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Os resultados dessa primeira etapa foram encaminhados à SETEC, em um relatório executivo, em outubro de 2012, acompanhado de análise, reco- mendações, e proposições para a segunda etapa da pesquisa (CATAPAN; LAFFIN, 2012).

Segundo as recomendações contidas no Relatório de Pesquisa – primeira parte, encaminhado à SETEC/MEC uma delas trata da necessidade de “ela- boração de um Catálogo Nacional de Polos de apoio presencial da Rede e-Tec Brasil contendo a definição da infraestrutura básica de cada polo, organizados por esfera administrativa, localização geográfica, número de estudantes, número de ofertantes e curso” (CATAPAN; LAFFIN, 2012). O grupo de estudos GPTIP, contribuindo nessa direção, ao concluir a análise dos resultados de sua pesquisa propõe, inicialmente, elaborar um guia de orientações e recomendações para reestruturar ou criar polos presenciais para a rede e-Tec.

Inicialmente, dada a complexidade revelada pela leitura de realidade, fez- -se necessário traçar uma tipologia classificando os polos em quatro cate- gorias, para poder definir condições e critérios com melhor propriedade: Polo Tipo I; Polo Tipo II; Polo Tipo III; e Polo Tipo IV.

Para isso, utilizaram-se como critérios os dados referente a: dependên- cia administrativa; localização geográfica; número de cursos oferecidos no polo; exclusividade ou não de alunos da Rede e-Tec; e número de estudan- tes frequentando o polo.

Para essa categorização, utilizou-se um levantamento do número de estu- dantes por polo e por curso. Com os resultados desse estudo paralelo, foi possível classificar os polos em quatro categorias: 50,4% dos polos que têm até 100 estudantes (Polo Tipo I); 31,6% dos polos que atendem de 101 a 200 estudantes (Polo Tipo II); 12,8% que atendem entre 201 e 350 estudantes (Polo Tipo III); e 5,3% que atendem acima de 350 estudantes (Polo Tipo IV).

Tipo III Tipo IV Tipo II Tipo I 31,6% 50,4% 12,8% 5,3%

Distribuição de polos por tipologia

Figura 23 – Categorização dos polos pelo número de estudantes

Fonte: Elaborada pelos autores

Nessa perspectiva, as faixas de agrupamentos determinam as diferenças das quantidades de recursos de infraestruturas entre os polos. Por conta disso, os agrupamentos nortearam os recursos mínimos necessários que o polo deve possuir para atender às necessidades básicas da Educação a Distância.

Outro aspecto importante refere-se à quantidade mínima de estudantes que o polo deve comportar. O documento que formata o curso de Forma- ção de Tutores, do MEC, determina a proporção de um tutor presencial por 25 estudantes da Rede e-Tec Brasil. Essa quantidade embasa a definição de que, para ser ofertado um curso em um polo, deverá haver uma entrada mínima de 25 estudantes.

A elaboração desse Guia Básico está organizada segundo essa tipologia: Polo Tipo I, Polo Tipo II, Polo Tipo III e Polo Tipo IV. A decisão de organizar os polos por meio de nomenclatura tipológica numérica tem como proposta facilitar a orientação dos gestores e avaliadores para necessidades diferen- ciadas dos polos.

Para Catapan e Laffin (2012. p.126) “faz-se necessário o acompanhamento e a avaliação dos polos, buscando melhorias de infraestrutura a alternativas de gestão pedagógicas importantes para o desenvolvimento das fases pre-

Quadro 8 – Classificação dos polos de apoio presencial da Rede e-Tec Brasil

Classificação por tipo Quantidade de estudantes

Tipo I 25 a 100

Tipo II 101 a 200

Tipo III 201 a 350

Tipo IV acima de 350

Fonte: Elaborado pelos autores

Por fim, enfatizamos que a estruturação do Guia Básico tem como pro- posta a organização dos parâmetros mínimos para a infraestrutura física, tecnológica e de gestão necessárias ao suporte da Educação a Distância de acordo com a tipologia definida.

Por conta da diversidade dos polos de apoio presencial, a tipologia definida norteia o Guia Básico tanto para os polos de apoio presencial exclusivos da Rede e-Tec Brasil, quanto para os polos compartilhados com outras institui- ções de ensino a distância ou com o ensino presencial.

No que tange à infraestrutura, o instrumento de credenciamento de Polos de Apoio Presencial para Educação a Distância do SINAES considera neces- sárias para o funcionamento dos polos as seguintes estruturas físicas: “laboratório de informática, laboratório didático específico, sala de aula com recepção de videoconferência, sala de coordenação, sala de tutoria, secretaria de atendimento aos alunos, biblioteca, auditório e espaço de convivência.” (INEP, 2011, p. 4).

A respeito da gestão, o Decreto no 7.589 (BRASIL, 2011) aponta que o Polo de Apoio Presencial deve ter, “[...] recursos humanos necessários ao desen- volvimento das fases presenciais dos cursos e projetos na Rede e-Tec Brasil, inclusive para o atendimento dos estudantes em atividades escolares pre- senciais previstas na legislação vigente”.

Mas também não se pode deixar de considerar que o avanço tecnológico utilizado na Educação a Distância tem colocado às instituições desafios iné-

ditos a respeito de como se pode oferecer essa modalidade. Essa é uma questão que fica aqui em aberto, pois este guia trata da leitura atual da rea- lidade e não de prospecção.

As transformações tecnológicas, organizacionais e gerenciais estão apresen- tando novos desafios em todas as atividades, em particular aos trabalhadores e às instituições educacionais. Novas formas de organizar o trabalho educa- tivo estão sendo colocadas. Entre elas, aparecem, em destaque, as discussões sobre a modalidade de Educação a Distância, um tema não tão recente, mas que ganha novo fôlego a partir dos atuais avanços tecnológicos, proporciona- dos, principalmente, pelas tecnologias de informação e comunicação. (QUAR- TIERO, et al. 2011, p.1).

A EaD é uma modalidade de ensino-aprendizagem na qual a comunicação entre os atores do processo é promovida pela ação sistêmica dos recursos da tecnologia em ambientes onde predominam modelos didáticos semi- presenciais ou on-line. Independentemente do modelo, tem-se observado a crescente utilização de equipamentos tecnológicos nas mediações peda- gógicas mais acentuadamente nos polos, o que traduz a preocupação da necessidade das tecnologias, além da internet, e a elaboração diversificada do material didático que se integra com as mídias.

É importante que as instituições elaborem seus materiais para o uso a distân- cia buscando integrar as diferentes mídias, explorando a convergência e a inte- gração entre materiais impressos, radiofônico, televisivos, de informática, de videoconferências e teleconferências, dentre outros, sempre na perspectiva da construção do conhecimento e favorecendo a interação entre os múltiplos atores. (MEC, 2011, p. 61).

O Guia Básico está desenvolvido em três itens básicos: infraestrutura física, tecnologias e equipamentos; gestão de pessoas; e layout da estrutura física e infraestrutura lógica.

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Infraestrutura física, tecnologias