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O projeto em questão foi dimensionado conforme memorial de cálculo apresentado no ANEXO G deste trabalho. Conforme exigido na NPT 02214, o sistema possui um dispositivo de recalque com diâmetro DN 65, mínimo exigido na referida norma. De acordo com a tabela 2 da mesma, para esta edificação classificada em ocupação G-4 deverá apresentar sistemas de hidrantes do tipo 1 ou 2. Para este projeto foi adotado o sistema do tipo 2, que possui abrigo para os hidrantes, mangueiras de incêndio, chaves para engates rápidos e esguichos de jato sólido e jato regulável, atendendo a exigência da norma.

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O sistema de bombeamento conta com uma bomba elétrica e uma bomba a combustão, devidamente dimensionadas conforme memorial no ANEXO G. O acionamento das bombas é realizado manualmente por meio de botoeira, localizada ao lado de cada abrigo de hidrantes. A capacidade do reservatório é de 49,2 m³, sendo que conforme item 5.9.1, calculando-se o volume mínimo, o dimensionamento está com sobra para atender as necessidades da edificação.

Na Figura 28 é mostrado o padrão de abrigo utilizado na edificação, todos os hidrantes possuem botoeira para acionamento da bomba elétrica ou a combustão, e também acionamento do alarme de incêndio.

Figura 28 – Detalhe do abrigo para Hidrante Duplo com botoeira de acionamento Fonte: O Autor (2014)

Na figura 29 é mostrado o detalhe da casa de bombas que atende todo o

sistema de hidrantes. Nota-se a falta de manutenção e conservação tanto do ambiente, quanto dos equipamentos que atendem o sistema. As duas bombas estão com aspecto sucateado, tubulações com sinais de corrosão e o ambiente tem muita umidade vinda das paredes, o que diminui a vida útil das bombas e tubulações.

Figura 29 – Casa de bombas que atende o sistema de hidrantes Fonte: O Autor (2014)

A Figura 30 mostra o detalhe da bomba à combustão, com sinais de corrosão nas conexões da tubulação, equipamento sujo e sem conservação, e aparentemente sem manutenção preventiva e testes.

Figura 30 – Detalhe da bomba a combustão Fonte: O Autor (2014)

5 CONCLUSÃO

De acordo com o assunto estudado, nota-se que existem normas, leis e literatura adequada que recomendam e determinam os procedimentos para prevenção de incêndios em edificações de diferentes tipos. Assim nota-se que a negligência não é por falta de documentação, e sim por falta de cumprimento das mesmas. Muitas vezes a população falha quando coloca um número de pessoas em local sem segurança contra incêndio, e o poder público falha quando aprova a operação de diversas atividades em locais de risco, sem condições necessárias para evitar acidentes.

Como o objetivo do trabalho foi comparar uma edificação existente com a nova legislação vigente, ficou claro que alguns itens foram reprovados na analise técnica realizada. É fundamental que os órgãos competentes olhem para operações que não atendem a legislação vigente, e exijam as adequações em curto prazo para edificações com alto risco de sinistro. A fiscalização é fundamental para um bom cumprimento das leis e normas estabelecidas.

Outro item importante identificado na pesquisa, e notável pelas fotos apresentadas dos equipamentos de combate, é a manutenção e conservação dos equipamentos de combate a incêndio, e suas devidas identificações. É preciso zelar e executar as manutenções recomendadas para que o sistema esteja sempre em condições de funcionamento, garantindo assim maior segurança e tranquilidade para os ocupantes da edificação.

Como melhorias no projeto atual, pode-se citar os itens reprovados, que foram extintores, iluminação e sinalização de emergência. Esses itens precisam ser revistos para que atenda a legislação atual. É necessário adequar a iluminação de acordo com os índices mínimos de iluminamento necessário em caso de sinistro, e também sinalizar rotas de fuga, equipamentos de combate e extinção, para que facilite o trabalho da brigada em caso de incêndio no local.

Como recomendação para trabalhos futuros, sugere-se estender este estudo para a avaliação das condições de operação dos equipamentos citados, inspeções e testes, medição de vazões, eficiência e entrevistas com brigadistas e ocupantes fixos.

REFERÊNCIAS

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ANEXOS ANEXO A – Planta de Situação

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