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No seu início, a Internet era um mundo desconhecido e diferente do momento atual, em que está presente em quase todos os aspectos de nossas vidas. Se anteriormente era um meio limitado e para poucos, nos dias de hoje a Internet se tornou tão essencial quanto a energia elétrica.

Acompanhando o desenvolvimento tecnológico, a quantidade de informação cresce no mundo digital vertiginosamente. E é a partir da evolução tecnológica que a informação passa a ser sinônimo de poder na sociedade atual, principalmente dentro do ciberespaço.

Nesse cenário, tanto o Google como outras empresas da Internet encontraram na informação a essência para o oferecimento de seus serviços na Web. Tentaremos entender como o Google se tornou o que é atualmente, e como consegue se manter líder, cientes que a informação é sua principal matéria prima, e entendendo que esta é algo volátil e intangível.

Como mostramos no capítulo anterior, antes do surgimento do Google, tivemos como principais buscadores o AltaVista e o Yahoo! (1994). Mesmo que no início os sites de buscas não tenham sido encarados como um negócio sustentável, esse mercado lançou o Google, tornou-o a empresa de maior sucesso das últimas décadas.

Com a criação do PageRank, que automatizou e objetivou as buscas, o site do Google se transformou na forma preferida das pessoas de fazer buscas, pois além da facilidade e simplicidade da plataforma, as pessoas gostavam dos resultados obtidos. O grande trunfo de Page e Brin estava, principalmente, em terem aperfeiçoado sua técnica de busca, em relação aos que existiam.

O buscador da empresa é ainda hoje uma das principais e mais importantes invenções do Google, considerado superior aos atuais concorrentes. A empresa se orgulha por ser a responsável por tornar as informações da Web acessível a partir da sua ferramenta de busca, já que a Internet tornou as informações disponíveis.

Nos anos posteriores a sua criação, o Google tentou acompanhar o ritmo das possibilidades acarretadas pela Internet, e investiu o tempo todo em criações das mais diversas e originais, sempre com a ideia norteadora de proporcionar facilidade e simplicidade às pessoas. Desde então, o Google tem feito verdadeiros acréscimos ao papel que representa na vida das pessoas. (VAIDHYANATHAN, 2011).

Além de sua página de busca principal, a empresa criou diversos outros mecanismos, que direciona e especifica a busca, voltados para informações de interesses mais exclusivos.

No decorrer dos anos, a quantidade dos serviços de busca do Google cresceu, sendo todos eles atrelados à marca Google.

Dentre as principais ferramentas de buscas da empresa, temos o Google News, que foi lançado em 2002 nos EUA, e depois liberado a outros países. A ferramenta tem como objetivo principal realizar buscas entre os mais importantes jornais do mundo, e oferecer como resultados as notícias que tem maior número de links com outros sites de notícia. Trataremos mais na frente os dilemas enfrentados pelo Google por causa deste serviço, e também de alguns outros.

Em 2004, o Google cria um dos seus serviços de busca mais polêmicos, o Google Books. O projeto inicialmente foi nomeado de Google Print, e tinha como objetivo “digitalizar milhões de livros em colaboração com editoras, universidades e grandes bibliotecas” (SÁNCHEZ-OCAÑA, 2013, p. 160). A empresa escanearia e disponibilizaria nos seus resultados de busca, textos completos de livros, ou partes deles. Este serviço ainda recebe duras críticas, mas falaremos delas mais na frente também.

Lançado em novembro de 2004, o Google Acadêmico é uma das ferramentas de pesquisa da empresa que torna possível a busca em periódicos universitários, de artigos e trabalhos acadêmicos variados, ordenando como os outros buscadores, os resultados por relevância, a partir do nome do autor, da íntegra do trabalho, ou ainda o nome dos jornais universitários. Pesquisa realizada por Mugnaini e Strehl (2008), demostra a importância de tal ferramenta para a publicação científicos nacional, e seu impacto destro deste meio.

Ainda há outros serviços de busca da empresa, como o Google Finance, o Google Product Search, o Google Blog Search, Google Imagens, Google Hotel Finder, Google Shopping, entre outros. Todos com o a finalidade de ser o mecanismo de busca perfeito, segundo Larry Page (GOOGLE)12.

Sendo assim, todo serviço que o Google oferece como ferramenta de pesquisa para seus usuários, não só contribui para que as pessoas cheguem às informações de forma mais rápida, mas também muda a forma de como as pessoas pensam sobre a informação (LEVY, 2012).

Todos os dias, bilhões de pessoas usavam a ferramenta de busca da empresa, cuja impressionante capacidade de devolver resultados relevantes em milissegundos alterou a forma como o mundo acessava a informação. (...) Claramente, o Google era um dos mais importantes contribuintes para

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a revolução computacional e tecnológico a marcar um ponto de virada na civilização. (LEVY, 2012, p. 11-12).

Em 2010, o Google adicionou aos seus serviços de pesquisa um recurso de localização, também chamado por Marissa Mayer, na época vice-presidente dos serviços de localização do Google, de “descoberta contextual, busca sem busca” (ESTADÃO, 2010)13.

Nele, toda vez que se pesquisa por algo, sejam bares, restaurantes ou hotéis, os resultados serão muito mais selecionados, levando em conta a localização geográfica do indivíduo. Este também terá acesso à lista de avaliação dos estabelecimentos procurados, garantindo com isso, oportunidade para os negócios locais.

O Google é responsável por 100 bilhões de buscas mensais, e 60 trilhões de endereços já foram catalogados pela empresa, sendo 20 bilhões o número diário de varredura do site para atualizar seu banco de dados (GREGO, 2013)14.

Mesmo com toda a sua expansão dentro do mercado de busca, o Google não poupou acompanhar a Internet em suas novas trilhas, ampliando assim, suas ferramentas e serviços para outras direções. Com a chegada da Web social, a empresa também cria seus mecanismos de relacionamento entre os internautas e facilita, com isso, a construção e manutenção dos laços sociais entre as pessoas. Nos próximos tópicos veremos como o Google apostou em outros mercados.