Hipótese 1: os grupos não se diferenciam em relação à velocidade do movimento mandibular
Hipótese não confirmada. Os grupos se diferenciam quanto à velocidade dos movimentos mandibulares durante a fala, uma vez que as diferenças das médias dos valores máximos de velocidades obtidas para GI e GII foram estatisticamente significantes; tanto para velocidade de abertura quanto para velocidade de fechamento mandibular, sendo que as médias obtidas para GI são menores, quando comparado a GII.
Hipótese 2: os participantes de GI apresentam menor amplitude do movimento mandibular vertical quando comparados a GII
Hipótese confirmada. Os grupos se diferenciam quanto à amplitude dos movimentos mandibulares verticais durante a fala, uma vez que as diferenças das médias dos valores máximos da amplitude de abertura obtidas para GI e GII foram estatisticamente significantes; tanto no plano sagital quanto no plano frontal, sendo que as médias obtidas para GI são menores, quando comparado a GII.
Hipótese 3: os grupos não se diferenciam em relação à amplitude do movimento mandibular horizontal ântero-posterior; tanto protrusivo quanto retrusivo
Hipótese parcialmente confirmada. Os grupos não se diferenciam quanto à amplitude dos movimentos mandibulares protrusivos durante a fala, uma vez que a diferença das médias dos valores de amplitude máxima desses movimentos, obtidas para GI e GII, foi estatisticamente não significante. Entretanto, os grupos se diferenciam quanto à amplitude dos movimentos mandibulares retrusivos durante a fala, uma vez que a diferença das médias dos valores de amplitude máxima desses movimentos, obtidas para GI e GII, foi estatisticamente significante; sendo que a média obtida para GI é menor, quando comparado a GII.
Hipótese 4: os desvios em lateralidade do movimento mandibular são mais freqüentes em GI, quando comparados a GII
Hipótese não confirmada. Os desvios em lateralidade durante o movimento mandibular na fala são freqüentes tanto para GI quanto para GII, estando presentes em 95,56% dos participantes de GI e em 100% dos participantes de GII. A análise estatística aponta diferença não significante quanto à ausência de desvios para os participantes de GI e GII.
Hipótese 5: os participantes de GI apresentam maior amplitude de desvio em lateralidade do movimento mandibular quando comparados a GII
Hipótese não confirmada. Os grupos não se diferenciam quanto à amplitude de desvio em lateralidade dos movimentos mandibulares durante a fala, uma vez que as diferenças das médias dos valores de desvios em lateralidade obtidas para GI e GII foram estatisticamente não significantes; tanto para desvios para direita, quanto para desvios para esquerda.
Hipótese 6: os participantes de GI apresentam predomínio de desvios em lateralidade unilaterais, quando comparados a GII
Hipótese parcialmente confirmada. A hipótese foi parcialmente confirmada porque foi constatada diferença estatisticamente significante quanto ao predomínio de desvios unilaterais para GI, mas comparando-se os dois grupos, esses não se diferenciam, uma vez que as distribuições freqüênciais relativas apresentam diferença estatisticamente não significante. Surpreendentemente, para GII também existe a presença de desvios unilaterais. Quanto aos desvios bilaterais, comparando-se os dois grupos, esses se diferenciam, uma vez que as distribuições freqüênciais relativas apresentam diferença estatisticamente significante, sendo que os participantes de GII apresentam predomínio de desvios em lateralidade do tipo bilateral.
Hipótese 7: o índice de dor determina redução da velocidade de abertura e de fechamento mandibular
Hipótese não confirmada. De maneira geral, os grupos de pesquisa (G1, G2 e G3) não se diferenciam quanto à velocidade dos movimentos mandibulares na fala, uma vez que as diferenças das médias dos valores das velocidades, tanto de abertura quanto de fechamento, obtidas para G1, G2 e G3 foram estatisticamente não significantes.
Quanto à velocidade de abertura dos movimentos mandibulares durante a fala, os grupos G0 e G3 se diferenciam, uma vez que a diferença das médias dos valores de velocidade máxima de abertura para esses grupos foi estatisticamente significante, sendo que a média obtida para G3 é menor, quando comparado a G0, sugerindo que o grau grave de dor determine redução da velocidade de abertura.
Quanto à velocidade de fechamento dos movimentos mandibulares durante a fala, o grupo G0 diferencia-se de G1, de G2 e de G3 uma vez que as diferenças das médias dos valores de velocidade máxima de fechamento para esses grupos foram estatisticamente significantes, sendo que as médias obtidas para G1, G2, e G3 são menores, quando comparados a G0, sugerindo que a presença de dor determine a redução da velocidade, independente do grau.
Hipótese 8: o índice de dor determina redução da amplitude dos movimentos mandibulares, ou seja: quanto maior o índice de dor, menor a amplitude desses movimentos
Hipótese não confirmada. Quanto à amplitude máxima de abertura dos movimentos mandibulares na fala, os grupos G1, G2 e G3 comportaram-se de maneira semelhante, uma vez que as diferenças das médias dos valores obtidas para esses grupos, tanto no plano sagital como no plano frontal, foram estatisticamente não significantes. Foram constatadas diferenças estatisticamente significantes entre G0 e todos os outros grupos: G1, G2, G3, portanto há indícios de que a presença da dor determina a redução da amplitude desses movimentos, independente da sua gravidade.
Referente à amplitude máxima dos movimentos protrusivos, retrusivos e de desvios em lateralidade, os grupos não se diferenciam quanto a essas variáveis, uma vez que as diferenças das médias dos valores de cada uma dessas variáveis, obtidas para G0, G1, G2 e G3 foram estatisticamente não significantes.
Quanto aos tipos de desvios, se unilaterais ou bilaterais, os grupos G0, G1, G2 e G3 também não se diferenciam, uma vez que as distribuições freqüenciais relativas apresentam diferenças estatisticamente não significantes entre os quatro grupos de grau de dor comparados.