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v1 > vP1 e v2 ≤ vP2, onde v1 e v2 são, respectivamente, as velocidades calculadas

vP2 são, respectivamente, as velocidades regulamentadas para as vias por onde trafega os veículos V1 e V2

Na condição 3, diferentemente das condições até agora analisadas, o condutor do veículo V1

também viola uma norma: apesar de ter prioridade de passagem no cruzamento, trafega com velocidade acima da máxima permitida para a via, portanto, de acordo com a definição de causa determinante proposta neste trabalho, ele pode ser o causador do sinistro de trânsito. Desta forma, além das situações já analisadas na condição 1, temos que acrescentar no estudo a verificação do papel da velocidade excessiva desenvolvida pelo condutor do veículo V1.

3.1 Caso 1: V1 → não freia; V2 → não freia

Nesse tipo de configuração, a primeira coisa a ser feita é verificar se quando V2 adentrou na área do

cruzamento, o condutor de V1 estivesse trafegando com a velocidade máxima regulamentada para a

via, vP1, a colisão ocorreria.

 Caso positivo, ou seja, mesmo se o condutor de V1 estivesse trafegando com vP1 o evento

teria ocorrido, desta forma, a única causa determinante possível para o sinistro é:

O comportamento do condutor de V2 em desrespeitar a prioridade de

passagem do condutor de V1, por motivos* que não se podem precisar

materialmente, resultando na interceptação da trajetória de V1 e, por

consequência, na colisão entre os veículos.

* Não é possível precisar se o comportamento ocorreu por erro, por violação ou por resposta a ação de terceiro.

Entretanto, como o condutor de V1 trafegava com velocidade superior à máxima permitida para a

via é necessário apontar tal comportamento, pois é um fator contribuinte para a ocorrência do sinistro de trânsito:

106 Assinala-se que o condutor de V1 trafegava com velocidade superior à

máxima permitida para a via e, neste caso, além de ser uma infração de trânsito é também interpretada como agravante geral das consequências do sinistro (avarias e/ou lesões), uma vez que sua velocidade no instante da colisão é maior do que a velocidade máxima permitida para o local.

 Caso negativo, ou seja, se o condutor de V1 estivesse trafegando com vP1 o evento não teria

ocorrido, desta forma, a única causa determinante possível para o sinistro é:

O comportamento do condutor de V1 em trafegar com a velocidade de X

km/h, superior à velocidade máxima permitida para a via (Y km/h), uma vez que se estivesse trafegando com à velocidade máxima permitida a colisão não teria ocorrido.

Por fim, em ambos os casos, é necessário verificar se a ausência de reação do condutor de V1 pode

ter sido um fator contribuinte para a ocorrência do evento. Desta forma, averiguar se quando V2

adentrou na área do cruzamento o condutor de V1 teve tempo suficiente para reagir e evitar a

colisão. Para esse estudo, é necessário:

 Calcular o tempo que o condutor de V2 gastou desde a linha “Dê a Preferência” até o ponto

de colisão;

 Retroagir ambos os veículos utilizando este tempo;

 Simular a situação em que ambos os condutores trafeguem com as velocidades calculadas a partir dos dados da reconstrução do sinistro;

 Simular a situação em que o condutor de V1 reage (freia), utilizando o tempo percepção-

reação médio da população;

 Verificar se mesmo assim a colisão ocorreria; o Caso negativo, é necessário assinalar que:

O condutor de V1 teve tempo suficiente para ter reagido e evitado a colisão,

mas não o fez, não sendo possível* constatar materialmente o que causou essa ausência de reação.

* Não é possível precisar se a ausência de reação ocorreu por erro, por violação ou por resposta a ação de terceiro.

o Caso positivo, a colisão ainda assim ocorreria, desta forma, o condutor de V1 não deu causa e nem contribuiu para o resultado, pois não teve tempo suficiente para evitar a colisão.

3.2 Caso 2: V1 → freia; V2 → não freia

Nesse tipo de configuração, como o condutor de V1 reduz sua velocidade ao aplicar o sistema de

freios de seu veículo (marcas de frenagem na pista), a primeira coisa a ser feita é verificar o valor da velocidade de V1 quando o condutor de V2 entra na área do cruzamento.

 Se v1 ≤ vP1, ou seja, se a velocidade de V1 quando V2 adentrou na área do cruzamento fosse

menor ou igual à velocidade máxima regulamentada, vP1, independentemente do excesso de

velocidade com que trafegava o condutor de V1, a única causa determinante para o sinistro

é:

O comportamento do condutor de V2 em desrespeitar a prioridade de

passagem do condutor de V1, por motivos* que não se podem precisar

materialmente, resultando na interceptação da trajetória de V1 e, por

consequência, na colisão entre os veículos.

* Não é possível precisar se o comportamento ocorreu por erro, por violação ou por resposta a ação de terceiro.

Desta forma, como a velocidade de V1 já era igual ou inferior a vP1 quando o condutor de V2

adentrou a área do cruzamento, é importante ressaltar que:

Assinala-se que mesmo se o condutor de V1 estivesse trafegando com a

velocidade máxima permitida para a via, ainda assim, a colisão teria ocorrido. Portanto, o papel da velocidade excessiva desenvolvida pelo condutor de V1, neste caso, é interpretada apenas como uma infração de

trânsito, uma vez que a velocidade de V1 no instante da colisão é menor ou

igual do que a velocidade máxima permitida para a via.

 Se v1 > vP1, é preciso verificar se quando o V2 adentrou na área do cruzamento o condutor de

V1 estivesse trafegando com a velocidade máxima regulamentada para a via, vP1, a colisão

ocorreria.

o Caso positivo, ou seja, mesmo se o condutor de V1 estivesse trafegando com vP1 o evento teria ocorrido, desta forma, a única causa determinante possível para o sinistro é:

O comportamento do condutor de V2 em desrespeitar a prioridade de

passagem do condutor de V1, por motivos* que não se podem precisar

materialmente, resultando na interceptação da trajetória de V1 e, por

108 * Não é possível precisar se o comportamento ocorreu por erro, por violação ou por resposta a ação de terceiro.

Entretanto, como o condutor de V1 aplica o sistema de freio e reduz a velocidade com que

trafegava, ainda é necessário verificar se esta velocidade excessiva é um fator contribuinte para o evento. Sendo assim, caso no instante da colisão sua velocidade ainda for superior à máxima permitida para a via, é importante ressaltar que:

Assinala-se que mesmo se o condutor de V1 estivesse trafegando com a

velocidade máxima permitida para a via, ainda assim, a colisão teria ocorrido. Portanto, o papel da velocidade excessiva desenvolvida pelo condutor de V1, neste caso, além de constituir infração de trânsito, é

interpretada como agravante geral das consequências do sinistro, uma vez que a velocidade de V1 no instante da colisão é maior do que a velocidade

máxima permitida para a via.

Caso a velocidade já estivesse igual ou inferior à velocidade máxima permitida para a via, é importante ressaltar que:

Assinala-se que mesmo se o condutor de V1 estivesse trafegando com a

velocidade máxima permitida para a via, ainda assim, a colisão teria ocorrido. Portanto, o papel da velocidade excessiva desenvolvida pelo condutor de V1, neste caso, é interpretada apenas como uma infração de

trânsito, uma vez que a velocidade de V1 no instante da colisão é menor ou

igual do que a velocidade máxima permitida para a via.

o Caso negativo, ou seja, se o condutor de V1 estivesse trafegando com vP1 o evento não teria ocorrido, desta forma, a única causa determinante possível para o sinistro é:

O comportamento do condutor de V1 em trafegar com a velocidade de X

km/h, superior à velocidade máxima permitida para a via (Y km/h), uma vez que se estivesse trafegando com à velocidade máxima permitida a colisão não teria ocorrido.

Por fim, nos três casos acima discutidos, é necessário verificar se o condutor de V1 teve tempo de

reagir antes da colisão e não o fez. Caso positivo, essa reação tardia também pode ter sido um fator contribuinte para a ocorrência do evento. Para esse estudo, é necessário:

 Calcular o tempo que o condutor de V2 gastou desde a linha “Dê a Preferência” até o ponto

de colisão;

 Retroagir ambos os veículos utilizando este tempo;

 Simular a situação em que ambos os condutores trafeguem com as velocidades calculadas a partir dos dados da reconstrução do sinistro;

 Simular a situação em que o condutor de V1 reage (freia), utilizando o tempo percepção-

reação médio da população;

 Verificar se mesmo assim a colisão ocorreria; o Caso negativo, é necessário assinalar que:

O condutor de V1 teve tempo suficiente para ter reagido e evitado a colisão,

mas não o fez, não sendo possível* constatar materialmente o que causou essa reação tardia.

* Não é possível precisar se a ausência de reação ocorreu por erro, por violação ou por resposta a ação de terceiro.

o Caso positivo, a colisão ainda assim ocorreria, desta forma, o condutor de V1 não deu causa e nem contribuiu para o resultado.

3.3 Caso 3: V1 → não freia; V2 → freia

Neste tipo de configuração, como se materializou uma reação (marcas de frenagem na pista) por parte do condutor de V2, podem existir três causas determinantes para o evento. Para esse estudo é

necessário determinar onde o condutor de V2 percebeu o perigo:

 Antes da linha “Dê a Preferência”, ou seja, o condutor de V2 percebeu o perigo antes de

entrar na área do cruzamento, entretanto, por ter reagido tardiamente, não conseguiu imobilizar seu veículo na posição devida. Sendo assim, a causa determinante para o evento será:

O comportamento do condutor do veículo V2 em reagir tardiamente*, ante

as condições de tráfego reinantes na área do cruzamento, resultando em sua entrada nesta região, na interceptação da trajetória do veículo V1 e,

por consequência, na colisão entre os veículos.

* Não é possível precisar se a reação tardia ocorreu por erro, por violação ou por resposta a ação de terceiro.

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Entretanto, como o condutor de V1 trafegava com velocidade superior à máxima permitida para a

via é necessário apontar tal comportamento, pois é um fator contribuinte para a ocorrência do sinistro de trânsito:

Assinala-se que o condutor de V1 trafegava com velocidade superior à

máxima permitida para a via e, neste caso, além de ser uma infração de trânsito é também interpretada como agravante geral das consequências do sinistro (avarias e/ou lesões), uma vez que sua velocidade no instante da colisão é maior do que a velocidade máxima permitida para o local.

 Depois da linha “Dê a Preferência”, ou seja, o condutor de V2 entrou na área do cruzamento

sem esboçar nenhuma intenção de parar antes da posição devida. Entretanto, é preciso verificar se quando V2 adentrou na área do cruzamento o condutor de V1 estivesse

trafegando com a velocidade máxima regulamentada para a via, vP1, a colisão ocorreria.

o Caso positivo, ou seja, mesmo se o condutor de V1 estivesse trafegando com vP1 o evento teria ocorrido, desta forma, a única causa determinante possível para o sinistro é:

O comportamento do condutor de V2 em desrespeitar a prioridade de

passagem do condutor de V1, por motivos* que não se podem precisar

materialmente, resultando na interceptação da trajetória de V1 e, por

consequência, na colisão entre os veículos.

* Não é possível precisar se o comportamento ocorreu por erro, por violação ou por resposta a ação de terceiro.

Entretanto, como o condutor de V1 trafegava com velocidade superior à máxima permitida para a

via é necessário apontar tal comportamento, pois é um fator contribuinte para a ocorrência do sinistro de trânsito:

Assinala-se que o condutor de V1 trafegava com velocidade superior à

máxima permitida para a via e, neste caso, além de ser uma infração de trânsito é também interpretada como agravante geral das consequências do sinistro (avarias e/ou lesões), uma vez que sua velocidade no instante da colisão é maior do que a velocidade máxima permitida para o local.

o Caso negativo, ou seja, se o condutor de V1 estivesse trafegando com vP1 o evento não teria ocorrido, desta forma, a única causa determinante possível para o sinistro é:

O comportamento do condutor de V1 em trafegar com a velocidade de X

km/h, superior à velocidade máxima permitida para a via (Y km/h), uma vez que se estivesse trafegando com à velocidade máxima permitida a colisão não teria ocorrido.

Entretanto, em todos os casos acima discutidos, é necessário verificar se a ausência de reação do condutor de V1 pode ter sido um fator contribuinte para a ocorrência da colisão. Desta forma,

averiguar se quando V2 adentrou a área do cruzamento o condutor de V1 tinha tempo suficiente para

reagir e evitar a colisão. Para esse estudo, é necessário:

 Calcular o tempo que o condutor de V2 gastou desde a linha “Dê a Preferência” até o ponto

de colisão;

 Retroagir ambos os veículos utilizando este tempo;

 Simular a situação em que ambos os condutores trafeguem com as velocidades calculadas a partir dos dados da reconstrução do sinistro;

 Simular a situação em que o condutor de V1 reage (freia), utilizando o tempo percepção-

reação médio da população;

 Verificar se mesmo assim a colisão ocorreria; o Caso negativo, é necessário assinalar que:

O condutor de V1 teve tempo suficiente para ter reagido e evitado a colisão,

mas não o fez, não sendo possível* constatar materialmente o que causou essa ausência de reação.

* Não é possível precisar se a ausência de reação ocorreu por erro, por violação ou por resposta a ação de terceiro.

o Caso positivo, a colisão ainda assim ocorreria, desta forma, o condutor de V1 não deu causa e nem contribuiu para o resultado.

3.4 Caso 4: V1 → freia; V2 → freia

Nesse tipo de configuração, como o condutor de V1 reduz sua velocidade ao aplicar o sistema de

freios de seu veículo (marcas de frenagem na pista), a primeira coisa a ser feita é verificar o valor da velocidade de V1 quando o condutor de V2 entra na área do cruzamento.

 Se v1 ≤ vP1, ou seja, se a velocidade de V1 quando V2 adentrou na área do cruzamento fosse

menor ou igual à velocidade máxima regulamentada, vP1, é necessário determinar onde o

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o Antes da linha “Dê a Preferência”, ou seja, o condutor de V2 percebeu o perigo antes de entrar na área do cruzamento, entretanto, por ter reagido tardiamente, não conseguiu imobilizar seu veículo antes da posição devida. Sendo assim, a causa determinante para o evento será:

O comportamento do condutor do veículo V2 em reagir tardiamente*, ante

as condições de tráfego reinantes na área do cruzamento, resultando em sua entrada nesta região, na interceptação da trajetória do veículo V1 e,

por consequência, na colisão entre os veículos.

* Não é possível precisar se a reação tardia ocorreu por erro, por violação ou por resposta a ação de terceiro.

Desta forma, como a velocidade de V1 já era igual ou inferior a vP1 quando o condutor de V2

adentrou a área do cruzamento, é importante ressaltar que:

Assinala-se que mesmo se o condutor de V1 estivesse trafegando com a

velocidade máxima permitida para a via, ainda assim, a colisão teria ocorrido. Portanto, o papel da velocidade excessiva desenvolvida pelo condutor de V1, neste caso, é interpretada apenas como uma infração de

trânsito, uma vez que a velocidade de V1 no instante da colisão é menor ou

igual do que a velocidade máxima permitida para a via.

o Depois da linha “Dê a Preferência”, ou seja, o condutor de V2 entrou na área do cruzamento sem esboçar nenhuma intenção de parar antes da posição devida, desta forma, a única causa determinante possível para o sinistro é:

O comportamento do condutor de V2 em desrespeitar a prioridade de

passagem do condutor de V1, por motivos* que não se podem precisar

materialmente, resultando na interceptação da trajetória de V1 e, por

consequência, na colisão entre os veículos.

* Não é possível precisar se o comportamento ocorreu por erro, por violação ou por resposta a ação de terceiro.

Da mesma forma, como a velocidade de V1 já era igual ou inferior a vP1 quando o condutor de V2

adentrou a área do cruzamento, é importante ressaltar que:

Assinala-se que mesmo se o condutor de V1 estivesse trafegando com a

velocidade máxima permitida para a via, ainda assim, a colisão teria ocorrido. Portanto, o papel da velocidade excessiva desenvolvida pelo

condutor de V1, neste caso, é interpretada apenas como uma infração de

trânsito, uma vez que a velocidade de V1 no instante da colisão é menor ou

igual do que a velocidade máxima permitida para a via.

 Se v1 > vP1, ou seja, se a velocidade de V1 quando V2 adentrou na área do cruzamento fosse

maior do que à velocidade máxima regulamentada, vP1, novamente é necessário determinar

onde o condutor de V2 percebeu o perigo:

o Antes da linha “Dê a Preferência”, ou seja, o condutor de V2 percebeu o perigo antes de entrar na área do cruzamento, entretanto, por ter reagido tardiamente, não conseguiu imobilizar seu veículo antes da posição devida. Sendo assim, a causa determinante para o evento será:

O comportamento do condutor do veículo V2 em reagir tardiamente*, ante

as condições de tráfego reinantes na área do cruzamento, resultando em sua entrada nesta região, na interceptação da trajetória do veículo V1 e,

por consequência, na colisão entre os veículos.

* Não é possível precisar se a reação tardia ocorreu por erro, por violação ou por resposta a ação de terceiro.

Entretanto, como o condutor de V1 aplica o sistema de freio e reduz a velocidade com que

trafegava, ainda é necessário verificar se esta velocidade excessiva é um fator contribuinte para o evento. Sendo assim, caso no instante da colisão sua velocidade ainda for superior à máxima permitida para a via, é importante ressaltar que:

Assinala-se que mesmo se o condutor de V1 estivesse trafegando com a

velocidade máxima permitida para a via, ainda assim, a colisão teria ocorrido. Portanto, o papel da velocidade excessiva desenvolvida pelo condutor de V1, neste caso, além de constituir infração de trânsito, é

interpretada como agravante geral das consequências do sinistro, uma vez que a velocidade de V1 no instante da colisão é maior do que a velocidade

máxima permitida para a via.

Caso a velocidade já estivesse igual ou inferior à velocidade máxima permitida para a via, é importante ressaltar que:

Assinala-se que mesmo se o condutor de V1 estivesse trafegando com a

velocidade máxima permitida para a via, ainda assim, a colisão teria ocorrido. Portanto, o papel da velocidade excessiva desenvolvida pelo

114 condutor de V1, neste caso, é interpretada apenas como uma infração de

trânsito, uma vez que a velocidade de V1 no instante da colisão é menor ou

igual do que a velocidade máxima permitida para a via.

o Depois da linha “Dê a Preferência”, ou seja, o condutor de V2 entrou na área do cruzamento sem esboçar nenhuma intenção de parar antes da linha “Dê a Preferência”. Entretanto, é necessário verificar se quando V2 adentrou na área do

cruzamento o condutor de V1 estivesse trafegando com a velocidade máxima

regulamentada para a via, vP1, a colisão ocorreria:

 Caso positivo, ou seja, mesmo se o condutor de V1 estivesse trafegando com

vP1 o evento teria ocorrido, desta forma, a única causa determinante possível

para o sinistro é:

O comportamento do condutor de V2 em desrespeitar a prioridade de

passagem do condutor de V1, por motivos* que não se podem precisar

materialmente, resultando na interceptação da trajetória de V1 e, por

consequência, na colisão entre os veículos.

* Não é possível precisar se o comportamento ocorreu por erro, por violação ou por resposta a ação de terceiro.

Entretanto, como o condutor de V1 aplica o sistema de freio e reduz a velocidade com que

trafegava, ainda é necessário verificar se esta velocidade excessiva é um fator contribuinte para o evento. Sendo assim, caso no instante da colisão sua velocidade ainda for superior à máxima permitida para a via, é importante ressaltar que:

Assinala-se que mesmo se o condutor de V1 estivesse trafegando com a

velocidade máxima permitida para a via, ainda assim, a colisão teria ocorrido. Portanto, o papel da velocidade excessiva desenvolvida pelo condutor de V1, neste caso, além de constituir infração de trânsito, é

interpretada como agravante geral das consequências do sinistro, uma vez que a velocidade de V1 no instante da colisão é maior do que a velocidade

máxima permitida para a via.

Caso a velocidade já estivesse igual ou inferior à velocidade máxima permitida para a via, é importante ressaltar que:

Assinala-se que mesmo se o condutor de V1 estivesse trafegando com a

ocorrido. Portanto, o papel da velocidade excessiva desenvolvida pelo condutor de V1, neste caso, é interpretada apenas como uma infração de

trânsito, uma vez que a velocidade de V1 no instante da colisão é menor ou

igual do que a velocidade máxima permitida para a via.

 Caso negativo, ou seja, se o condutor de V1 estivesse trafegando com vP1 o

evento não teria ocorrido, desta forma, a única causa determinante possível para o sinistro é:

O comportamento do condutor de V1 em trafegar com a velocidade de X

km/h, superior à velocidade máxima permitida para a via (Y km/h), uma vez que se estivesse trafegando com à velocidade máxima permitida a colisão não teria ocorrido.

Por fim, em todos os casos acima discutidos, é necessário verificar se o condutor de V1 teve tempo

de reagir antes da colisão e não o fez. Caso positivo, essa reação tardia também pode ter sido um fator contribuinte para a ocorrência do evento. Para esse estudo, é necessário:

 Calcular o tempo que o condutor de V2 gastou desde a linha “Dê a Preferência” até o ponto

de colisão;

 Retroagir ambos os veículos utilizando este tempo;

 Simular a situação em que ambos os condutores trafeguem com as velocidades calculadas a partir dos dados da reconstrução do sinistro;

 Simular a situação em que o condutor de V1 reage (freia), utilizando o tempo percepção-

reação médio da população;

 Verificar se mesmo assim a colisão ocorreria; o Caso negativo, é necessário assinalar que:

O condutor de V1 teve tempo suficiente para ter reagido e evitado a colisão,

mas não o fez, não sendo possível* constatar materialmente o que causou