Guia de Consulta Rápida dos Laboratórios Genéricos

A entrada de medicamentos genéricos no mercado, devido ao seu baixo custo em comparação com os medicamentos de marca, contribuiu para aumentar exponencialmente a sua procura e dispensa. Atualmente, são vários os laboratórios que produzem medicamentos genéricos. Infelizmente, a grande maioria das pessoas que toma estes medicamentos não sabe qual o laboratório que toma. No entanto, a maioria consegue reconhecer fisicamente o exterior da embalagem. Aquando do atendimento não é fácil identificar o laboratório do medicamento através da cor, muitas vezes descrita pelo utente, como por exemplo “a caixinha é branca e vermelha”. Ora, são vários os laboratórios que para o mesmo príncipio ativo apresentam as mesmas cores de embalagem. Durante o meu estágio, apercebi-me que perdia imenso tempo a tentar descobrir que laboratório efetivamente a pessoa tomava, assim como os colaboradores da FM, quer através da consulta do histórico de vendas do utente (caso existisse) quer através de idas constantes ao back-office.

Perante esta realidade atual e constante nos atendimentos diários da FM, resolvi elaborar um “Guia de Consulta Rápida dos Laboratórios Genéricos” (Anexo XXXVI). Este guia está organizado como se fosse uma agenda telefónica, no qual os laboratórios dos medicamentos genéricos disponíveis na FM estão por ordem alfabética, de forma a facilitar a pesquisa pelo profissional de saúde. Cada laboratório está representado pelo seu logotipo e pela ilustração do “layout” das suas embalagens, assim como as diferentes cores que podem apresentar, tendo em conta o príncipio ativo e a dosagem. Este guia é uma ferramenta de auxílio à promoção da agilização e eficácia do atendimento farmacêutico, assim como, facilitar o pedido do utente, uma vez que a ilustração das embalagens dos diferentes laboratórios permite um reconhecimento rápido e intuitivo. Desta forma, o tempo perdido na identificação do laboratório do medicamento genérico pode ser utilizado de uma forma mais produtiva para o utente, como por exemplo, através de um aconselhamento farmacêutico personalizado, esclarecimento de dúvidas, promoção de um estilo de vida saudável e ainda a realização de cross-seling. Este trabalho foi muito bem aceite pelos utentes e atrevo-me a dizer que foi um sucesso, uma vez que a maioria dos utentes conseguia através do guia desenvolvido identificar o laboratório do medicamento a dispensar. Por parte da equipa senti que este trabalho foi uma mais valia para o dia-a-dia da FM.

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CONCLUSÃO

O estágio curricular em Farmácia Comunitária foi fundamental para conhecer a realidade diária profissional desta área farmacêutica, para consolidar os conhecimentos técnico-científicos adquiridos ao longo do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas e acima de tudo para adquirir novos conhecimentos e competências essenciais para o futuro profissional.

Ao longo destes quatro meses de estágio aprendi imenso e tomei consciência do impacto que o farmacêutico tem na comunidade e da necessidade de este execer a sua atividade com responsabilidade, organização, qualidade, segurança e ética. A meu ver trata-se de uma profissão que no seu dia-a-dia é muito exigente e desafiante, mas que é extremamente gratificante no que toca à promoção da saúde e prevenção da doença, contribuindo desta forma para a própria sustentabilidade do SNS. A aprendizagem sobre o sistema informático, as regras inerentes ao receituário e burocracias, o conhecimento sobre os MPS a dispensar/aconselhar e a comunicação com o utente, ou seja, o atendimento ao público foi, sem dúvida, a atividade do meu estágio mais desafiante, dada à minha natural inexperiência, o que acima de tudo me motiva para saber mais e mais a cada dia que passa, de modo a sentir-me à vontade no aconselhamento e para esclarecer qualquer dúvida dos utentes.

Em relação aos trabalhos que desenvolvi ao longo do meu estágio, a escolha dos mesmos resultou da minha perceção acerca das necessidades dos utentes e da própria farmácia. A correta utilização dos medicamentos pelas diferentes vias de administração, em especial a via inalaória, pela complexidade da técnica inerente, é um hábito essencial a implementar na nossa sociedade, com vista a melhorar a eficácia da terapêutica. A polimedicação é um problema de saúde pública, cuja principal consequência é a não adesão à terapêutica, daí a necessidade de criar estratégias para os superar como, por exemplo, através da implementação da Consulta Farmacêutica e do serviço de Preparação Individualizada da Medicação. Ajudar estes doentes a gerir todo o seu “mundo” de patologias e medicamentos é fundamental e os “Documentos de Saúde Organizacionais” que criei foram pensados para isso mesmo. Os outros trabalhos desenvolvidos tiveram como foco melhorar alguns aspetos do funcionamento e organização da farmácia. Com a realização destes trabalhos práticos espero ter contribuído com algo positivo tanto para os utentes como para a farmácia.

Em suma, posso dizer que o balanço final do meu estágio na Farmácia Mântua foi extremamente positivo, pois foi uma experiência muito enriquecedora e sinto que todos os objetivos do estágio foram plenamente alcançados. No futuro, com certeza espera-me novos desafios, os quais estou ansiosa para os poder abraçar.

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[93] Kaizen Institute: Missão do Kaizen Institute. Acessível em: https://pt.kaizen.com/home.html [acedido em 8 de maio de 2017].

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