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HIGIENIZAÇÃO = LIMPEZA + DESINFECÇÃO/SANIFICAÇÃO

No documento Higiene na Indústria de Alimentos (páginas 64-68)

Atividades de aprendizagem

HIGIENIZAÇÃO = LIMPEZA + DESINFECÇÃO/SANIFICAÇÃO

3.2 Ação dos desinfetantes

É importante destacar, que a função e objetivo dos bactericidas e demais agentes de eliminação, citados no quadro a seguir, é o de exterminar os microrganismos correlatos. Porém, em alguns casos, os mesmos não conse- guem eliminar por completo os microrganismos, apenas reduzindo-os, mes- mo quando aplicados em diluições próprias de desinfecção.

É comum a necessidade de alternarmos os desinfetantes, ou seja, seus princí- pios ativos a fi m de evitar a resistência do microorganismo a esta substancia através de sua utilização contínua.

Exemplo: A clorexidina, o quaternário de amônia, cloretos benzalcônicos,

cloro, triclosan, entre outros, pois em alguns casos os microrganismos criam resistência (“imunidade”) aos princípios ativos quando utilizados de forma contínua.

Essa alteração deve ser analisada e planejada previamente pelos responsáveis pelo programa de higienização e controle de qualidade, pois se fazendo um “ciclo” de alternância dos princípios ativos desinfetantes, é possível evitar essa “imunidade” dos microrganismos.

Produto Ação Exemplos

Bactericida Eliminar bactérias Desinfetantes

Inseticida Eliminar insetos Inseticidas aerossóis

Fungicida Eliminar fungos Pomadas de micoses

Biocida Eliminar organismos vivos Agrotóxicos

Viricida Eliminar vírus Antivirais

Quadro 3.1: Demonstração da ação específi ca de um princípio ativo sobre um microrganismo

Veja que no quadro anterior há uma especifi cação da ação de um princípio ativo sobre um microrganismo.

Quando utilizamos um desinfetante, mas com ação de sanitização (redução do número de microrganismos, e não sua eliminação), classifi camos essa ação como bacteriostática, pois reduzimos o número de microrganismos e os mantemos sem reprodução celular.

E, ao nos referirmos a uma ação bactericida e bacteriostática, podemos defi ni-la pela diluição (concentração) do agente desinfetante.

Exemplo

Um desinfetante à base de quaternário de amônia, quando diluído em água na proporção de 1 para 50 (1:50) – solução a 2% - (1 litro de produto para 50 litros de água), torna-se um agente bactericida. Enquanto isso, o mesmo produto diluído numa proporção de 1:200 – solução a 0,5% - (1 litro do produto em 200 litros de água), torna-se um agente bacteriostático.

Viram como é fácil entender? Agora você já sabe, com o mesmo produto po- demos ter duas ações distintas, ou seja, quando optamos por usar o produto bem concentrado estamos realizando a princípio uma ação com o propósito de exterminar os microrganismos (...CIDA). Se usarmos o mesmo produto menos concentrado, ou seja, mais diluído, estamos realizando uma ação de redução do número de microrganismos presentes na superfície trabalhada

(...OSTÁTICA). Parabéns, você já está pronto para seguir nos estudos!

Água e óleo não se misturam. Então, como podemos retirar as sujidades oleosas de uma superfície?

Utilizando um detergente!

Os detergentes são capazes de se misturar com água e com óleo ao mes- mo tempo porque as moléculas de um detergente têm uma ponta que é chamada de cabeça polar, que atrai a água e repele óleo. A outra ponta é denominada de cauda apolar, que atrai óleo e repele água. Portanto, as caudas apolares das moléculas do detergente penetram no óleo e as

cabeças polares fi cam na água, formando uma mistura de gotículas de

óleo e água chamada de EMULSÃO.

Agora vamos falar sobre os tensoativos...

O tensoativo é o componente na formulação do detergente responsável pela mistura (água + óleo) e também pela espuma que é gerada.

Podemos formular um detergente de alta, média ou baixa espumação somen- te alterando o tensoativo na formulação. No entanto, o poder de remoção de sujidades não se altera com o volume maior ou menor de espuma.

Muito bem, você chegou até este momento da nossa aula e se deu conta que adquiriu conhecimentos sobre a função dos detergentes e dos desinfe- tantes, verifi cou também as características da ação dos princípios ativos de acordo com suas concentrações.

Responda às questões a seguir:

a) O que são as funções detergentes? Cite exemplos.

b) O que é desinfetante? Qual a sua ação em produtos?

c) Fale sobre os tensoativos. Quais suas características?

Agora, continuaremos nosso estudo aprendendo mais um pouco sobre os detergentes, levando em consideração sua utilização profi ssional na indús- tria de alimentos. Com esse convite, vamos lá!

No conceito doméstico de limpeza, o detergente é analisado pelo alto grau de espuma. Porém, no conceito profi ssional de limpeza, os detergentes

de baixa espumação devem ser mais indicados na manutenção diária, pois evitam os desperdícios de água e mão de obra para a retirada da espuma gerada.

Além disso, reduz o risco de contaminação cruzada por produto químico, uma vez que a espuma pode ser levada pelo vento e se depositar sobre um alimen- to ou utensílio, contaminando-o quimicamente. Consequentemente, pode contaminar pessoas que ingerirem ou utilizarem o alimento ou equipamento. O propósito de compararmos os conceitos de limpeza e higienização do- méstica em relação aos conceitos profi ssionais é fornecermos dados e argu- mentos técnicos para a introdução de produtos e sistemas institucionais de limpeza no mercado brasileiro, que culturalmente é doméstico.

Por esses e outros motivos, a qualifi cação dos profi ssionais envolvidos no setor produtivo da indústria de alimentos é atualmente um dos fatores prin- cipais no planejamento de desenvolvimento da empresa, em virtude da cres- cente exigência do mercado consumidor por produtos que garantam quali- dade e segurança a sua saúde.

Produto

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