• Nenhum resultado encontrado

m´edia constante ser uma folha

Daqui por diante vamos supor que Mn+1 ´e uma variedade riemanniana a qual admite um campo de vetores parcialmente conforme fechado K com campo de vetores associado W tais que W ´e conforme fechado. Pela segunda parte do Teorema 4.1, M ´e localmente isom´etrica a J × (I ×f Pn−1). Para

cada t ∈ J, seja Mt = {t} × (I ×f Pn−1). Al´em disso, se M ´e qualquer

hipersuperf´ıcie de M , que intersecta transversalmente com Mt, denotamos

Mt = M ∩ Mt. Na seguinte proposi¸c˜ao obtemos uma express˜ao para a

curvatura m´edia de M .

Proposi¸c˜ao 20. Seja Mn+1 uma variedade na qual admite um campo de ve- tores parcialmente conforme fechado K com o campo de vetores associado W tal que W ´e conforme fechado. Seja M uma hipersuperf´ıcie orient´avel de M , em toda parte transversal a K. Usando a nota¸c˜ao anterior nesta proposi¸c˜ao, suponha tamb´em que para cada t ∈ J a subvariedade (n − 1)−dimensional Mt est´a contida em uma folha de K⊥∩ W⊥. Ent˜ao a curvatura m´edia HM

de M ´e dada por nHM =−(n − 1)hN, bKi φ |K| − e EnhN, W i p 1− hN, W i2, (5.1) onde N =hN, bKi bK +hN, W iW e eEn =−hN, W i bK +hN, bKiW .

Demonstra¸c˜ao. Usamos um referencial de tal forma que E1, . . . , En−1 gera

K⊥∩ W, E

n = W e En+1 = bK. Note que o fato de Mt est´a contido em

uma folha de K⊥∩ Wimplica que o campo de vetores N ´e de fato unit´ario

e normal em toda a M . Para i = 1, . . . , n− 1 temos ∇EiN = ∇Ei(hN, bKi bK +hN, W iW )

= hN, bKi∇EiK +b hN, W i∇EiW + (EihN, bKi) bK + (EihN, W i)W

= hN, bKi φ

|K|Ei+ (EihN, bKi) bK + (EihN, W i)W,

onde estamos usando o fato que W ´e paralelo (Veja Observa¸c˜ao 4). Tomando o produto escalar com Ei obtemos

h∇EiN, Eii = hN, bKi

φ

|K|. (5.2)

Agora n´os usaremos o campo de vetores eEn = −hN, W i bK +hN, bKi para

obter

∇EenN = ∇Een(hN, bKi bK +hN, W iW )

= hN, bKi∇EenK +b hN, W i∇EenW + ( eEnhN, bKi) bK + ( eEnhN, W i)W

= ( eEnhN, bKi) bK + ( eEnhN, W i)W,

onde

∇EenK =b −hN, W i∇KbK +b hN, bKi∇WK,b

usando o fato que W ´e paralelo, ψ = 0 e KbK = 0; fazendo o produtob

escalar com eEn n´os temos

Condi¸coes para uma hipersuperf´ıcie de curvatura m´edia constante ser uma folha 65

Podemos simplificar os dois ´ultimos termos da seguinte forma. Do fato que hN, Ni = 1 segue-se que

hN, bKi2+hN, W i2 = 1.

Derivando esta express˜ao com respeito a eEn, substituindo o resultado em

(5.3) obtemos ( eEnhN, W i)hN, bKi − ( eEnhN, bKi)hN, W i = e EnhN, W i p 1− hN, W i2.

Usando a express˜ao acima com (5.2), concluimos que a curvatura m´edia de M ´e dada por

nHM =− n X i=1 h∇EiN, Eii = − n−1 X i=1 h∇EiN, Eii − h∇EnN, Eni.

Da´ı obtemos que

nHM =−(n − 1)hN, bKi φ |K| − e EnhN, W i p 1− hN, W i2.

Teorema 5.1. Seja Mn+1 uma variedade a qual admite um campo de ve- tores parcialmente conforme fechado K com o campo de vetores associado conforme fechado W tal M ´e localmente da forma J × I ×f Pn−1 com log f

convexo. Seja M uma hipersuperf´ıcie orient´avel de M , tranversal em toda parte a K, com curvatura m´edia constante em M . Suponha que existe t∈ J tal que Mt´e uma hipersuperf´ıcie compacta de Mt com curvatura m´edia cons-

tante. Suponha adcionalmente a existˆencia de um ponto p∈ Mt tal que

1. O vetor unit´ario N (p) ´e normal a M em p e igual ao vetor unit´ario b

K(p) normal a folha K passando por p,

2. Localmente, M est´a acima da folha deKpassando por p com respeito

q ∈ U tem a forma q = φs(q′), onde q´e mencionado na folha, s≥ 0 e

φs ´e o fluxo de K,

3. A derivada de hN, W i com respeito ao vetor W (p) ´e positiva.

Ent˜ao M coincide localmente com a folha de K⊥passando por p. Em particu-

lar, localmente M ´e (n−1)−umb´ılica. Al´em disso, se a folha de Kpassando

por p tem curvatura m´edia constante, esta coincide globalmente com M . Demonstra¸c˜ao. Observe primeiro que a hip´otese de log f convexa ´e equiva- lente a H′ ≥ 0, onde H = f/f = (log f ). Pelo fato que M ´e transversal em

todo o K implica que o ˆangulo θ entre o normal de Mt em Mt e K (a qual

´e tangente a Mt) n˜ao muda de sinal. Pelo Teorema 4 em Al´ıas-Dacjzer [2],

Mt ´e uma folha de K⊥ em Mt.

Desde que Mtest´a contido numa folha deW⊥, temos que Mtest´a contido

na folha de K⊥∩ W. Da Proposi¸c˜ao 20, M tem curvatura m´edia constante

dada por nHM =−(n − 1)hN, bKi φ |K| − e EnhN, W i p 1− hN, W i2,

onde N = hN, bKi bK +hN, W iW ´e normal a M e eEn = −hN, W i bK +

hN, bKiW . Temos por hip´otese que bK(p) = N (p), ent˜ao eEn(p) = W (p). A

hip´otese 3 e a continuidade implicam que hN, bKi e eEnhN, W i s˜ao positivas

em uma vizinhan¸ca de p em M . Note tamb´em que podemos supor que φ ≤ 0, ou equivalentemente que HM ≥ 0, uma vez que este sinal depende da escolha

de um campo de vetores parcialmente conforme fechado K ou−K. Levando estes fatos em conta, em cada ponto q nesta vizinhan¸ca, temos que

nHM ≤ −(n − 1)

φ |K|(q).

Pela Observa¸c˜ao 5, o lado direito da inequa¸c˜ao ´e a curvatura m´edia da folha de Kpassando por q, isto ´e, a curvatura m´edia de M em q ´e menor

Condi¸coes para uma hipersuperf´ıcie de curvatura m´edia constante ser uma folha 67

Queremos comparar a curvatura m´edia da folha de K⊥ passando por p

com a folha deKpassando por q. Note que a hip´otese 2 implica que a folha

de Katrav´es de q fica acima da folha passando por p. Usando novamente

a equa¸c˜ao (12) da Observa¸c˜ao 5, a curvatura m´edia das folhas de K⊥ s˜ao

dadas por

nH = −(n − 1)f

f =−(n − 1)(log f)

.

Agora log f convexa implica que nH ´e uma fun¸c˜ao n˜ao-crescente em I, o que implica, por sua vez que a curvatura m´edia da folha passando por q ´e menor do que ou igual `a curvatura m´edia da folha passando por p.

Em uma vizinhan¸ca de p, temos que M est´a acima da folha passando por p com respeito a K e a curvatura m´edia de M ´e menor ou igual a curvatura m´edia desta folha. Pelo princ´ıpio de tangˆencia (veja por exemplo [9]), essas hipersuperf´ıcies coincidem localmente. Em particular, localmente M ´e (n−1)− umb´ılica. Finalmente, se ambos hipersuperf´ıcies tem curvatura m´edia constante, ´e sabido que elas coincidem globalmente.

Corol´ario 3. Seja K um campo de vetores parcialmente conforme fehado definido em um conjunto aberto do Rn+1 com campo de vetores associado W

conforme fechado. Seja Mn ⊂ Rn+1 uma hipersuperf´ıcie orient´avel satisfa-

zendo as hip´oteses da Proposi¸c˜ao 20, bem como as condi¸c˜oes no Teorema 5.1. Ent˜ao M ´e localmente um hiperplano, uma hiperesfera ou um cilindro. Demonstra¸c˜ao. Pelo Teorema 5.1, sabemos que M coincide localmente com a folha deK⊥ passando por p. Desde que M tem curvatura m´edia constante,

pelo Proposi¸c˜ao 17 n´os temos que a fun¸c˜ao ψ associada a K ´e localmente constante. Pela vers˜ao local do Lema 2, M ´e localmente um hiperplano, uma hiperesfera ou um cilindro.

Documentos relacionados