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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.9 GLUTATIONA PEROXIDASE

Resultados

Não foram achadas diferenças significativas (P>0,05) nos valores de GPx eritrocitária entre os grupos controle e SeE para um mesmo tempo. O gráfico 9 expõe um comportamento mais abrupto neste caso para os valores do grupo tratamento, com um incremento nos valores de ambos os grupos no decorrer do tempo, finalizando os dois em queda, porém o grupo SeE manteve valores superiores aos do grupo controle. As médias totais de ambos os grupos diferiram muito pouco numericamente, correspondendo o valor maior ao grupo controle.

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 Tem po U/GHg Controle SeE

Gráfico 9 - Variações na glutationa peroxidase eritrocitária em unidades por grama de hemoglobina de eqüinos em treinamento de enduro com e sem tratamento de vitamina E e selênio a intervalos de 14 dias – 2004

T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 Total CV Total

Controle 54,50 56,83 59,33 52,33 62,66 74,33 58,33 59,76 42,47 SeE 50,33 40,66 60,50 51,33 64,50 77,50 64,16 58,42 42,7

CV 43,62 53,19 50,76 47,26 32,42 28,34 38,57

Figura 9 - Variações na glutationa peroxidase eritrocitária em unidades por grama de hemoglobina de eqüinos em treinamento de enduro com e sem tratamento de vitamina E e selênio a intervalos de 14 dias – 2004

5.9.1 Discussão

O Se aplicado junto com a vitamina E no grupo tratamento de este estudo teve por finalidade aumentar os níveis e conseqüentemente a atividade enzimática da GPx, uma vez que diversos autores, como Araya et al. (2004), aplicando Se via parenteral estabeleceram uma relação direta entre quantidade de Se presente no organismo e GPx, e Balogh (2000) comunicou que uma injeção combinada de vitamina E e Se anterior ao exercício diminuía os lipoperóxidos plasmáticos no repouso e atenuava os efeitos do exercício em outros parâmetros. Por outro lado, autores como Powers (1999) comunicaram aumentos na atividade da GPx com treinamentos de baixa intensidade e prolongados. O fato de não ter achado diferenças significativas entre os grupos SeE e controle para esta enzima poderia invalidar de certa maneira os comentários feitos em referencia ao Ht, contagem eritrocitária, VCM e HCM, uma vez que a única diferença entre grupos seria o tratamento com vitamina E e Se, por tanto a única vantagem adaptativa que produziria estes resultados seria uma melhor defesa antioxidante; porém, Frankieweiz et al. (2000) trabalhando com cavalos de enduro competindo em provas de 160 km revelaram que os níveis de GPx do sangue total aumentavam de quarto a cinco vezes na metade do trajeto da prova, voltando a valores basais 12 horas após a mesma. Considerando que as amostras de sangue foram obtidas nas segundas feiras (dia de descanso) com os animais em repouso, podemos inferir que os valores de GPx achados são basais e que a elevação dos mesmos com a conseqüente elevação da defesa antioxidante só se produziria durante o aumento da demanda da mesma, portanto o resultado de um sistema antioxidante mais eficiente não se traduziria em um aumento da GPx em repouso e sim em uma melhora de outros parâmetros.

5.10 GLUTATIONA REDUZIDA

Resultados

Não houve diferença significativa (P>0,05) entre os valores dos grupos controle e SeE para um mesmo tempo. No gráfico 10 pode-se observar um comportamento do grupo SeE mais suave que o do grupo controle, que em virtude do seu traçado inverte as tendências em mais de uma oportunidade, finalizando abaixo dos valores do grupo tratamento. O último tempo, o T6, apresenta a maior diferença numérica entre grupos (Figura 10). As médias totais de ambos os grupos diferiram só numericamente, correspondendo o valor maior ao grupo tratamento (2,24 mg/dl).

1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 2 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 Tempo mg/dL Controle SeE

Gráfico 10 - Variações na glutationa reduzida em miligramas por decilitro de eqüinos em treinamento de enduro com e sem tratamento de vitamina E e selênio a intervalos de 14 dias – 2004

T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 Total CV Total Controle 2,24 2,11 2,44 1,89 2,22 2,35 1,76 2,14 27,2

SeE 2,15 2,32 2,25 2,05 2,30 2,39 2,19 2,24 22,57

CV 23,6 26,67 15,39 16,23 27,48 32,7 23,99

Figura 10 - Variações na glutationa reduzida em miligramas por decilitro de eqüinos em treinamento de enduro com e sem tratamento de vitamina E e selênio a intervalos de 14 dias – 2004

5.10.1 Discussão

A pesar da ausência de significância na diferença entre valores dos dois grupos, é destacável o fato do grupo SeE não ter tido quase diferença entre valores iniciais e finais, enquanto que o grupo controle experimentou uma descida no valor final em comparação com valores iniciais. Se considerarmos os achados de Chandwaney et al. (1998) e de Sen (1992) poderemos inferir que o grupo que mais GSH consumiu foi aquele que mais estresse oxidativo sofreu, em um intento de neutralizar uma maior quantidade de ERO. Por outro lado, o comportamento mais equilibrado dos valores do grupo SeE sugere que aquele organismo que apresentar uma defesa antioxidante melhor pode neutralizar ou eliminar as ERO de maneira mais eficiente, mantendo uma homeostase mais calibrada.

5.11 LACTATODESHIDROGENASE

Resultado

Não houve diferença significativa (P>0,05) nos valores de LDH entre os grupos controle e SeE para um mesmo tempo. O gráfico 11 mostra uma tendência de aumento dos valores de LDH para ambos os grupos, com um grande pico do grupo SeE no T4 que logo recupera posições normais no T5, finalizando em T6 com uma nova inversão de valores. As médias totais dos grupos controle e SeE (Figura 11) apresentam uma diferença numérica expressiva, porém não significativa, com o valor maior correspondendo ao grupo controle.

300 400 500 600 700 800 900 1000 T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 Tempo U/L Controle SeE

Gráfico 11 - Variações na lactatodeshigrogenase sérica em unidades por litro de eqüinos em treinamento de enduro com e sem tratamento de vitamina E e selênio a intervalos

T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 Total CV Total Controle 593,33 673,83 630,83 722,50 851,33 827,66 750,66 721,40 30,54 SeE 540,33 587,00 595,33 621,50 948,16 739,50 769,33 685,88 30,99

CV 36,56 30,10 23,14 25,45 32,39 15,49 24,63

Figura 11 - Variações na lactatodeshigrogenase sérica em unidades por litro de eqüinos em treinamento de enduro com e sem tratamento de vitamina E e selênio a intervalos de 14 dias – 2004

5.11.1 Discussão

Os valores de LDH em cavalos de enduro tabelados por Hodgson e Rose (1994) marcam como 250 U/L o limite máximo da faixa da normalidade para esta enzima. O mais chamativo dos resultados que constam na figura 11 é que o menor dos valores que ali figuram (T0) e duas vezes maior que o guarísmos referenciado por Hodgson e Rose (1994), e o maior deles e quase quatro vezes superior (T4), correspondendo estes dois valores ao grupo SeE. Estes cavalos não apresentaram em todo o experimento, na inspeção geral feita sempre segunda feira sim segunda feira não antes de aplicar os tratamentos, nenhum sintoma evidente de rabdomiólise. Por comunicação com os tratadores os treinos continuaram sem variações e em momento nenhum foi comunicado um episodio que involucrase o tecido muscular. Balogh (2001) já comunicou valores altos de LDH e de CPK em cavalos de enduro, só que quando comparados com os seus valores basais. De qualquer maneira Hodgson e Rose (1994) não aclararam no seu trabalho se a LDH testada foi isoenzima ou LDH total; assumindo que foi testada a LDH total, uma explicação ao aqui observado poderia ser que outros grupos celulares que não o muscular

contendo LDH poderiam estar envolvidos neste aumento de atividade, por um aumento na permeabilidade das membranas mitocondriais como, por exemplo, o fígado.

5.12 GAMMAGLUTAMILTRANSFERASE

Resultados

Não foram observadas diferenças significativas (P>0,05) nos valores de GGT entre os grupos controle e SeE para um mesmo tempo. O gráfico 12 reflete um comportamento de ambos os grupos quase idêntico no principio, situação que se estende até T4, a partir do qual observa-se uma divergência expressiva sendo máxima ao final do experimento em virtude do aumento nos valores de GGT do grupo controle. Também neste caso as duas maiores diferenças numéricas (Figura 12) entre grupos num mesmo tempo correspondem a T5 e T6. Não se observou inversão de tendências em nenhum tempo. As medias totais entre grupos apresentam uma diferença numérica importante, correspondendo o valor maior ao grupo controle, porém sem significância estatística.

0 5 10 15 20 25 30 35 40 T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 Tempo U/L Controle SeE

Gráfico 12 - Variações na gammaglutamiltransferase sérica em unidades por litro de eqüinos em treinamento de enduro com e sem tratamento de vitamina E e Se a intervalos de 14 dias – 2004

T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 Total CV Total

Controle 12,00 10,66 13,33 14,83 10,16 14,00 34,33 15,61 145,07 SeE 11,00 10,16 11,50 14,00 9,83 9,66 9,66 10,83 29.11 CV 15,06 21,44 19,26 24,1 39,31 61,45 192,24

Figura 12 - Variações na gammaglutamiltransferase sérica em unidades por litro de eqüinos em treinamento de enduro com e sem tratamento de vitamina E e selênio a intervalos de 14 dias – 2004

5.12.1 Discussão

Hodgson e Rose (1994) estipularam como valores normais de GGT para cavalos de enduro entre 10 e 40 U/L. Todos os valores de GGT contidos na figura 12 se encontram dentro destes limites; sendo a GGT a primeira enzima a elevar seus níveis séricos em presença de lesão hepática pode-se inferir que se como afirma Leclerc (2004) o fígado dos cavalos de enduro esta submetido a um trabalho mais intenso que em outras modalidades, este órgão não parece sofrer grandes transtornos pelo menos baixo as condições deste experimento. Se bem níveis altos de GGT podem ou não estar relacionados com problemas de desempenho, valores normais da mesma são um indicador confiável do bom funcionamento hepático. A grande diferença entre valores que aparece no ultimo tempo (T6) parece ser expressiva, porém um coeficiente de variação muito grande (192,24) deixa ambos resultados iguais estatisticamente.

5.13 CREATINIFOSFOQUINASE

Resultados

Não foi observada nenhuma diferença significativa (P>0,05) nos valores de CPK entre os grupos SeE e controle para um mesmo tempo. O gráfico 13 mostra um comportamento muito similar de ambas líneas, somente com uma variação forte, um incremento nos valores de CPK no grupo controle, enquanto que a línea do grupo SeE se desenvolve mais suavemente. Observam-se três inversões de tendência

entre ambos grupos de valores. A figura 13 mostra que a diferença numérica entre as médias totais e pouca, correspondendo o valor maior ao grupo controle.

300 350 400 450 500 550 600 650 700 T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 Tem po U/L Controle SeE

Gráfico 13 - Variações na creatinifosfoquinase sérica em unidades por litro de eqüinos em treinamento de enduro com e sem tratamento de vitamina E e selênio a intervalos de 14 dias – 2004

T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 Total CV Total

Controle 463,50 680,50 414,33 384,66 529,33 490,50 524,16 498,14 46,22 SeE 465,16 459,10 402,16 392,83 605,83 479,16 558,16 480,35 34,00

CV 25,60 63,93 28,64 37,61 31,49 31,90 28,80

Figura 13 - Variações na creatinifosfoquinase sérica em unidades por litro de eqüinos em treinamento de enduro com e sem tratamento de vitamina E e selênio a intervalos de 14 dias – 2004

5.13.1 Discussão

Se comparados com os valores para CPK comunicados por Hodgson e Rose (1994), estimados pelos autores entre 100 e 300 U/L, os valores enumerados na figura 13 são superiores em 100% aproximadamente. Em estudos feitos com cavalos de enduro Rose (1983), comunicou ter achado valores elevados de CPK (> 1500 U/L) em animais que completaram provas de 160 km sem sintomas de lesão muscular, mais estes dados foram colhidos imediatamente após a prova. Os dados achados neste experimento refletem não uma situação momentânea senão um estado fisiológico permanente, onde com o transcorrer do tempo estes níveis séricos variam muito pouco, mas sempre se mantém por cima do limite considerado normal. Se bem Hodgson e Rose, (1994) consideram que estes aumentos na CPK e LDH tão comuns nesta modalidade posam ser devidos mais a um aumento da permeabilidade da membrana mitocondrial que a uma lesão muscular, o fato de estes níveis se manterem elevados em forma constante induz a suspeita de que o músculo pode estar sendo exigido alem de limites toleráveis, mas por baixo do limiar da lesão clínica. Esta suspeita é reforçada quando se relacionam estes dados com aqueles observados na LDH sérica (Figura 12); se considerarmos que as duas enzimas atinem seus picos aproximadamente 12 hs pós-lesão e que a CPK volta a níveis basais 2-3 dias após e a LDH entre 7-10 dias após, e se os valores de ambas se mantém altos invariavelmente, pode-se inferir que existe um fator traumático permanente e de baixa intensidade que esta produzindo este quadro como pode ser o regime de treinamento.

5.14 URÉIA

Resultados

Os valores de uréia plasmática não sofreram variações significativas (P>0,05) entre os grupos controle e SeE para um mesmo tempo. A figura 14 mostra um comportamento de ambas as curvas bastante similar, sendo que a maior diferença entre valores de um mesmo tempo corresponde a T2 , e a pesar de não ter sido significativa foi de P= 0,059. Porém esta tendência não se mantém ao longo do experimento e no tempo seguinte a diferença volta a ser pequena. As medias totais de ambos os grupos não apresentam diferenças estatísticas e a diferença numérica destes valores é muito baixa, correspondendo o valor maior ao grupo controle.

20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 Tempo mg/dL Controle SeE

Gráfico 14 - Variações na uréia sanguínea em miligramas por decilitro de eqüinos em treinamento de enduro com e sem tratamento de vitamina E e selênio a intervalos de 14 dias – 2004

T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 Total CV Total Controle 30,00 32,33 29,50 33,50 36,50 28,66 32,83 31,90 44,33 SeE 31,33 29,33 24,83 31,50 35,00 26,16 33,00 30,16 44,83

CV 40,61 43,92 28,80 27,75 61,20 47,03 47,63

Figura 14 - Variações na uréia sanguínea em miligramas por decilitro de eqüinos em treinamento de enduro com e sem tratamento de vitamina E e selênio a intervalos de 14 dias – 2004

5.15 Creatinina

Resultados

De todas as variáveis analisadas neste experimento a creatinina é a que menos variações apresentou em seus resultados. As curvas de valores de ambos os grupos controle e SeE se desenvolvem praticamente igual e quando apresentam variações são para os dois grupos iguais (Figura 15). Não só não houve diferença significativa entre valores de ambos os grupos para um mesmo tempo senão que as diferenças numéricas são insignificantes (Gráfico 15). As médias totais de ambos os grupos apresentam uma diferença numérica mínima correspondendo o valor maior ao grupo tratamento.

1 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 2 T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 Tempo mg/ d L Controle SeE

Gráfico 15 - Variações na creatinina sérica em miligramas por decilitro de eqüinos em treinamento de enduro com e sem tratamento de vitamina E e selênio a intervalos de 14 dias – 2004

T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 Total CV Total

Controle 1,56 1,56 1,66 1,91 1,53 1,45 1,63 1,61 15,02

SeE 1,54 1,56 1,64 1,94 1,60 1,48 1,67 1,63 15,48

CV 12,07 7,85 10,29 14,00 16,49 16,45 11,72

Figura 15 - Variações na creatinina sérica em miligramas por decilitro de eqüinos em treinamento de enduro com e sem tratamento de vitamina E e selênio a intervalos de 14 dias – 2004

5.14/15.1 Discussão

Tomando como padrão os valores comunicados por Hodgson e Rose (1994) para uréia de 24 a 48 mg/dL e de creatinina de 1,1 a 1,8 mg/dL, pode-se observar que as duas variáveis se encontram dentro dos limites considerados como fisiológicos, que ademais de indicarem uma boa perfusão renal e hidratação, sinalizam no caso da uréia que estes animais se encontram em equilíbrio energético não sendo preciso recorrer a outras vias de obtenção de energía como a sugerida por Hodgson e Rose, (1994).

5.16 PESO

Resultados

Não foram observadas variações significativas (p<0,05) no peso dos animais no transcurso do experimento. Porem é de destacar que aqueles animais que receberam tratamento com vitamina E e Se mantiveram um peso superior ao dos animais não tratados invariavelmente, correspondendo as duas maiores diferenças numéricas aos dois últimos tempos (70 e 84 dias de iniciado o tratamento) devido principalmente ao aumento de peso no grupo de animais tratados. Na média total de ambos os grupos o grupo de animais tratados ficou por cima do grupo controle, porém sem diferença significativa.

404 406 408 410 412 414 416 418 420 422 424 426 428 T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 Tempo Kilogram as Controle SeE

Gráfico 16 - Variações de peso de eqüinos em treinamento de enduro com e sem tratamento de vitamina E e selênio a intervalos de 14 dias-2004

T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 Total CV Total

Controle 415,33 412,16 413,33 415,5 415,16 417,50 416,66 415,09 13,01 SeE 420,00 413,83 417,16 416,83 417,33 426,16 421,50 418,97 12,4 CV 12,93 12,95 12,71 12,53 13,95 13,79 12,8

Figura 16 - Variações de peso em eqüinos com treinamento de enduro com e sem tratamento de vitamina E e selênio a intervalos de 14 dias -2004

5.16.1 Discussão

Com o treinamento de enduro a tendência e a perder massa muscular com a finalidade de facilitar a dissipação de calor produzido pelo organismo e por sua vez

ter menos peso para trasladar por longas distancias (LEWIS, 2000). Em animais que já estão em treinamento esta perda de peso pode ser moderada ou inexistente, e no caso deste experimento o interesse de monitorar esta variável parte da premissa que os animais testados já atingiram o equilíbrio no peso, e que aqueles que recebem tratamento por terem mais defesas contra o estresse oxidativo conservarão um estado físico melhor e manterão o mesmo, enquanto aqueles que não recebem tratamento tenderiam a perder peso. O que demonstram os resultados para este caso é que os animais do grupo controle mantiveram seu peso de forma constante enquanto que os animais do grupo SeE sofreram variações para mais, tudo isto porem sem expressão significativa.

6 CONCLUSÕES

- Os efeitos benéficos da suplementação com sustâncias antioxidantes via parenteral às doses recomendadas não se manifestam em toda sua expressão em animais que treinam e competem em provas de base de até 60 km. Provavelmente seu impacto seja maior em aquelas provas com percursos superiores aos 100 km, onde as exigências antioxidantes crescem exponencialmente.

- Os achados nos valores hematimétricos VCM e HCM merecem ser aprofundados, uma vez que existe um consenso geral a respeito das adaptações sanguíneas permanentes nesta modalidade imputável somente ao aumento de volume plasmático sem considerar variações na estrutura ou conteúdo dos eritrócitos.

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