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Graduado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Campina Grande, Campus Patos-PB 2 Docente no curso de Medicina Veterinária na Universidade Federal de Campina Grande, Campus Patos-PB.

Araújo 4 , Robson Rogério Pessoa Coelho 4 , Karen Luanna Marinho Catunda Rodrigues

1 Graduado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Campina Grande, Campus Patos-PB 2 Docente no curso de Medicina Veterinária na Universidade Federal de Campina Grande, Campus Patos-PB.

*Autor para correspondência: aldenise.csilva@gmail.com

A toxoplasmose é uma antropozoonose causada por um parasito intracelular obrigatório, Toxoplasma

gondii, que pode parasitar tanto os seres humanos como uma gama extensiva de outras espécies

vertebradas, tendo os felídeos como hospedeiro definitivo e as outras espécies de animais e os seres humanos como hospedeiros intermediários. A infecção pode causar consequências graves em fetos de mães com infecção aguda, de maneira que o exame específico no pré-natal é imprescindível do ponto de vista preventivo. Dessa maneira, o objetivo deste trabalho foi identificar o perfil de anticorpos anti-Toxoplasma gondii em mulheres gestantes que estiveram em acompanhamento pré- natal, no período de janeiro a dezembro de 2016, atendidas nas Unidades Básicas de Saúde da Família pertencentes ao Distrito 4, que engloba os bairros Jatobá, Monte Castelo, Alto da Tubiba e Santo Antônio, município de Patos – PB. Foi realizado um estudo observacional descritivo do tipo série de casos através da revisão de 249 prontuários médicos, com coleta de informações referentes a pesquisa sorológica para toxoplasmose (IgG e IgM). Das 249 gestantes analisadas 123 (49,4%) não realizaram a sorologia de rotina pré-natal no primeiro trimestre para anticorpos IgM, 125 (50,2%) foram negativas e uma (0,4%) foi positiva. Para a pesquisa de anticorpos IgG, 46 (18,5%) gestantes foram positivas, 79 (31,7%) foram negativas e 124 (49,8%) não realizaram o exame e apenas uma (0,4%) gestante realizou duas sorologias durante a gestação. Das 126 gestantes estudadas que realizaram sorologia para toxoplasmose, 125 (99,2%) e 79 (63,2%) apresentaram resultado não reagente, respectivamente, para IgM e IgG anti-T. gondii, uma (0,8%) gestante apresentou resultado reagente para IgM e 46 (36,8%) foram reagentes para IgG anti-T. gondii. A elevada frequência de gestantes que não realizaram pelo menos um exame durante o acompanhamento pré-natal demonstra a deficiência dos serviços públicos na implantação de medidas preventivas na formação de um protocolo adequado na triagem sorológica nas gestantes, bem como sugere-se a realização de orientações adequadas nas gestantes, desde a primeira consulta pré-natal, acerca dos hábitos de higiene e alimentação que evitem o risco de contaminação de toxoplasmose.

Medicina Veterinária (UFRPE), Recife, v.12, (julho), Suplemento 2, p.63, 2018

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ISSN 1809-4678

Perfil do atendimento profilático antirrábico humano no município de Sobral no período de 2012 a 2016

[Profile of human antirrabic prophet attendance in the municipality of Sobral in the period from 2012 to 2016]

Arícia Débora Vasconcelos Fonsêca1*, Edjones Pablo do Nascimento Costa1, José Anderson Magalhães Alves1, Felipe Rodrigues Jorge1, Gustavo Sá de Carvalho1, Francisco Roger Aguiar

Cavalcante2

1Graduando em Medicina Veterinária pelo Centro Universitáio INTA – UNINTA. 2Docente no curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário INTA – UNINTA.

*Autor para correspondência: aricia.fonseca26@hotmail.com

A raiva é uma zoonose causada por um retrovírus pertencente à família Rhabdoviridae gênero

Lyssavirus tendo como principal forma de transmissão, mordedura de animais de sangue quente

infectados com o vírus. Possui ciclo urbano, rural e silvestres sendo os principais reservatórios, os canídeos domésticos, morcegos e primatas não humanos respectivamente. As principais medidas profiláticas da raiva, são a vacinação de animais domésticos e o atendimento às pessoas expostas à agressões por animais. Sendo a raiva uma enfermidade ainda considerada 100% letal, e Sobral como um município em que o atendimento profilático antirrábico humano gera uma elevada demanda nos serviços de atenção à saúde, fez-se necessário realizar um estudo que ressaltasse o risco de transmissão da raiva e identificasse a frequência e distribuição deste agravo na população. Com o objetivo de descrever o perfil do atendimento profilático antirrábico humano no município de Sobral no período de 2012 a 2016. Foi realizado um estudo epidemiológico descritivo utilizando os dados secundários da secretaria de saúde do município de Sobral a respeito dos atendimentos profiláticos antirrábicos humanos. Os dados foram coletados a partir do banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do serviço de vigilância epidemiológica do município tomando como base o período de 2012 a 2016 e tabulados no programa do departamento de dados do SUS (DATASUS), Tabwin. As análises foram realizadas através do programa Microsoft Excel®, com confecção de gráficos e tabelas. O atendimento profilático antirrábico no município de Sobral é uma rotina bastante frequente nos Centros de Saúde da Família, totalizando 5.773 atendimentos no período estudado. A espécie canina foi a que apresentou maior percentual das agressões com 4.178 (72,3%) pessoas atendidas, seguido dos felinos, 1.453(25,1%), primatas não humano, 32 (0.5%), morcegos, 23 (0.4%), raposa, 14 (0,2%), herbívoros domésticos, 8 (0,1%), e outras espécies 65 (1,2%). A condição dos animais no momento da agressão foi de 3.900 (67,5%) estavam sadios, 840(14,6%) suspeitos e 2 (0.03%) estavam raivosos. Em 1.031 casos de agressões, a condição do animal não foi registrada. Os animais raivosos foram registrados nos anos de 2013 e 2016. Os territórios de saúde com maiores registros de agressões foram, Sinhá Sabóia com 492 (8,5%), seguido do território Terrenos novos com 485 (8,0%) e Padre Palhano com 360 (3,2%). Podemos perceber que no município de Sobral o atendimento profilático antirrábico humano é algo corriqueiro e que são necessárias medidas de promoção em saúde e posse responsável de animais de companhia, campanhas de controle populacional de cães e gatos com o intuito de diminuir a incidência de agressões por animais a humanos.

Medicina Veterinária (UFRPE), Recife, v.12, (julho), Suplemento 2, p.64, 2018

ISSN 1809-4678

Comercialização de medicamentos para uso veterinário em farmácias humanas de Esperança/PB, Brasil

[The commercialization of drugs for veterinary uses in human pharmacies in Esperança/PB, Brazil]

Rebeca Nogueira Martins1, Ruth Carneiro Gomes da Silva1, Kelvis de Brito Freitas1*, Felipe Ferreira da Silva1, Anne Evelyne Franco de Souza2

1Graduando em Medicina Veterinária, Universidade Federal da Paraíba 2Docente do Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal da Paraíba

*Autor para correspondência: kelvi.freitas@gmail.com

Devido à escassez de trabalhos relacionados à comercialização de medicamentos que necessitam de receita controlada para uso veterinário em farmácias humanas de cidades do Brejo Paraibano, objetivou-se realizar o presente estudo. O trabalho foi realizado em três farmácias da cidade de Esperança-PB entre os meses de maio e julho do ano de 2017. Por serem medicamentos de uso controlado, a coleta de dados foi executada com a ajuda dos farmacêuticos responsáveis, que fizeram uma busca nos dados salvos de seus respectivos estabelecimentos. O levantamento foi feito levando em conta os medicamentos que possuíam maior demanda. Dentre os medicamentos relacionados pelos farmacêuticos como dispensados para uso veterinário, duas classes se destacaram: anticonvulsivantes e antibióticos. Entre os anticonvulsivantes, destaca-se o fenobarbital de 100 mg e, dentre os antibióticos, a amoxicilina de 250 mg. O fenobarbital é indicado para prevenir o aparecimento de convulsões em animais com epilepsia e também é utilizado como principal princípio ativo no tratamento de tais eventos convulsivos; enquanto que a amoxicilina, por ser um antibiótico de amplo espectro, é eficaz contra uma grande variedade de bactérias. Nesse estudo, observou-se também que ainda se tem pouco conhecimento sobre a comercialização de medicamentos para uso veterinário e que em todas as farmácias ocorreram relatos de proprietários que automedicavam seu animal de estimação. Tais dados subsidiam assim a necessidade de conscientização tanto dos profissionais farmacêuticos, como dos tutores, em relação aos riscos que automedicação pode causar aos animais. Com isso, fica perceptível que o papel do médico veterinário na sociedade ainda precisa ser bastante debatido.

Medicina Veterinária (UFRPE), Recife, v.12, (julho), Suplemento 2, p.65, 2018

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ISSN 1809-4678

Zoonoses e guarda responsável de cães e gatos: a extensão universitária como instrumento de conscientização aos alunos de instituições educacionais do município de Patos-PB [Zoonoses and responsible guard of dogs and cats: the university extension as an instrument of

conscientization to the students of educational institutions of the city of Patos-PB]

Lorena de Carvalho Ramos1*, Daniele Frutuoso Leal da Costa1, Carla Ludemila Dantas Monteiro1, Hannah Costa Soares2, Thiago da Silva Brandão2, Almir Pereira de Souza3

1Graduando em Medicina Veterinária pela UFCG, Campus Patos-PB

2Médico Veterinário Mestrando do Programa de Pós-Graduação de Medicina Veterinária(PPGMV), UFCG,

campus Patos-PB

3Docente do curso de Medicina Veterinária da UFCG, Campus Patos-PB

*Autor para correspondência: lorena_cr,vet@hotmail.com

Os animais domésticos, principalmente os cães e gatos estão cada vez mais frequentes nos lares brasileiros e consequentemente observa-se também o fortalecimento e estreitamento dos laços afetivos entre humanos e animais doméstico e portanto, devido a este novo cenário os tutores necessitam de mais conhecimento acerca deste relacionamento para que eles possam proporcionar aos seus cães e gatos situação de bem - estar animal além de também, ter noção das principais doenças de caráter zoonótico que podem ser transmitidas através dessa ligação afetiva entre homens e animais de companhia, desta forma as práticas extensionistas universitárias assumem grande importância na conscientização da população acerca da prevenção e controle de zoonoses e da guarda responsável. Foram realizadas visitas nas escolas/universidades do município durante o período de quatro de agosto a três de novembro de 2016, com o objetivo de transmitir informações acerca da guarda responsável de animais de companhia e também de repassar informações sobre zoonoses e saúde pública, destacando as principais doenças zoonoticas a exemplo da Leishmaniose, uma doença de alta incidência no município de Patos-PB, onde foram expostas informações relacionadas a transmissão da doença e as medidas de prevenção e controle. Além de outras zoonoses como a Leptospirose, Toxoplasmose, Cisticercose, Larva Migrans Cutânea, Escabiose, Raiva, Brucelose, Tuberculose e Mormo, sendo essas três ultimas mais comuns na zona rural e em animais de produção, assim difundindo o conhecimento sobre estes assuntos. Foram realizadas palestras, mesas redondas, ambientes de discussão com o intuito de promover o estímulo e participação dos alunos tanto nas escolas como nas universidades. Nas palestras, foram utilizados Banners contendo imagens explicativas, além de distribuição de panfletos, contendo informações sobre vermifugação, vacinação, manejo higiênico sanitário, alimentação adequada, cuidados durante o passeio, assistência médica veterinária, castração, segurança, proteção, entre outros cuidados essenciais. Foram discutidos também nas palestras, assuntos como a Guarda Irresponsável de Animais, com enfoque no abandono de animais, prática considerada crime pela legislação brasileira, discutindo problemas a respeito da grande quantidade de animais errantes no município e a importância da criação de um Centro de Controle de Zoonoses para a cidade. Pode-se observar o interesse dos alunos acerca do tema e também dos professores nas salas de aulas, pois são conhecimentos que nem sempre estão presentes no cotidiano das pessoas que criam animais, e isso faz toda a diferença pois, foram repassadas situações novas para a relação homem/animal objetivando manter tal relacionamento amigável e saudável. A utilização da extensão universitária, se mostrou um instrumento importante na transmissão e conscientização não somente dos alunos, mas também dos seus professores, o que é uma das maiores atribuições dos programas de extensão, pois promove a disseminação de conhecimento para população sobre assuntos que são diariamente estudados pelas universidades.

Medicina Veterinária (UFRPE), Recife, v.12, (julho), Suplemento 2, p.66, 2018

ISSN 1809-4678

Levantamento do número de animais não-convencionais atendidos no período de janeiro de 2016 até abril de 2018 no hospital veterinário da Universidade Federal da Paraíba [Survey of the number of non-conventional animals attended in the period of January 2016 until

april 2018 at the veterinary hospital of the university of federal of paraíba]

Rebeca Nogueira Martins1*, Thalles Luiz Gomes de Almeida1, Kathryn Nóbrega Arcoverde3, Nailson de Andrade Neri Júnior2, Ilda Mayara França Soares2, Rafael Lima de Oliveira3

1Graduanda(o) em Medicina Veterinária, Universidade Federal da Paraíba – UFPB 2Médico(a) Veterinário(a) Autônomo(a)

3Médico Veterinário do Hospital Veterinário – UFPB

*Autor para correspondência: beksnogueira@gmail.com

Observa-se um crescente interesse em possuir como animal de companhia não somente cães e gatos, mas também animais silvestres ou exóticos, representados, em sua maioria, por mamíferos, aves e répteis. A manutenção de animais selvagens em cativeiro constitui uma importante ferramenta para a conservação das espécies, porém este ambiente pode comprometer o bem-estar dos animais por diferir do ambiente natural. Parte das patologias que acometem animais silvestres e exóticos mantidos como animais de companhia é decorrente do manejo inadequado devido o desconhecimento das necessidades básicas dos animais, assim, o médico veterinário especialista em animais silvestres deve atuar como orientador dos tutores, a fim de evitar estas doenças ocasionadas por manejo inadequado. O presente trabalho tem como objetivo demonstrar o índice crescente de animais não convencionais atendidos na clínica medica e cirúrgica de pequenos animais no Hospital Veterinário da Universidade Federal da Paraíba. Foram atendidos 88 animais no total, sendo 51 aves (57,95%), 10 répteis (11,36%), 27 mamíferos (30,67%). Dentre as espécies mais frequentes encontram-se calopsitas

(Nymphicus hollandicus), hamster-sírio (Mesocricetus auratus), jabuti-piranga (Chelonoidis carbonaria), coelhos (Oryctolagus cuniculus). Realizaram-se ainda 18 procedimentos cirúrgicos: 4

ortopédicos em aves, 4 penectomias em jabuti-piranga, 4 exéreses de neoplasias (1 em ave e 3 em hamsters), 2 correções de retenção de ovos em iguana-verde (iguana-iguana) e jabuti-piranga, 1 desgaste dentário em hamster, 1 síntese mandibular em gambá-de-orelha-branca (Didelphis

albiventris), 1 caudectomia em teiú-gigante (Salvator merianae), 1 cirurgia reconstrutiva em cabeça

de galinha-doméstica (Gallus gallus domesticus). Em todos os atendimentos que o animal possuía tutor, o mesmo foi orientado com relação ao manejo ambiental e nutricional adequado, além do tratamento necessário para o caso clínico que estava apresentando. Os animais de vida livre foram tratados e alimentados de forma adequada e reintroduzidos na natureza. Dos 18 procedimentos cirúrgicos realizados obteve-se um índice de apenas 3,6% de óbito durante trans-cirúrgico ou pós- operatório imediato, índice considerado baixo, levando-se em consideração as espécies em questão. Diante dos resultados obtidos nota-se ainda uma baixa procura de atendimento médico veterinário por parte dos tutores de animais não-convencionais no entorno da cidade de Areia-PB, onde o Hospital Veterinário está situado, visto que semanalmente atendem-se cerca de 60 cães e gatos no mesmo hospital, com agendamento prévio. A partir deste levantamento conclui-se que a clínica de silvestres ainda está em crescimento na nossa região tendo pouco conhecimento dos tutores do serviço ofertado e quais cuidados com nutrição, manejo e recintos são necessários para manutenção da saúde e qualidade de vida dos animais a eles confiados.

Medicina Veterinária (UFRPE), Recife, v.12, (julho), Suplemento 2, p.67, 2018

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ISSN 1809-4678

Plantas nativas na alimentação de animais em propriedades assentadas da zona rural de Cajazeiras, Paraíba

[Native plants in animal feeding in settlement properties in the rural area in Cajazeiras, Paraíba]

Maria Evelaine de Lucena Nascimento1*, Natália Ingrid Souto da Silva1, Hodias Sousa de Oliveira

Filho1, Edvaldo Sebastião da Silva1, Maria Eveline de Lucena Nascimento2, Maiza Araújo

Cordão3

1Graduando em Medicina Veterinária pelo Instituto Federal da Paraíba, campus Sousa-PB

²Graduanda em Agroecologia pelo Instituto Federal da Paraíba, campus Sousa-PB

³Docente no curso de Medicina Veterinária do Instituto Federal da Paraíba, campus Sousa-PB *Autor para correspondência: evelaineveter@gmail.com

No semiárido brasileiro predomina a vegetação da caatinga, importante fonte alimentar para os animais durante todo o ano. Conhecer a predominância de determinadas plantas e o seu consumo pelos animais, possibilita ao produtor o uso como fonte proteica e energética, constituindo um volumoso de alto valor nutritivo e de baixo custo, sendo uma alternativa de melhorar o desempenho produtivo, considerando-se que a pecuária é considerada uma das principais atividades desenvolvidas, e consequentemente geração de renda. O trabalho foi realizado em propriedades de comunidades assentadas da zona rural de Cajazeiras-PB, foi realizado um levantamento das principais plantas arbóreas da caatinga e a utilização destas na alimentação animal. Os dados foram obtidos por meio de questionários aplicados a 20 produtores. Todos os entrevistados utilizam plantas da caatinga na alimentação dos animais principalmente na forma de pastejo direto (70%) sendo à base de volumoso dos rebanhos (60%) e em menor quantidade outras fontes de volumoso (35%) como, palma forrageira, feno de mata pasto e silagem de sorgo. Predominantemente, 95% dos entrevistados afirmaram ter em suas propriedades plantas como Jurema Preta (Mimosa tenuiflora), Marmeleiro (Dalbergia brasilienses), Mofumbo (Combretum leprosum) e Juazeiro (Ziziphus Joazeiro Mart) seguido de Mororó (Bauhinia forficata) (80%), Catingueira (Caesalpinia pyramidolis tui) (65%), Jureminha (Desmanthus virgatus L.) (35%), Maniçoba (Manihot caerulexens) (25%) e Sabiá (Mimosa Caesalpinifolia Benth) (20%). Destas, a mais consumida pelos animais relatada foi à Jurema Preta (90%), seguido pelo Mofumbo (85%), Marmeleiro e Juazeiro (70%), Catingueira (60%), Mororó (55%), Jureminha (25%) e Sabiá (10%). Em relação a espécie animal, os que mais consomem estas plantas são ovinos (75%), seguidos por caprinos e bovinos (45%). Em resposta aos questionamentos sobre o risco de intoxicações, 75% dos produtores informaram não haver casos de intoxicação no rebanho e apenas 25% relataram algum tipo de intoxicação, no entanto, por plantas que não são consideradas como forrageiras como Salsa (Ipomoea asarifolia) e Tingui (Magonia

pubescens). Sobre a utilização das plantas da caatinga para outros fins, além da alimentação animal,

100% dos produtores utilizam para: produção de cercas, currais e lenha. Dessa forma, destaca-se a importância do conhecimento sobre o potencial forrageiro das plantas nativas da caatinga e sua utilização na alimentação animal como um fator necessário ao desenvolvimento da pecuária no semiárido nordestino, pois as mesmas constituem uma fonte de volumoso nutritiva, bastante consumida pelos animais, principalmente por ruminantes.

Medicina Veterinária (UFRPE), Recife, v.12, (julho), Suplemento 2, p.68, 2018

ISSN 1809-4678

Caracterização socioeconômica de produtores rurais em propriedades assentadas de Cajazeiras, Paraíba

[Socioeconomic characterization of farmers in settlement properties in Cajazeiras, Paraíba]

Francisca Camila Gomes Machado1*,Maria Evelaine de Lucena Nascimento1, Natália Ingrid Souto da Silva1, Edvaldo Sebastião da Silva1, Maria Eveline de Lucena Nascimento2, Maiza Araújo

Cordão3

1Graduando em Medicina Veterinária pelo Instituto Federal da Paraíba, campus Sousa-PB

²Graduanda em Agroecologia pelo Instituto Federal da Paraíba, campus Sousa-PB

³Docente no curso de Medicina Veterinária do Instituto Federal da Paraíba, campus Sousa-PB *Autor para correspondência: franciscacamila04@yahoo.com.br

A caracterização socioeconômica dos produtores permite avaliar o potencial produtivo de determinada região, com a finalidade de contribuir para o desenvolvimento pecuário, apontando os entraves gerados na formação da renda, contribuindo para a resolução e posterior crescimento das atividades rurais. O estudo da caracterização socioeconômica dos produtores foi realizado na zona rural de Cajazeiras-PB, em comunidades assentadas. Para isso foram aplicados questionários com 20 produtores rurais, sobre nível de escolaridade, acesso a crédito rural, fonte de renda, quantidade de animais na propriedade, tamanho da propriedade, e utilização de serviços veterinários. Dessa forma, constatou-se que em sua maioria os produtores entrevistados são alfabetizados (70%) e apenas 30% não alfabetizados, sendo que 90% têm acesso a serviços de educação (escolas, palestras rurais). Com relação à quantidade de membros na família, a média dos produtores possui entre duas e sete pessoas. Contudo, dos vinte entrevistados todos os filhos estão em processo de escolarização, sendo 60% em ensino médio, 35% no ensino fundamental e 5% no ensino superior. Em sua totalidade (100%) dos entrevistados afirmaram ter acesso a água potável. 45% dos entrevistados possuem propriedades com tamanho entre três e dez hectares, no entanto, 55% não souberam informar o tamanho da sua propriedade. A principal fonte de renda é proveniente da produção familiar (45%), seguida de outras fontes como aposentadoria (20%), piscicultura (10%), bicos (10%), apicultura (5%) e fábricas de cerâmicas (5%). Do total de entrevistados 60% informaram não ter acesso a crédito rural e 40% possuem algum tipo de subsídio como “cred amigo” e “agro amigo” apoio do Banco do Nordeste aos produtores rurais. Todos os entrevistados possuem animais em suas propriedades sendo predominante a criação de ovinos (75%), seguida de bovinos (65%) e caprinos (55%), além de aves (25%) e suínos (15%). Quanto à utilização de serviços veterinários na propriedade, 60% responderam não ter acesso, enquanto que 35% afirmaram utilizar e 5% não responderam. Dessa forma, conclui-se que apesar de grande maioria dos entrevistados serem alfabetizados e terem acesso a serviços de educação, a maioria possuem nível de escolaridade baixo, assim como, não possui acesso a crédito rural e serviços veterinários, que possam melhorar sua atividade rural, levando em consideração que a principal fonte de renda vem da agricultura familiar e todos possuem animais, essas práticas deveriam ser realizadas com mais intensidade, para que a atividade agrícola seja uma fonte de renda mais expressiva no perfil socioeconômico do produtor.