Relação usada tanto em sistemas de refrigeração quanto em sistemas

de aquecimento para descrever a quantidade de energia útil (capacidade de refrigeração ou aquecimento) entregue por um sistema em relação a energia consumida (quantidade de energia elétrica, por exemplo) por esse mesmo sistema. Quanto maior o COP, mais eficiente é o dispositivo. Aparelhos de AC geralmente possuem COP maior do que 1, uma vez que transferem mais energia de uma fonte quente (ambiente interno) para uma fonte fria (ambiente externo) do que a quantidade de energia utilizada no processo mecânico.

Relação de eficiência energética (EER): Relação utilizada especificamente para classificar

aparelhos de refrigeração. Da mesma maneira que o COP, é a relação entre a capacidade de refrigeração (medida em BTU ou kWh) e a energia utilizada (em kWh) no processo. Geralmente, o EER é calculado a uma temperatura externa de 35ºC, temperatura interna de 27ºC e umidade relativa de 50%.

Relação de eficiência energética sazonal (SEER): É o EER ajustado para classificar o desempenho

geral do equipamento durante uma temporada típica de calor. É calculado com as mesmas condições de temperatura interna, porém para uma faixa de temperaturas externas.

Condensador: Serpentina que libera o calor coletado do ambiente interior no ambiente externo. Evaporador: Serpentina que remove calor e humidade do ar no ambiente interior.

Válvula de expansão: Componente que controla a quantidade de líquido refrigerante liberado para

Ventilador: Ventilador que sopra ar sobre o condensador para aumentar a dissipação de calor para o

ambiente externo.

Ventoinha: Soprador que promove a circulação de ar dentro do evaporador, dispersando o ar

refrigerado.

Compressor: Um motor bomba que promove a circulação do líquido refrigerante entre o evaporador

e o condensador para refrigerar o ar do ambiente interior.

Compressor a velocidade variável: Compressor que tem a capacidade de variar a sua velocidade

rotacional em estágios não discretos usando um inversor ou uma unidade de frequência variável (AHRI Standard 210/240, 2017).

Termostato: Dispositivo que controla as variações de temperatura de um sistema, procurando mantê-

lo a temperatura constante.

Gás refrigerante, líquido refrigerante ou refrigerante: Substância ou mistura, usualmente um

fluído, utilizada em um ciclo termodinâmico (aquecimento ou refrigeração). Na maioria dos ciclos, o refrigerante sofre transição de fase do estado líquido para o estado gasoso e de volta para o líquido.

Psicrometria

Btu: Quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de uma libra de água em um grau

Fahrenheit. Um BTU equivale a aproximadamente 1.005 joules.

Calor específico: Quantidade de calor necessária para que cada grama de uma substância sofra uma

variação de temperatura correspondente a 1°C.

Calor latente: Capacidade de refrigeração associada com a mudança da umidade relativa, expressa

em Btu/h ou kW.

Calor sensível: Capacidade associada a mudança na temperatura de bulbo seco, expressa em Btu/h

ou kW.

Capacidade térmica: É a quantidade de calor que um corpo necessita receber ou ceder para que sua

temperatura varie uma unidade.

Entalpia: Máxima quantidade de energia passível de ser extraída de um sistema termodinâmico na

forma de calor.

Resistência térmica: Valor que expressa a capacidade de um material ou sistema de resistir à

passagem do calor.

Umidade relativa: É a relação entre a quantidade de água existente no ar (umidade absoluta) e a

Ponto de orvalho ou de condensação da água: é a temperatura na qual o vapor de água que está

em suspensão no ar começa a se condensar, ou seja, é o ponto no qual a umidade relativa da massa de ar em consideração atinge 100%.

Temperatura de bulbo seco: Usualmente referenciada como a temperatura do ar. A temperatura de

bulbo seco é um indicador da quantidade de calor e é proporcional à energia cinética das moléculas do ar. A temperatura de bulbo seco é medida com um termômetro exposto livremente ao ar, porém longe da radiação e da umidade.

Temperatura de bulbo úmido: É a temperatura da saturação adiabática e a temperatura indicada

por um termômetro cujo bulbo esteja envolto por um material úmido exposto a um fluxo de ar. A taxa de evaporação do envoltório úmido do bulbo e a diferença entre a temperatura de bulbo seco e a temperatura de bulbo úmido dependem da humidade do ar. A evaporação é reduzida quanto maior a quantidade de vapor d’água no ar.

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APÊNDICE

Este trabalho serviu de base para a construção de um artigo apresentado no 18º Encontro Regional Ibero-americano do Cigré [38] (XVIII ERIAC) que aconteceu entre os dias 19 e 23 de maio de 2019 em Foz do Iguaçu, no estado do Paraná.

O artigo foi aprovado dentro do Comitê de Estudo C6 – Sistema de Distribuição Ativos e Recursos Energéticos Distribuídos, cujos temas de interesse são:

• Aplicações de armazenamento de energia em redes de distribuição.

• Avaliação, capacidade de alocação e previsão de geração distribuída, considerando casos reais de aplicação em redes de distribuição e sistemas isolados (eletrificação rural).

• Gestão operativa de redes elétricas inteligentes, incluindo microrredes.

• Normas e regulação da geração distribuída e esquemas de gestão pela demanda, incluindo casos de aplicações reais.

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