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 CÁRIE INTERPROXIMAL

3: utiliza prótese fixa ou implantes (Ministério da Saúde Brasil, 2001).

2.9 DOENÇAS SISTÉMICAS E CÁRIE DENTÁRIA

2.11.9 HIPÓTESE

 H0.: Não existe associação, estatisticamente significativa entre os fatores individuais (sexo, hábitos tabágicos, higiene oral e utilização de prótese dentária).

 H1: Existe associação, estatisticamente significativa, entre os fatores individuais (sexo, hábitos tabágicos, higiene oral e utilização de prótese dentária).

2.12 RESULTADOS

Todos os parâmetros foram introduzidos numa base de dados electrónica e tratados posteriormente utilizando o software IBM® SPSS® statistic versão 22.0, em conjunto com a ficha de registo de condições orais.

Os resultados referentes à estatística adoptando o nível de significância de 0,05, ou seja rejeita-se a hipótese nula nas situações em que a probabilidade associada à estatística de teste (p) seja inferior a esse valor. Os resultados foram comunicados ao médico de família da USF Espinho por via electrónica após o final da análise do estudo, com posterior informação deste ao doente.

Para obter uma melhor visualização dos resultados, apresentou-se gráficos analisados com o teste Qui quadrado e tabelas de contingência para variáveis categóricas, por outro lado, para as variáveis continuas que se apresentam foram analisadas com o Teste T ou Teste-Student para se lograr obter o nível de significância, e em casos de amostras pequenas, analisou-se a distribuição com o teste de Shapiro-Wilk.

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A população analisada foi constituída por 100 utentes que estão inscritos na USF Espinho; em quanto à distribuição do género, observou-se que a percentagem do género feminino (70%), é superior à percentagem representada pelo género masculino (30%). Relativamente à idade, compreendeu uma faixa etária entre 15 e 91 anos, observou-se uma média de idade dos indivíduos de 58 anos (dp ± 15,35).

A análise dos dados recolhidos foi efetuada com recurso ao programa estatístico Statistical Program for the Social Sciences (SPSS 22.0). Foi realizada a estatística descritiva dos dados, sendo calculada a frequência das variáveis e a média e desvio padrão do CPOD.

A população que referiu ter um hábito de higiene oral por dia, encontra-se distribuída de acordo ao (Gráfico 1), onde o 90% dos pacientes realizam qualquer tipo de higiene oral e o 10% restante não o faz. Por outro lado, a frequência em que fazem o hábito encontra-se distribuído no 27 (30%) em aqueles que fazem a higiene oral pelo menos uma vez por dia, 49 (54%) em indivíduos que fazem a higiene duas vezes por dia e por último 14 (16%) dos indivíduos que fazem a higiene oral três vezes por dia.

(Gráfico 1) Distribuição do hábito de higiene oral por dia

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Na distribuição da população que faz a higiene oral por dia em relação ao género, observou-se que para um total de 90 pacientes, 17 (19%) representando ao género feminino e 10 (11%) ao género masculino, realizam a higiene oral pelo menos uma vez por dia. A distribuição de aqueles que fazem a higiene oral duas vezes por dia, encontra- se representado por 39 (43%) no género feminino e 10 (11%) pelo género masculino. Por último, o 8 (9%) do género feminino e o 6 (7%) do género masculino, realizam a higiene oral três vezes por dia. O valor de probabilidade foi (p=0.14), e apesar de ser quase insignificante estatisticamente, não indica evidência suficiente para concluir que as variáveis possam estar associadas. (Gráfico 2).

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Em relação à perda de peças dentárias, a distribuição da quantidade de dentes ausentes na cavidade oral da população pode ser observada no (Gráfico 2), onde 81 pacientes que foram avaliados, já 24 (30%) possuem uma perda dentária entre 1 a 4 dentes, 18 (22%) entre 5 a 8 dentes, 8 (10%) representam uma perdida de peças dentárias entre 9 a 12 dentes, 6 (7%) possuem entre 13 a 16 dentes perdidos, 9 (11%) entre 16 a 20 dentes perdidos, 5 (6%) entre 21 a 24 peças ausentes e por último e não menos importante, 11 (14%) possui uma perda de peças dentárias entre 25 a 28. Concluindo que os níveis de perdas dentárias centram-se nas categorias entre 1 a 4, 5 a 8, e de 25 a 28 peças ausentes, sendo esta última um dos valores mais altos para este grupo. (Gráfico 3).

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Portanto, para expressar a distribuição de pacientes que possuem qualquer tipo de dentulismo e os que têm uma dentadura completa, o seguinte (Gráfico 4), indica que, na distribuição de pacientes desdentados parciais encontra-se representado por 69% to total da população, sendo muito maior do que o valor encontrado para os pacientes que possuem uma dentadura completa (19%) e do que a população que representa ser edêntulo total (12%).

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De maneira que, na distribuição do edentulismo com relação ao género encontrou-se que, em 81 pacientes avaliados para este caso, a percentagem de pacientes desdentados parciais no género feminino está representada com o 49 (60 %), enquanto, o género masculino está representado com o 20 (25%) da população edêntula parcial. Por outro lado, o 11% da população edêntula total esta representada por o genero feminino, enquanto, o 4% restante pertence ao género masculino. (Gráfico 5).

Deve-se assinalar que para os dois casos, o género feminino lidera os grupos. O valor da probabilidade para este caso foi de (p=0.77), indicando que não existe associação estatisticamente significativa entre os fatores individuais de estudo de modo que, as variáveis comportam-se de forma independente. (Gráfico 5).

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Portanto, a maneira como estão distribuídos os pacientes que utilizam prótese dentária na população de estudo indica-se que, em 81 indivíduos que pertencem ao grupo dos edêntulos parciais e totais, o 33 (41%) está representado por aqueles que são desdentados parciais e utilizam prótese dentária, enquanto que, o 3 (4%) pertence ao grupo de edêntulos totais. (Gráfico 6).

Por outro lado, observa-se que o 36 (44%) da população representada por indivíduos desdentados parciais não utiliza prótese e o 9 (11%) que pertence ao grupo de indivíduos edêntulos totais tão pouco o faz, embora as percentagens sejam mais elevadas do que o grupo anteriormente nomeado e a necessidade seja evidente. (Gráfico 6).

O valor de probabilidade para este caso foi de (p=0.29), indicando que não existe associação estatisticamente significativa entre os fatores individuais de estudo de modo que, as variáveis comportam-se de forma independente. (Gráfico 6).

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Por outro lado, continuando com o protocolo de avaliação aos pacientes, na obtenção dos dados do CPOD, verificou-se que a distribuição dos dentes que tinham sido obturados indicam que, em 61 pacientes para esta amostra, o grupo de pacientes que possuem entre 1 a 4 obturações na cavidade oral, representam 33 (54%), sendo a percentagem mais elevada; a seguir com 16 (26%) possuem entre 5 a 8 obturações, 9 (15%) representam ter entre 9 a 12 obturações e por último 3 (5%) possuem entre 13 a 16 obturações na cavidade oral. (Gráfico 7).

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Em relação à distribuição das obturações e ao género, observou-se que das frequências encontradas, a maioria possuem uma tendência ao género feminino para este caso, onde em 61 pacientes que constituem esta amostra, 23 (38%) representa ao género feminino e 10 (16%) ao género masculino que possuem entre 1-4 obturações na cavidade oral, aqueles indivíduos que representam ter entre 5-8 obturações 13 (21%) pertence ao género feminino e 3 (5%) ao género masculino; para continuar, os que possuem a quantidade entre 9-12 obturações, 6 (10%) são representados pelo género feminino e 3 (5%) pelo género masculino, e por último aqueles indivíduos que possuem entre 13-16 obturações estão representados com 2 (3%) pelo género feminino e 1 (2%) pelo género masculino. (Gráfico 8).

O valor de probabilidade para este caso foi de (p=0.816), indicando que não existe associação estatisticamente significativa entre os fatores individuais de estudo de modo que, as variáveis comportam-se de forma independente. (Gráfico 8).

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A determinação do nível de saúde oral na população de estudo, foi efetuada através do cálculo do CPOD de cada indivíduo, onde foram respeitados os critérios de diagnósticos padronizados pela OMS. Portanto neste estudo observou-se que a média para dentes cariados, perdidos e obturados CPOD obtido neste estudo foi de 15,19 por cada indivíduo. (Tabela 1) CPOD N Válido 100 Ausente 0 Média 15,19 Mediana 14 Desvio Padrão 8,008 Mínimo 0 Máximo 28 Percentis 25 10 75 21

(Tabela 1). Distribuição do índice CPOD e média da população.

Por outro lado, em relação à média dos dentes cariados, perdidos e obturados (CPOD) para o total da população de estudo foi de 4,08 para dentes cariados, 9,29 para dentes perdidos e para dentes obturados foi de 4,80. (Tabela 2)

(Tabela 2). Comparação entre médias dos dentes cariados, perdidos e obturados CPOD. Comparação entre Médias

CPOD Cariados Dentes Dentes Perdidos

Dentes Obturados N Válido 73 100 61 Ausente 27 0 39 Média 4,08 9,29 4,80 Mediana 4,00 6,00 3,00 Desvio Padrão 2,559 9,214 3,864 Mínimo 1 0 1 Máximo 11 28 16 Percentis 25 2,00 1,00 2,00 75 6,00 16,75 7,00

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De acordo com a tabela (Tabela 3), os dados descritivos da distribuição da média do CPOD em relação ao género para um total de 100 pacientes encontrou-se uma média de 15,19 como anteriormente dito, e de acordo aos grupos por género observou-se uma média de 15,36 no género feminino e uma média de 14,80 para o género masculino.

(Tabela 3). Distribuição do índice CPOD de acordo ao género.

Por outro lado, a distribuição das médias dos dentes cariados no género feminino foi de 4,17 e no género masculino de 3,92; em quanto que os dentes perdidos obtiveram uma média de 9,60 para o género feminino e 9,50 para o género masculino. Por último, as médias encontradas de acordo aos dentes obturados de 4,70 para o género feminino e 5,06 para o género masculino. O valor de probabilidade observado de acordo ao nível de significância do Teste T, foi de (Sig=0,752), indicando que não existe associação

Género CPOD Todos M H N 100 70 30 Cariados 4,17 3,92 Média Perdidos 9,60 9,50 Obturados 4,70 5,06 CPOD 15,19 15,36 14,80 Cariados 2,556 2,607 Desvio Padrão Perdidos 9,101 10,078 Obturados 3,695 4,380 CPOD 8,008 8,147 7,797 Cariados 4,00 3,00 Mediana Perdidos 8,00 5,50 Obturados 3,50 2,00 TESTE T CPOD 14,00 14,00 13,00 (Sig=0,752) P25 10,00 10,75 8,75 P75 21,00 21,25 20,00 Cariados 1 1 Mínimo Perdidos 0 0 Obturados 1 1 CPOD 0 Cariados 11 11 Máximo Perdidos 28 28 Obturados 14 16 CPOD 28

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estatisticamente significativa entre os fatores individuais de estudo de modo que, as variáveis comportam-se de forma independente.

Em relação à distribuição da média do índice CPOD e a higiene oral detectou-se que, existe uma média de CPOD (15,06) no total dos indivíduos que realizam qualquer tipo de higiene oral por dia, em quanto que a média para aqueles que não realizam a higiene oral observou-se uma média mais elevada (16,40). Apesar disto, o nível de significância encontrado foi de (Sig=0,617) concluindo então, que não existe associação estatisticamente significativa entre os fatores individuais de estudo de modo que, as variáveis comportam-se de forma independente. (Tabela 4).

(Tabela 4). Distribuição do índice CPOD em relaçaõ à higiene Oral.

Higiene Oral

CPOD Faz a Higiene Oral

Não faz a Higiene Oral N 90 10 Média 15,06 16,40 Desvio Padrão 8,008 8,343 Teste T Mediana 13,500 18,00 P25 10,00 7,50 (Sig=0,617) P75 21,00 24,25 Mínimo 0 0 Máximo 28 28

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Para a obtenção ainda mais específicas da distribuição das médias, observou-se que em relação à frequência do hábito de higiene oral por dia, a média encontrada na população que faz pelo menos uma vez por dia a higiene oral foi de (15,89), em quanto que a média para os indivíduos que fazem a higiene duas vezes por dia foi (15,43), e por último a média observada para o grupo de indivíduos que realizam a higiene três vezes por dia foi de (12,14). A distribuição da normalidade para os três grupos observou-se dentro dos parâmetros estabelecidos segundo o teste de Shapiro-Wilk. (Tabela 5).

Higiene Oral por dia

Uma vez por dia Duas vezes por dia Três vezes por dia

CPOD CPOD CPOD CPOD

N 27 49 14 Média 15,89 15,43 12,14 Desvio Padrão 7,266 7,966 9,380 Mediana 14,00 13,00 12,50 P25 11,00 10,00 3,75 P75 20,00 21,50 20,00 Prueba Normalidade Shapiro-Wilk ,319 ,007 ,363

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Em relação à distribuição do índice CPOD segundo as faixas etárias demonstrou-se que, a maior idade, maior a média do CPOD, portanto, pode ser observado na (Tabela 6) que as idades com uma média mas alta são aquelas compreendidas entre (55-64) anos de idade com uma média de 15,50; a faixa etária entre (65-74) anos com uma média de 14,55 e por último a faixa de 75 a mais idade com uma média de 21,25. A distribuição da normalidade para os três grupos observou-se dentro dos parâmetros estabelecidos segundo o teste de Shapiro-Wilk. (Tabela 6).

(Tabela 6). Distribuição da média do índice CPOD segundo a faixa etária.

Idade em Categorias CPOD 15-24 25-34 35-44 45-54 55-64 65-74 >75 N 3 3 15 21 26 20 12 Média 6,67 10,67 14,33 14,43 15,50 14,55 21,25 Desvio Padrão 2,082 2,517 8,499 5,249 7,880 9,012 9,127 Mediana 6,00 11,00 12,00 13,00 14,00 17,00 26,00 Mínimo 5 8 0 6 0 0 0 Máximo 9 13 28 27 28 28 28 Teste Normalidade Shapiro-Wilk ,463 ,780 ,827 ,066 ,265 ,163 ,004

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Em relação ao hábito de tabagismo e a distribuição da média do índice CPOD, observou-se que para uma população de 22 indivíduos que representam ser fumadores, a média encontrada foi de 15,23; em quanto que o grupo de indivíduos não fumadores possui uma média de 15,18. Portanto podemos concluir que as médias se comportam de forma similar. O valor de significância para este caso foi de (Sig=0,980), indicandoque não existe associação estatisticamente significativa entre os fatores individuais de estudo de modo que, as variáveis comportam-se de forma independente. (Tabela 7).

Tabaco

CPOD

Fumadores Não Fumadores N 22 78 Média 15,23 15,18 Desvio Padrão 8,234 7,998 Mediana 13,50 14,00 (Sig=0,980) P25 11,00 9,00 P75 21,75 21,25 Mínimo 0 0 Máximo 28 28

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Por último, os dados descritivos em ralação à doença sistémica e a distribuição da média do CPOD, observou-se que para uma totalidade de 100 indivíduos examinados, só 11 possuem algum tipo de doença sistémica, onde a média do CPOD observada para este grupo foi de 14,82 e para a população restante representados por 89 indivíduos observou- se uma média de 15,24; de maneira que as médias se comportam de forma similar e apesar que a amostra dos pacientes com doenças seja relativamente baixa.

O valor de probabilidade foi (p=0.871), o que indica que não exise evidência estatisticamente significativa entre fatores de estudo e que as variáveis se comportam de forma independentes. (Tabela 8).

Doença Sistémica

CPOD

Sem Doença Sistémica

Doença Sistémica

N 89 11

Média 15,24 14,82

Desvio Padrão 7,835 9,724 TESTE t Mediana 14,00 13,00 (Sig=0,871) P25 10,50 7,00 P75 21,00 28,00 Mínimo 0 0 Máximo 28 28

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2.13 DISCUSSÃO

2.13.1 Comportamentos de Saúde Oral

Neste estudo verificou-se que os comportamentos de saúde oral realizados pelos indivíduos analisados, estão relacionadas com múltiplas variáveis, entre uma delas a frequência da higiene oral por dia.

Encontrou-se nesta variável que o 90% dos indivíduos fazem qualquer tipo de higiene oral e o 10% restante não o faz. Enquanto à frequência do hábito, demonstrou-se que 30% (27) deles fazem a higiene oral pelo menos uma vez por dia, o 54% (49) dos indivíduos fazem a higiene duas vezes por dia e 16% (14) dos indivíduos fazem a higiene oral três vezes por dia. O que foi semelhante aos resultados de outras investigações.

Um estudo efectuado por (Cunha, 2013), verificou-se que mais da metade dos indivíduos não realizava a higiene oral diariamente representado por 53,8%; apenas o 27,7% realizavam a higiene oral uma vez por dia, 13,8% executavam-na duas vezes por dia e uma pequena percentagem de 4,6% dos indivíduos realizavam a higiene oral três ou mais vezes por dia.

Outro estudo desenvolvido por (Barbosa, 2011), revelou uma prevalência de escovagem dentária em 59,2% dos inquiridos que escovavam os dentes duas ou mais vezes por dia, e detectou-se em relação ao género, uma correspondência em 68,8% no género feminino; e 45,3% no género masculino faziam a higiene oral uma vez por dia, enquanto, 41,5 do género masculino e 27,3 do género feminino referiram escovar os dentes pelo menos uma vez por dia.

Em vários estudos nacionais, como (Frias-Bulhosa J et alii, 2004), ficou demonstrado que 25,5% dos indivíduos não escovavam os dentes diariamente, 57,1% o fazia uma vez por dia, 16,9% duas vezes por dia e 0,5% três vezes por dia. No entanto, num estudo em idosos institucionalizados observou-se que 38,9% dos dentados não faziam qualquer tipo de higiene oral diaria e 33,1% duas ou mais vezes por dia. (Gavinha, 2010).

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2.13.2 ÍNDICE CPOD

Em relação ao índice CPOD o valor da média conseguida na população de estudo, foi de 15,19 concluindo que este valor encontra-se muito acima do preconizado pela OMS.

Num estudo em idosos institucionalizados efetuado por (Braz, 2011), indicou uma média do CPOD de 20,61. Como o efectuado por (Silva et alii, 2010), o qual revelou uma média do CPOD de 22,39 e por outra parte o estudo de (Cunha, 2013) o qual demonstrou um valor médio de CPOD de 26,31.

Contrariamente aos estudos nomeados anteriormente, o estudo de (Barbosa, 2011) obteve uma média do CPOD de 10,7, numa amostra de pacientes da Clínica Universitária da UCP-Viseu. Por outro lado em México (Gómez, 2012) revelou como resultado uma média de índice CPOD de 13,1.

Esta faixa etária é preconizada pela OMS como de interesse para conhecer as afecções a nível da cavidade oral em adultos. (Oliveira, 1998).

Relativamente à faixa etária entre 35 e 45 anos foi encontrado um CPOD médio de 14,33; o qual foi superior à média encontrada na mesma faixa etária por (Frias-Bulhosa J

et alii, 2004) na qual observou uma média do CPOD de 11,03; mas demonstrou-se

significativamente menor às conseguidas por (Silva et alii, 2010) a qual apresentou uma média do CPOD de 17,74.

Este grupo de idade é recomendado pela OMS para poder utilizá-la como padrão de comparação a nível nacional e internacional para avaliação da condição dentária, já que cada vez é mais importante avaliar a cavidade oral do idoso, principalmente em países industrializados nos quais há grande número de pessoas da terceira idade.

Com relação à faixa etária entre 65 a 74 anos revelou-se uma média do CPOD de 14,55 a qual é muito semelhante ao estudo de (Calvo, 2012) que foi de 14,66 na mesma faixa etária o qual é muito inferior ao estudo de (Silva et alli, 2010) que encontrou uma média do CPOD de 21,56.

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Estas duas faixas etárias (35-44 anos) e (65-74 anos) devem ser observadas com cuidado, devido que os grupo da mesma, não alcançaram o número mínimo recomendado de 25 pessoas pela OMS (Oliveira, 1998), atingindo apenas 15 indivíduos no primeiro grupo (35-44 anos) e 20 indivíduos no segundo grupo (65-74 anos), sendo uma limitação importante para possíveis comparações com outros dados populacionais.

Em quanto à média do CPOD em relação ao género, o grupo representado pelo género feminino apresentou uma média de 15,36 e no género masculino de 14,80. Esta distribuição da média por parte do género feminino evidenciou-se também no estudo de (Castro, 2009), no qual observou um índice CPOD de 14,05 e para cada género foi de 15,26 no grupo feminino e 13,42 grupo masculino o que também ficou evidenciado no estudo de (Braz, 2011) onde o género feminino apresentava uma média de CPOD superior ao do sexo masculino, revelando-se diferenças estatisticamente significativas p=0,011.

Ao contrario do estudo realizado por (Barbosa, 2011), o qual teve uma percentagem de pacientes do género masculino com um maior índice CPOD do que o género feminino.

Em relação à média dos dentes cariados, perdidos e obturados (CPOD) para o total da população de estudo foi de 4,08 para dentes cariados, 9,29 para dentes perdidos; e para dentes obturados foi de 4,80. Analisando as tendências, o componente perdido apresentou um maior valor na média encontrada, seguido dos dentes obturados e por último os dentes cariados.

Num estudo realizado em Portugal, verificou-se que também a componente com maior peso esteve representada por dentes perdidos com uma média de 17,21; dentes obturados 1,68 e para os cariados a média foi de 1,73. (Braz, 2011).

Igualmente, de acordo com (Cunha, 2013), observou-se a maior média nos dentes perdidos com 21,70, uma média de dentes cariados de 4,41 e uma média de 0,19 de dentes obturados.

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